Gestora da Dr.
Localiza aponta quais medidas são necessárias para as empresas acolherem
colaboradores PCD
Segundo o último censo divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 45 milhões de
pessoas com deficiência (PCDs) no país. No mercado de trabalho, entretanto, a
presença é baixa: apenas 418,5 mil têm carteira assinada, de acordo com dados
apresentados em 2016 pelo Ministério do Trabalho.
A Lei 8.231/91, assinada em 1991 pelo presidente
Fernando Collor, determina que empresas com mais de 100 funcionários guardem de
2% a 5% das vagas para PCDs. Apesar desse marco, ainda existem muitas dúvidas
sobre o tema, o que cria dificuldades para o grupo ingressar no mercado de
trabalho e é agravado pela falta de preparo dos empregadores.
“Existem muitas vagas por conta da cota, mas é
necessário ter qualificação”, relata Paula Fernandes de Souza, de 41 anos, que
tem deficiência auditiva bilateral e trabalha com vendas na Dr. Localiza,
empresa de rastreamento de veículos.
“Depois que perdi parcialmente a audição, enquanto
aguardava o aparelho, passei um período trabalhando como atendente de
supermercado. Foi uma experiência positiva, mas faltava orientação e suporte.
Não havia sinalização da minha deficiência, então eu precisava explicar para que
os clientes entendessem a situação”, conta Paula.
A estrutura inadequada pode ser consequência do
tabu da sociedade acerca do assunto, o que reflete também na esfera do
trabalho. “Quando voltei para a Dr. Localiza, onde já havia trabalhado antes,
eu estava com meu aparelho auditivo e isso facilitou minha adaptação. Hoje,
consigo desempenhar minha função sem nenhuma dificuldade e atribuo isso à
liderança da empresa, que sempre me apoiou”, conclui.
Hoje, uma das melhores formas de enfrentar o tabu é com a conscientização atitudinal, termo para o conjunto de ações de acolhimento e abertura para ouvir a pessoa com deficiência, sem preconceitos, estereótipos e discriminações.
Segundo a diretora geral da Dr. Localiza, Patrícia
Jardim, a empresa busca selecionar seus candidatos sem estigmas. “É importante
lembrar que, ao receber um funcionário PCD, é necessário adaptar a estrutura do
local, os processos e até mesmo a rotina”.
Para que experiências como a de Paula se repitam, é importante educar a sociedade como um todo. Confira boas práticas para uma convivência melhor e mais consciente:
- Quando quiser ajudar uma pessoa com deficiência,
pergunte antes se ela precisa de algo e como você pode auxiliá-la;
- Não ofenda-se caso a oferta seja recusada;
- Fale com naturalidade sobre a deficiência e tire
dúvidas quanto à influência da limitação ou necessidade de acessibilidade;
- Bom senso é essencial no relacionamento com todas
as pessoas e o mesmo vale para as com deficiência;
- Ao falar com uma pessoa com deficiência mental,
não use tom de voz infantil, trate-a como adulta;
- Ao oferecer ajuda para uma pessoa cega ou com
baixa visão, dê seu braço para ela se apoiar. Não a conduza puxando pelas mãos;
- O cão-guia é um cão de trabalho. Não o distraia
de suas funções com brincadeiras e carinhos;
- Ao conversar com uma pessoa surda ou baixa
audição, fale de frente para que ela possa acompanhar o movimento labial.
- Não toque ou empurre a cadeira de rodas sem ser
solicitado. Ela faz parte do espaço pessoal do cadeirante;
- A deficiência é uma condição e não uma
enfermidade, por isso, não trate a pessoa como se ela estivesse doente.
Fonte: https://diversa.org.br/tag/acessibilidade-atitudinal/
Dr..Localiza
https://www.instagram.com/doutorlocaliza/
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