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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

EAD cresce e traz novas oportunidades no mercado de trabalho


Modalidade já representa mais de 20% das matrículas de graduação no país


O crescimento vertiginoso no ensino à distância (EAD) no país traz constantes discussões sobre a qualificação profissional no mercado de trabalho frente as inúmeras ofertas de cursos. Levantamento do último Censo da Educação Superior, realizado em 2017 e divulgado pelo INEP/MEC apontam que mais de 1,7 milhão de brasileiros optaram pela modalidade no ensino superior, dado que representa mais de 20% das matrículas de graduação no país.

Apesar de ainda encontrar resistência em determinadas áreas da educação, a tendência é que esses números sigam em expansão nos próximos anos. De acordo com Daniel Silva, Pró-Reitor de Ensino a Distância do Centro Universitário UniDomBosco, a modalidade é um propulsor da educação no país.
“Apesar da denominação de ensino à distância, a modalidade aproximou as pessoas do conhecimento e tornou-se uma ferramenta de inclusão social. Antes, a educação era concentrada nos grandes centros, agora ela é acessível à população e com amplas opções de especialização”, destaca Silva.

Divulgado em agosto de 2019, o Estudo Todos pela Educação aponta outra tendência no EAD. Segundo a pesquisa, 61% das pessoas que iniciaram cursos de pedagogia e licenciaturas em 2017 estavam no ensino à distância, contra 34% em 2010. A média nas demais graduações, subiu de 13% para 27%, conforme as estatísticas do Censo de Educação Superior.  

Seguindo essa tendência, o Centro Universitário UniDomBosco desenvolveu um curso específico de “Segunda Graduação com Licenciatura em Pedagogia”. Neste programa, quem já é formado em alguma licenciatura, independente da primeira graduação, cursa somente 1 ano para se formar em Pedagogia, adquirindo uma segunda graduação.

“É uma licenciatura complementar e que amplia as oportunidades no mercado de trabalho, onde o aluno pode se preparar para atuar como diretor, coordenador e orientador pedagógico”, afirma Daniel.

Avaliado com nota máxima no MEC, a instituição oferece mais de 30 opções de graduação EAD, desde cursos tradicionais como administração, filosofia, geografia até tendências como defesa cibernética, marketing digital e sistema para internet (ênfase em internet das coisas).


POR QUE TRATAR SOBRE “FAKE NEWS” EM SALA DE AULA?


Inevitavelmente, você já ouviu falar sobre Fake News, certo? Para quem tem dúvidas, Fake News são notícias falsas que acabam sendo publicadas por veículos de comunicação ou propagadas pelas redes sociais como se fossem fatos verdadeiros. Esses materiais normalmente são feitos e divulgados com o objetivo de legitimar determinado ponto de vista ou prejudicar uma pessoa, um grupo ou empresa.

O fato é que as Fake News viralizam de maneira simples e rápida uma vez que, em geral, as notícias têm forte apelo emocional ou são sensacionalistas e levam as pessoas a consumir e replicar a informação sem confirmar se o conteúdo é ou não verdadeiro.

O termo Fake News é novo, porém, antes mesmo dele existir já havia uma discussão na escola, junto aos alunos, a respeito da propagação de boatos. É comum aos professores, quando vão iniciar os alunos no mundo da pesquisa, para realização de um trabalho, por exemplo, explicar a eles que é possível realizar a busca por informações em uma série de canais. Até poucos anos atrás, isso acontecia exclusivamente em livros, revistas e jornais, nas Bibliotecas. Hoje em dia, com a internet à disposição, os alunos utilizam com frequência a ferramenta digital. É neste momento que acontecem as orientações. Os professores sempre conversam e ensinam aos alunos como fazer as pesquisas, como reconhecer se determinado site é realmente sério e até como verificar a informação antes de utilizá-la nos estudos e trabalhos que serão entregues. Este é um primeiro passo para o reconhecimento e combate das Fake News na escola.

Outra forma de abordar o tema com os alunos vem por meio da promoção de debates. É importante explicar aos alunos sobre a ocorrência das Fake News por meio da apresentação de casos do nosso cotidiano em sala de aula. Não é incomum ver os alunos comentando sobre determinado vídeo ou texto que circula por ferramentas de comunicação digital. É válido trazer o tema para a sala e deixar que eles reflitam e entendam as consequências que a propagação de uma notícia falsa pode trazer, seja em esfera pessoal, para uma pequena comunidade ou até para um país.

