Falta de acessibilidade é um dos
principais desafios para pacientes obesos manterem uma rotina de consultas
odontológicas
A obesidade é uma doença
caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Essa condição
acarreta o aumento do risco para patologias secundárias, como alterações
metabólicas, dificuldades respiratórias, doenças cardiovasculares, dano renal e
prejuízos na locomoção. Para pacientes obesos, a manutenção da saúde bucal é
importante para que as condições secundárias não sejam agravadas.
O diagnóstico é realizado
a partir do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que consiste em dividir
o poso corpóreo do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. A partir do
resultado, são considerados obesos os pacientes que apresentarem IMC superior a
30kg/m².
Segundo levantamento do
Ministério da Saúde, em 2016, uma em cada cinco pessoas no País está acima do
peso. O índice de obesidade passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016.
O tratamento odontológico
de obesos deve ser feito por equipe interdisciplinar (médico, enfermeiro,
nutricionista), baseado sempre nas atuais condições clínicas do paciente, visando
a remoção de focos infecciosos na boca, que favorecem a manutenção das
morbidades advindas da obesidade, a restauração dos elementos dentários e a
reabilitação protética.
Segundo Juliana Bertoldi
Franco, cirurgiã-dentista integrante das Câmaras Técnicas de Odontologia
Hospitalar e de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), o profissional que
realizar o atendimento a pacientes obesos tem que se atentar para cáries e doença periodontal devido a uma dieta
composta, na grande maioria dos casos, por carboidratos. Pesquisas recentes
também mostram alterações na quantidade e na qualidade da saliva
(hipossalivação) no paciente obeso, o que implica na reincidência e
agravamentos das doenças citadas, assim como a alteração da microbiota oral.
Além disso, é importante que
o cirurgião-dentista enfatize ao paciente sobre a importância de um tratamento
odontológico de rotina, com retorno a cada seis meses.
“Geralmente, pela
dificuldade de locomoção a falta de acessibilidade dos consultórios, o paciente
deixa de procurar o cirurgião-dentista, aumentando os problemas bucais”, diz a
profissional.
Acessibilidade
Ainda segundo a
cirurgiã-dentista, o paciente obeso deve ser considerado um “paciente complexo
sistemicamente, pela associação da obesidade com patologias secundárias” e
orienta aos profissionais de Odontologia realizar algumas adaptações para o atendimento odontológico, como cadeira odontológica preparada, periféricos, cilindro de
oxigênio, aparelho de aferição de pressão arterial, glicosímetro e oxímetro de
pulso.
“No geral, os consultórios
não estão preparados para o atendimento de pacientes super obesos (IMC acima de
50kg/m2). A grande maioria das cadeiras odontológicas suportam no máximo o peso
de 150kg, sendo sempre importante o profissional checar o limite do
equipamento, assim como perguntar peso e altura do paciente durante a
anamnese”, comenta a cirurgiã-dentista.
Caso o profissional não
conte com estrutura adequada em seu consultório ou não se sinta seguro para o
atendimento do paciente obeso, pode encaminhá-lo para um profissional capaz de
prestar assistência adequada.
Às vezes a negativa pode ser
devido à falta de rampa ou elevador de acesso para o consultório. Salas de
atendimento com espaço restrito e falta de cilindro de oxigênio são outros
motivos comuns. O importante é sempre explicar a razão ao paciente ou
responsável.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP)
Obrigado. Seus e-mails me ajudaram muito.
ResponderExcluirMeu ex voltou e agora estamos mais felizes do que nunca. Adicionamos um novo membro à família (menino de 1 ano) ��
e estamos prontos para mudar para nossa nova casa.
Obrigado. caso você tenha problemas em seu relacionamento, recomendo estas informações de contato ((templeofanswer@hotmail.co.uk / whatsapp +2348155425481))
Claudia Hall