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É importante
certificar-se de que as finanças estão equilibradas, investir em produtos
financeiros específicos e diversificar aplicações para cumprir com o esperado
Certificar-se de que as finanças estão
equilibradas, investir em produtos financeiros específicos para despesas
educacionais e diversificar as aplicações são algumas maneiras de se preparar
financeiramente para os gastos com a educação superior dos filhos. Seja em
relação a instituições públicas ou privadas, os custos envolvidos nesse caminho
podem ser consideráveis, impactando o orçamento familiar.
Uma faculdade particular, por exemplo, pode
representar uma despesa significativa para as famílias. Instituições públicas,
apesar de serem isentas de mensalidades, podem demandar gastos com livros,
moradia e transportes, principalmente para alunos que precisam se deslocar de
outras cidades. Os custos podem ser motivo de desestabilização do orçamento e,
em alguns casos, até mesmo impedir que os jovens tenham acesso ao ensino
superior.
Durante a preparação do estudante para entrar na
faculdade, pode ser preciso apostar em um curso
pré-vestibular, por exemplo, para ajudar o aluno a se preparar para as
provas de ingresso nas instituições de ensino superior. Nesse contexto, o
planejamento financeiro pode fazer toda a diferença para garantir que os filhos
tenham a oportunidade de se formar e de se preparar desde o início da jornada
estudantil.
Para isso, é preciso calcular os gastos envolvidos
no processo educacional de forma precisa e levar em conta as mensalidades e as
despesas adicionais, se necessário. Qual o valor
do curso de Medicina Veterinária, por exemplo? A mensalidade é fixa ou pode
mudar ao longo do tempo? É possível antecipar o pagamento e conseguir algum
desconto? Essas são algumas das perguntas que devem ser feitas antes de decidir
o melhor plano de ação financeira e buscar alternativas e estratégias viáveis
para lidar com os custos envolvidos.
Os pais de um estudante que queira cursar Enfermagem
em 2024, por exemplo, podem considerar, além dos gastos com materiais e
outras necessidades atreladas à dinâmica estudantil, despesas com cursos
pré-vestibulares específicos para essa área. Considerando que o campo da saúde,
muitas vezes, requer estágios obrigatórios e participação em eventos
acadêmicos, é importante também se preparar para custear possíveis despesas
relacionadas a essas atividades extracurriculares.
Bolsas de estudo e produtos
financeiros específicos podem ajudar no processo
Buscar possibilidades de bolsas de estudo,
financiamentos estudantis e programas de incentivo educacional pode ser uma
maneira de reduzir o impacto financeiro da faculdade. Além disso, como
recomenda a Bolsa de Valores do Brasil (B3), é importante considerar a
diversificação de investimentos e buscar orientação adequada na hora de formar
uma reserva educacional.
Investir em produtos financeiros específicos pode
auxiliar as famílias a se preparar financeiramente para a faculdade da prole. O
Tesouro Educa+ é um exemplo. Trata-se de um título do Tesouro Direto com foco
no planejamento financeiro dos pais para a educação dos filhos, parecido com o
Tesouro IPCA+, corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, fazendo com o dinheiro não perca o
valor com o tempo.
Fundos de Previdência, poupança, Certificado de
Depósito Interbancário (CDI), Certificado de Depósito Bancário (CDB), entre
outros, também são exemplos de investimentos que podem ser considerados para
alcançar as metas financeiras relacionadas à educação. Junto a isso, é preciso
sempre avaliar o perfil de risco, prazos e retornos esperados de cada uma das
opções.
Liberdade financeira pode
ajudar a poupar para o futuro com mais segurança
Conforme especialistas em entrevista ao Bora
Investir, site de educação financeira da B3, antes de ter um projeto de vida e
educação para os filhos, os pais devem investir na conquista da própria
liberdade financeira primeiro. Isso porque o mercado financeiro conta com
variáveis que podem ser consideradas um pouco mais previsíveis em comparação às
mudanças que podem acontecer na vida de uma pessoa.
Os especialistas recomendam que o ponto de partida
seja fazer uma reserva de emergência. Em seguida, deve-se investir em uma
aposentadoria. Aplicar em objetivos financeiros paralelos ao mesmo tempo, como
viagens de curto e médio prazo ou pertences mais caros, também é
possível
A partir daí, é mais seguro começar a guardar
dinheiro para gastos relacionados à educação dos filhos. Essa organização é
necessária, conforme a B3, porque o ideal é dividir a vida financeira em prazos
e objetivos, tanto conjuntos como individuais. Assim, ter o hábito de gerar e
poupar dinheiro, fazendo investimentos em produtos que atendam a prazos diferentes
e sonhos, é o mais importante.
Além disso, como o prazo do investimento na
educação costuma ser longo, é indicado montar uma carteira diversificada, tanto
com aportes em renda fixa quanto em renda variável e em ações, por exemplo.
Fundos de previdência também podem ser uma aposta vantajosa neste período,
segundo os especialistas entrevistados pela B3. De modo geral, a orientação é
que os investidores prestem atenção se suas aplicações estão mantendo o seu
valor diante da inflação em períodos mais longos.
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