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quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulheres são as mais acometidas por Lúpus1



Exposição solar é um dos fatores que desencadeiam a doença.1

Além das doenças comuns do universo feminino, as mulheres devem ficar atentas a uma que impacta, principalmente, este público: o Lúpus Eritematoso Sistêmico, uma enfermidade que gera sintomas desde o início, porém com características inespecíficas, dificultando o diagnóstico em alguns casos. Estudos indicam que 90% dos casos LES são em mulheres.1
O Lúpus não tem cura e pode afetar órgãos vitais da paciente1. Uma avaliação que utilizou como base de dados o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) aponta que, entre 2002 e 2011, a taxa de mortalidade por LES no Brasil foi de 4,76 mortes/105 habitantes2. O tratamento adequado, por meio de medicamentos e sob acompanhamento médico, pode controlar e diminuir os sintomas da doença1 e dar mais qualidade de vida ao paciente.
Entre os fatores que desencadeiam a doença está a exposição solar, hábito comum nesta época do ano. Isso porque a luz ultravioleta é capaz de ativar o LES, assim como fatores genéticos, ambientais e hormonais.3



Referências:
  1. ABC.MED.BR. Lúpus eritematoso. Entendendo um pouco mais esta condição, 2012. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/298940/lupus-eritematoso-entendendo-um-pouco-mais-esta-condicao.htm>. Acesso em: 17 jan. 2018.
  2. COSTI LR, IWAMOTO HM, NEVES DCO, CALDAS CAM. Mortalidade por lúpus eritematoso sistêmico no Brasil: avaliação das causas de acordo com o banco de dados de saúde do governo. Revista Brasileira de Reumatologia 2017, NA: 1-9, 2017.
  3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Lúpus eritematoso sistêmico (LES), 2011. Disponível em: <http://www.reumatologia.com.br/index.asp?Perfil=&Menu=DoencasOrientacoes&Pagina=reumatologia/in_doencas_e_orientacoes_resultados.asp>. Acesso em: 17 jan. 2018.


Na internet, menções sobre violência contra a mulher crescem 211% revela pesquisa inédita do Instituto Avon



 ·         No Dia Internacional da Mulher, a pesquisa “A voz das redes” revela dados sobre os desafios e possibilidades no enfrentamento às violências contras as mulheres no ambiente digital.



·         Estão entre os dados destacados o crescimento das menções sobre violência e assédio, perfis e quais tipos de relatos são mais abordados e em quais plataformas.




8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Instituto Avon lança, em parceria com a Folks Netnográfica, a pesquisa inédita: “A Voz das redes: o que elas podem fazer pelo enfrentamento das violências contra as mulheres”. O levantamento traz dados sobre as discussões de assédio e violência no ambiente digital e como as redes podem se tornar facilitadores dos discursos, mas por outro lado podem criar obstáculos para a promoção de diálogos mais construtivos e acolhedores.




O assédio é discutível. A violência é uníssona.



Em 2017, o assédio foi o 26º assunto mais comentado na internet. Somente nos últimos 3 anos, as menções cresceram 324%, com destaque para um novo tipo de assédio, o virtual, que cresceu mais de 26 mil%. Entretanto, o debate sobre o assédio ainda está mais inserido em discussões gerais sobre gradações e raramente se mantém com o mesmo foco do início.



Já as postagens de marcas e coletivos, que tratam da violência, são normalmente bem aceitas e bastante aplaudidas dentro das redes. Há mais unicidade no discurso sobre o combate irrestrito às violências contra as mulheres.




O que é ruído e o que é sinal?


De 14 milhões de menções, analisadas entre 2015 e 2017, apenas 3 milhões de fato se aprofundaram na discussão sobre assédio e violência. Quando analisadas somente as menções à violência, o tema se restringe mais ainda, caindo para 90 mil. Ou seja, 11 milhões de menções são apenas ruído que se dispersaram para outras discussões.



