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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: o ano em que o mundo atingiu a marca de 100 milhões de pessoas forçadas a se deslocar

Relembre os principais acontecimentos no Brasil e no mundo que marcaram o trabalho do ACNUR como um dos mais desafiadores em 72 anos de história.



Guerra na Ucrânia, episódios de xenofobia no Brasil e emergências climáticas fizeram de 2022 um dos anos mais desafiadores para pessoas forçadas a se deslocar e o trabalho do ACNUR em seus 72 anos de história.

Mas não lembraremos de 2022 somente por suas tragédias. Celebramos a inclusão de pessoas refugiadas no Carnaval do Rio, no Dia Mundial do Refugiado e vimos Maha Mamo fazer história gerando conhecimento e movimentando soluções para pessoas apátridas.

Ao final de um ano marcado por tantos momentos impactantes, tiramos um momento para lembramos de todas as pessoas que se esforçaram para levar ajuda humanitária aos quatro cantos do globo e todos aqueles afetados por guerras, conflitos, perseguições e violações de direitos humanos.


Brutalidade

No dia 24 de janeiro, o congolês Moïse Kabagambe foi brutalmente assassinado em seu ambiente de trabalho no Rio de Janeiro, com apenas 24 de idade. O caso comoveu todo o Brasil, que se mobilizou em solidariedade aos familiares do jovem que chegou ao Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos em busca de segurança contra a violência que assola o país onde nasceu, a República Democrática do Congo.

O ACNUR uniu-se à sociedade civil em movimentos de advocacy pela não discriminação de pessoas refugiadas, que resultou na criação do Observatório da Violência contra Refugiados, criada pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE).


Inclusão: Carnaval

Também no Rio de Janeiro, cerca de três meses depois, 20 pessoas refugiadas de 5 diferentes nacionalidades (Angola, Marrocos, República Democrática do Congo, Síria e Venezuela) conheceram o Brasil, o país que os acolheu, sob uma perspectiva diferente: desfilando na Sapucaí em uma das principais escolas de samba do carnaval carioca.

Fruto de uma parceria com o ACNUR, a Salgueiro convidou essas pessoas para compor o tema do ano: a luta contra o racismo. Além de estreitar ainda mais os laços com o país de acolhida, a iniciativa foi um momento de muita emoção entre os participantes, que puderam celebrar suas histórias e o acolhimento que receberam no Brasil.

Essa jornada foi registrada em um documentário chamado “Resistência, a jornada dos refugiados no Carnaval do Rio”, dirigido por Beca Furtado e produzido pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e pela produtora Rec Design. Recentemente, ganhou na categoria de melhor documentário no São Paulo Film Festival. Assista o trailer aqui.


Sem precedentes: Ucrânia

O conflito com a Rússia deixou o mundo em pânico com as perspectivas de uma guerra nuclear, e em todo o globo os efeitos da guerra impactaram os preços de combustíveis, alimentos e serviços. Mas o maior custo foram as vidas impactadas pela violência armada que forçou mais de 10 milhões de pessoas a fugirem de seus lares em busca de proteção.

Em setembro de 2022, quase 18 milhões de pessoas na Ucrânia precisavam de ajuda humanitária, incluindo mais de 6 milhões de pessoas deslocadas pelo conflito. Em novembro de 2022, mais de 7,8 milhões de refugiados da Ucrânia foram registrados em toda a Europa.

Apoie hoje mesmo pessoas ucranianas que enfrentam inverno rigoroso. Doe agora.


Um novo recorde. De novo.

Pelo 7° ano consecutivo, o mundo testemunha a curva crescente do número de pessoas forçadas a se deslocar no mundo. Em junho, os dados oficiais registraram a triste marca de 100 milhões de refugiados, solicitantes da condição de refugiado e deslocados internos no mundo, ou seja – pessoas forçadas a se deslocar por guerras, conflitos, perseguições e violações de direitos humanos.

Parte do “acúmulo” dos números, ou a razão pelas quais essas estatísticas apenas crescem, deve-se não só ao surgimento de novas crises, mas da não resolução de crises antigas.

Em outubro, o ACNUR anunciou um outro recorde, igualmente chocante: um déficit de 700 milhões de dólares, maior desfalque orçamentário de sua história. Com essas restrições, a organização é forçada a cortar programas de extrema necessidade e não permite com que sejam desenvolvidos os programas de soluções duradouras para pessoas que vivem há anos – ou até mesmo décadas – na dependência de assistência humanitária.


