"A pandemia mundial da Covid-19 pede uma reflexão sobre o quanto de empatia e compaixão você compartilha neste momento difícil para a humanidade. São escolhas necessárias para o seu caminho, mesmo que você ache impossível.
Assim
como a maioria, você também deve conhecer uma pessoa, famosa ou anônima, de
dentro ou de fora do seu círculo de convivência, com quem seu santo
simplesmente não bate, como dizem por aí. Quase tudo o que diz respeito a ela,
causa, em você, repulsa, mágoa, tristeza, raiva, indignação, quando não uma
vontade imensa de dar o troco na mesma moeda.
No
meu livro “Perdão, a Revolução que Falta”, eu falo bastante sobre os pré-conceitos
que estabelecemos em relação às pessoas muitas vezes sem nem ao menos
conhecê-las. Aliás, nós enganchamos” com as pessoas pelas mais diversas razões,
mas, sejam quais forem, todos esses motivos dizem muito mais respeito a nós
mesmos do que ao outro.
Quero
contar por que é que a empatia e a compaixão são essenciais para lidar com tudo
isso, mesmo que você ache impossível praticá-las em relação a algo ou alguém.
Principalmente
em tempos como esses, de pandemia e de tanta polarização, é importante que
possamos nos rever, com abertura e honestidade, para interromper esse círculo
vicioso tão prejudicial em que tantas vezes entramos sem nem perceber.
Embora
tenha ficado muito mais evidente nos últimos tempos, a maior parte das pessoas
tem grande dificuldade em aceitar que o outro pensa, sente e se comporta de
formas variadas.
Agimos
assim porque, inconscientemente, queremos provar que sabemos mais; que nossa
opinião tem valor; que merecemos atenção e respeito. Para além disso, também
queremos que o outro reconheça e pague por seus erros. E, então, decidimos
condená-lo e puni-lo por suas falhas sem nem perceber que a sentença é (quase
sempre) compartilhada.
Se,
no meio desta tal polarização ou, mesmo, ao longo da vida, você perdeu ou se
distanciou de alguém que pensava ou agia diferente de você, deve saber do que
estou falando... Será que aquela pessoa era mesmo tão ruim assim? Será que não
tinha mesmo nenhum valor assim a ponto de encerrar essa relação?
Não
estou falando de pensamentos e comportamentos que violam os direitos humanos ou
a lei. Se você rompeu relações com pessoas cujas crenças ou ações transgrediam
o que está posto em alguma legislação, fez bem. Deixe que estes sejam julgados
na esfera criminal.
Estou
me referindo a pessoas queridas, amigos de longa data, irmãos, primos, tios,
pessoas com quem você mantinha um vínculo de afeto e respeito até que a relação
se desfez por divergências de pensamentos, ou seja, pela incapacidade de levar
uma boa dose de compaixão e empatia a essa relação.
Na
empatia, eu encontro, dentro de mim, emoções e pensamentos que refletem os do
outro, que são como espelhos. Sou capaz de compreender que, muito embora não
tenha sido comigo, aquele episódio que aconteceu e doeu no outro também
repercute em mim.
Por
isso, empatia e compaixão andam de mãos dadas e a partir delas que você poderá
compreender que as diferenças sempre oferecem uma oportunidade de aprendizado e
crescimento.
Mas,
lembre-se: só é possível desenvolver essas habilidades se você, em primeiro
lugar, puder conhecer a si mesmo(a), rever sua própria trajetória, perdoar suas
falhas, e reconhecer positivamente suas qualidades.
Então,
comece por você. Compaixão e empatia significam AUTOconhecimento, AUTOrespeito,
AUTOcuidado, AUTOamor. Quando você está preenchido, sobra e transborda para o
outro. O direito de existir é NOSSO; aproprie-se do seu para, em
seguida, reconhecer o do outro."
Heloísa Capelas - CEO do Centro Hoffman e, há quase três
décadas, está à frente do Processo Hoffman no Brasil – treinamento de autoconhecimento
aplicado em 15 países e que já teve seus resultados cientificamente atestados.
Por sua sala de aula já passaram mais de 12 mil alunos, entre os quais algumas
das principais lideranças e gestores do mercado nacional. Criadora do “Universo
do Autoconhecimento”, primeira plataforma de treinamentos e conteúdo online
sobre o tema, e autora dos best-sellers “O Mapa da Felicidade” e “Perdão, a
Revolução que Falta”, Heloísa é reconhecida como uma das principais
especialistas do país em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação
pessoal.
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