Pesquisa do Núcleo Brasileiro de
Estágios aponta como os jovens analisam os desafios de um gestor em nosso país
Liderar é uma das principais responsabilidades do gestor.
Quando ele exerce o comando de maneira positiva, acaba multiplicando as
habilidades de sua equipe e, com isso, atinge os objetivos esperados pela
empresa de modo mais ágil e qualificado. Afinal, é fácil ser gestor? O Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios,
fez essa pergunta a 22.856 jovens, em todo o país. O resultado apresentou a
importância de o “capitão” conduzir o seu time com responsabilidade, “tato” e
atenção.
“Número 1” entre todos os tópicos apresentados na
pesquisa, “Depende de como a pessoa agirá com a equipe” representou a realidade
defendida por expressivos 87,50% (19.999 participantes). A coordenadora de
treinamento do Nube, Rafaela Gonçalves, elenca as razões e comenta um
importante aspecto capaz de tornar uma gestão bem sucedida e completa. “O tato,
ou seja, a forma como conduzirá diferenças, atitudes incorretas e como
construirá as rotas de correção de determinado problema dirão se o líder terá
ou não o respeito de quem o cerca”. Desse modo, ela completa: “para aceitar o
desafio de se tornar gestor, o indivíduo precisará ter consciência de suas
habilidades, mas também dos pontos de melhoria. É pré-requisito saber ouvir
seus comandados com humildade, pois só dessa forma alcançará ótimos resultados
em equipe”.
Quem conduz uma equipe costuma ter grande pressão por
resultados. Inevitavelmente, esse profissional encontra pessoas insatisfeitas
em seu círculo de trabalho. Além disso, precisa se equilibrar politicamente
para o seu setor não desenvolver conflitos com outros. Nesse sentido, a segunda
alternativa na preferência de quem participou do estudo, com 5,08% (1.162)
aponta: “Não, haverá muita cobrança e pouca harmonia com a equipe”. Embora
existam áreas mais felizes ou menos motivadas, o comandante tem plenas
condições de alcançar números satisfatórios, retirando a carga negativa da
rotina corporativa, tornando-a amena e prazerosa para seus funcionários. “O
clima da equipe depende muito da relação estabelecida entre aquele mais
experiente e os mais jovens. Tal aspecto impacta diretamente na produtividade
das pessoas”, acredita a coordenadora do Nube. Assim, ela analisa: “ser líder é
gostar de relacionamento interpessoal. Dependendo do momento do conjunto, das
metas e até mesmo das mudanças de mercado, é o gestor quem será o responsável
por inspirar e manter positivo o fluxo de atividades positivos. Sem se abalar,
deverá oferecer total apoio e acompanhamento aos colaboradores”.
Na terceira colocação, “Não, o chefe sempre será taxado de
chato” (2,87% ou 655 votos) faz alusão às dificuldades de relacionamento
existentes em algumas instituições, pelo fato de as lideranças serem
consideradas desagradáveis, excessivamente rígidas ou inconvenientes nas
solicitações. Entretanto, para Rafaela, quando o estagiário, trainee
ou mesmo o efetivo não estiverem satisfeitos com algum comportamento, a conduta
certa será buscar um diálogo claro e conciliador. “O colaborador precisa ter a sensibilidade
de identificar momentos certos para abordar seu gestor sobre situações
incômodas. Prefira um dia tranquilo e solicite uma conversa individual. Nesse
momento, aproveite o feedback para tratar questões mais
delicadas de forma franca, respeitosa e sem interferência externa”.
Vale lembrar: a escolha de estratégias, ter uma boa
comunicação e influenciar o ambiente organizacional são apenas algumas das
tarefas de um dirigente. Porém, não basta só desempenhá-las, é necessário
possuir um "algo a mais": o perfil certo. As alternativas “sim, isso
o torna mais respeitado” (escolhida por 589 pessoas, ou 2,58% do total)
e “sim, a pessoa apenas precisará dar ordens”, com 1,97% (451
votantes) ocuparam a quarta e quinta posição, respectivamente. Segundo a
especialista, o baixo índice de adesão a tais opções se dá por uma razão
simples: de fato não é simples ser chefe. “Exercer o papel de gestor é uma
tarefa complexa. Afinal, acompanhar atividades, motivar, corrigir e manter um
bom relacionamento envolvem muitas habilidades, como ‘boa comunicação’,
‘flexibilidade’, ‘inteligência emocional’ e ‘organização’”, conclui.
Transmitir uma imagem inspiradora e guiar os colaboradores
não é uma tarefa para qualquer um e deve ser construída ao longo do tempo. O
processo de formação desse tipo de profissional com maiores responsabilidades
possui vários detalhes e tem início ainda na condição de estagiários ou
trainees. São eles quem vão somar ao time de líderes futuramente e serão
analisados pelos gestores a cada tarefa realizada. As avaliações geram um
mapeamento dos melhores talentos e mostram quais estão preparados para o
segmento. “Portanto, quem plantar desde o início a sementinha do respeito, do
estudo sobre as funções exercidas e, claro, gostar de compartilhar conhecimento,
chegará na posição de dar os comandos”, finaliza Rafaela.
Fonte: Rafaela Gonçalves -
coordenadora de treinamento do Nube
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