Obrigado, Brasil!

No Dia Mundial do Refugiado (20 de junho), o Brasil recebeu uma singela homenagem das pessoas refugiadas que foram acolhidas no país através de uma projeção feita nas duas torres do Congresso Nacional, que estampou: “Obrigado, Brasil!”

Até agora, o país já reconheceu mais de 63 mil pessoas como refugiadas, sendo que a maioria são oriundas da Venezuela, Síria e Senegal. Confira os dados atualizados aqui.


Inundações no Paquistão

As mudanças climáticas estão reconfigurando as formas e diretrizes de se pensar deslocamento forçado e respostas emergenciais, e em 2022 testemunhamos desastres climáticos afetando gravemente populações inteiras.

O caso mais emblemático foram as inundações no Paquistão, que afetaram mais de 33 milhões de pessoas – incluindo uma parcela significativa de refugiados no país. Entre Nigéria, Chade, Níger, Burkina Faso, Mali e Camarões, já são 3,4 milhões de pessoas afetadas também por enchentes somente em 2022.


Afegãos no Brasil

A crise que se iniciou em 2021 se manteve como um dos principais focos de atuação do ACNUR a nível global e no Brasil, que nos últimos 12 meses – segundo dados do Ministério das Relações Exteriores -emitiu de cerca de 5,8 mil vistos humanitários para pessoas afetadas pela atual crise no Afeganistão.

Neste mesmo período, de acordo com informações da Polícia Federal, o país registrou a entrada em território nacional de mais de 2,2 mil pessoas afegãs.

De acordo com dados do ACNUR, cerca de 600 pessoas do Afeganistão já foram atendidas pela agência e suas organizações parceiras no Brasil no último ano – desde a publicação da Portaria Interministerial n. 24, de 3 de setembro de 2021, que estabeleceu a concessão dos vistos humanitários e autorização de residência por razões humanitárias para nacionais afegãos, apátridas e pessoas afetadas pela situação naquele país.


Mais do que merecido: cidadã e condecorada!

Apesar de todos os desafios, o ano se encerra com uma vitória: a ex-apátrida Maha Mamo foi condecorada com a insígnia da Ordem de Rio Branco, Grau de Cavaleiro, por sua atuação cívica pelo fim da apatridia, condição em que vivem por 30 anos até ser reconhecida como cidadã brasileira em 2018.

“É com muito orgulho que continuarei a levar o nome e o bom exemplo do Brasil para todos os países onde eu estiver. É uma grande honra receber este tão importante reconhecimento da diplomacia brasileira”, afirmou Maha, que dedicou a nova conquista a todas as milhões de pessoas apátridas no mundo.

Estima-se que mais de 10 milhões no mundo sejam apátridas, ou seja, não possuam nacionalidade, registro ou documentação que comprovem sua existência, tornando essa população especialmente marginalizada e sem acesso a direitos básicos.

Leia mais aqui.

Faça uma doação para que famílias refugiadas possam ter vidas dignas e seguras.

 

Programas focados em saúde mental são os novos aliados para atrair talentos de todas as gerações

Relatório da OMS aponta que 15% dos adultos sofrem de algum tipo de transtornos de ordem mental, grande parte motivados pelo ambiente de trabalho, o que indica gastos da ordem de 1 trilhão de dólares à economia global em dias de trabalho perdido


Segundo o Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, publicado em junho deste ano, já em 2019, 15% dos adultos no mundo todo, em idade laboral, sofriam com algum transtorno mental. Devido a essa questão, a pesquisa estima que anualmente 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por causa de depressão e ansiedade, o que indica um custo de 1 trilhão de dólares à economia global. Esses dados confirmam sobre a importância das empresas investirem em ações preventivas, garantindo assim a saúde de seus colaboradores.

            O consultor de carreira da ESIC Internacional, Alexandre Weiler, afirma que a saúde mental começa a se tornar um dos temas importantes na atualidade que impactam sobre os resultados organizacionais e que também por isso, passa a ser tratado como prioridade pelas empresas. “A busca pela manutenção e fomento de um ambiente de trabalho equilibrado está se tornando um dos temas importantes da atualidade, sendo redescoberto como um importante componente que deve ser parte das diretrizes e ações das empresas, especialmente daquelas que buscam resultados positivos sustentáveis”, afirma.

