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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Para mais da metade dos pais no Brasil, internet não representa nenhum risco às crianças

Pesquisa da Kaspersky revelou ainda que cerca de um a cada cinco pais brasileiros admite que, por falta de tempo ou familiaridade com a tecnologia, não consegue se envolver na vida digital de seus filhos como gostaria



Em junho deste ano, a Polícia Civil de Santa Catarina emitiu um alerta sobre perfis em redes sociais conhecidos como "Homem Pateta", que estariam induzindo crianças a cometerem suicídio. No início deste mês, um homem de 48 anos foi preso em Minas Gerais acusado de aliciar menores por chats virtuais . As notícias sobre ameaças online contra crianças jovens não são novidade, e o mais preocupante é que uma pesquisa da empresa de cibersegurança Kaspersky , em parceria com a consultoria de pesquisa de mercado CORPA , mostra que os pais no Brasil estão menos atentos do que deveriam sobre esses riscos.

De acordo com a entrevista feita com mais de 2 mil pais e mães de cinco países da América Latina, os brasileiros estão entre os que menos enxergam a internet como um ambiente inseguro para as suas crianças. Mais da metade (55%) dos entrevistados no País acreditam que, em nenhum caso, a internet poderia representar uma ameaça à integridade de seus filhos. Os brasileiros ficaram atrás apenas dos argentinos (60%). Chile (53%), Peru (50%), México (45%) e Colômbia (31%) completam a lista.

Ao mesmo tempo, cerca de um em cinco pais brasileiros (18%) admite que, por falta de tempo ou familiaridade com a tecnologia, não consegue se envolver na vida digital de seus filhos como gostaria. Neste quesito, o Brasil esteve mais bem colocado que seus vizinhos da região. No Chile, 29% dos entrevistados disseram que essas questões os impedem de participar mais das atividades virtuais das crianças. Colômbia (25%), Argentina e Peru (ambos com 22%), e México (20%), complementam o ranking. Na América Latina, a média foi de 25%.

Uma das questões mais sensíveis em relação à proteção das crianças no acesso à internet é se seria ético monitorar o conteúdo digital que os filhos veem. Entre os brasileiros, esse tipo de vigilância é aceito pela quase unanimidade (97%). Considerando toda a região, 78% dos pais latino-americanos entendem que seria ético fazer esse controle até que seus filhos tenham entre 15 e 18 anos. Já 11% acham que a idade máxima varia entre 11 e 14 anos. Apenas 1% entende que o monitoramento deveria ser feito até entre 7 e 10 anos.

Para proteger as crianças durante as atividades virtuais, as ferramentas de controle parental podem ser uma grande aliada, pois, com elas, é possível gerenciar conteúdo, filtrar mensagens e colocar limites naquilo que os menores acessam. Embora 57% dos entrevistados na região afirmem conversar regularmente sobre os perigos da web com seus filhos, também é importante que os pais expliquem às crianças por que contam com um sistema de monitoramento, para que elas não sintam que o seu espaço privado esteja sendo invadido ou tentem desativar a plataforma.

De acordo com a pesquisa, alguns pais que já usam um programa de controle parental notaram que seus filhos tentaram desinstalá-lo. Os chilenos são os que presenciam as maiores tentativas de desativação na região, com 22%, seguidos de mexicanos (16%), colombianos e brasileiros, ambos com 14%. Mais atrás estão os peruanos (12%) e finalmente os argentinos (8%).

Diante dessa situação, Fabiano Tricarico, diretor de vendas de varejo da Kaspersky na América Latina, enfatiza que: "é muito importante que os pais expliquem a importância da ferramenta de controle parental antes de instalarem e, se verificarem a tentativa de remoção dela, conversem com seus filhos. Eles podem estar apenas curiosos sobre algum tema ou isso pode ser um sinal de desconforto, e os pais são as melhores pessoas para educar a criança. Quanto a explicar a importância da ferramenta, basta compará-la com algo da rotina da criança, os pais podem dizer: quando estamos trabalhando, você sempre fica com alguém (creche, avós, vizinho), certo? Na internet é a mesma coisa, mas como queremos que você fique mais livre para usar a internet quando quiser, este programa fará o papel de cuidador. As regras que colocamos nele são as mesmas que existem hoje."

Tricarico acrescenta que, devido ao contexto da pandemia, o tempo que os pais têm para se dedicar à vida digital dos filhos foram reduzidos, uma vez que os adultos têm ficado ainda mais ocupados com o trabalho, tarefas domésticas ou apoiando as aulas das crianças pela internet.

Além de ameaças como cyberbullying ou assédio, o especialista explica que os pais também precisam ficar atentos ao roubo de informações. Isso acontece principalmente por meio de mensagens ou conversas enganosas, em que os jovens podem revelar involuntariamente dados pessoais, tornando-os mais vulneráveis às ações dos criminosos, e colocando inclusive a família em risco.

O estudo faz parte da campanha Crianças Digitais realizada na região pela Kaspersky para analisar o quão envolvidos e comprometidos pais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru estão na vida digital e no comportamento de seus filhos. Ao todo, foram entrevistados 2.294 pais e mães com o seguinte perfil: idade entre 25 a 60 anos, pertencentes às classes A, B ou C, usuários de dispositivos eletrônicos e cujos filhos tenham entre 0 e 18 anos. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e março deste ano, por meio de enquetes online.

