No mês mundial de combate ao câncer de mama, o
diagnóstico precoce ainda é um desafio no Brasil e a prevenção uma necessidade
Segundo estimativas do INCA (Instituto
Nacional de Câncer), em 2019 teremos 59.700 novos casos de câncer de mama no
Brasil. Apesar da alta incidência, se diagnosticada em estágio inicial, a
paciente tem 95% de chances de cura. Mas, então, por que será que o câncer de
mama, entre as brasileiras, ainda é o que mais mata?
A resposta está no exame preventivo. “O
Colégio Brasileiro de Radiologia e organizações internacionais recomendam que a
mamografia seja feita anualmente a partir dos 40 anos de idade”, afirma o Dr.
Eduardo de Faria Castro Fleury, radiologista especializado em câncer de mama do
Grupo Pardini e professor do Centro Universitário São Camilo. Mas no Sistema
Público de Saúde, o exame é recomendado apenas a partir dos 50 e a cada dois
anos. “A mamografia é essencial para o diagnóstico precoce já que consegue
mostrar lesões muito pequenas, muitas delas em estágios pré-cancerígenos”,
afirma o Dr. Eduardo.
Para as mulheres que apresentam fator
de risco elevado, entre 20% e 25% em relação à população geral, e que têm
histórico da doença na família, o acompanhamento deve ser iniciado ainda antes.
“Se a paciente tem familiar que desenvolveu o câncer de mama aos 40 anos, por
exemplo, ela deve iniciar o acompanhamento 10 anos antes, ou seja, aos 30”,
explica o especialista do Grupo Pardini. Nesses casos, a ressonância magnética
deve ser associada aos exames de controle anual.
MAMOGRAFIA X
ULTRASSONOGRAFIA
Embora a ultrassonografia mamária não
faça parte de nenhum programa de rastreamento da doença, ela pode se tornar
complementar em casos onde a mamografia perde sua eficiência, ou seja, em
pacientes com mamas mais densas. Quanto mais jovem a mulher, maior será a
densidade da mama. Isso pode acabar camuflando nódulos e cistos, acarretando
exames falso negativo.
Pacientes menores de 25 anos, não devem ser submetidas à
mamografia pelo seu custo-benefício. "Por isso, a ultrassonografia deve
ser usada geralmente como primeira opção diagnóstica para pacientes jovens ou
como exame adicional à mamografia”, afirma o médico.
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