            Alexandre conta que as empresas que enxergam seus colaboradores de forma integral/360, olhando também sua saúde mental como um ativo importante dentro das corporações, são as que mais se destacam e têm uma melhor capacidade de reter talentos e promover um ambiente de qualidade favorável à produtividade, além de obterem resultados acima da média. “O mercado é formado por pessoas, as empresas também são feitas por pessoas e se elas não estão bem, se não são bem tratadas no ambiente de trabalho, certamente terão seu rendimento afetado e não darão conta dos compromissos, agendas, projetos e metas de forma eficiente/eficaz. Um ambiente de trabalho saudável passa por ações mentalmente saudáveis”.

 

Geração Y e Z, os talentos das novas gerações

Uma pesquisa recente, realizada pelas empresas TalentLMS e BambboHR, coletou informações de cerca de 1,2 mil jovens estadunidenses entre 19 e 25 anos, que estiveram por pelo menos seis meses em um único emprego. Desses, 42% disseram que se demitiriam caso sofressem sintomas de burnout ou sentissem que não estão conseguindo ter o equilíbrio como estilo de vida. “Essa nova geração é ainda mais sensível à saúde mental, principalmente depois da pandemia onde se abriu a possibilidade de trabalhos mais flexíveis, algo que para essa geração passou a ser primordial, uma vez que possibilita um equilíbrio maior entre família, casa e trabalho”, conta  Alexandre.

            Além disso, estudos indicam que a geração Y e Z é muito mais criteriosa e crítica com relação à realização pessoal. É o que indica a pesquisa realizada pela consultoria em recrutamento Randstad, que ouviu 35 mil pessoas em 34 países, em 2022, e descobriu que um a cada dois indivíduos da Geração Z preferem ficar desempregados a estarem presos a um trabalho que não gostem. “É fundamental que as empresas entendam que a saúde mental é fundamental para todo o ecossistema, desde os estagiários até à presidência. Sendo que as ações desenvolvidas devem ser profundas e de longo prazo e realizadas de forma coordenada e constante. Algo de fachada não adianta e é logo percebido pelos colaboradores”, finaliza o especialista.    

Ações que podem ser desenvolvidas pelas empresas para fomentar a saúde mental de seus colaboradores:

- Trabalhe ações coerentes de liderança autêntica e adequada mitigação/gestão de conflitos.

- Coloque em ação um programa de saúde mental: primeiramente analise a realidade da sua empresa, verifique as necessidades e crie um conjunto de iniciativas com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos profissionais.

- Ofereça benefícios: vá além do plano de saúde (algo primordial quando o assunto é saúde) e busque ações de conversas ativas com os colaboradores, incentivando dessa forma, que eles olhem para a própria saúde.

- Viabilize e incentive a realização de atividades físicas: ofereça descontos em academias, gympass, ou ainda disponibilize serviços de exercícios laborais e atividades recreativas dentro da empresa.

- Apoie os colaboradores: deixe claro que seus colaboradores são importantes para a empresa, por meio de recados, mensagens ou conversas. Ações que incentivem a participação da família são sempre boas opções também, assim como as que motivam a criação de amizades dentro da empresa, promovendo dessa forma a conexão entre todos e evitando as “panelinhas”.

- Substitua Feedbacks por Feedforwards: mantenha feedbacks constantes com seus colaboradores, reforçando as realizações dos times e troca de ideias sobre possíveis melhorias no ambiente de trabalho e, paulatinamente substitua-os por feedforwards antecipando possíveis pontos de erros e stress, tomando medidas para saná-los antes mesmos que venham a ocorrer.

- Incentive a despressurização: fomente momentos alegres como happy hours, cafés e eventos internos, além disso, ter um espaço na empresa onde as pessoas possam descansar e relaxar é fundamental.

- Foque no desenvolvimento e empoderamento das lideranças éticas: gestores precisam saber lidar com situações adversas sem comprometer a saúde mental das equipes. Além disso, gestores são pessoas que recebem muita pressão e, portanto, devem contar com programas específicos para eles.

- Fique atento às responsabilidades de cada um dos times: as funções dos funcionários devem ser bem divididas, evitando a sobrecarga e o estresse individual.

- Promover eventos específicos focados em saúde mental também podem ser aliados: realizar eventos sobre o tema, de forma rotineira e constante, ajuda a promover a saúde mental. Para isso podem ser feitos dias de massagens, yoga coletivo e alongamentos.

- O ser humano se realiza integralmente quando considerado em todas suas dimensões e âmbitos, portanto o equilíbrio entre vida pessoal e profissional se dá quando é considerado todos os seus aspectos: físico, racional, emocional e espiritual.