Para ajudar a proteger as crianças de todas as ameaças na Internet, a Kaspersky recomenda:

• Manter uma comunicação fluida com crianças em casa e educá-los sobre os perigos potenciais da internet.

• Ensinar os menores a bloquear e informar os adultos quando virem ou vivenciarem qualquer situação incomum na web.

• Participar das atividades digitais das crianças como guia, estabelecendo regras básicas e fáceis de entender.

• Configurar ferramentas de privacidade em redes sociais e plataformas digitais para que as mensagens sejam visíveis apenas para alguns amigos e parentes de menores.

• Usar um software de segurança em todos os dispositivos com acesso à Internet, como PCs, smartphones e tablets. Incluindo uma ferramenta de controle parental como o Kaspersky Safe Kids, esta solução bloqueará conteúdos impróprios, mensagens de spam e ajudará a estabelecer regras para o uso da Internet.

Baixe uma avaliação gratuita por sete dias do Kaspersky Safe Kids em nosso site .

Para obter mais dicas de segurança para menores, visite o blog da Kaspersky .



Kaspersky

https://www.kaspersky.com.br.

Fórmula 1: tecnologia das pistas nas garagens

Aficionado por corrida e especialista em tecnologias disruptivas, Daniel Schnaider mostra algumas curiosidades dos recursos que foram parar nos carros de trabalhadores e pessoas comuns

Muitos não sabem, mas a tecnologia da Fórmula 1 mudou diversos comportamentos em relação aos automóveis, e proporcionou a segurança, economia e agilidade das pistas de corrida para os carros de trabalho e de passeio. Tantas inovações que hoje podem até parecer comuns, mas as pessoas nem imaginam, mas vieram de um dos esportes mais famosos do mundo.

Daniel Schnaider, CEO da Pointer by Powerfleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas, além de trabalhar com uma dessas tecnologias, é um aficionado por F1, desde que seu pai resolveu ser o primeiro investidor do ícone Ayrton Senna.

Já imerso neste universo, Schnaider, especialista em tecnologias disruptivas, trouxe algumas curiosidades sobre todos esses avanços proporcionados pelas pistas.

 

- IoT (telemetria): a tecnologia, que veio das pistas da Formula 1, traz um feedback de como o esportista está pilotando e como o carro está em relação à mecânica. Hoje ela está intrinsicamente relacionada a gestão de frotas para salvar vidas, proporcionar uma direção responsável e reduzir custos além de permitir uma visão completa do veículo (manutenções, trocas de peças, prevenção de panes, acidentes e uma postura mais proativa diante dos riscos).

- Cambio semiautomático: o primeiro carro a utilizar foi uma Ferrari em 1989, com Nigel Mansell no volante, que levou o prêmio do GP do Brasil com a tecnologia. O recurso foi aprimorado e, no início, vendido nos carros de luxo.


- Fibra de carbono e alumínio: o peso dos carros atrapalhava a performance dos pilotos. A solução para esse problema tinha que ser segura e leve, então as fibras chegaram de vez. Atualmente são utilizadas em tetos, rodas ou capôs, deixando os veículos mais leves e econômicos.


- ABS: o freio é a segurança dos carros, indiscutivelmente. Eles não vieram exatamente da F1, mas sim da 24 Horas de Le Mans. Esse mecanismo não trava as rodas completamente, fazendo com que o carro não deslize.


- Retrovisores: primeiro, foi um espelho de bolso, utilizado pelo piloto Ray Harroun na primeira edição das 500 milhas de Indianápolis, em 1911. Depois foi desenvolvido e patenteado pelo engenheiro Elmer Berger.

- Motores Híbridos: uma mistura de eletricidade com combustão interna. Esse tipo de tecnologia proporciona um aproveitamento melhor do próprio motor e redução no custo do combustível.

 

Além dessas tecnologias, foram inventadas para as pistas: controle de tração, suspensão ativa, pneus resistentes e motorização eficiente com materiais de alta resistência, como alumínio e titânio.

 

 

Daniel Schnaider - CEO da Pointer By PowerFleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas.


Quem perde e quem ganha com o PIX?

No sentido de uma revolução financeira, além de pagamentos para serviços e transações realizadas no âmbito comercial, o PIX também permite a transferência de valores de pessoa física para pessoa física sem custo. Com um simples código QR você pode enviar dinheiro para qualquer pessoa de maneira rápida, fácil e praticamente instantânea. Como essa forma de transferência é sem custo, os bancos tradicionais que cobram taxas de TED, DOC e na geração de boletos, tendem a ser um dos primeiros perdedores nessa jogada.

Os bancos digitais que oferecem serviços sem cobrar taxa alguma vão ter uma maior liberdade para trabalhar com o PIX e tendem a atrair mais clientes, assim como as carteiras digitais, como o PicPay. Existe a possibilidade de uma evasão considerável de contas das instituições tradicionais para esses bancos e carteiras digitais, causando perda de receita com taxas de manutenção de conta corrente perdidas, além de também perderem com as taxas de cartões.

Também é possível que o PIX seja integrado ao Whatsapp, fazendo com que o aplicativo, que já é amplamente utilizado no Brasil, se aproxime do que o WeChat é na China, servindo como aplicativo de mensagens e pagamentos.

Um outro grande perdedor é o segmento das empresas intermediárias no pagamento com cartões de débito, como as processadoras, as bandeiras e os adquirentes. Até o momento não há um risco imediato para os cartões de crédito, mas se os bancos e fintechs criarem produtos similares no futuro, eles podem forçar as empresas e bancos que lidam com o crédito na modalidade cartão se adaptarem a nova realidade para continuarem competitivas.

