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Famílias podem entrar com ação na justiça para requererem seus direitos
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Convênios médicos se negam a oferecer
cobertura para o tratamento de distúrbios neurológicos em crianças; entre os
mais comuns estão a dislexia, o autismo, TDAH e o leocomalácia. Para requerem
seus direitos, famílias são obrigadas a entrar na justiça
Poucas pessoas sabem, mas aqueles que possuem
convênio médico e têm filhos com algum tipo de distúrbio neurológico –
dislexia, o autismo, TDAH e o leocomalácia – tem direito ao tratamento
completo. Tais distúrbios não têm cura, porém, quanto mais cedo forem
diagnosticados e receberem suporte adequado, mais favoráveis serão os
resultados para uma qualidade melhor de vida.
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Sem tratamento, alguns distúrbios podem limitar o desenvolvimento nos estudos (.) |
A dislexia, por exemplo, se não acompanhada de
forma apropriada, pode limitar o desenvolvimento nos estudos e na carreira e, em
casos mais graves, levar à depressão. Para tanto, existem alternativas para
controlar os sintomas, que consistem em psicologia, fonoaudiologia,
psicopedagogia, equoterapia e música terapia. Sem acesso ao convênio médico, a
família pode ter uma despesa média de R$ 3.000,00/mês.
Segunda a advogada Adriana Moretti, do escritório
Pasquino & Moretti Advogados, a falta de informação e de conhecimento levam
às pessoas a não requerem seus direitos e, muitas vezes, por limitação
financeira, ficam sem acesso ao tratamento, tão fundamental para o
desenvolvimento de um portador de distúrbio neurológico.
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Distúrbios neurológicos: convênios médicos não podem negar tratamento (.) |
“Esse tipo de tratamento não corresponde as
diretrizes de utilização estabelecidas no rol da ANS – Agência Nacional de
Saúde –, e a maioria dos casos tem a cobertura negada baseada em cláusula
contratual restritiva. Porém, a Constituição Federal dá o direito à vida e, por
meio de ação judicial, é possível ter a cobertura completa”, disse Adriana, especialista em
Direito Médico e da Saúde. “É importante reiterar que não se trata de uma
ação judicial simples. É preciso saber quais os caminhos percorrer e como
fazê-los. Todos os processos que entramos na justiça, tivemos ganho de causa”,
completou.
Por se tratar de distúrbios neurológicos, não
existe prevenção. Para detectá-lo é realizado um longo acompanhamento por
neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos. Após profunda análise – incluindo
exame de ressonância, testes de audição, visão, provas de fluência verbal e
desempenho cognitivo –, é identificado o tipo de distúrbio, além de apontar
possíveis problemas emocionais ou neurológicos, que interfiram na leitura e na
escrita para que seja prescrito o tratamento ideal. “O paciente luta e vence
todos os dias. Através da especialização em direito médico e da saúde, pude ver
o mundo com outros olhos”, finalizou Adriana.
Adriana Moretti – Advogada. Sócia do escritório
Pasquino & Moretti Advogados, é Pós Graduada em Processo Civil, Direito do
Consumidor e Especializada em Direito Empresarial, Médico e da Saúde. É
executiva jurídica com mais de 20 anos de experiência, com sólida carreira
profissional desenvolvida em departamento jurídico de empresa de porte mundial.
Possui vasta experiência no contencioso cível, consumidor, contratos, advocacia
médica e da saúde, empresarial e propriedade intelectual.
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