Especialista
explica os motivos que levam a essa prática e mostra que a ausência tem que ser
compensada pela presença
Com o Dia das Crianças se aproximando, a especialista
em Desenvolvimento Humano, Rebeca Toyama, aproveita essa data
para alertar os pais sobre um assunto não muito discutido no ambiente familiar:
a ausência. Por muitas vezes, até mesmo sem perceber,
esse comportamento vem atrelado a um recurso utilizado que tem um efeito muito
negativo na vida dos pequenos; compensar essa ausência com presentes.
Diante de uma vida extremamente corrida, nem sempre
os pais conseguem estar presentes na vida dos filhos como desejam e os motivos
são inúmeros, porém o mais comum é o trabalho. Com isso, a melhor maneira é
encarar a realidade sem culpa e transformar o tempo que se fica com os filhos
em tempo de qualidade.
“O ponto central é ter clareza do real papel dos
pais e entender que resolver questões emocionais com presente não é saudável,
principalmente, a longo prazo. Essa estratégia pode inclusive gerar um
comportamento compulsivo no futuro, além de poder transformar a forma como
estas crianças irão enxergar o mundo e as pessoas ao seu redor.”, alerta,
Rebeca Toyama.
É importante mostrar para as crianças o motivo que
o deixa longe em alguns períodos do dia, contando com cautela para não falar
apenas das obrigações e necessidade financeira. “Isso pode criar aversão nas
crianças pelo assunto. Tenho observado muito isso quando estou conduzindo
planejamento de carreira com jovens. Falar sobre legado e propósito, inclusive,
pode ser educativo, compartilhar o impacto de seu trabalho na sociedade pode
ajudar muito seu filho na hora dele escolher a vocação.”, relata a
especialista.
Utilizar o tempo que se tem livre para dar afeto e
atenção é essencial. A dica é criar momentos em que possa se desenvolver a
intimidade com os filhos, pois isso permite exercitar afeto ao invés de trocas
materiais.
Educação financeira para as crianças
Vale lembrar a importância de apresentar o planejamento financeiro para as crianças, pois, quanto mais cedo, maior será a consciência em relação ao dinheiro. É preciso ser um bom exemplo para os filhos, pois eles vêem os pais como referência e estão sempre observando os atos. Na vida financeira, a tranquilidade é desejável mas se isso não for possível, que os filhos vejam o controle de orçamento dos pais em detalhes do dia a dia.
Vale lembrar a importância de apresentar o planejamento financeiro para as crianças, pois, quanto mais cedo, maior será a consciência em relação ao dinheiro. É preciso ser um bom exemplo para os filhos, pois eles vêem os pais como referência e estão sempre observando os atos. Na vida financeira, a tranquilidade é desejável mas se isso não for possível, que os filhos vejam o controle de orçamento dos pais em detalhes do dia a dia.
“Costumo sugerir que o quanto antes iniciarmos a
educação financeira melhor. Claro que respeitando a faixa etária, uma criança
de 6 anos aprende de uma forma diferente que uma criança de 10 anos, mas ambas
são capazes de ampliar seu repertório a partir de experiências vividas”,
explica Rebeca.
O Dia das Crianças pode ser uma excelente
oportunidade de ensinar a escolher o presente ou lidar com o dinheiro recebido
da família. Na experiência dentro loja, com o processo de compra temos a oportunidade
fazer várias reflexões sobre arquitetura de escolha.
“Em casa temos como hábito guardar uma parte do
dinheiro e destinar outra parte para comprar o que eles quiserem. Costumamos
comprar brinquedos ou presentes apenas nas datas comemorativas: dia das
crianças, natal, páscoa e aniversário. Apenas 4 por ano, pois isso nos permite
exercitar afeto ao invés de trocas materiais no restante do ano e preencher
nosso tempo com arte, natureza e cultura ao invés de ocupa-lo com comprinhas.
”, finaliza.
O importante é saber dosar sua atenção para não se
dedicar 100% em só uma área, abaixo a especialista em desenvolvimento humano,
Rebeca Toyama, dá 8 dicas para os pais entenderem como ter um tempo de
qualidade com as crianças e como administrar a vida profissional com a vida
paterna/materna:
Tempo de qualidade com as crianças:
- Primeiramente,
lembrar em qual dos seus papeis você figura é insubstituível e dar o
devido valor a esse papel;
- Não
esquecer do autocuidado, alguém doente, cansado ou irritado não consegue
ter qualidade em nenhum tipo de relação;
- Converse
com os filhos sobre o que eles gostariam de fazer com você, evite tentar
adivinhar, a margem de erro é enorme;
- Procure realizar atividades junto com seus filhos, assim você otimiza o tempo e ainda aproveita para ensinar e educar, além de aproveitar momentos incríveis. Lembre-se que precisa ser leve, sem cara de obrigação, fazer a lição de casa, lavar louça, arrumar a cama, cozinhar, por exemplo, são gestos possíveis.
Na vida profissional, como administrar com a vida
materna/paterna:
- Saiba
negociar prazos com seu gestor, seja realista e coerente com cronogramas,
isso também ajuda evitar stress;
- No
trabalho seja objetivo, seus resultados não deveriam estar pautados em
quantidade de tempo e sim em qualidade de entrega;
- Saber
colocar limites claros e negociar com os envolvidos de quem é sua
prioridade nos diferentes momentos da semana e do dia, saiba respeitar o
horário comercial e diferenciar os dias da semana, do final de semana;
- Estar
presente no aqui e agora, tanto nos momentos em família, quanto nos
momentos profissionais. Isso quer dizer distância de aparelhos
eletrônicos, enquanto está com os filhos, assim como é desejável que os
pequenos que se desliguem quando estão com os pais. E assim, quando
estiver no trabalho estará livre de culpa.
Rebeca Toyama - palestrante especialista em
planejamento de carreira e educação financeira. Fundadora da Academia de
Coaching Integrativo, coordenadora do Programa de Mentoring associada a
Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da
Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa). Colunista do blog Positive-se, colaboradora do livro
Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo
docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de
Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em
Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal
Coaching com o Jogo da Transformação.
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