Os usuários definitivamente são os grandes vencedores, com a sua experiência melhorada pela facilidade de se fazer transações, segurança e a mudança no setor bancário. Apenas pessoas jurídicas pagam taxas com o PIX, e essas taxas ainda são menores do que as operadas pelos diversos agentes envolvidos nas transações financeiras realizadas atualmente.

Outra vantagem para os usuários, especificamente para a pessoa física, é trazer uma grande parcela da população brasileira que só faz pagamentos em dinheiro vivo e que está fora do sistema bancário para dentro dele, mesmo que de maneira muito simplificada, pois não é necessária uma conta bancária tradicional para utilizar o PIX, uma carteira eletrônica bastaria para tanto.

 

 

Vinícius Machado - consultor e gestor de investimentos certificado e regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possui mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.

 

É possível acumular mais de 12 mil milhas por ano apenas pagando contas da casa com cartão de crédito

Pagamento de contas de telefone, TV, água, luz, gás, IPTU, entre outras ajuda milheiros a acumularem ainda mais milhas no cartão de crédito

 

Pagar contas de água, luz, gás, IPTU e tantos outros serviços faz parte das rotinas dos brasileiros. Não é à toa que esses valores são considerados gastos fixos – aqueles boletos que, faça chuva ou faça sol, batem à porta todos os meses.

Mas, você sabia que é possível pagar esses boletos pelo cartão de crédito, de forma automática, sem ter que se apegar às datas de vencimento, correndo risco de pagar multas ou juros, e ainda ser bonificado pelos pagamentos?

Além de possível, essa solução de pagamentos é fácil e gratuita, se tornando um grande aliado no controle mensal de gastos, e um ótimo parceiro dos programas de milhagem. O aplicativo iq, um serviço de cadastramento e pagamento de contas automáticas com o cartão de crédito foi desenvolvido exatamente para solucionar esse gap de mercado.

Como ganhar milhas pagando as contas de casa
Tradicionalmente, os consumidores pagam todos os meses suas contas pessoais sem receber qualquer tipo de bonificação por isso. Com o iq, é possível agendar o pagamento de contas e boletos fixos, e programar o pagamento para que seja feito via cartão de crédito automaticamente. A vantagem de utilizar este método de pagamento é que, ao efetuar pagamentos via crédito, o usuário começa a acumular milhas, que nada mais são do que pontos que podem ser trocados por produtos e serviços.

Com o saldo de milhas, o usuário pode resgatar produtos que vão desde smartphones, televisões e caixinhas de som até utensílios domésticos, eletrodomésticos e bebidas, como vinho, whisky e café. Para se ter uma ideia do que é possível adquirir com milhas, o iq fez um levantamento de quantos pontos em média um usuário conquista em um ano de acordo com a quantidade de contas cadastradas.

Uma pessoa que paga mensalmente até duas contas de casa com valores mínimos de R$ 175,00, pode acumular até 1.129 milhas a mais por ano. Já um usuário que paga entre três e cinco contas com valor mensal mínimo de R$ 165,00 pode ganhar até 3.506 pontos a mais por ano. Para os milheiros de plantão ou para aqueles que querem aproveitar ao máximo todos os benefícios oferecidos, ao cadastrar cinco ou mais contas com valores mínimos de R$ 137,00, serão conquistados até 12.356 milhas a mais por ano.

Estes valores se referem apenas aos pontos que podem ser acumulados ao efetuar os pagamentos de contas utilizando o iq. Quando somados aos demais pontos que podem ser conquistados pelas regras específicas de cada programa de milhagem, a bonificação tende a  ser surpreendente.


Conquistei centenas de milhas. O que fazer com elas?


No geral, as pessoas relacionam o uso de milhas a viagens. E, nesta época de pandemia, em que a locomoção está cada vez mais restrita e limitada, você pode estar se perguntando o que fazer com uma quantidade tão grade de milhas.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que os programas de milhagem não se resumem a produtos como passagens e hospedagem. Existem dezenas de opções disponíveis, que vão de saúde e beleza a comércio e turismo.

Aqui estão algumas das milhares de possibilidades do que pode ser adquirido por meio de pontos: com 9.900 milhas já é possível resgatar um ventilador de mesa, por exemplo. Uma Smart TV 55’’ pode sair por 195 mil pontos, e uma lavadora de roupas, por 206 mil pontos.

Estas são apenas algumas opções de como podem ser utilizados os pontos adquiridos, mas o mercado das milhas hoje é quase infinito. E para aqueles que são do time de milheiros e ainda preferem investir seus benefícios em viagens, este pode ser um momento interessante. Com a baixa demanda em voos e hotéis, é possível encontrar boas opções de pacotes turísticos disponíveis no mercado para serem trocados por milhas.

Uma recente pesquisa realizada pela MaxMilhas apontou que 83% das pessoas atualmente preferem voos nacionais por conta das restrições nas fronteiras internacionais. Com a queda no preço médio das tarifas, é possível encontrar promoções com voos a partir de apenas três mil pontos. De acordo com o levantamento, os principais destinos para viagens com milhas pós pandemia são do Nordeste, com destaque para Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió e Natal. São Paulo e Porto Alegre também aparecem no ranking.

E para aqueles que desejam investir suas milhas no turismo, mas sem viajar, há ainda a opção de vender os pontos em sites especializados em passagens e hotéis.

