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quinta-feira, 1 de março de 2018

À espera de um transplante: mitos e verdades sobre a doação de medula óssea



Especialista do Hospital 9 de Julho reúne informações importantes sobre a doação para quem ainda têm dúvidas em se voluntariar


Os números de doadores de medula caíram em 2017. Essa queda tem impacto direto em pacientes que buscam o tratamento de doenças como a leucemia e o linfoma (cânceres no sangue). O Dr. Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador da área de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital 9 de Julho, explica que a doação pode salvar vidas. “Os doadores voluntários, cada vez mais escassos, poderiam ajudar milhares de pacientes que esperam um transplante de medula” afirma o médico.

A doação acontece de forma rápida. O voluntário faz um cadastro e, em cinco minutos, é coletado 5ML de sangue. O material é analisado para saber se é compatível com algum paciente e para excluir a possibilidade de doenças que poderiam ser transmitidas aos pacientes que recebem as doações. Quando há a compatibilidade, é feita a coleta da medula em ambiente seguro e com toda a assistência médica necessária ao doador. Apesar de simples, o Dr. Massumoto explica que as pessoas ainda têm dúvidas sobre a doação.

Para esclarecer esses questionamentos e reforçar a importância da doação de medula, listamos alguns mitos e verdades sobre o tema. Confira!

Qualquer pessoa pode fazer a doação Mito. Apesar de ter poucas restrições, os doadores devem ser pessoas entre 18 e 55 anos idade que não tenham doenças infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico como Lúpus ou Diabetes tipo 1.

Estar com seu cadastro atualizado ajuda para doaçãoVerdade. Para que as instituições que recebem o cadastro do doador possam entrar em contato quando aparecer um receptor para a medula, os dados precisam estar atualizados - endereço e telefones.

O processo de doação é burocráticoMito. É possível se cadastrar como doador nos hemocentros localizados em todos os Estados. O cadastro é feito no banco de doadores, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o órgão responsável por procurar voluntários compatíveis entre as pessoas cadastradas.

Posso doar mais de uma vez Verdade. A medula se regenera em 15 dias após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente que pode receber o transplante, a doação pode ser feita após esse período.

O doação é dolorosa - Depende. O incômodo pode ser de leve a moderado. A medula do doador pode ser coletada por via óssea ou venosa. Quando coletada por via óssea, o doador é anestesiado e não sente nenhuma dor. Por via venosa ocorre apenas a punção da veia que fica próxima ao quadril e a inserção de uma agulha ligada a um equipamento de aférese (processadora celular).

A doação só vale para minha cidade Mito. O banco de dados dos doadores voluntários é universal. Caso não seja encontrado um doador no país em que o paciente está, há uma busca nos bancos de outros países. Caso seja encontrada uma medula compatível, é feita a coleta dela no pais de origem e o Governo de cada país pode transportá-la até o receptor.

Posso voltar às atividades diárias rapidamenteVerdade. A recuperação é rápida. A recomendação médica são de três dias de repouso e, como a doação é prevista em lei, o doador pode se ausentar do trabalho no dia da doação e, dependendo do estado de recuperação do paciente, o atestado pode ser para três dias. “A informação é uma ferramenta importante para atrair novos doadores que podem salvar vidas”, finaliza o Dr. Massumoto.




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