- Com hospitais transplantadores no RJ, SP e DF, a Rede Ímpar
ultrapassou a marca dos 500 transplantes de medula óssea entre autólogos,
alogênicos e haploidênticos em apenas 3 anos (média de 2
transplantes/dia).
- O Rio de Janeiro responde pelo maior volume de transplantes de
medula óssea realizados entre os hospitais da Ímpar, sendo o Complexo
Hospitalar de Niterói (CHN) responsável por cerca de 60% do total de TMOs
do estado.
- O Hospital Brasília, no Distrito Federal, é um dos poucos no país com expertise na realização de TMO como tratamento de Anemia Falciforme.
·
Nesse novo normal,
como fica o atendimento pré-hospitalar em um acidente? Quais os riscos? Que
cuidados os médicos e enfermeiros devem tomar por conta da Covid-19? A epidemia
mudou o atendimento pré-hospitalar? Essas são algumas das questões que estão
sendo discutidas online, todas as quartas-feiras do mês de setembro, na 11ª
Jornada Internacional de Trauma, um dos mais importantes eventos sobre o tema
no Brasil, que reúne grandes nomes do Trauma no mundo.
Uso de ECMO
(Suporte de Vida extra-corpóreo) no Doente Traumatizado é o tema de hoje, essa
discussão e troca de experiencia entre os serviços, são essenciais para a
melhoria da qualidade nos atendimentos. “O Trauma torácico fechado por vezes se
complica com síndrome de desconforto respiratório agudo e grande dificuldade de
ventilação mecânica secundário a contusão torácica. Além do que o paciente fica
por vezes restrito em movimentações que dificultam terapias importantes nesse
paciente como posicionamento em prona, por esse motivo consideramos ECMO para
pacientes com contusão pulmonar extensa”, afirma o Cardiologista
e Intensivista do Hospital Brasília, Vitor
Barzilai.
Só quem já recebeu
o diagnóstico de um câncer ou uma doença rara no sangue (leucemia, linfoma,
anemia falciforme entre outras 200 doenças), sabe quanto um transplante de
medula óssea (TMO) é importante. Entretanto, a pandemia de Covid-19 provocou
uma queda no número de transplantes e de doadores de medula óssea colocando em
risco a vida de pacientes que precisam do procedimento.
Até maio deste
ano, foram cadastrados 106.963 novos doadores, segundo o REDOME1(Registro
Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, do Instituto Nacional de
Câncer), número que representa apenas 36% dos registros feitos em 2019 no mesmo
período.
Atualmente no
Brasil cerca de 850 pessoas vivem contando os dias à espera de um doador
compatível entre os pouco mais de 5 milhões de doadores voluntários registrados1.
Além disso, existem apenas 70 centros autorizados a efetuar o procedimento, e
somente 30 têm habilitação para transplantes com doadores não aparentados,
entre os quais os hospitais da Ímpar.
Expertise e reconhecimento internacionais
A paulista Vânia
Valfogo Akagi, 31 anos, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin - tipo de
câncer que se origina no sistema linfático e precisou ser submetida ao TMO do
tipo autólogo, em que o paciente recebe as próprias células (células-tronco
hematopoiéticas). O procedimento foi realizado no Hospital 9 de Julho, em São
Paulo, primeiro e único hospital no mundo a ter seu programa de cuidados
clínicos em Transplante de Medula Óssea (TMO) certificado pela Joint
Commission International (JCI).
“Para conquistar o
selo, o hospital foi avaliado em seu atendimento aos pacientes submetidos ao
transplante desde a admissão no hospital, até o final do ciclo de 100 dias após
a infusão de medula. Sermos o único do mundo a receber o reconhecimento da
comissão mostra a competência da nossa equipe multidisciplinar altamente capacitada
e a qualidade do atendimento oferecido”, explica ressalta Emerson Gasparetto,
Chief Medical Officer da Ímpar.
A bióloga carioca
Raquel Melo, 32 anos, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda (LMA), tipo
de câncer em que há um excesso de glóbulos brancos no sangue ou na medula
óssea. Ela foi submetida a um transplante alogênico não aparentado, ou
seja, a medula veio de um doador 100% compatível proveniente do banco de
doadores de medula óssea[i],
no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), hospital da Ímpar que responde por
cerca de 60% do total de TMOs realizados no estado do Rio de Janeiro.
Segurança reforçada para o paciente
O Hospital
Brasília (Hobra), pertencente a Ímpar no Distrito Federal, é um dos poucos no
País com expertise na realização de TMO como tratamento para a anemia
falciforme, uma doença genética e hereditária, caracterizada por uma alteração
anatômica nos glóbulos vermelhos (hemácias). Foi no Hobra que, em novembro de
2019, Dalva Carvalho Mendes Vidal, 38 anos, passou pelo procedimento tendo o
irmão como doador. Hoje ela segue em recuperação e livre dos sintomas que a
impediam de ter uma vida saudável e com qualidade.
Esses são apenas
três entre os mais de 500 transplantes de medula óssea (TMO) realizados nos
últimos três anos, nos hospitais da Ímpar que estão credenciados junto ao Sistema Nacional
de Transplantes (SNT): Complexo Hospitalar Niterói –
CHN (RJ), Hospitais 9 de Julho e Santa Paula (SP) e Hospital Brasília (DF).
“Doadores e
pacientes que necessitam deste tipo de transplante devem dar continuidade a
seus tratamentos. Nossos hospitais e equipes médico-assistenciais são altamente
qualificadas e estão entre as poucas do país com expertise para realizarem
o TMO haploidêntico, alternativa para casos graves em que não se encontra
doador 100% compatível. Diferente do transplante não aparentado, o
haploidêntico exige mais técnica e experiência das equipes, porque consiste em
manipular as células de um doador parcialmente compatível (50%), geralmente um
parente próximo como mãe, pai ou irmão do paciente”, ressalta Emerson
Gasparetto, Chief Medical Officer da Ímpar.
O executivo
explicou ainda que com a pandemia, os hospitais da Ímpar que já seguem
protocolos e processos de padrão internacional, adotaram medidas ainda mais
intensas para garantir maior segurança contra a contaminação por coronavírus
aos pacientes que necessitam de transplante.
Como é feito o TMO?
A medula óssea é
um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos e onde são
produzidas as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Quando uma
doença afeta o funcionamento desse sistema, o transplante de medula óssea (TMO)
pode ser o tratamento com maior chance de cura.
O TMO pode ser alogênico
(quando a medula é obtida de um doador compatível), autólogo
(a medula óssea ou as células tronco periféricas são retiradas do próprio
paciente, armazenadas e reinfundidas após altas doses de quimioterapia) ou
ainda haploidêntico, no qual o paciente recebe a medula de um
doador parcialmente compatível, o que reforça a alta qualificação das equipes e
a constante busca pela inovação.
Para receber o transplante, o paciente passa por um
tratamento que destrói a sua própria medula para, em seguida, receber o
material do doador sadio como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova
medula é rica em células chamadas progenitoras, que vão circular pela corrente
sanguínea até se alojar no interior dos ossos, onde se desenvolvem. Até que
essa nova medula se forme, o paciente deve permanecer isolado para evitar
infecções.
Ímpar
[i] Dados do
REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, do Instituto
Nacional de Câncer), disponível em: http://redome.inca.gov.br/doador/como-se-tornar-um-doador/
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