Como você pode ver, pagar suas contas pelo iq não significa apenas organização financeira e praticidade, mas a possibilidade de resgatar prêmios, viagens e, até mesmo, ganhar dinheiro pela venda das milhas. Quer conhecer mais sobre a plataforma, cadastrar suas contas e começar a acumular milhas? 


www.iq.com.br

 

Expectativa de vida aumenta graças ao avanço tecnológico e saneamento básico, diz especialista

À medida que o tempo passa e novas tecnologias inundam o mundo, a expectativa de vida aumenta. É preciso se cuidar para envelhecer com saúde

 

A expectativa de vida humana aumentou nos últimos anos. Em meados da Segunda Guerra Mundial, era esperado que as pessoas vivessem até os 55 e 60 anos. Hoje, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, que afetou a contagem de longevidade, a estimativa de vida no mundo é de quase 80 anos. No Brasil, dados do IBGE indicam que, em 2004, as pessoas viveriam até aproximadamente os 72 anos. Em 2020, o número subiu para 77 anos. Ou seja, em uma década, as pessoas ganharam a esperança de viver mais quatro anos. 

 

Entre 1940 a 2020 os brasileiros ganharam mais de 30 anos para viver. De acordo com a geriatra do Hospital Brasília Nádia Martins, esta longevidade populacional é o resultado de melhorias nas condições gerais de vida e do avanço da medicina. A médica cita como exemplos: implementação dos sistemas de saneamento básico, vacinas, campanhas de prevenção e o desenvolvimento e aprimoramento de diagnósticos e tratamentos de doenças. 

 

De acordo com Nádia, a tecnologia tem relação direta com esse aumento. “O avanço tecnológico influiu até na melhora da qualidade do envelhecimento, já que atualmente a população tem muito mais facilidade de acesso às informações”, informa. 

 

O censo do IBGE indica que a tendência é a multiplicação deste número nos próximos anos. Entre homens e mulheres, a população feminina ainda é mais longeva com expectativa de vida de 80 anos. Desta forma, é possível que o bebê que vai viver mais de 150 anos já tenha nascido. 

 

“Houve aumento na procura de geriatras. A especialidade vem adquirindo cada vez mais destaque no meio médico e as pessoas têm adquirido mais conhecimento sobre a área. Aliás não só na medicina, mas em outras áreas que envolvam gerontologia, como enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, terapia ocupacional. Na minha opinião, pelo menos pessoas que conheço, a geração em torno dos 30 anos de hoje em dia se preocupa mais com seu futuro e em envelhecer com qualidade”, relata.

 

Mesmo assim, a geriatra revela que o envelhecimento ainda é tabu. Segundo a médica, apesar do envelhecimento ser uma realidade, ainda há preconceitos. “Os idosos ainda são bastante estigmatizados, mas acredito que há uma tendência de mudança desse paradigma. Infelizmente ainda é bem comum associar o ‘velho’ a uma pessoa improdutiva, inativa, chata e teimosa”, lamenta.



Hospital Brasília

 

Reaquecimento do mercado: Luandre tem mais de 10 mil vagas para cobrir demandas de fim de ano

Há expectativa de vagas temporárias para logística, indústria e varejo

 

Com a gradual reabertura do comércio, a estimativa é de que se busquem profissionais temporários para suprir a demanda, como já é de costume, uma vez que o Natal é a data mais lucrativa para o setor em todo o ano. 

Segundo a Assertem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) a previsão é de que sejam criadas mais de 400 mil vagas temporárias no último trimestre de 2020 e que, neste período de pandemia, 20% dos trabalhadores temporários sejam efetivados. 

A associação acredita que o setor da indústria deve ser o maior gerador de novas vagas temporárias, com foco nos segmentos de alimentos, agronegócio, metalurgia, mineração, automobilístico, farmacêutico e embalagens, mas também haverá oportunidades no varejo. 

Na Luandre, a previsão é de abertura de mais de 4 mil vagas temporárias para os dois segmentos, indústria e varejo, e a média de efetivação é de 40%. “O ano foi atípico e algumas empresas chegaram a dispensar mão de obra em razão da pandemia, por isso, a queda nos índices de contaminação e uma gradual volta das atividades cria um cenário de maior confiança em que se prevê consumo no fim do ano, o que leva as companhias a planejarem contratações, sejam elas temporárias ou efetivas”, diz Gabriela Mative, Superintendente da Luandre.

  

Empresas se reinventam para fugir da crise 

O período em que o comércio físico permaneceu de portas fechadas também levou consumidores a mudar a maneira de comprar e a consumir ainda mais via e-commerce. 

“Mesmo os que não eram acostumados a esse modelo de consumo, começaram a praticar a compra online em aplicativos ou sites na sua rotina”, afirma Gabriela. 

Por conta disso, a Luandre já contabiliza neste ano um aumento de 83,7% nas contrações que envolvem a cadeia de logística, comparando outubro a dezembro de 2019 com outubro de 2020.

 

 

Luandre Soluções em Recursos Humanos

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Pix para e-commerce: saiba as vantagens

"Pix, o que é?” O tema que tem ganhado repercussão em todo o Brasil dá origem ao mais novo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC). Para se ter uma ideia,  de acordo com  o Google, as pesquisas sobre o Pix dispararam 850% com o início do cadastro das chaves. 

