Especialista
do Hospital 9 de Julho reúne informações importantes sobre a doação para quem
ainda têm dúvidas em se voluntariar
Os números de doadores de medula caíram em 2017.
Essa queda tem impacto direto em pacientes que buscam o tratamento de doenças
como a leucemia e o linfoma (cânceres no sangue). O Dr. Celso Massumoto,
onco-hematologista e coordenador da área de Transplante de Medula Óssea (TMO)
do Hospital 9 de Julho, explica que a doação pode salvar vidas. “Os doadores
voluntários, cada vez mais escassos, poderiam ajudar milhares de pacientes que
esperam um transplante de medula” afirma o médico.
A doação acontece de forma rápida. O voluntário
faz um cadastro e, em cinco minutos, é coletado 5ML de sangue. O material é
analisado para saber se é compatível com algum paciente e para excluir a
possibilidade de doenças que poderiam ser transmitidas aos pacientes que
recebem as doações. Quando há a compatibilidade, é feita a coleta da medula em
ambiente seguro e com toda a assistência médica necessária ao doador. Apesar de
simples, o Dr. Massumoto explica que as pessoas ainda têm dúvidas sobre a
doação.
Para esclarecer esses questionamentos e reforçar
a importância da doação de medula, listamos alguns mitos e verdades sobre o
tema. Confira!
Qualquer
pessoa pode fazer a doação – Mito. Apesar de ter poucas restrições,
os doadores devem ser pessoas entre 18 e 55 anos idade que não tenham doenças
infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico como Lúpus ou
Diabetes tipo 1.
Estar
com seu cadastro atualizado ajuda para doação – Verdade. Para que as
instituições que recebem o cadastro do doador possam entrar em contato quando
aparecer um receptor para a medula, os dados precisam estar atualizados -
endereço e telefones.
O
processo de doação é burocrático – Mito. É possível se
cadastrar como doador nos hemocentros localizados em todos os Estados. O
cadastro é feito no banco de doadores, o Registro Nacional de Doadores
Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o órgão responsável por procurar
voluntários compatíveis entre as pessoas cadastradas.
Posso
doar mais de uma vez – Verdade. A medula se regenera em 15 dias
após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente que pode receber o
transplante, a doação pode ser feita após esse período.
O
doação é dolorosa - Depende.
O incômodo pode ser de leve a moderado. A
medula do doador pode ser coletada por via óssea ou venosa. Quando coletada por
via óssea, o doador é anestesiado e não sente nenhuma dor. Por via venosa
ocorre apenas a punção da veia que fica próxima ao quadril e a inserção de uma agulha
ligada a um equipamento de aférese (processadora celular).
A
doação só vale para minha cidade – Mito. O banco de
dados dos doadores voluntários é universal. Caso não seja encontrado um doador
no país em que o paciente está, há uma busca nos bancos de outros países. Caso
seja encontrada uma medula compatível, é feita a coleta dela no pais de origem
e o Governo de cada país pode transportá-la até o receptor.
Posso
voltar às atividades diárias rapidamente – Verdade. A recuperação
é rápida. A recomendação
médica são de três dias de repouso e, como a doação é prevista em lei, o doador
pode se ausentar do trabalho no dia da doação e, dependendo do estado de
recuperação do paciente, o atestado pode ser para três dias. “A informação é
uma ferramenta importante para atrair novos doadores que podem salvar vidas”,
finaliza o Dr. Massumoto.
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