Cabe, por exemplo, fazer rodas de conversas com os alunos, assistir filmes e peças de teatro com foco no tema, levar a discussão para dentro de casa e para o círculo de amigos só reforça o combate a esse problema da vida moderna. No fim, os professores e coordenadores acabam recebendo relatos dos próprios alunos de extrema conscientização a respeito das Fake News e das consequências que elas podem trazer.

No ambiente escolar, uma Fake News pode trazer consequências diversas. Quando a notícia falsa envolve um aluno, por exemplo, é possível que ocorra Bullying, dependendo do teor da notícia. Assim, é preciso atenção ao comportamento dos alunos e adoção de medidas que deem fim à propagação de tal informação. As Fake News – seja qual for o assunto (política, economia, relações exteriores, eleições, celebridades, etc) - também podem desviar a atenção dos alunos do conteúdo transmitido em sala de aula, o que prejudica o aprendizado.

Claro, há formas de detectar o assunto e, junto com os próprios alunos, desvendar se a notícia é verdadeira ou falsa, ressaltando sempre a importância de verificar quem e como determinado assunto foi propagado para evitar que continue a ser comentado por outros. Discutir sobre um problema é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores recursos para evitar que ele volte a acontecer. Que tal pensar nisso?




Sueli Bravi Conte - educadora, psicopedagoga, doutoranda em Neurociência e mantenedora do Colégio Renovação, instituição de ensino com mais de 30 anos de atividades e que atua da Educação Infantil ao Ensino Médio.

L.F. VERÍSSIMO E MARIO SERGIO CONTI RUFAM TAMBORES DE GUERRA

        Em plena Semana da Pátria (05/09) os brasileiros foram agraciados com um artigo de Luiz Fernando Veríssimo cujo destaque vem do instigante título “É Guerra”. Ao lê-lo – a imaginação nos proporciona tais deleites – visualizei o cacique Veríssimo, vestindo tanga de penas, rosto tisnado em vermelho e preto, de jenipapo com fuligem e urucum, preparado para o combate. Aparentemente ao menos, na opinião do belicoso cronista, o Brasil tomado pela bandidagem no longo reinado petista era um paraíso de amor e paz que está sendo arrasado pelos “morteiros verbais” de Jair Bolsonaro. 
 
        Bom humorista, que fica engraçadíssimo quando escreve sério, Veríssimo não deixa dúvidas sobre suas intenções, nem sobre a necessidade de arregimentar tribos. É aos estudantes, então, que soa seu tambor. É aos eternos manipulados do partidão. Há tanto tempo transformaram a UNE em embaixada do comunismo mundial que Fidel Castro – pasmem – é seu patrono.  Por que a eles? Porque para a dança de bate-pés do cronista gaúcho, os brilhantes estudantes brasileiros irão emburrecer com os cortes de verbas introduzidos pelo governo federal por demanda da tragédia econômica que a irresponsabilidade fiscal e a corrupção causaram ao país.
E vai em frente conclamando à luta: “Temos de esquecer nossas diferenças e nos concentrarmos nessa verdade nua e crua: que isso não é um país, isso é uma zona de guerra. E eles atiraram primeiro.”  Na sequência, afirma, na contramão de todas as evidências, que o sistema educacional é o primeiro sacrificado “com ataque frontal à inteligência” onde quer que “o mercado derrote o bom senso” (deve vir daí o atraso de todos os países capitalistas e a prosperidade dos comunistas). Quanta superficialidade é necessária para produzir tal manipulação? E como é bela a liberdade que nos permite conhecer os lados mais escuros do pensamento alheio, sempre impedido de manifestação nos regimes que tanto agradam a L.F. Veríssimo!
Por falar em recantos escuros, sob o título “Sol negro no céu da Pátria”, Mário Sérgio Conti publicou (na Folha, claro), um artigo no próprio 7 de setembro, em que o grito de guerra de Veríssimo ganha contornos tétricos. Definitivamente, Mario Sérgio não consegue ser engraçado. Aliás, não consegue sequer articular um sorriso que se tome como legítimo. O artigo começa citando Benjamin Kunkel, um novelista norte-americano que migrou da literatura para a economia marxista. No trecho escolhido a dedo pelo colunista da Folha, Kunkel, com candura tipicamente leninista, lastima não haver, a facada desferida em Bolsonaro, concluído sua tarefa assassina. Afinal, a escolha seria entre o pulmão de Bolsonaro e o pulmão do planeta.
Tudo errado, impreciso e superficial, mas o intuito belicoso, tétrico, é escandalosamente explícito. 
 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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