Através do Pix, que entra em vigor no dia 16 de novembro, será possível realizar o envio e o recebimento de transações entre diferentes bancos e instituições financeiras.Tudo de forma on-line e instantânea. Também vale ressaltar que o Pix ficará disponível sete dias por semana, 24 horas por dia. A expectativa é que cada transação aconteça em até 10 segundos e que o novo meio de pagamento eletrônico traga diversas vantagens para o setor de e-commerce, já que as transações efetuadas utilizando o Pix poderão ser entre pessoas e estabelecimentos.

Por conta do baixo preço, do caráter instantâneo e da abrangência de público, ele deve se tornar o principal meio de transferência entre contas. Para os e-commerces e consumidores é uma opção muito mais prática do que o boleto bancário. Sabemos que esse mercado cresce a cada ano, principalmente durante a pandemia,  de acordo com uma pesquisa recente encomendada pelo Google e realizada pela Provokers, 40% dos consumidores pretendem comprar na Black Friday exclusivamente de forma digital este ano e muitos já poderão utilizar o Pix. 

Abaixo, listo quatro benefícios do Pix para o e-commerce. Confira:

1 - Liquidação imediata da transação: o Pix é um diferencial para as pessoas que optam por compras virtuais e também para o próprio e-commerce que recebe em poucos segundos a confirmação do pagamento. Ou seja, ao fazer uma venda por meio do Pix, o pagamento é identificado imediatamente, o que oferece maior capital de giro para o seu negócio e ainda reduz o tempo de entrega do produto.

 

2 - Diminuição dos casos de reserva de estoque ocasionados por boletos: grande parte das vendas são efetuadas através de boletos, e os e-commerces acabam sofrendo pela falta de pagamento, dessa forma o Pix poderá ser uma grande solução para isso.  Normalmente o comércio eletrônico oferece três dias úteis para o pagamento dos boletos gerados nas possíveis compras. Mas, até a confirmação deste pagamento, o produto é separado no estoque até a instituição bancária confirmar o pagamento - o que pode levar até 72 horas.

 

Nesse período de espera, que pode levar até seis dias úteis entre a data da compra e a confirmação do pagamento, o produto fica indisponível no estoque. Uma vez que esse boleto não é quitado o lojista perde a venda inicial e a oportunidade de vender o produto para outro cliente.  


3 - Abertura de um novo público de potenciais clientes: muitos brasileiros não possuem acesso aos cartões de crédito, logo o Pix trará consigo acessibilidade, sendo a solução para essas pessoas efetuarem compras via internet. Devido a pandemia do covid-19 criou-se a necessidade de um novo sistema financeiro digital capaz de realizar transações de forma remota, rápida e com menor custo em relação às operações tradicionais.


O Pix surgiu com uma proposta muito interessante é irá mudar a forma como as pessoas realizam seus pagamentos, facilidade e agilidade são seus maiores diferenciais.

 


Ariane Marta - contadora e Diretora da Brascont Contabilidade


Brasil assume compromisso para erradicação do câncer de colo de útero

Ministério da Saúde colabora para construção de um plano de ação para o combate à doença, que abrange a vacinação, o teste e o tratamento contra o HPV

 

O Ministério da Saúde participou nesta terça-feira (17) do lançamento da estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar a eliminação do câncer de coloco do útero. Na oportunidade, a pasta assumiu o compromisso de erradicar a doença no Brasil com medidas de vacinação, de rastreamento e de tratamento. O evento foi promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

“O governo brasileiro assume publicamente, junto à OMS e à OPAS, o compromisso de erradicar o câncer de colo de útero nas mulheres brasileiras”, afirmou diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Braga.

O diretor ressaltou ainda que a pasta vai atuar na construção de um plano conjunto para o combate à doença. “Estaremos ao lado das instituições brasileiras, em especial do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para pensarmos em como aplicar a estratégia da OMS para ajudar a erradicar esse problema das mulheres brasileiras”.

Na reunião foi apresentada a estratégia global da OMS para a eliminação desse tipo de câncer a representantes do Brasil, ao Suriname, à Costa Rica e aos Estados Unidos. Os presentes apresentaram as ações de cada país e fortaleceram o compromisso de atuar em conjunto na estratégia.

A estratégia global lançada pela OMS tem três grandes metas: 90% de cobertura da vacinação contra o HPV em meninas antes dos 15 anos; 70% de cobertura com teste de HPV entre mulheres de 35 a 45 anos; e 90% de cobertura de tratamento. O câncer de colo do útero é o quarto tipo que mais acomete o público feminino no Brasil.

A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, apresentou as medidas do governo brasileiro dentro de cada uma das metas da OMS. “Na cobertura de vacinação, temos a introdução da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas e o sistema de registro individual para monitoramento das doses das meninas”, informou.

Em relação a cobertura de teste do HPV, Ana citou durante seu discurso a implementação de um sistema que registra os exames Papanicolau das mulheres, permitindo o monitoramento dos casos e o pronto acompanhamento e tratamento necessário para evitar o câncer de colo de útero.

Ao final da reunião, os países presentes se comprometeram a elaborar um planejamento de ações, cada um, para o atendimento das metas da estratégia global da OMS para a erradicação do câncer de colo de útero.


VACINAÇÃO

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, a pasta incluiu as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos. O imunizante protege contra os tipos mais incidentes de HPV, que causam verrugas genitais e são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação e a realização do exame preventivo – o Papanicolau - se complementam como ações efetivas de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas na pré e na adolescência, a partir dos 25 anos deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos de HPV que podem causar a doença.


