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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Tarde demais? Médico alerta que praticar exercícios físicos após os 50 anos traz inúmeros benefícios


Geriatra explica a importância de fazer atividades com o corpo nessa fase da vida


Muitos mitos e suposições cercam o processo natural de envelhecimento. Mas se tem algo que é unânime é que, para manter uma vida mais tranquila acima dos 50 anos, bons hábitos são fundamentais e fazem toda a diferença. “Nunca é tarde demais para começar uma atividade física. Tem gente que pensa que, se não começou até agora, não dá mais tempo. Mas dá”, garante Felipe Bozi, geriatra da startup Nilo Saúde.  

O médico explica que os benefícios de realizar atividades físicas existem independentemente da idade em que se inicia a prática, contribuindo para a melhora da qualidade do sono e do humor, maior controle de doenças como hipertensão e diabetes, melhora da atenção e das funções cardiovascular e respiratória, promovendo mais qualidade de vida e saúde física e mental.

A partir da terceira e quarta década de vida, as pessoas apresentam uma redução natural de massa muscular. A prática de exercícios físicos na juventude consegue impedir ou ao menos atrasar essa perda. Mas, mesmo que esse hábito não venha desde cedo, o início da prática de atividade física é capaz de melhorar a saúde muscular e óssea.  

“A perda da massa muscular está associada a um maior risco de quedas, maior desequilíbrio, o que pode aumentar as hospitalizações, reduzir a velocidade e a força da pessoa, tirando a sua qualidade de vida. Hoje em dia se sabe que a atividade física está associada também à prevenção de Alzheimer”, completa. 

Para essa faixa etária, o recomendado é que, antes de iniciar os exercícios, a pessoa procure um médico para que seja feita uma avaliação minuciosa, identificando se existe algum tipo de risco ou restrição, além da orientação do melhor tipo de exercício a ser realizado.  

Segundo o geriatra, de forma geral, é indicado que os exercícios sejam feitos cinco vezes por semana com duração de 30 minutos, intercalando entre atividades físicas aeróbicas, com intensidade moderada, treino resistido, com o auxílio de pesos e elásticos - para que haja uma resistência muscular -, e exercícios de equilíbrio, que buscam manter o balanço do corpo.  

Os exercícios aeróbicos incluem caminhada um pouco mais acelerada, bicicleta ou atividades na água, por exemplo. Os treinos resistidos devem ser feitos pelo menos duas vezes por semana, alternando entre os grandes músculos dos membros inferiores e superiores. Quanto às práticas de equilíbrio, indispensáveis para evitar que as quedas ocorram, são indicados Tai Chi Chuan, yoga, pilates, entre outros. Mas vale lembrar que os treinos devem acontecer sob supervisão de um profissional educador físico que possa ajustar a prática para a especificidade de cada pessoa.

 



Felipe Bozi - médico formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde em Brasília (ESCS) e especializado em Clínica Médica e Geriatria pelo Hospital das Clínicas da USP. Seu interesse pela geriatria começa ao perceber que o paciente idoso precisa de um olhar diferenciado que respeite sua biografia e suas expectativas, pois só assim é possível fazer um cuidado adequado de sua saúde. Após terminar a residência de Geriatria, trabalhou por um ano como preceptor dos residentes no HCFMUSP, contribuindo para a formação dos novos médicos residentes em Geriatria. Depois, passou a integrar o time da Nilo, uma clínica multidisciplinar digital especializada na saúde integrada do público 50+.

 

Nilo Saúde

https://www.nilosaude.com.br/

https://www.linkedin.com/company/nilo-saude/

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