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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Nova forma de consumir estimula alta da economia compartilhada


Professores, patinetes, bicicletas, caronas, roupas, quase tudo hoje em dia já pode ser compartilhado. Segundo um levantamento feito em todas as capitais do País pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em um ano, cresceu de 68% para 81% o número de brasileiros que estão dispostos a adotar mais práticas de consumo colaborativo no dia a dia pelos próximos dois anos, percentual que se mantém próximo em todas as faixas etárias e classes sociais.

Hoje, orçamento e sustentabilidade são as palavras de ordem tanto para quem utiliza, quanto para quem oferece o serviço por meio das inúmeras plataformas virtuais voltadas para esse escambo do século 21. De acordo com a pesquisa, 98% dos brasileiros, adeptos ou não, enxergam alguma vantagem na prática do consumo colaborativo, sendo que as principais são a oportunidade de economizar dinheiro (45%), evitar o desperdício (44%), diminuir o consumo excessivo (43%), poupar energia e recursos naturais (34%) e poder ajudar outras pessoas (33%).

A Shapp, startup que conecta quem deseja compartilhar a quem almeja conhecimento, nasceu em 2017 com esse intuito de unir alunos e professores de diversas áreas. São mais de 1.000 mestres cadastrados e 90 disciplinas oferecidas em 320 cidades brasileiras. Para André Alves, CEO da Shapp, trata-se de um movimento sem volta. “A internet está na palma da mão à disposição de todos. Dessa forma, as pessoas estão cada vez mais conectadas, o que estimula diariamente o contato e a troca entre elas por meio de aplicativos”.

Rogério Ribas da Costa, cirurgião dentista e Doutor em Odontologia pela USP, chegou até sua professora de italiano há mais de um ano por meio da Shapp. “Fiz uma aula teste e gostei muito da postura e conhecimento da Carolina M., que rapidamente respondeu a minha solicitação via aplicativo”. Costa ainda coloca que, em um mundo globalizado, a necessidade de conhecimento rápido e confiável será cada vez mais exigida. “Devemos acreditar que, uma empresa que cadastra um determinado tipo de serviço, tenha ferramentas eficientes para atestar sua idoneidade e confiar na sua indicação”, ressalta.

Para Camila Marcoccia, Mestre em Psicologia Clínica pela USP, além da economia e sustentabilidade, outro ponto fundamental é a questão humana por trás do compartilhamento. “Creio que ainda de forma despercebida as pessoas estão se conectando mais, algumas por meio do oferecimento e outras devido a necessidade. Esses encontros e aproximações tendem a gerar relacionamentos mais saudáveis e baseados na confiança”.


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