Rede Mater Dei destaca a importância da
conscientização e intervenções eficazes para prevenção e controle da doença
para não se tornar uma ameaça silenciosa à saúde pública
A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é
uma condição de saúde que afeta uma parcela significativa da população
brasileira. Embora seja muito associada a hipertensão a sintomas como tontura,
falta de ar e dor de cabeça, a realidade é que essa doença é frequentemente
assintomática, o que a torna ainda mais perigosa. Se não for controlada, a
hipertensão pode reduzir a expectativa de vida. Segundo o Instituto Nacional de
Cardiologia, entre 2008 e 2022, houve um crescimento nas internações por
infarto no Brasil. Tanto homens quanto mulheres foram afetados, com um aumento
médio mensal de 158% e 157%, respectivamente. Como forma de conscientizar a
população, a Rede
Mater Dei explica a importância do tratamento
adequado e a mudança dos hábitos de vida.
Estresse e idade
O estresse repentino é apontado como uma das causas de infarto, podendo desencadear o fechamento de uma artéria coronária. No Brasil, estima-se que a hipertensão atinge cerca de 32,5% dos adultos, o que representa aproximadamente 36 milhões de pessoas. Alarmantemente, mais de 60% dos idosos também são afetados por essa condição. A hipertensão arterial contribui, direta ou indiretamente, para metade das mortes por doenças cardiovasculares no país. No entanto, muitas pessoas desconhecem sua condição, ou não seguem um tratamento adequado, devido à ausência de sintomas evidentes. “O controle da pressão arterial é fundamental na prevenção de doenças cardiovasculares, dada a alta prevalência de hipertensão no Brasil. De fato, a hipertensão não controlada é um fator de risco significativo para ataques cardíacos, derrames e outras complicações cardiovasculares”, destaca Bernardo Tarabal, cardiologista do hospital Mater Dei Premium Goiânia.
Outro aspecto preocupante é que a hipertensão arterial não escolhe idade. “Em termos de faixa etária, há uma tendência significativa de aumento na incidência de hipertensão arterial e infarto entre os mais velhos, mas também se observa um aumento preocupante entre os mais jovens, devido a mudanças no estilo de vida e fatores de risco comportamentais”, diz o médico. No Brasil, há 36 milhões de adultos diagnosticados com essa condição, o que eleva consideravelmente o risco de problemas cardíacos.
"A hipertensão arterial contribui para o acréscimo do risco
de infarto devido ao estresse adicional que exerce sobre as artérias
coronárias, aumentando a probabilidade de formação de placas de aterosclerose e
bloqueios nas artérias que irrigam o coração", explica Bernardo. Ele
ressalta que, além
da pressão arterial elevada, outros fatores de risco que devem ser considerados
na avaliação do risco de infarto, em pacientes com hipertensão arterial,
incluem tabagismo, colesterol elevado, diabetes, obesidade, histórico familiar
de doenças cardiovasculares e estilo de vida sedentário. Esses fatores podem
agir em conjunto para aumentar ainda mais o risco de complicações
cardiovasculares.
Medidas preventivas
Por outro lado, a hipertensão secundária pode surgir como resultado de condições médicas subjacentes, como doença renal, distúrbios da tireoide ou problemas nas glândulas suprarrenais. Essas condições podem levar a uma elevação súbita e severa na pressão arterial, exigindo um tratamento específico para a causa subjacente.
No entanto, medidas simples, como informação e tratamento
adequado, podem ajudar a prevenir complicações graves associadas à pressão
arterial elevada. "Os principais desafios na identificação e no tratamento
da hipertensão arterial incluem a falta de conscientização por parte dos
pacientes, a falta de sintomas perceptíveis em estágios iniciais e a baixa
adesão ao tratamento medicamentoso, além de questões socioeconômicas, que podem
dificultar o acesso ao atendimento médico adequado", alerta o
cardiologista. Como trata-se de uma doença comum e muitas vezes com sintomas
silenciosos, é indicado seguir uma rotina regular de consultas com um
cardiologista e fazer exames preventivos.
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