Além disso, quem realmente sofre a violência, pouco fala. Do universo de interações e menções sobre o assédio e a violência, apenas 3% corresponderam às vítimas. Em geral, a maioria delas usa o meio online para buscar o esclarecimento de dúvidas sobre seus casos, dicas que ajudem no processo de rompimento com o agressor e, felizmente, muitas se tornam "voluntárias digitais" para dar suporte às outras mulheres.



"Fazer essa escuta no ambiente digital nos permitiu ter contato com diversos ensinamentos que, sem dúvida, serão importantes para nortear o nosso trabalho de enfrentamento às diferentes formas de violência contra as mulheres. Falar sem medo, mas também escutar sem julgamento, ainda são comportamentos que precisamos fomentar. Notamos ainda que a internet é, ao mesmo tempo, um canal rico em oportunidades de ajuda às vítimas, mas também  um meio crescentemente utilizado para um novo tipo de assédio, o digital. Paradoxalmente, ela representa uma das mais poderosas ferramentas de fortalecimento das vítimas e um novo inimigo a combater.”, ressalta Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.




Haters: uma barreira virtual



Protegidos pela impessoalidade que a internet proporciona, os haters são responsáveis pela maior parte das menções que desqualificam o relato das vítimas, principalmente as de assédio e agem de forma agressiva, julgando, desmerecendo e, por vezes, até ameaçando as mulheres que buscam transmitir mensagens importantes para fortalecer essa luta.



Afinal, quem são os haters? Homens brancos e da classe média alta. De acordo com a pesquisa, 96% são homens; em sua maioria de classe média e alta - 34% classe B, 31% classe C e 19% classe A - e 79% são brancos. Cerca de 61% das vezes esses homens agem de forma agressiva e desqualificadora e apenas 6% apoiam.



"O estudo buscou, extraiu, filtrou e tratou estatisticamente mais de 14 milhões de menções espontâneas, postadas e comentadas online nos últimos três anos. Todo este big data digital – que é público, e está disponível na internet brasileira, em fóruns, sites, aplicativos e redes sociais – foi catalogado e analisado, quantitativa e qualitativamente, por meio de  Data Science  e de Netnografia. Foram quase duas centenas de aprendizados, insights e recomendações estratégicas, revelando que a internet não é apenas um canal-chave, de importância crucial para o debate, mas acima de tudo, se transformou em um canal de informação, orientação e apoio informais, onde as mulheres falam e são ouvidas. Neste ambiente de  solidariedade, e, cada vez mais, de serviço, muitas mulheres estão conseguindo dar um novo significado, de superação, à experiência do abuso sofrido", ressalta Bernardo Lorenzo-Fernandez, diretor-geral da Folks Netnográfica.



A pesquisa


Foram coletadas, por meio das redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), 14.043.912 menções relacionadas ao assunto de assédio e violência contra a mulher e termos variados. O intervalo analisado foi de 35 meses (01/2015 a 12/2017). Os termos centrais utilizados na coleta primária foram: violência contra mulher, mulher, assédio, assédio moral, assédio sexual, assédio, transgênero e transexual. Outras pesquisas nas fontes de RSS, Reclame Aqui, Blogs, Websites também foram coletadas e estruturadas como fonte métrica porém sem utilização de dados em análises semânticas.








SOBRE O INSTITUTO AVON


Criado há 14 anos, o Instituto Avon é a organização ligada a AVON, empresa privada que mais investe financeiramente em ações voltadas à mulher no Brasil. Até 2016, foram investidos pela Avon R$ 137 milhões em 257 projetos e ações focados na superação de dois dos principais desafios à plena realização da mulher: a detecção precoce do câncer de mama e o enfrentamento à violência contra a mulher.



