Programação especial é realizada na sede do Museu das Culturas Indígenas, na zona oeste da capital. Foto: acervo MCI |
Entre 11 e
23 de abril, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) apresenta uma série de
atividades em celebração ao Dia dos Povos Indígenas (19/04). Os eventos,
programados para acontecer ao longo do mês de abril, reúne artistas,
lideranças, acadêmicos, escritores e cineastas indígenas para celebram a
diversidade cultural e de vivências dos povos originários brasileiros.
Aberta ao
público e gratuita, a programação vai contar com feira de artesanato, debates,
apresentações culturais e oficinas. O MCI é uma instituição da Secretaria da
Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela
ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em
parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
Confira abaixo as atividades especiais para a
Semana dos Povos Indígenas.
A programação começa com novidade!
A grande
jiboia, presente no sétimo andar do MCI, está de cara nova! As novas cores e
grafismos do povo Huni Kuin foram criadas pelo artista Hunikuî Sales. A
restauração contou cantos e rezas tradicionais.
O grande
pufe em formato de jiboia é uma criação da artista Rita Huni Kuin, que se
inspirou na relação mitológica do caçador Yube Inu e da mulher-jiboia Yube
Shanu.
A jiboia é
um dos animais sagrados para a cultura Huni Kuin. O animal é uma serpente não
venenosa, grande e forte, que caça na água e na terra firme. É reconhecida por
sua aptidão como caçadora e beleza dos desenhos em sua pele.
11/04 (quinta-feira)
No encontro Tensionamentos
entre justiça e meio ambiente: aliados na preservação ou obstáculos à
proteção?, às 18h, os participantes vão conhecer
estratégias e ações para promoção da justiça climática no Brasil e no mundo. A
atuação dos diversos setores da sociedade para proteção dos grupos mais
impactados pelas mudanças climáticas, como os povos indígenas, as populações
periféricas e povos ribeirinhos serão abordados pelos palestrantes.
Realizada em
parceria com o Instituto Pro Bono, o evento contará com a participação de Nadia
Barros, diretora adjunta do Instituto Pro Bono; Karaí Mirim, supervisor do
Núcleo de Comunicação do MCI; Alaí Reyes-Santos, diretora associada do PNW
(Pacific Northwest) Just Futures Institute; e Natan Kuparaka, membro do Serviço
de Assistência Jurídica Universitária da Faculdade de Direito da USP para povos
indígenas. A atividade acontecerá às 18h.
13/04 (sábado)
Nesta edição
especial da brincadeira da onça (Ninmangwá Djagwareté, em Guarani),
o público toma o lugar das peças do tabuleiro e representam os animais na
partida. O jogo começa com a onça-pintada capturando os cachorros e é
finalizado quando os cachorros conseguem encurralar a onça.
A relação
com a natureza e as histórias dos povos originários são incorporadas à
brincadeira, que contribui para a desenvoltura e agilidade ao tomar decisões,
desenvolve criatividade e favorece a capacidade de resolução de problemas. A
atividade acontecerá às 10h.
Os grafismos
Kaingang são repletos de significados espirituais e uma conexão
com a ancestralidade. Para contar sobre esse costume e a transmissão da cultura
Kaingang ao longo das gerações, o MCI receberá Kitche-rã Kaingang, que
compartilhará relatos sobre seu povo e realizará pinturas corporais nos braços
dos participantes. A oficina acontecerá às 14h.
16/04 (terça-feira)
O MCI
oferecerá uma visita mediada e um bate-papo para os idosos na atividade Diálogo
de culturas e gerações: Memórias e Caminhos, às 14h. O encontro
visa provocar trocas culturais sobre as perspectivas dos povos originários a
respeito do envelhecimento e o papel social dos mais velhos nos territórios. A
visita será conduzida pelos mestres de saberes, Natalício Karaí e Cláudio Verá.
18/04 (quinta-feira)
Às 14h, é a vez do MCI
Acessível promover uma visita guiada com interpretação em
Libras. O público surdo percorrerá as exposições Hendu Porã’rã - Escutar com
o corpo, Mymba’i - Pedindo licença aos espíritos, dialogando
com a Mata Atlântica, Nhe’ẽry - onde os espíritos se banham
e Ocupação
Decoloniza - SP Terra Indígena. Também poderão conhecer mais sobre
a vivência indígena com os mestres de saberes.
Às 18h, o MCI receberá o lançamento de dois
documentários que tratam da cosmovisão e da luta do povo Guarani Mbya,
ambientados na T.I. Jaraguá, em São Paulo (SP). No Cineclube
TAVA serão exibidos: Minha câmera é minha flecha! (2024),
de Natália Tupi e Guilherme Fascina, conta a trajetória do comunicador, Richard
Wera Mirim, que utiliza as redes sociais e produtos audiovisuais como
ferramentas para a luta e resistência dos povos originários. Os sonhos
guiam (2024), Natália Tupi registra experiências espirituais do
jovem líder indígena, Mateus Wera.
