A Nielsen – multinacional especializada em pesquisas de mercado – fez um levantamento e apontou que as vendas totais do varejo moderno cresceram 12,8% no primeiro semestre de 2020, ante aos primeiros seis meses de 2019. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou um forte avanço nas vendas no setor: 13,9% em relação ao mês anterior. Esta foi a maior alta da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2000. O crescimento acontece após o mês de abril registrar um recuo recorde de 16,3% em comparação a março.
São números que empolgam, com certeza.
Grandes players varejistas já vinham em movimento consistente e planejado de
transformação digital, implementando novas formas de venda, atendimento e
impulsionando suas plataformas. No entanto, o varejo brasileiro não é
feito somente de “Magalus” e “Via Varejos”.
O pequeno empresário do setor está
amargando a uma das maiores (senão a maior) crise de todos os tempos. Em função
do isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, fechar as portas
das lojas está sendo brutal. Segundo números divulgados pelo IBGE no mês
de junho, mais de 200 mil pequenos negócios no comércio encerraram as atividades
em definitivo na pandemia, sendo que nenhuma empresa de grande porte – com mais
de 500 funcionários – fechou em definitivo.
No entanto, o empresariado
brasileiro se mostra resiliente e enxerga na tecnologia um grande aliado para
ter fôlego e atravessar esta crise. Hoje já é possível manter um sistema de
gestão acessível que é integrado ao e-commerce, permitindo que a solução seja
utilizada de forma mais barata e performando sem a necessidade de uma
infraestrutura mais robusta e paralela. É facilidade no gerenciamento, no
estoque, no produto, na compra, na venda e na manutenção da ferramenta.
E se o cliente não pode ir à
loja, a loja vai até o cliente. A venda catalisada pelo WhatsApp é uma
realidade cada vez mais consolidada e, hoje, com maior segurança e credibilidade
das plataformas, é possível fazer todo o processo: envio de mostruário,
garantir uma boa jornada e experiência do cliente, link para pagamento e
agendamento de entrega.
Na medida em que ainda temos um
horizonte sanitário incerto, o futuro será indiscutivelmente mais digital. Em
função da pandemia tivemos um aculturamento digital e, mesmo que ainda alguns
pequenos varejistas estejam receosos (o que é normal, toda mudança é difícil),
já sabemos: não existe vida fora da tecnologia.
Maigui Souza - - Diretor de Produto da CIGAM S.A -
Gestor
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