Você se considera perfeccionista? Se sim, tem notado que isso
está atrapalhando a sua produtividade? Algumas pessoas ficam tão presas aos
detalhes em tudo o que fazem, que acabam se tornando chatas – e não só com os
outros, mas também com elas mesmas.
Costumo dizer que existem dois tipos de perfeccionista: o
saudável e o neurótico. O saudável normalmente estipula objetivos e os enxerga
como um desafio, uma oportunidade de aprendizado; já o neurótico costuma ficar
assustado diante das metas, pois tem medo de não conseguir alcançar um
resultado satisfatório - muitas vezes, esse medo é a própria causa dos maus
resultados. O perfeccionista neurótico fica tão exausto com suas próprias
cobranças, que acaba entregando menos do que poderia.
Outro hábito dessas pessoas é abdicar de tudo – amigos,
família, momentos de lazer, hobbies etc. – para se dedicar a algumas atividades
por muito mais tempo do que deveriam; e é claro que isso não é saudável. O
grande problema é que elas vivem em um mundo paralelo. Sempre que começam a fazer
uma atividade, têm o intuito de alcançar o melhor resultado possível. Mas esse
resultado nunca vem. Afinal, nada nunca está bom o suficiente, e os neuróticos
sempre tendem a achar que podem melhorar algum detalhe. Acontece que a
perfeição é relativa: o que representa um bom resultado para um pode não
significar a mesma coisa para o outro.
Quando seus esforços não são reconhecidos ou recebem
críticas, esses perfeccionistas geralmente se sentem frustrados, ficam
estressados e, além disso, passam a ter menos tempo para se dedicar às coisas
realmente importantes. As pessoas com esse perfil costumam deixar que os
resultados as definam. Isso é lamentável.
Mas o que você, perfeccionista, pode fazer para deixar de ser
neurótico? Primeiro, é preciso entender que esse comportamento rouba o seu
tempo e traz infelicidade e decepção, o que pode até desencadear uma depressão.
Quando fica muito tempo parado em uma mesma atividade, você, simplesmente,
impede a sua própria evolução.
O passo seguinte para se livrar do perfeccionismo destrutivo
é celebrar pequenas vitórias e cobrar-se menos. Quando aprende a comemorar
conquistas “pequenas”, o perfeccionista vai eliminando o hábito da cobrança
excessiva. Para os que têm mais dificuldade em se libertar da exigência, encontrar
um “anjo da guarda” é uma alternativa interessante. Escolha uma pessoa de
confiança para te monitorar e te ajudar a identificar seus exageros.
Acima de tudo, para abandonar esse pensamento tão
prejudicial, é fundamental respeitar a si mesmo. A medida mais importante é
entender que todos nós temos limitações, e ser perfeito é humanamente
impossível.
Christian Barbosa - maior especialista no Brasil em
administração de tempo e produtividade e CEO da Triad PS, empresa multinacional
especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração
e administração do tempo.
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