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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Capital Research não recomenda entrar "na onda dos BDRs"

Em novo relatório, a casa de análises aborda alternativas para fazer a diversificação geográfica  

 

A Capital Research, primeira casa de análises 100% gratuita do Brasil, lançou esta semana um relatório em que desaconselha o investimento em BDRs (recibos de ações internacionais), tema em voga desde que a CVM alterou as regras para esse tipo de ativo, há cerca de duas semanas. Conforme consta no material, os BDRs funcionam como um certificado de depósito (Depositary Receipt, em inglês) lastreado em um valor mobiliário em outro país, e não deixam de ser uma forma de investir fora do Brasil, como acontece com ações estrangeiras, títulos de dívida ou ETFs (fundos de índices comercializados como ações).

Antes da mudança, para comprar BDRs era necessário ser um investidor qualificado, ou seja, ter pelo menos R$ 1 milhão em investimentos. Quem não se enquadrava, poderia achá-los no home broker, mas não estaria habilitado a negociá-los. Além disso, na regra anterior, empresas brasileiras que abriram capital lá fora não poderiam ser listadas na B3, mesmo por meio de BDRs. Mas, a partir de agora, tanto as companhias do país quanto as internacionais poderão ter BDRs se suas ações forem negociadas na NYSE ou na Nasdaq. A principal diferença, contudo, é que qualquer investidor poderá acessar os BDRs não patrocinados (títulos que não são emitidos no Brasil pela própria companhia, mas por terceiros).

Na opinião de Felipe Silveira, analista que assina o relatório, esses investimentos não são boas opções, porque “os pagamentos em dinheiro feitos aos acionistas serão taxados em 5% pelos bancos que intermediarão a emissão do BDR. Efetivamente, o investidor pagará a mesma coisa para comprar uma ação, mas obterá 5% a menos. Além disso, também existem desvantagens em relação aos custos, tanto na corretagem quanto no pagamento de IR aqui no Brasil”, explica.  A Capital Research afirma que, com a modalidade, o investidor ganha em termos de praticidade na hora de investir, mas acaba sendo prejudicado financeiramente se optar por ela em detrimento do investimento direto.

Como alternativas para a diversificação geográfica dos investimentos, que é uma prática aconselhada pela casa, Silveira recomenda os ETFs. Além disso, afirma que para fazer o “stock picking” (expressão que designa o ato de selecionar ações que o mercado acredita que renderão acima da média) e escolher as melhores opções entre as empresas americanas, a melhor alternativa ainda é abrir conta em uma corretora americana.

Para conferir a análise completa, acesse aqui.


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