O consumo de nutrientes
específicos pode ter impacto positivo na pressão arterial
Um
alerta, principalmente para nos lembrar da importância de exames de rotina e da
prevenção de doenças cardíacas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde),
as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas mundiais de morte.
No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito a cada dois
minutos é causado por esse tipo de enfermidade. Sendo que a maioria das mortes
prematuras poderiam ser evitadas com diagnóstico precoce, tratamentos específicos
e a adoção de um estilo de vida mais saudável.
Pessoas que possuem casos na família por
parentes de primeiro grau têm 50% de chances de também terem problemas
cardiovasculares. Embora fatores genéticos contribuam para ocorrência de tais
patologias, para o cardiologista Raul dos Santos, diretor da Unidade Clínica de
Lípides do InCor - HC-FMUSP, alguns hábitos da população também estão
diretamente relacionados ao coração. “Por conta da vida corrida, as pessoas
possuem cada vez menos tempo para cuidarem da saúde e além disso, fatores como
tabagismo e principalmente uma alimentação não balanceada aumentam o risco de a
pessoa ter um problema cardíaco”.
Uma alimentação saudável traz benefícios para
saúde em geral, e quando falamos do coração os ganhos são maiores ainda.
Especialistas vêm estudando dietas associadas ao menor risco cardíaco, que
normalmente são ricas em fibras, com baixas quantidades de sódio e
principalmente, de gorduras saturadas.
Já existem alguns nutrientes que comprovam
seus benefícios cardiovasculares, caso do DHA - ácido docosaexaenoico - um tipo
de ácido graxo da série ômega 3, que ajuda na manutenção do colesterol bom
(HDL). “ O DHA e o EPA se consumidos dentro de um contexto de uma dieta
estão associados a redução dos problemas cardiovasculares, pois possuem ações
anti-inflamatórias, baixam a pressão arterial, o colesterol e possuem ação
antiplaquetária evitando a agregação das plaquetas e formação de trombos
arteriais” – explica o médico.
O DHA pode ser encontrado em peixes de águas
frias e profundas como a sardinha, o salmão e a cavala. A FAO (Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) recomenda o consumo diário de
250 a 500mg de DHA para reduzir a frequência cardíaca, a pressão arterial e
também para manter a saúde cardiovascular em bom estado. Segundo o doutor, as
pessoas precisam ir atrás de seus fatores de risco e predisposição à doença
para prevenir possíveis complicações. “É muito importante medirmos com
frequência a pressão arterial, taxa de colesterol e glicose do sangue, não
deixando de lado outros fatores prejudiciais como a obesidade e o alto nível de
estresse. É preciso aliarmos uma alimentação saudável com a prática de
exercícios para termos mais efetividade na prevenção”, finaliza o Dr. Raul.
Royal DSM
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