75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da vida
A maioria
das mulheres tem pouca informação sobre os métodos minimamente invasivos para
tratar miomas e acaba se submetendo a cirurgias mais agressivas e,
possivelmente, desnecessárias. Segundo a pesquisa feita pela Sociedade
de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidos em agosto de 2017, 62% das
mulheres que responderam ao questionário postado na internet nunca ouviram
falar da embolização de miomas. Já no grupo que foi diagnosticado com o
problema, e que deveria ter maior conhecimento sobre os métodos para tratar a
condição, 44% não sabiam nada a respeito das técnicas minimamente invasivas.
Segundo o Dr. André Moreira
de Assis, membro titular da Sociedade Brasileira de Radiologia
Intervencionista, a embolização dos miomas uterinos
é um exemplo de terapia guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a
qualidade de vida de muitas mulheres, permitindo uma abordagem minimamente
invasiva. “Além de serem menos dolorosas, oferecem um período de recuperação
mais curto do que as opções cirúrgicas, ” explica o ´médico.
O mioma
uterino costuma atingir mulheres em idade reprodutiva na faixa dos 30 a 50
anos, essa doença causa a formação de tumores pélvicos benignos nasce dentro ou
fora do útero. Estima-se que 75% das mulheres desenvolverão este problema ao
longo da vida, sendo que 20 as 25% ocorrem na idade de engravidar e 10 a 20%
apresentam os sintomas.
O procedimento consiste na
obstrução das artérias do útero que alimentam os miomas de sangue, por meio da
injeção de micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool (tem efeito
permanente e inofensivas ao organismo). Realizado sob anestesia peridural ou
raquidiana para tratamento definitivo do miomatose uterina sintomática.
Para o especialista, esse
tratamento é indicado como alternativa para mulheres que têm que retirar
os miomas ou o útero em decorrência do sangramento acentuado (podendo levar à
anemia), dor abdominal (normalmente cólicas), aumento do volume do abdome e até
dor à relação sexual. “Existem mulheres que têm Adenomiose” isolada ou em
associação com os miomas uterinos que também podem ser tratadas com esta mesma
técnica”, finaliza o médico.
Dr. André Moreira de Assis - médico do CRIEP
- Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa -
especializou-se em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). É radiologista
intervencionista do HC-FMUSP e do Hospital Sírio-Libanês, e membro titular do
Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Brasileira de Radiologia
Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).
www.criep.com.br
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