O grande diferencial da organização é a capacidade de mobilizar diferentes stakeholders para a concretização de seus projetos: empresas públicas e privadas, ONGs, movimento social, organismos internacionais e órgãos públicos em todas as esferas; e a força de vendas da empresa de cosméticos Avon, com 1,5 milhão de Revendedores que disseminam conhecimento sobre as causas e atuam como rastreadores de necessidades específicas de atendimento e recursos em suas respectivas comunidades. Essa capilaridade e abrangência permitem ao Instituto estar presente em 100% dos municípios brasileiros e beneficiar mais de 5 milhões de pessoas. Visite o site: www.institutoavon.org.br



A jovem mulher no mercado de trabalho



Não é de hoje que falamos sobre o espaço conquistado pelas mulheres no mercado de trabalho e esse assunto volta inevitavelmente à tona no mês em que lembramos o Dia Internacional da Mulher, seja por meio de celebrações ou de luta. E estamos longe de ter um assunto batido ou esgotado, pois ainda há espaço para aprimorar esse tema dentro das empresas, principalmente quando falamos dos desafios de uma faixa etária que poucas organizações estão preparadas para receber: os jovens. E acolher a jovem mulher, então, torna-se uma dinâmica ainda mais trabalhosa.

Isso, porque essa menina traz consigo todas as transformações pelas quais o gênero está passando. E se o local de trabalho não atende a certas expectativas, não há criação de vínculo profissional. E para conseguir manter e alcançar posições de liderança, é importante que o profissional receba incentivo e apoio desde o início da sua jornada de trabalho – independente do gênero.

No McDonald's, o plano de carreira é apresentado no primeiro dia: de atendente a treinador e passando a gestor em diversos níveis. Atualmente, mais de 57% dos atendentes da nossa rede são mulheres jovens no início de carreira, com idades entre 16 a 25 anos, um baita orgulho. São elas que realizam o atendimento dos mais de 2 milhões de clientes que visitam os nossos restaurantes diariamente.

Também estamos atentos às questões de vulnerabilidade das jovens, que podem acabar engravidando sem planejamento. Para que isso não seja tabu ou motivo para interromper a carreira – muito pelo contrário – nosso programa gestante foi desenvolvido para garantir que a futura mamãe passe por esse período de maneira tranquila.

O projeto, voltado tanto as colaboradoras do escritório quanto do restaurante, prevê o acompanhamento da funcionária por uma equipe médica durante toda a gestação, absorve os custos das despesas médicas com consultas e exames e, nos restaurantes, cuida para que a gestante exerça atividades sem risco para bebê. Um programa com essa amplitude se faz necessário quando uma empresa decide, verdadeiramente, acolher jovens mulheres para o seu quadro de funcionários.

A capacitação, incentivo e desenvolvimento de carreira são fundamentais para fazer com que cada vez mais mulheres sejam reconhecidas no mercado de trabalho. Possibilitar emprego para a mulher jovem e oportunidade de crescimento refletem diretamente no crescimento da própria empresa.




Marcelo Nóbrega - Diretor de Recursos Humanos do McDonald's Brasil


Igualdade salarial entre homens e mulheres:um tema (ainda) polêmico em pleno 2018



Sei bem o quanto nos custa, como mulheres, cada conquista. E também o quanto ainda temos para conquistar, apenas para nos equipararmos em direitos a nossos pares masculinos. A batalha diária é mesmo árdua, mas estou longe de encampar slogans como "o homem é uma fêmea imperfeita", por exemplo. 

Elizabeth Gould Davis, a célebre autora do também célebre O Primeiro Sexo, tem importância fundamental na luta feminista, com certeza, mas nossos inimigos, creio, não são os homens.

O que temos de mudar (aliás, isso já deveria ter acontecido) é a consciência da própria mulher, consciência de que pode ser o que quiser, escolher o próprio caminho, ser feliz consigo mesma. Esse talvez seja o maior desafio, porque estamos lidando com a autoestima, tão minada através dos séculos.

Claro, não podemos dizer que nada mudou nos últimos anos. Hoje é possível detectar uma série de evoluções na vida das brasileiras. Basta lembrarmos da Lei Maria da Penha, de 2006, que já salvou a vida de milhares de mulheres desde então (e que precisa ser ainda mais intransigente no combate à violência doméstica); e também da mais recente lei que fez do feminicídio um crime qualificado de homicídio, com pena de 12 a 30 anos, e o incluiu no rol dos crimes hediondos, em 2015.

