Existem
mesmo poucos profissionais capacitados para atender a demanda do novo mundo
empresarial digital?
Muitas empresas adotaram o home office para driblar
este momento de pandemia e crise financeira, visto que os negócios não podem
parar. Há muito tempo já se discute como a internet e as inovações tecnológicas
mexeram com o mundo corporativo, que precisou se adequar e buscar pelos
profissionais certos. Mas será que não existem tantas pessoas adequadas para
preencher as vagas? Os CEO’s mostram preocupação.
Penha Pereira, economista, apresenta “Se o mundo
corporativo se restringir às constatações de que não existem pessoas adequadas
para exercerem os novos papéis ou as novas profissões, chegaremos a um momento
de inviabilização dos Businesses, pois o surgimento de inovações e demandas
será cada vez maior e mais veloz”.
A velocidade que as novas tecnologias chegam ao
mercado hoje, pode deixar os empreendedores com dificuldades na hora de manejar
o negócio, contratar colaboradores e alavancar sua empresa.
Segundo a economista, o problema é que na verdade
não faltam pessoas adequadas para preencher as vagas, “O que falta é ousadia
das Instituições em colocar seus colaboradores para aprenderem o que é
necessário, de forma gradual, para as devidas adaptações. É neste ponto que
será possível perceber quem de fato está preparado para enfrentar a nova
Revolução Industrial. Quem não aceitar aprender, sentimos muito, mas precisará
repensar seu caminho. Nada é impossível de realização, mesmo com tanta e tão
rápida informação chegando”.
Vale lembrar que quando as pessoas não possuíam
celulares, ainda não eram vendidas as ‘capinhas’ protetoras, coloridas, com
pedraria, sem pedraria, de silicone ou plástico, e em certo momento este tipo
de produto viralizou. Então pensemos nas necessidades que advirão de novas
profissões, novas tecnologias, novas relações, ou seja, muitas oportunidades.
Sendo assim, as empresas não podem se acomodar,
todo objetivo é um ponto de partida para mais uma etapa de crescimento e
aprimoramento em qualquer nível, então na verdade dificilmente alguém estará em
uma posição de preparo total. Cada vez que uma inovação chega e os
profissionais se preparam para entendê-la a fim de tirar o melhor proveito do
que ela traz, com certeza em pouco tempo eles já se deparam com a necessidade
de conhecer uma nova versão.
“O conhecimento hoje evolui muito rapidamente, fica
complicado parar muito para analisar, entretanto, momentos de feedback e auto
avaliação devem existir, porém deverão ser objetivos e bem específicos. Pela
velocidade com que as informações se disseminam, para qualquer pessoa mesmo
aquela com uma mente muito aberta e bem formada, é quase impossível incorporar
todo o novo conhecimento. Essa habilidade será obtida ao longo da prática, do
convívio com casos e experiências”, apresenta Penha.
É natural em que se tratando de uma grande
Corporação , com um amplo espectro de ação, é muito desafiador, complexo,
custoso e até um pouco demorado para a empresa ter que se ajustar às novas
exigências da maneira como o mercado exige. Por este motivo, as Instituições
buscam com avidez pessoas que tenham conhecimento e vivência em novas técnicas
e que além de tudo tenham o espírito empreendedor para aplicar este
conhecimento.
Mas é importante pensar que, mesmo o mais alto
executivo não chegou ao topo já sabendo tudo, e sim com as vivências do dia a
dia, errando e aprendendo dentro da corporação. Ou seja, é impossível a uma
pessoa chegar 100% preparada!
Penha finaliza, “Será necessário desaprender para o
novo aprendizado; a empresa sempre necessitará oxigenar-se, mas se não
encontrar no mercado profissionais já preparados, por que não fazer um mix,
abrindo novos caminhos para aqueles que ainda não possuem a experiência e
trazendo também novas cabeças que com certeza terão o conhecimento necessário?
”.
Penha
Pereira - Economista, Master Coach e gestora de carreira
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