Após a
projeção dos documentários, o público poderá conhecer mais sobre as produções
em um bate-papo com a diretora, Natalia Tupi, e os personagens, Richard Wera e
Matheus Wera.
19/04 (sexta-feira)
Para celebrar e difundir conhecimentos tradicionais sobre a fabricação de artefatos, o MCI abrirá a Feira de Artesanato Indígena, na área externa do espaço, a partir das 9h. Artesãos de diferentes regiões do Estado de São Paulo vão expor e comercializar peças em madeira, sementes e penas.
Às 14h, realizará o lançamento
do livro Cânticos Tradicionais, Científicos e Culturais
Huni Kuĩ, uma coletânea de cânticos milenares científicos e
culturais do povo Huni Kuĩ, selecionados pelo pesquisador e mestre de saberes,
Maru Huni Kuĩ.
Já às 16h30,
a dança do Xondaro será apresentada pelo Coral Opy Mirim, da Aldeia Pyau, parte
da T.I. Jaraguá em São Paulo (SP). O ritual originário do povo Guarani é um
treinamento para criar reflexos e resistências para aprender a lutar. Por meio
do ritmo, o xondaro (guerreiro) pratica a defesa, o fortalecimento do corpo e
do espírito.
20/04 (sábado)
Às 10h, histórias do povo Terena serão contadas por Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo, das T.Is. Icatu e Araribá no Oeste Paulista. Os Terena são parte remanescentes da antiga nação Guaná e estão presentes nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Possuem características culturais essencialmente chaquenhas (de povos provenientes da região do Chaco, e no caso dos Terena, do Paraguai) e falam a língua tradicional Aruak.
Às 14h, o ritual Toré será apresentado
pelo grupo de dança Pankararu, constituído por moradores do
Real Parque, em São Paulo (SP). O Toré é considerado símbolo maior de
resistência e união entre povos, além de ser uma das principais tradições
indígenas do povo Pankararu do nordeste brasileiro.
23/04 (terça-feira)
O Museu da
Pessoa estará no MCI, às 15h, para a promoção do Programa Conexões e Museus. O
encontro contará com a apresentação do programa “Vidas Indígenas” a uma rede de
museus paulistas focados nas culturas dos povos indígenas.
Conduzido
pelo Museu da Pessoa, o “Vidas Indígenas” tem como objetivo o registro e a
preservação de histórias de povos indígenas do Brasil, fomentando a conexão
intergeracional nas comunidades em que os projetos são realizados.
A nova
parceria estabelecida tem como abordagem Redes Temáticas – Tecnologia Social da Memória. Neste
primeiro encontro serão exibidos novos produtos culturais criados no âmbito
da iniciativa, além de falas dos indígenas atuantes nestes projetos.
SERVIÇO
Tensionamentos entre Justiça e Meio Ambiente:
Aliados na Preservação ou Obstáculos à Proteção?
Data e
horário: 11/04/24, às 18h
Ninmangwá Djagwareté – brincadeira da onça, com
Awa Djerowewedju
Data e
horário: 13/04/24, às 10h
Oficina sobre grafismos (pintura corporal –
braço), com Kitche-rã Kaingang
Data e
horário: 13/04/24, às 14h
Diálogo de culturas e gerações: memórias e
caminhos
Data e
horário: 16/04/24, às 14h
MCI Acessível: visita com intérprete de Libras
Data e
horário: 18/04/24, às 14h
Cineclube Tava: Lançamento de “Minha câmera é minha
flecha” e “Os sonhos guiam”
Data e
horário: 18/04/24, às 18h
Feira de Artesanato Indígena
Data e
horário: a partir de 19/04/24, das 9h às 18h (às quintas, até às 20h)
Lançamento livro “Cânticos Tradicionais,
Científicos e Culturais Huni Kuĩ”, de Maru Huni Kuĩ
Data e
horário: 19/04/24, às 14h
Apresentações culturais de povos originários:
Coral Opy Mirim e Toré Pankararu
Data e
horário: 19/04/24, às 16h30
Contação de Histórias MCI: Histórias do povo
Terena, com Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo
Data e
horário: 20/04/24, às 10h
Apresentações culturais de povos originários:
Toré Pankararu
Data e
horário: 20/04/24, às 14h
Todas as atividades são gratuitas com retirada de
ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/
Sobre o MCI
Localizado
na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da
Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo,
gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o
Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
Museu das Culturas Indígenas
Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água
Branca – São Paulo/SP
Telefone: (11)
3873-1541
E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site:
www.museudasculturasindigenas.org.br
Redes sociais
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