Prevenção
ainda é a melhor saída para combater a doença, que atinge 20 milhões de pessoas
anualmente, no mundo
No dia 8 de abril, é celebrado o Dia
Mundial do Combate ao Câncer. A doença atinge, por ano, cerca de 20 milhões de
pessoas no mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Só no Brasil, são
aproximadamente 600 mil novos casos anuais. Recentemente, um estudo americano
publicado na revista Science revelou que 66% dos casos são
conseqüências de mutações genéticas, 29% são decorrentes de fatores ambientais
e, ainda, 5% têm causa hereditária. Para Leonardo Pimentel, radio-oncologista
da Radiocare, apesar de em um primeiro momento essas estatísticas passarem a
impressão de que a doença é fruto do acaso, não é bem assim.
“Não é como se não houvesse nada a
fazer além de esperar. Ao contrário, precisamos fazer nossa parte, cerca de um
terço dos casos podem ser evitados pela prevenção”, frisa. Além disso, segundo
dados da Cancer Research UK – órgão britânico que pesquisa o câncer, 42% dos
diagnósticos identificados precocemente chegam à cura.
Pode parecer contraditório, mas, na
prática, ocorrem causas multifatoriais para o surgimento de tumores. “Grande
parte dos quadros diagnosticados são resultado de mutações genéticas, porém,
elas também podem ser desencadeadas por fatores ambientais. Isso porque para
que exista um tumor são necessárias duas ou mais alterações”, explica Pimentel.
Por isso, o médico recomenda a todos um estilo de vida saudável que, segundo
ele, é primordial para a prevenção.
O radio-oncologista listou uma série
de fatores que aumentam as chances de ter a doença e podem ser evitados:
Alimentação inadequada – a ingestão em excesso de determinados
alimentos como carnes processadas e embutidos, e carnes vermelhas, no geral,
aumenta o risco da doença. “Ainda não é comprovado que uma dieta rica em
gorduras tenha relação direta com câncer, no entanto, é sabido que o excesso de
peso e a obesidade estão associados a um aumento do risco de vários tipos
de câncer, incluindo mama, cólon, útero, rim e esôfago”, afirma.
Sol em excesso - A radiação ultravioleta
(principalmente os raios UVB) originada do sol é a principal responsável pelo
desenvolvimento do câncer de pele. “Os efeitos do sol em nosso corpo são
cumulativos e, por isso, é preciso se proteger durante toda a vida”. Leonardo
ressalta a importância de se usar protetor solar e evitar exposição direta ao
sol nos períodos do dia em que o sol é mais forte. “Bloqueadores físicos, como
chapéus e roupas com fator de proteção, também são bem vindos”, pontua.
Fumo - O consumo de tabaco é uma das principais
causas do câncer e o mais simples de ser evitado. “O fumo ativo e passivo está
entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste grupo de
doenças e responde pela maioria dos casos de câncer de pulmão, cabeça e
pescoço, bexiga e esôfago”, afirma o radio-oncologista.
Álcool - O consumo regular de álcool está
associado a um maior risco de vários tipos de câncer como os de: faringe,
esôfago, laringe, reto, fígado e mama. Indiretamente também pode aumentar o risco
do câncer do fígado, pois a cirrose hepática é um importante fator de risco.
Sedentarismo – Há índicos de que o sedentarismo seja
responsável por alguns tipos de câncer, mesmo em pacientes com peso corporal
adequado. Além disso, como dito anteriormente, o excesso de peso é fator de
risco para o surgimento de câncer. “O contrário também acontece, há estudos que
apontam a atividade física regular como boa forma para redução de cânceres de
fígado, cólon, pâncreas, mama e estômago”.
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