A revista Pesquisa, editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), acaba de publicar mais uma versão do Inventário florestal do estado de São Paulo, documento que mostra a situação das áreas do estado cobertas por vegetação nativa.
As notícias são
animadoras: a regeneração florestal já é maior que o desmatamento. 22,9% ou
56,7 mil quilômetros quadrados do território paulista são ocupados por
vegetação nativa, contra 17,5% há 10 anos atrás e 17,7% há 50 anos.
É importante uma
cobertura de no mínimo 20% da área para que a vegetação possa ajudar a regular
a temperatura, a umidade e os estoques de água, bem como proteger o espaço
urbano contra inundações e deslizamentos de encostas.
A vegetação nativa
continua concentrada na Serra do Mar, cujo relevo dificulta a ocupação urbana e
a agricultura; mas é escassa no oeste do estado. As cidades de Ilhabela,
Iporanga e Pedro de Toledo são as que tem a maior área coberta por vegetação
nativa, respectivamente 94,1%, 90,9% e 90%. Em situação oposta estão São
Caetano do Sul, Cruzália e Pedrinhas Paulista com apenas 1,6%, 3,7% e 3,9%; as
duas últimas são cidades muito pequenas, situadas no oeste do estado.
O Inventário pode
servir de base para a definição de políticas de fiscalização, conservação e
licenciamento ambientais, apoio ao planejamento territorial e zoneamento
ecológico-econômico. Foi produzido através da análise de imagens feitas pelos
satélites americanos WorldView-1, GeoEye e QuickBird.
É uma boa notícia que
esperamos possa incentivar o processo de recuperação de outras áreas
degradadas.
Vivaldo José Breternitz - Doutor em Ciências pela Universidade de São
Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
Valéria Farinazzo Martins - Doutores em Ciências pela Universidade de
São Paulo, são professores da Faculdade de Computação e Informática da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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