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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Profissionais revelam dicas para um closet funcional e elaborado de acordo com a demanda do morador

 Renato Andrade e Erika Mello, do escritório Andrade & Mello Arquitetura, contam os cuidados especiais que devem ser observados ao projetar o espaço

 

Projeto Andrade & Mello Arquitetura

Foto: Luis Gomes


Por natureza, consumimos. Adquirimos roupas, sapatos, acessórios e uma sorte de objetos e produtos pessoais para suprirem o que precisamos. Por consequência, nossa casa precisa oferecer um lugar específico para guardá-los.

“No dormitório, o closet é um espaço cada vez mais desejado nos projetos que realizamos”, explica o arquiteto Renato Andrade que ao lado da sua sócia – e também arquiteta Erika Mello –, seguem à frente do escritório Andrade & Mello Arquitetura.

Cientes de que muitas vezes o closet pode não ser tão amplo quanto o esperado, os dois abrem uma reflexão sobre o que é realmente necessário ter no espaço, interferindo diretamente no ato de guardar. “Muitas vezes temos roupas e sapatos que nunca usamos e estão parados nos armários. O hábito do consumo faz com que, por maior que seja o closet, sempre tenhamos aquela sensação de não termos o que desejamos, pois não conseguimos visualizar. Além disso, nos causa a impressão de que o tamanho do armário nunca supre a demanda”, relaciona Erika.

Ao entender as necessidades dos moradores, Erika e Renato trabalham em cima de estratégias para projetar o closet sob medida – tanto para as dimensões do imóvel, como também no olhar de quem o manuseará no dia a dia. “Todo arquiteto tem um pouco de Marie Kondo”, brinca Renato.

 

Organização é primordial:

Projeto Andrade & Mello Arquitetura 

Foto: Luis Gomes


Uma estratégia sugerida pelos profissionais é posicionar os seus cabides com o gancho para dentro e, à medida que for usando as peças, deixá-los voltados para fora. “Em pouco tempo você vai descobrir que existem peças que não são usadas e que podem ser até doadas”, revela a arquiteta.

Nos projetos realizados por Erika e Renato, ambos ressaltam que um dos segredos é adotar princípios básicos de organização, como setorização e separação, que deve ser refletido no projeto de marcenaria. De forma geral, a composição segue uma linha de pensamento semelhante às definidas por personal organizers.

O móvel executado para o closet deve propiciar a arrumação por cores e estampas; prover espaços específicos para receber roupas com menor tempo de uso no ano, como as peças de inverno; facilidade para o manuseio frequente de roupas íntimas e de academia; bem como proteger itens mais delicados como pijamas, lenços e vestuários de tecidos mais delicados. “Podemos pensar no armário como um conceito que rotaciona conforme as estações do ano. Levando em consideração que o clima tropical do país influi em um período menor de frio, o mobiliário deve conter um lugar específico para acomodar as blusas de frio. Os sacos plásticos a vácuo são ótimos para não ocupar tanto espaço e evitar que as roupas fiquem empoeiradas”, aconselha Renato.

O restante deve ser contemplado em cabideiros, mas com critérios de divisão. Um mesmo lado, por exemplo, pode ser dividido entre o calceiro, bem como o espaço para pendurar camisas e casacos. Para closets femininos, um lado mais alto é essencial para vestidos. “Que mulher gosta de ver o seu vestido marcado pelas dobras decorrentes da falta de espaço no armário?”, diz Erika.

 

Medidas e um passo a passo que acompanham os projetos

 

Imagem Andrade & Mello Arquitetura 


  • Indicados para malas e sempre pensados como um compartimento de difícil acesso, os maleiros devem ter uma altura mínima de 30 cm. Também são apropriados para acomodar caixas que não são manuseadas com frequência, bem como roupas de cama;
  • Cabideiro longo é fundamental para os closets femininos, já que abrigam casacos longos e vestidos. Como referência, devem dispor de uma altura de 1,20 a 1,60 m; 
  • O cabideiro tradicional para blazers e casacos, carece altura média de 90 cm a 115 cm – semelhante para os calceiros; 
  • Sapateiras seguem na unidade do projeto, mas os profissionais preferem separar este compartimento por questões de higiene. As sapateiras deslizantes, com altura de 12 a 18 cm, acomodam rasteirinhas, sandálias e tênis baixo. Já aquelas com 18 e 24 cm são perfeitas para sapatos de salto alto e botas com cano baixo. As botas com cano alto devem ser armazenadas em caixas; 
  • Nichos são ótimos para acondicionar camisetas, malhas ou peças de linho. Também podem organizar as bolsas e caixas com lenços ou acessórios. As medidas mínimas mais adequadas são 30 x 30 cm; 
  • Gavetas com visores são excelentes para orientar e organizar itens como bijuterias e podem ser especificadas com 9 a 12cm; 
  • Para as peças íntimas, a profundidade mínima varia entre 12 cm a 15 cm. Já as roupas de ginástica e camisetas podem ser posicionadas em gavetas com alturas entre 15 a 20 cm; 
  • Gavetões mais profundos, entre 20 a 40 cm, são apropriados para roupas de inverno.

 

 

Andrade & Mello Arquitetura e Interiores

www.andrademelloarquitetura.com.br

@ondeafamiliaacontece 

 

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