Já foi o tempo em
que o setor de Comunicação Interna era visto apenas como o departamento que
entrega a informação para as demais áreas. Hoje, a CI é parte da estratégia do
negócio, já que, além de permitir a integração das pessoas e estimular a
participação ativa dos colaboradores, consegue atuar como um termômetro do
clima organizacional.
No geral, é comum
observar que as empresas se preocupam apenas em conscientizar o público interno
a respeito de datas importantes para o calendário nacional. Campanhas como
Janeiro Branco, Outubro Rosa ou Novembro Azul fazem parte das organizações, mas
será que são suficientes quando refletimos sobre a saúde do colaborador? É
claro que essas ações são importantíssimas, mas elas têm uma validade muito
curta e agregam pouco às políticas de bem-estar.
Para mitigar isso,
as empresas devem monitorar o bem-estar dos colaboradores a partir da
Comunicação Interna e de iniciativas desenvolvidas pelo setor de RH. Com
informações e indicadores qualificados, a organização consegue ter acesso a um
diagnóstico preciso da realidade da empresa. Uma eficiente análise de dados é o
que garante uma visão ampliada do comportamento das pessoas, permitindo que os
gestores identifiquem pontos de melhoria e mantenham a equipe engajada e
saudável.
Listei, a seguir,
algumas dicas que considero fundamentais para priorizar o bem-estar dos
colaboradores e promover saúde no ambiente de trabalho.
1.
Leve a informação até as pessoas: As
empresas precisam adotar um comportamento mais proativo, construindo e
acompanhando a jornada dos profissionais dentro da organização. Isso significa
abordar, inclusive, temas relacionados à saúde, facilitando a identificação de
sintomas e compartilhando formas de tratamento ou prevenção.
2.
Envolva líderes e gestores no fluxo da Comunicação Interna: Eles devem ser importantes aliados nesse processo,
tanto entregando informações quanto estimulando o engajamento dos times.
Inclusive, uma pesquisa recente da Gallup mostra que colaboradores engajados
são menos propensos a reportar o sentimento de estresse no trabalho. Portanto,
investir nessa área tem sido uma prioridade para as empresas que se preocupam
com a saúde das pessoas.
3.
Fortaleça a cultura diariamente: Promover
uma cultura de apoio e criar um ambiente de trabalho onde os funcionários se
sintam seguros para falar sobre questões de saúde, sem estigma ou
discriminação, é de extrema importância. Nesse sentido, cabe às áreas de
Comunicação Interna e Recursos Humanos promover discussões sobre o tema e conscientizar
os gestores a respeito do acolhimento necessário.
4.
Monitore a atmosfera do ambiente de trabalho: Tanto a Comunicação Interna quanto as lideranças
precisam conseguir identificar sinais de estresse, sobrecarga ou depressão nas
equipes. O clima organizacional é um importante reflexo da saúde dos
profissionais. Quando não há engajamento, provavelmente há insatisfação ou
desmotivação. Identificar esse problema é o primeiro passo para tratá-lo.
5.
Acompanhe o comportamento das pessoas: Lembre-se
que as estratégias mais efetivas são aquelas construídas a partir de uma
análise minuciosa de números e indicadores. Isso significa avaliar, também, o
comportamento das pessoas. Os colaboradores estão felizes, engajados e
produtivos? Essa resposta diz muito sobre a saúde organizacional.
Quando a
comunicação é praticada em uma via de mão dupla e o desenvolvimento dos
colaboradores é apoiado pela empresa, é possível saber exatamente o que o
público interno precisa – mesmo sem perguntar diretamente. Afinal, ao
obter dados por meio de diferentes fontes, conseguimos aprofundar insights
sobre as experiências do colaborador no ambiente de trabalho. A escuta contínua
oferece à liderança de RH ferramentas de análise de sentimento robustas, que
permitem que a organização ouça o que os colaboradores estão dizendo em vários
canais diferentes.
Ou seja, falar
sobre a saúde do colaborador é falar sobre a participação ativa e atenta da
empresa na construção e na implementação de políticas de bem-estar. Quando a
organização possui uma plataforma de Comunicação Interna que permite uma
análise qualificada de indicadores e comportamentos, como a Dialog, fica mais
fácil conhecer gatilhos, prevenir situações de estresse e tratar o
desengajamento das pessoas – que pode ser reflexo de questões pessoais ou
profissionais.
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