Especialista explica as diferenças entre as opções do
procedimento
A reconstrução de mama é uma das cirurgias plásticas
reparadoras mais realizadas no Brasil. De acordo com os últimos dados
divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são realizadas 62
mil reconstruções mamárias ao ano.
Segundo o cirurgião plástico e especialista pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Seung Lee, a reconstrução mamária ajuda a
aumentar a autoestima de mulheres após a luta contra o câncer. “A reconstrução
da mama é considerada uma auxiliadora após o tratamento do câncer, o objetivo é
estético, mas a cirurgia proporciona mais do que apenas uma mudança na
aparência física da paciente. O procedimento ajuda a mulher a superar as marcas
do câncer", comenta o especialista.
A seguir, o especialista explica quais são os tipos de
reconstrução mamária:
Reconstrução imediata com prótese
O procedimento é realizado logo após a retirada do tumor,
assim a paciente terá menos tempo de internação e não precisa conviver com a
retirada da mama após a mastectomia. E na mesma cirurgia da retirada da mama, o
cirurgião já inicia a reconstrução e implanta a prótese de silicone.
“Grande parte das cirurgias reparadoras de mama são
imediatas, assim os impactos são minimizando e os tecidos do tórax não sofrerão
com a cicatrização, facilitando a reconstrução”, explica o especialista.
Reconstrução mamária com expansor de tecido
Após a retirada da mama, um expansor mamário é colocado e
preenchido com soro fisiológico gradualmente, até que os tecidos estejam
expandidos. Então o cirurgião troca o dispositivo pela prótese.
“Para não causar desconforto na paciente, extensor pode
levar de 4 a 8 semanas para ser totalmente preenchido, a fim de evitar o
desconforto e dor. Assim que a aparência for harmônica, retiramos o extensor e
substituímos pela prótese”, conta.
Reconstrução mamária com TRAM
A reconstrução feita a partir do retalho do músculo
transverso do reto abdominal (TRAM) é uma técnica que pode ser usada tanto nos
procedimentos imediatos, como nos tardios.
“Os seios reconstruídos a partir dessa técnica tem volume
e formato mais naturais, deixando a simetria preservada”, conta Dr.
Seung.
Reconstrução mamária com retalho grande dorsal
As pacientes mais magras ou com pouco tecido abdominal
para reconstruírem a mama a partir do retalho TRAM, fazem a cirurgia a partir
dos tecidos da região dorsal.
“Essa região apresenta um retalho mais fino que o abdome,
algumas vezes as próteses são necessárias para preencher e dar volume ao seio”,
ressalta Seung.
Reconstrução de mamilo e aréola
Após 1 ano da reconstrução da mama, o cirurgião pode
realizar a reconstrução do mamilo. Feito a partir do tecido da própria
paciente, o cirurgião realiza uma incisão e realoca os tecidos para obter o
mamilo.
“Após a cicatrização dos mamilos reconstruídos, a paciente
consegue fazer a pigmentação das aréolas através de tatuagens na região. A
reconstrução das aréolas deixa as mamas com um aspecto natural e traz
resultados satisfatórios para a paciente”, finaliza o cirurgião.
Dr. Seung Lee -
Cirurgião Plástico Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Graduado pelo Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA - RJ, recebeu
título de especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo MEC. Estagiou
cirurgia estética e reparadora na Oblige Plastic Surgery -
Coréia do Sul, tendo a residência médica em Cirurgia Geral pelo Hospital
Federal de Ipanema - RJ, e residência média em Cirurgia Plástica na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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