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terça-feira, 4 de junho de 2024

Fraudes nas negociações de créditos de carbono: por que grandes empresas compram enganadas e como garantir segurança nas transações de ativos sustentáveis?

Fraudes envolvendo a venda de créditos de carbono falsos, duplicados ou inexistentes para grandes empresas, e outras práticas como “grilagem” e “greenwashing” são cada vez mais frequentes na medida em que o mercado cresce. Isso aumenta a necessidade de segurança para compradores e geradores dos créditos, com empresas sérias, como a B4, atuando na linha de frente. 

 

Denúncias de falsificação, fraudes e duplicação de créditos de carbono crescem na mesma velocidade em que as empresas estão voltando seus olhos para a necessidade de reduzir e mitigar as emissões de CO2 na atmosfera. Dentro deste contexto surge a necessidade de que haja uma forma de garantir mais segurança e transparência nas transações desses ativos sustentáveis. 

 

Recentemente, uma reportagem veiculada no Portal Sumauma trouxe denúncias de dois esquemas suspeitos na Amazônia, que venderam créditos de carbono para grandes empresas, como a Gol, Nestlé e Toshiba. Ambos projetos foram, inclusive, certificados por uma das maiores certificadoras do mercado de carbono, que, ainda com as suas análises, não identificou que o esquema era suspeito. 

 

Além deste caso, ganhou destaque recentemente também o Banco do Brasil, que, de acordo com reportagem da Folha de São Paulo, comprou mais de 23 mil créditos de carbono de um empreendimento suspeito.  

 

Situações como essas crescem na medida em que o mercado ganha força, principalmente por conta da grande oportunidade financeira que existe por trás dessas negociações.

 

“Se hoje cerca de 5 mil empresas emitem, por ano, aproximadamente 25 mil toneladas de CO2 na atmosfera - só no Brasil - temos um cenário propício para o mercado das negociações do que chamamos de ‘ativos sustentáveis’, ou os ‘créditos de carbono’, como são mais conhecidos. Se cada tonelada de gás carbônico emitida equivale a 1 crédito de carbono, isso significa que as pessoas e empresas vão voltar os olhos para a promoção de ações que geram créditos para que possam listar, e assim, ganhar dinheiro com isso”, comenta Odair Rodrigues, fundador e CEO da B4 - primeira bolsa de ação climática do Brasil.

 

Para gerar créditos de carbono é necessário reduzir ou mitigar as emissões de CO2 na atmosfera com projetos de reflorestamento, despoluição de rios, preservação de espaços naturais e outras ações que auxiliam na diminuição dos efeitos negativos causados pelos gases de efeito estufa.

 

“As fraudes podem ser relacionadas à venda de créditos de carbono por projetos de reflorestamento de áreas ‘certificadas’ como particulares, mas que na realidade são públicas; créditos que não existem, e que têm certificados falsos, ou até mesmo créditos que são verdadeiros, mas duplicados, ou seja, vendidos mais de uma vez para empresas diferentes. Citei pouquíssimos exemplos perto de tudo que se vê por aí… São muitas formas de fraudar esses ativos, por isso a B4 criou um sistema de transformação de ativos (tokenização) dentro da blockchain: desta forma tudo é registrado de maneira que seja impossível duplicar ou fraudar os créditos” pontua Odair.  

 

Segurança e transparência nas transações

 

Em meio a tantas fraudes e crimes envolvendo os créditos de carbono e as negociações de ativos sustentáveis, a B4 se concretiza no mercado como a primeira bolsa de ação climática que utiliza a tecnologia do blockchain e a transformação de ativos (tokenização) para construir um ambiente seguro, com credibilidade e transparência, que motive tanto os originadores que querem comercializar seus créditos, quanto as empresas que precisam comprar esses ativos para compensar sua pegada e iniciar seus projetos de ação climática.

 

“Entendemos que o mercado precisa de uma maneira segura para comercializar os créditos sustentáveis, já que as fraudes estão cada vez mais comuns. A blockchain nos garante isso por meio dos tokens, que é o que fazemos: tokenizamos os ativos sustentáveis (ou, os créditos de carbono) e damos rastreabilidade ao processo, proporcionando transparência para as partes que negociam”, diz o CEO da B4, que completa dizendo a respeito da necessidade da verificação e certificação correta de todos os projetos: “A B4 vai além de apenas ser uma bolsa de ação climática - como nós mesmo nos posicionamos - mas também atua como um ‘braço’ que apoia empresas na jornada de sustentabilidade, ajudando a tirar projetos do papel, e validando todas as ações antes de listar em nossa plataforma, para garantir que não haja nenhum tipo de fraude”, diz. 

 

Segundo Odair, um dos projetos citados na reportagem do Portal Sumauma, suspeito de fraude, aplicou para listagem na B4 no mês de maio, mas não foi aprovado na primeira fase das análises, sendo solicitados alguns ajustes. O mesmo projeto foi certificado por uma das mais conhecidas certificadoras de créditos de carbono. 

 

“O trabalho da B4 é muito sério e conta com uma equipe comprometida em trazer segurança, transparência e credibilidade em um mercado que é bastante complexo, já que exige muita análise e competência técnica para garantir a segurança de cada um dos projetos listados”, finaliza Rodrigues. 

 



B4
Saiba mais em: https://b4.capital/

 

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