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Flávio Tavares |
A infertilidade afeta uma em cada seis pessoas no mundo, representando cerca de 15 a 17,5% de todos os casais. Para conscientizar a população sobre o tema e destacar a importância das medidas de prevenção e tratamento, junho é marcado como o Mês de Conscientização da Infertilidade. Essa iniciativa visa sensibilizar a sociedade sobre os desafios enfrentados por muitos casais e promover o acesso a informações e tratamentos que possam ajudar a realizar o sonho de ter filhos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define
infertilidade como a incapacidade de um casal heterossexual de atingir uma
gravidez dentro de 12 meses de relações sexuais regulares. De acordo com médica
da Clínica Origen BH e especialista em reprodução assistida, Ester Zagury,
entre mulheres acima dos 35 anos a investigação da infertilidade começa mais
cedo, após seis meses de tentativas, devido à diminuição da fertilidade com a
idade. “Se há um histórico clínico que sugere infertilidade, a investigação
deve ser iniciada imediatamente, independentemente do tempo de tentativas”,
ressalta.
Segundo ela, cerca de 30 a 35% das causas de
infertilidade são atribuídas a fatores femininos, um percentual similar é
devido a fatores masculinos, e aproximadamente 30% são causados por fatores
combinados. Já em cerca de 10% dos casos, a infertilidade é inexplicável, sem
causas identificáveis, sendo chamada de infertilidade sem causa aparente. Além
das causas biológicas, fatores como tabagismo, consumo de álcool, uso de
drogas, obesidade e até histórico familiar podem influenciar a fertilidade.
Contudo, a maioria das causas de infertilidade não é geneticamente determinada.
“Quando há uma doença genética associada à infertilidade na família, o
especialista deve investigá-la no casal”, esclarece.
A investigação básica da infertilidade envolve
vários exames. Para a mulher, são realizados inicialmente exames hormonais,
ultrassonografia para avaliação do útero e ovários, além de
histerossalpingografia, principalmente para o estudo da permeabilidade das
trompas. No homem, o espermograma é fundamental para avaliar a qualidade
seminal. “Com base nesses exames e na história clínica do casal, é possível
delinear um plano de tratamento que pode variar desde a indução da ovulação e
orientação de coito programado até procedimentos mais complexos, como a
fertilização in vitro”, explica.
De acordo com esse diagnóstico, a médica esclarece
que será escolhido o melhor tratamento para o casal. “Pode ser desde uma
indução de ovulação, nos casos de anovulação, com orientação de coito, que é a
relação sexual programada, até a fertilização in vitro, que é o procedimento de
maior complexidade”, diz. A conscientização e a informação são os primeiros
passos.
Clínica Origen de Medicina Reprodutiva
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