Por meio da parceria com a Biocell,
centro veterinário — que já tem atendimento hospitalar, centro de estética e
escola para cães — eleva seu portfólio com ênfase em terapia celular
Entregar inovação e bem-estar não está apenas no DNA da medicina humana, mas também na veterinária. Esse é um dos grandes objetivos do Nouvet, que em menos de um ano de história atingiu o marco de se tornar um centro de referência em tratamento de células-tronco para cães e gatos.
Localizado em São Paulo, o centro veterinário dá esse novo passo
em parceria com a Biocell, um dos laboratórios pioneiros do Brasil autorizados
a realizar, fornecer e treinar médicos para o tratamento. Com isso, o Nouvet,
sendo uma unidade avançada da Biocell, ficará responsável pelo preparo e
encaminhamento do material para aplicação da terapia celular. As células preparadas
podem ser aplicadas tanto em seu centro veterinário quanto enviadas para outras
clínicas.
A novidade posiciona o centro veterinário como um dos únicos
centros expandidos da capital paulista. Ele já dispõe da infraestrutura
necessária para as etapas de tratamento: sala exclusiva para o preparo do
material com os protocolos de esterilização, maquinários e toda a documentação
necessária. Nesse cenário, a Biocell fica responsável pela disponibilização das
células-tronco e o apoio fundamental no processo.
“É um momento muito significativo para nós, pois marca mais um
grande passo que damos rumo à especialização em tratamentos e qualidade de
atendimento humanizado aos pets, aproximando a medicina humana e a veterinária.
É um prazer poder ter uma parceria como a Biocell, com toda sua experiência
clínica, nos apoiando em todas as etapas”, comenta Thiago Teixeira,
diretor-geral do Nouvet.
A terapia celular age, em especial, contra doenças articulares, algumas das principais patologias que mais respondem positivamente ao tratamento. Também trata doenças autoimunes, oculares e sequelas de cinomoses, além de atuar como tratamento paliativo de distúrbios renais e auxiliar a recuperação celular em processos cicatriciais de lesões, por exemplo.
“A avaliação do diagnóstico e a realização do check-up, com exames de sangue ou de imagem, se fazem necessários antes de qualquer outra ação. É preciso analisar com cautela o quadro clínico do paciente para entender o tipo da doença e ver como, quando e se o tratamento é aplicável”, explica Nathalia Chiroze, patologista clínica e citologista responsável pelo setor de laboratório do Nouvet.
Por serem de origem embrionária, as células-tronco têm potencial para se transformarem em diferentes tipos de células presentes no tecido lesionado, sejam ósseas, tendíneas ou cartilaginosas, além de liberarem biofatores que promovem a recuperação do tecido. Dessa forma, elas operam no reparo de lesões, migrando para o local lesionado, controlando a inflamação e degeneração do tecido e estimulando sua regeneração. Em alguns casos, se transformam nas células do tecido danificado, substituindo as células perdidas, como no caso das osteoartroses.
“Para muitas doenças, as células-tronco agem auxiliando etapas e agilizando o tratamento, principalmente em casos paliativos, que ajudam muito os pacientes. As respostas nem sempre são imediatas, mas é possível observar seu efeito positivo, por menor que seja”, comenta Chiroze.
Para se consolidar como um centro referência em pesquisa e aplicação
da terapia celular, todo o corpo médico do Nouvet passou por um treinamento:
tanto os patologistas, que ficam responsáveis por manipular as células e
realizar o tratamento, como os médicos clínicos, que podem direcionar os
pacientes ou fazer o acompanhamento dos casos encaminhados.
Um dos treinamentos foi feito com uma cachorrinha de raça Poodle,
22 anos, que apresentava várias comorbidades, como doença articular, disfunções
cognitivas e alterações renais, sendo os sintomas causados pela doença articular
como principal queixa relatada pela tutora. Depois da avaliação primária, ela
recebeu o tratamento de forma intravenosa e, após uma semana, a equipe observou
melhoras em sintomas específicos. Se antes estava mais apática devido às dores,
depois da intervenção ela se mostrou mais ativa e brincalhona. Segundo
Nathalia, na pós-avaliação — que pode levar de 15 a 30 dias —, percebe-se
diferença mesmo nos sintomas mais tímidos.
“É uma etapa na medicina veterinária que abre um leque de
possibilidades. É um procedimento que ainda está ganhando visibilidade, com os
especialistas pesquisando mais a fundo e entendendo a dimensão de seus efeitos
e vantagens. De qualquer forma, é visto com muito bons olhos pela comunidade
veterinária e estamos com boas perspectivas para esse novo momento”.
complementa.
Nouvet
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