Quantas vezes você já ouviu ou falou para si e para os outros “eu não sei vender”? Pode parecer clichê, mas essa é uma das frases mais ditas por quem ainda não se livrou das crenças limitantes.
Antes, vou esclarecer. Crenças limitantes são
programações inseridas em nosso cérebro desde o nosso nascimento, com base em
tudo que víamos, ouvíamos e sentíamos fosse por meio dos nossos pais biológicos
ou substitutos, do meio em que vivemos como lar, escola, bairro etc. Sim, todas
as experiências da nossa criação, desde quando nascemos, foram gravando
aprendizados em nossa mente.
Nosso cérebro funciona como um HD, que vai sendo
abastecido o tempo todo por gestos, conversas, sensações e sentimentos
decorrentes da nossa convivência com os adultos e com o mundo externo. Vale a
pena se perguntar: Quando você era criança presenciou que tipos de situação?
Foi tratado com amor, carinho e compreensão ou foi criado dentro de um ambiente
hostil? Quando falavam a seu respeito os feedbacks eram positivos ou negativos?
Quando se fala em autoestima, que tipos de palavras
você ouvia? Eram encorajadoras ou desanimadoras a respeito do seu futuro?
Levantavam seu ânimo ou colocavam você para baixo? Enfim, tudo isso ficou
gravado em sua memória.
No âmbito financeiro, também existem crenças limitantes
de que dinheiro é algo ruim. Você já deve ter ouvido exemplos como “Gente rica
não vai pro céu”; “Dinheiro não dá em árvore” e esse tipo de sentimento ruim
que o dinheiro traz, faz com que as pessoas continuem vivendo com pouco, sempre
no vermelho e fazendo novas dívidas a cada dia.
Em meus cursos, convido os alunos a fazerem uma
reflexão sobre o quanto as limitações que sentem com sua maneira de enxergar a
si mesmos e o mundo são reais ou imaginários, e geralmente a descrença em si
mesmos é tamanha que pode ser considerada uma das maiores dificuldades que um
ser humano precisa enfrentar e a grande causa de insucesso de alguns. Se as
pessoas não acreditam em si mesmas, no potencial que têm, como podem acreditar
na força do seu trabalho, da sua entrega. É aí que te pergunto: você sabe
vender e se vender? Se a sua resposta é não, saiba que isso é uma crença
limitante também, por isso, primeiro passo a partir de agora é tomar
consciência disso e iniciar o seu processo de mudança de vida.
Saber vender muitas vezes causa a sensação de
inferioridade por estar oferecendo algo a alguém e ser rejeitado. A primeira
coisa é quebrar essa crença e entender que isso é fruto de sua imaginação, e
sabe por quê? Porque todos nós estamos vendendo, e nos vendendo o tempo inteiro
para todos aqueles que convivem como nós.
A arte de se vender começa logo de manhã pela
maneira como você se arruma para sair de casa, como olha para as pessoas que
cruzam seu caminho, pelas primeiras palavras que diz quando chega ao trabalho.
É isso mesmo, é preciso nos vender quando
acordamos, mostrando ao parceiro que o queremos ao nosso lado dia após dia,
encantando e oferecendo carinho diariamente. Essa é a forma de manter a conexão
entre o casal e fazer com que a intimidade e o amor não se percam, vivendo
apenas para pagar contas e criar os filhos, sem afeto e carinho.
Já com os filhos, devemos passar confiança a eles.
Devem saber que estamos dando o melhor de nós para sermos pais presentes e que
estamos dando as orientações necessárias para um crescimento saudável, com
muito amor e responsabilidade. Então, qual é a imagem que você está passando
para eles?
No âmbito profissional, costumo brincar dizendo que
quem não sabe se vender tem que esperar ser “comprado” e quem se coloca nessa
posição, acaba sendo comprado a qualquer preço. Vejo dezenas de profissionais
extremamente competentes, preparados, com um potencial de entrega
extraordinário, ficando para trás por não saberem se vender. Mesmo tão
comprometidos perdem diversas oportunidades, pois deixam de mostrar que são
muitos bons, principalmente, na hora de vender o próprio “peixe”.
E se eu digo tudo isso é porque eu mesmo não
escapei desse sentimento de incapacidade e dos rótulos negativos quando era
jovem. Tudo isso pode magoar e limitar de muitas maneiras a formação da
personalidade, a autoconfiança e a autoestima. Mas a virada de jogo é
ressignificar essa crença de que você não sabe vender e se vender e entender
que essa prática faz parte de nós, da nossa essência, inclusive do nosso ciclo
de sobrevivência e, então, você terá as ferramentas para aprimorar essa arte e
fazer dela um caminho para prosperidade e abundância. Não há para onde correr.
É preciso trilhar o caminho.
Eduardo
Volpato - Nascido em Porto Alegre, Eduardo Volpato começou
a trabalhar muito cedo com o pai e aos 16 anos empreendeu como eletricista e
manutenção geral. Saía de casa com o dinheiro da ida, mas sem o dinheiro da
volta, como forma de forçá-lo a ganhar o dia de qualquer jeito, sem a
alternativa de desistir ou desanimar. Dono de um saber em empreendedorismo um
tanto quanto autodidata, Volpato nunca parou de estudar. Formado em eletrônica
e especialista em segurança pública e privada, é CEO Founder do Grupo Volpato,
uma das maiores empresas brasileiras do setor de segurança. Master Coach
Integral Sistêmico pela Florida Christian University e Analista de Perfil
Comportamental Cis Assessment pela Febracis, Volpato tem se dedicado a
ensinamentos de coragem e determinação para quebrar o ciclo de insatisfação que
acomete milhares de brasileiros.
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