O CÂNCER

O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos de vírus chamados de Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. O exame preventivo do câncer do colo do útero (papanicolau) é o procedimento mais efetivo para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. Sua realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença.

 


Larissa Lima

Ministério da Saúde com informações do Inca

 

ONU mobiliza pesquisadores na busca de soluções para a crise socioeconômica decorrente da COVID-19

      

Documento propõe 25 prioridades de pesquisa em áreas estratégicas para a construção de um futuro mais justo, resiliente e sustentável (foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)


A Organização das Nações Unidas (ONU) mobilizou 250 pesquisadores, dirigentes de agências de fomento de 25 países – a FAPESP, entre elas –, formuladores de políticas governamentais, entre outros, para, juntos, definir estratégias nacionais e internacionais de recuperação da crise socioeconômica que se espalhou pelo planeta na esteira da pandemia da COVID-19.

Ao longo de dez semanas, estes 250 especialistas elaboraram um roteiro com 25 prioridades de pesquisas, detalhadamente descrito no United Nations Research Roadmap for the COVID-19 Recovery e divulgado hoje. “Esse roteiro é uma ferramenta que pode ser utilizada por pesquisadores, agências de fomento à pesquisa, organizações da sociedade civil, governos e instituições internacionais para construir parcerias, alinhar esforços de pesquisa e demonstrar o poder da ciência global”, afirma Amina Mohammed, vice-secretária-geral da ONU na mensagem de abertura do documento.

Os 25 temas de pesquisa estão distribuídos em cinco áreas consideradas prioritárias para a construção de um futuro mais justo, resiliente e sustentável, alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS): proteção de serviços e sistemas de saúde; garantia de proteção social e serviços básicos; planejamento da retomada de empregos, de pequenas e médias empresas e de oportunidades para trabalhadores do setor informal; apoio à resposta macroeconômica e à colaboração multilateral; e fortalecimento da coesão social e da resiliência da comunidade.

A ciência, na visão da ONU, é a “melhor chance” para o planeta se recuperar da COVID-19, já que é capaz de produzir mudanças transformadoras, que envolvem engenhosidade, pesquisa em todas as áreas do conhecimento, parcerias e colaboração. As cinco estratégias e 25 prioridades de pesquisa propostas no documento têm como objetivo mobilizar a comunidade científica para este desafio.

A contribuição da FAPESP

Em cinco capítulos e mais de 120 páginas, o documento, coordenado por Steven Hoffman, diretor científico do Canadian Institutes of Health Research, do Canadá, aponta um conjunto de recomendações e oferece uma lista de temas de pesquisa – no formato de perguntas – para cada um dos cinco pilares estratégicos. Adicionalmente, em cada pilar, são identificadas três subprioridades de pesquisas de impacto imediato (quick-win), de maior retorno sobre o investimento (best-buy) e de grande poder de transformação (game-changer).

No pilar Proteção Social e Serviços Básicos, por exemplo, as recomendações têm foco em políticas em favor das populações mais pobres, nos serviços essenciais de alimentação, nutrição – especialmente de crianças e mulheres – e saneamento, na aprendizagem sustentada, em serviços sociais e na implementação de medidas contra a violência de gênero.

Neste pilar, pesquisas que busquem definir estratégias de fornecimento de serviços básicos para proteger a saúde mental de trabalhadores são classificadas como quick-win, iniciativas para a inclusão digital são apontadas como best-buy e medidas eficazes para a proteção da renda básica são os game-changer. Essas sugestões são seguidas de cinco recomendações de pesquisas envolvendo medidas de proteção social inclusivas, redução da desigualdade, prosperidade, entre outras.

A FAPESP, representada pelo seu diretor científico, Luiz Eugênio Mello, e pela pesquisadora Marta Arretche, ex-coordenadora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação –, contribuiu para a identificação das perguntas-chave do pilar Proteção Social e Serviços Básicos, ao lado de representantes de outras dez instituições de pesquisa de todo o mundo.

“O grande desafio foi traduzir as questões relevantes para implementação imediata e que, ao mesmo tempo, ofereçam um desafio de pesquisa a ser trabalhado. Evidentemente há muito conhecimento já disponível, mas que, por vezes, carece de ajustes locais para ser adequadamente aplicado em benefício da sociedade”, afirma Mello.

A FAPESP teve uma participação importante na inclusão de dois temas relevantes, sublinha Arretche. “O primeiro diz respeito à importância da inclusão digital. Este é um grande desafio contemporâneo e a pesquisa ainda tem um espaço muito grande de contribuição. O segundo diz respeito à importância de estudos sobre implementação, etapa crucial da produção de políticas e estudos que, neste campo, podem apresentar resultados muito relevantes para nosso conhecimento sobre as estratégias de inclusão social.”

Coordenado por Angela Liberatore, do European Research Council, e por Bhushan Patwardhan, do Indian Council of Social Science Research, o grupo que elaborou propostas para o pilar Proteção Social e Serviços Básicos também contou com a participação de Anita Charlesworth, do Health Foundation, do Reino Unidos; Isayvani Naicker, da African Academy of Sciences, do Quênia; e Sara Wolfe, do Grand Challenges Canada, do Canadá.

