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terça-feira, 8 de outubro de 2019

MAMOGRAFIA OU ULTRASSONOGRAFIA? QUAL O MAIS INDICADO?


No mês mundial de combate ao câncer de mama, o diagnóstico precoce ainda é um desafio no Brasil e a prevenção uma necessidade


Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2019 teremos 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil. Apesar da alta incidência, se diagnosticada em estágio inicial, a paciente tem 95% de chances de cura. Mas, então, por que será que o câncer de mama, entre as brasileiras, ainda é o que mais mata?

A resposta está no exame preventivo. “O Colégio Brasileiro de Radiologia e organizações internacionais recomendam que a mamografia seja feita anualmente a partir dos 40 anos de idade”, afirma o Dr. Eduardo de Faria Castro Fleury, radiologista especializado em câncer de mama do Grupo Pardini e professor do Centro Universitário São Camilo. Mas no Sistema Público de Saúde, o exame é recomendado apenas a partir dos 50 e a cada dois anos. “A mamografia é essencial para o diagnóstico precoce já que consegue mostrar lesões muito pequenas, muitas delas em estágios pré-cancerígenos”, afirma o Dr. Eduardo.

Para as mulheres que apresentam fator de risco elevado, entre 20% e 25% em relação à população geral, e que têm histórico da doença na família, o acompanhamento deve ser iniciado ainda antes. “Se a paciente tem familiar que desenvolveu o câncer de mama aos 40 anos, por exemplo, ela deve iniciar o acompanhamento 10 anos antes, ou seja, aos 30”, explica o especialista do Grupo Pardini. Nesses casos, a ressonância magnética deve ser associada aos exames de controle anual.


MAMOGRAFIA X ULTRASSONOGRAFIA

Embora a ultrassonografia mamária não faça parte de nenhum programa de rastreamento da doença, ela pode se tornar complementar em casos onde a mamografia perde sua eficiência, ou seja, em pacientes com mamas mais densas. Quanto mais jovem a mulher, maior será a densidade da mama. Isso pode acabar camuflando nódulos e cistos, acarretando exames falso negativo. 
Pacientes menores de 25 anos, não devem ser submetidas à mamografia pelo seu custo-benefício. "Por isso, a ultrassonografia deve ser usada geralmente como primeira opção diagnóstica para pacientes jovens ou como exame adicional à mamografia”, afirma o médico.

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