São ações essenciais como essas que devemos comemorar, assim como cada polegada conquistada no decorrer dos anos.

Mas também precisamos investir mais tempo e dedicação a uma questão que não poderia (ainda) ser tema polêmico, a estampar capas de revista ou editoriais de jornais mundo afora. Refiro-me ao atual estágio da desigualdade salarial nas empresas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, em um prognóstico que considero bastante perturbador, a remuneração de homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo só será a mesma em... 2095.

Não sei você, leitora, mas não gosto da opção de ter de viver mais 77 anos (na esperança, muito reduzida, de ainda estar por aqui palpitando) para finalmente ver transformado em realidade um cenário que não faz sentido já nos dias atuais.

Afinal, já há exemplos importantes no mundo de que é possível, sim, superar essa barreira. O mais impressionante é o da Islândia, onde, desde o início de 2018, vigora uma lei pioneira que obriga as empresas a pagarem salários iguais a homens e mulheres no desempenho das mesmas funções.

De acordo com a lei, que foi aprovada em junho do ano passado e entrou em vigor em janeiro de 2018, todas as empresas com mais de 25 funcionários terão de provar que não praticam diferenças salariais de gênero.

Na Alemanha, onde a disparidade salarial entre homens e mulheres bate os 20% - valor idêntico na Áustria e na Hungria, com a Estônia em estratosféricos 30% e a Eslovênia com a melhor performance da UE, com 10% -, uma nova lei também já obriga as empresas a informarem suas funcionárias sobre o salário de seus colegas homens em cargos idênticos. Uma saia-justa muito bem-vinda.

No Reino Unido, as empresas com mais de 250 trabalhadores têm, a partir deste ano, de tornar públicas as desigualdades salariais. E, na Espanha, trava-se uma batalha parlamentar por uma lei que obrigue a essa mesma transparência.

Em qualquer latitude, é questão, pura e simples, de se fazer justiça. Levando-se em consideração que, no Brasil, as mulheres são maioria em cursos de graduação, mestrado e doutorado desde o começo desta década (de acordo com dados recentes do Capes), creio que podemos cobrar, já na próxima década, a inversão da balança de empregos entre eles e elas.

As mulheres, no mundo inteiro, estão cada vez mais preparadas, intelectual e emocionalmente, para alcançar o sucesso pessoal e profissional - isso é um fato. O exemplo mais insólito talvez seja a Universidade de Oxford, que, em 2017, admitiu mais mulheres do que homens em seus cursos de graduação pela primeira vez em seus mais de 800 anos de existência.

Então, por que as mulheres continuam a receber menos? No Brasil, elas ganham cerca de 75% do salário dos homens na mesma função. São números do Pnad, que mudaram muito pouco nos últimos anos.

Não, não vou citar a badalada capacidade multifuncional das mulheres, nem a tão festejada sensibilidade feminina. Isso não significa que estou negando as duas qualidades, muito pelo contrário, só não acho que é preciso enaltecer características inatas para provar que merecemos o que há muito já fazemos por merecer.

Não somos melhores do que ninguém e não deve ser esse o objeto da discussão. O que queremos é, apenas, respeito pela verdade dos fatos, pela verdade que estamos escrevendo há décadas.

Como diria Gloria Steinem, famosa jornalista e ativista pelos direitos femininos, "a verdade te libertará, mas, primeiro, ela vai te enfurecer". É preciso buscar essa liberdade todos os dias, evitando apenas que a fúria bloqueie a nossa capacidade de ação e reação.

Um feliz Dia Internacional da Mulher para todas nós! 





Paula Paschoal - diretora geral do PayPal Brasil. A empresa, com sede em San Jose, na Califórnia, estabeleceu, em 2016, que mulheres e homens em cargos idênticos recebam o mesmo salário.



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