Professores, patinetes, bicicletas, caronas,
roupas, quase tudo hoje em dia já pode ser compartilhado. Segundo um levantamento
feito em todas as capitais do País pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em um ano,
cresceu de 68% para 81% o número de brasileiros que estão dispostos a adotar
mais práticas de consumo colaborativo no dia a dia pelos próximos dois anos,
percentual que se mantém próximo em todas as faixas etárias e classes sociais.
Hoje, orçamento e sustentabilidade são as palavras
de ordem tanto para quem utiliza, quanto para quem oferece o serviço por meio
das inúmeras plataformas virtuais voltadas para esse escambo do século 21. De
acordo com a pesquisa, 98% dos brasileiros, adeptos ou não, enxergam alguma
vantagem na prática do consumo colaborativo, sendo que as principais são a
oportunidade de economizar dinheiro (45%), evitar o desperdício (44%), diminuir
o consumo excessivo (43%), poupar energia e recursos naturais (34%) e poder
ajudar outras pessoas (33%).
A Shapp, startup que conecta quem deseja
compartilhar a quem almeja conhecimento, nasceu em 2017 com esse intuito de
unir alunos e professores de diversas áreas. São mais de 1.000 mestres
cadastrados e 90 disciplinas oferecidas em 320 cidades brasileiras. Para André
Alves, CEO da Shapp, trata-se de um movimento sem volta. “A internet está na palma
da mão à disposição de todos. Dessa forma, as pessoas estão cada vez mais
conectadas, o que estimula diariamente o contato e a troca entre elas por meio
de aplicativos”.
Rogério Ribas da Costa, cirurgião dentista e Doutor
em Odontologia pela USP, chegou até sua professora de italiano há mais de um
ano por meio da Shapp. “Fiz uma aula teste e gostei muito da postura e
conhecimento da Carolina M., que rapidamente respondeu a minha solicitação via
aplicativo”. Costa ainda coloca que, em um mundo globalizado, a necessidade de
conhecimento rápido e confiável será cada vez mais exigida. “Devemos acreditar
que, uma empresa que cadastra um determinado tipo de serviço, tenha ferramentas
eficientes para atestar sua idoneidade e confiar na sua indicação”, ressalta.
Para Camila Marcoccia, Mestre em Psicologia Clínica
pela USP, além da economia e sustentabilidade, outro ponto fundamental é a
questão humana por trás do compartilhamento. “Creio que ainda de forma
despercebida as pessoas estão se conectando mais, algumas por meio do
oferecimento e outras devido a necessidade. Esses encontros e aproximações
tendem a gerar relacionamentos mais saudáveis e baseados na confiança”.
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