“Não deixar ninguém para trás”

O documento United Nations Research Roadmap for the COVID-19 Recovery  parte do pressuposto da interdependência de todos os habitantes do planeta para dar suporte aos seus três eixos principais – equidade, resiliência e sustentabilidade – e à proposta de construção de uma base sólida de conhecimento a ser apresentada como opção aos governos, sociedade civil e setor privado com o objetivo de “não deixar ninguém para trás”. E o fator impulsionador de uma recuperação econômica equitativa é a pesquisa.

“Fortalecer a capacidade de pesquisa nacional é crítico para garantir que os pesquisadores locais possam gerar conhecimento adequado à tomada de decisões”, afirma o documento. Para tanto, também a empreitada de pesquisa deve ser mais equitativa, diversa, inclusiva e participativa.

A ONU recomenda que as agências de fomento “trabalhem juntas” para garantir recursos para o financiamento das prioridades de pesquisa que buscam solução para a crise socioeconômica engendrada pela COVID-19, por meio do fortalecimento de parcerias em âmbito nacional e internacional. “A colaboração é vital para a implementação desse roteiro”, destaca o documento.

Com base nesse documento a FAPESP dará início às discussões para o lançamento de chamadas específicas endereçando as prioridades definidas nesse mapa. “O protagonismo da FAPESP ao participar dessa iniciativa das Organização das Nações Unidas dá ao pesquisador do Estado de São Paulo a possibilidade de inserção em chamadas internacionais na investigação de um tópico cujas soluções e desafios também tenham uma natureza global”, diz Mello.

A íntegra do documento está disponível em https://www.un.org/en/pdfs/UNCOVID19ResearchRoadmap.pdf.

 

 

Claudia Izique

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/onu-mobiliza-pesquisadores-na-busca-de-solucoes-para-a-crise-socioeconomica-decorrente-da-covid-19/34627/

 

Visto E-2 permite que investidores brasileiros com dupla cidadania solicitem permanência nos Estados Unidos

Essa modalidade foi criada para que cidadãos de países que têm tratado de navegação e comércio com os Estados Unidos possam trabalhar e viver no país com suas famílias. É temporário e concedido, via de regra, de dois ou até cinco anos, dependendo da análise da imigração. Boa parte dos países da Europa fazem parte deste tratado, com exceção de Portugal.

Os solicitantes que atendem as exigências do E2 conseguem iniciar uma atividade nova sem estar vinculado juridicamente a anterior. É possível abrir outras unidades, inclusive vender franquias startups nos EUA.

Além da dupla cidadania, o solicitante precisa dispor de uma quantia que varia entre 120 a 150 mil dólares, além do capital de giro e disposição para empreender e investir. A complexidade deste visto está presente na análise de risco e implantação de negócio, que é algo totalmente subjetivo. Diferente do L1 ou EB, em que a apuração é feita baseada em documentos, a conclusão do E2 envolve interpretação muitas vezes repletas de critérios.

O sucesso de todo o projeto vai depender também do profissional que fará a assessoria para o investidor. Caso não fique claramente caraterizado o risco, a solicitação será negada.

Franquias já estruturada e conhecidas que estejam consolidadas não podem fazer parte desta proposta, apenas as que estão iniciando suas atividades. Somente as startups que visam um novo mercado e que estão abrindo a primeira loja nos Estados Unidos atendem ao pré-requisito. Investir em uma unidade do Mc Donalds, por exemplo, não caracteriza o risco.

Recentemente tive contato com um cliente que possui dois restaurantes em São Paulo, uma esfiharia e uma pizzaria, e ele tinha interesse em iniciar um novo negócio nos Estados Unidos utilizando o visto E-2, reforçando que ele possui cidadania espanhola. Um dos pontos levantados foi sobre abrir uma nova pizzaria, mas é algo que existe em abundância no país, sendo ainda mais difícil concorrer com os preços das marcas já estabelecidas.

Vamos supor que um estabelecimento venda 100 pizzas por dia por 5 dólares cada, trabalhando todos os dias da semana ao final do mês o rendimento é de 15 mil dólares: é importante lembrar dos custos, como água, luz, marketing, internet, funcionários, despesas com matéria prima etc. Considerando tudo isso, o lucro que volta para o investidor é mínimo.

Por conta de tudo isso, concluímos que não era uma boa ideia e passamos a pensar em algo mais inovador, como um brainstorm do que seria a melhor opção: chegamos a uma pizza em formato de cone, com uma massa crocante e recheios diferenciados, coisas que pudessem ter um valor agregado. Depois de alguns testes nas lojas brasileiras, seguimos com o planejamento para o visto E-2, que foi aplicado no ano de 2019 e deu certo. Assim que fizeram a mudança começaram os trabalhos e então: pandemia.

Ao contrário do que foi esperado, o negócio continuou a prosperar nos Estados Unidos, porque esse mercado oferece uma opção fundamental para esse momento, que é o delivery. Mesmo com a quarentena, o faturamento foi de 12% acima do previsto, então logicamente o negócio cresceu, precisou até mesmo aumentar o número de funcionários.

A dica é que esse mercado traz benefícios muito positivos para quem tem interesse nesse visto, além de abrir muitas portas. Outra vantagem é que não necessita de um investimento tão alto, como uma churrascaria, por exemplo. É o caso de um produto novo e adaptado que deu certo.

 

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito Internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 77 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB santos


Debate sobre ações afirmativas ultrapassa fronteiras e séculos


“Quarenta acres e uma mula”. A ordem emitida nos Estados Unidos pelo general da União William Sherman, em janeiro de 1865, se insere entre as primeiras tentativas de reparação dirigida a famílias negras escravizadas naquele país. A Guerra da Secessão se aproximava do fim e a intenção de Sherman, ao distribuir terras confiscadas dos Confederados, estava em sintonia com inciativas projetadas no breve período da Reconstrução, quando se discutiu meios de garantir direitos iguais à população negra. 

Com vida curta, a proposta acabou rejeitada pelo presidente Andrew Johnson, sucessor de Abraham Lincoln, assassinado em abril daquele ano. E as terras voltaram para as mãos dos antigos proprietários escravagistas. Passados 155 anos e uma longa história de segregação, ainda hoje os conflitos raciais permeiam a sociedade estadunidense. 

Já o Brasil, que carrega a imagem negativa de ser o último país das Américas a abolir a escravidão, promoveu a queima de arquivos com registros do período com a intenção de recomeçar a história. A medida, ordenada por Rui Barbosa e noticiada pelos jornais da época como “belo exemplo”, ainda gera polêmica. 

Há quem aponte a motivação do então ministro da Fazenda como de cunho fiscal, que visava proteger o Estado de arcar com indenizações para escravagistas. A ação, porém, ao mesmo tempo que inviabilizou qualquer possibilidade de exigência de indenização pelos libertos, eliminou registros históricos que comprometeram até mesmo a construção da identidade dos antigos escravos, fato que ainda hoje reflete em seus descendentes. 

O debate sobre ações afirmativas chegou ao Brasil somente nas últimas décadas do século passado e medidas começaram a se concretizar neste século, com maior força, após 2010, quando foi promulgado o Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288). Ao longo da história, o país se agarrou à ideia de uma democracia racial que contribuiu para escamotear o racismo estrutural que perdura na sociedade brasileira. 

Para o desembargador Roger Raupp Rios, do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4), a resistência às ações afirmativas no Brasil está diretamente relacionada a essa visão. “Num certo momento da história, por volta dos anos 50, se achava que o Brasil, diferentemente de qualquer outro país do mundo, era um lugar onde não existia nenhum tipo de preconceito, bem como discriminação racial.” 

Estudioso e autor de vários livros sobre o direito das minorias, ele ressalta que a construção do “mito da democracia racial” chamou atenção de muitos países e de organizações internacionais que enviaram, na década de 50 do século passado, grupos de estudos para conhecer e estudar o Brasil e ver “a maravilha que seria uma sociedade sem preconceito racial”. “Infelizmente, constataram a triste realidade de uma grande discriminação racial, não só no campo do ensino, mas do trabalho e no próprio cotidiano.”

 

Raupp cita o “mito”, ainda presente no Brasil, como um dos fatores responsáveis pela resistência à implementação de ações afirmativas. “Essa é uma barreira de autopercepção que nós brasileiros, a sociedade brasileira, as instituições públicas e privadas, estão caminhando para superar e tomar consciência da realidade.”

Ele esclarece que as ações afirmativas são medidas conscientes da existência de uma situação de discriminação e que buscam quebrar os mecanismos, perceptíveis e imperceptíveis, que existem nas práticas das instituições. “O objetivo é que essa e discriminação, que persiste e se perpetua, cesse ou, pelo menos, vá diminuindo.” 

O desembargador enfatiza que é fundamental não confundir ação afirmativa com discriminação invertida ou discriminação benéfica, porque é exatamente o contrário. “Não se trata de discriminação. São medidas para interromper os mecanismos que mantém os grupos discriminados excluídos das chances de trabalho, de emprego e renda e de aprendizado, no caso dos estágios.”

 

Barreiras 

As ações afirmativas surgiram a partir da constatação que a eliminação de situações de discriminação explícitas era insuficiente. Raupp cita o exemplo dos Estados Unidos, onde pessoas negras eram proibidas de frequentar universidades ou ocupar determinados postos de trabalho. “Dado o primeiro passo, que consistiu na derrubada dessas barreiras, o que se verificou posteriormente, é que mesmo sem essas restrições de fato, as pessoas negras continuavam não entrando não ocupando espaços. Não por falta de qualificação, mas por uma série de mecanismo que vem de uma história de vida com muitas barreiras que são colocadas nos contextos da sociedade.” 

A partir dessa constatação, observa, ficou clara a necessidade de se tomar medidas conscientes para enfrentamento da dificuldade de acesso, levando ao surgimento das ações afirmativas. “Se ações afirmativas são para evitar a discriminação, o passo seguinte é identificar a quem ela se destina. Quem são as pessoas e grupos sociais que são discriminados na nossa sociedade?” 

A próxima etapa é a identificação da pessoa discriminada, o que ocorre a partir da autodeclaração. “É quando ela diz que se considera ou se percebe como uma pessoa negra. O objetivo da política pública - e é isso que importa - é alcançar as pessoas que sofrem discriminação”, destaca o desembargador.

Raupp avalia que as medidas de ação afirmativa têm avançado em instituições públicas e privadas e cita as universidades como o primeiro exemplo. Ele lembra que tribunais já adotam cotas em concursos públicos para magistrados, servidores e estagiários. “Tudo que muda, que mexe com a realidade para enfrentar uma mentalidade e costumes arraigados, naturalmente, vai enfrentar resistência. Não é diferente no Brasil. O importante é perseguir o objetivo justo, que é construir  uma sociedade decente, realmente sem discriminação racial.”

 



Jeferson Melo

Agência CNJ de Notícias


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