 

4 tendências do comportamento do consumidor para ficar de olho em 2023

Estar atento a esse movimento é um diferencial competitivo de grande valor. A Provu lista tendências para destacar sua empresa frente aos concorrentes e aumentar suas vendas


O comportamento do consumidor está em constante mudança, e estar atento a este movimento é um diferencial competitivo de grande valor. Conhecer o seu cliente e entender o seu comportamento é fundamental para saber a melhor maneira de oferecer a ele uma jornada de compras que seja condizente com o seu perfil. A Provu, fintech especializada em meios de pagamento e crédito pessoal, traz as principais tendências para você ficar de olho em 2023 e implementar no seu negócio, para se destacar da concorrência e conquistar cada vez mais vendas.

 

1. A jornada online e offline estão cada vez mais integradas

O crescimento das vendas online é algo que vem se repetindo ano a ano. A pandemia da Covid-19 contribuiu para que muitas lojas migrassem para o online para atender as necessidades do momento, já que muitos clientes criaram o hábito de comprar sem sair de casa. Mas o que chama a atenção, mesmo após o fim da pandemia, é a forma escolhida pelas pessoas para receber o produto que comprou. 42% dos consumidores, ao fazerem compras pela internet, optam por fazer a retirada na loja física, segundo levantamento realizado pela Octadesk em parceria com a Opinion Box. Ao fazer essa escolha, o cliente evita filas e consegue retirar o produto adquirido online em uma loja física com um prazo de entrega bem menor e sem custo de frete.Tudo indica que é uma tendência que veio para ficar.


2. Uma boa experiência é essencial 

Consumidores são os melhores propagadores de uma marca e recomendam quando têm uma boa experiência. Essa mesma pesquisa mostra que 62% dos respondentes já desistiram de uma compra devido a uma experiência ruim durante essa jornada. É essencial investir também em um bom atendimento e manter uma boa comunicação com os seus funcionários. Um dos motivos da desistência de uma compra online é a falta de segurança de dados e o medo de achar que a empresa não é confiável. Por isso, é importante deixar visível que a empresa segue a Lei Geral de Proteção de Dados e que preza pela segurança do cliente. Meios de pagamento que não atendem às necessidades do cliente, falta de parcelamento e frete e preços elevados também são fatores que contribuem para o abandono de carrinho. 


3. Smartphones em alta

Sua loja está responsiva para esse dispositivo? Em outro levantamento, realizado pela Opinion Box em conjunto com Mobile Time, 84% dos internautas compram com mais frequência na internet através de seus celulares, e é justamente aí que as empresas vêm buscando investir. Ao criar um site para a sua marca, pense em um layout atrativo e personalizado para o celular, para que os clientes não desistam da compra por não terem acessibilidade.


4. Ofereça novos meios de pagamento

Cada vez mais as pessoas buscam comodidade e flexibilidade para realizar pagamentos. De acordo com o Banco Central, 48 milhões de brasileiros não possuem conta bancária, e segundo a Provu, cerca de 32,4% dos brasileiros não utilizam nenhum tipo de cartão de crédito. Oferecer diferentes meios de pagamento, como condições especiais para compras à vista, e parcelamento no boleto é fundamental para conquistar e reter clientes e para se manter competitivo no mercado. Opções como o Provu Boleto Parcelado, por exemplo, são uma excelente alternativa para que clientes possam parcelar compras sem cartão de crédito, enquanto o comerciante recebe o valor total da compra, sem pagamento de taxas, como acontece com as maquininhas de cartão de crédito.



Provu


Saiba quais são as mudanças nos benefícios corporativos com o novo PAT de 2023

Mudanças previstas para maio do próximo ano devem acelerar o processo de modernização dos benefícios corporativos.


Com as alterações no Programa de Alimentação do Trabalhador -- PAT, que entram em vigor em maio de 2023, as empresas devem se preparar e se adaptar ao novo cenário dos benefícios corporativos para garantirem sua segurança jurídica e a satisfação dos colaboradores. 

Essas modificações marcam uma mudança considerável no cenário dos benefícios corporativos no Brasil, além da possibilidade de rescisão dos contratos assinados com a legislação desatualizada. Os empregadores devem ficar atentos sobre a Gestão compartilhada, já que agora o PAT será gerido pelos Ministérios da Economia, Trabalho e Previdência, além do Ministério da Saúde. Outro ponto é o Fim do rebate, tendo em vista que o cashback oferecido por empresas tradicionais de benefícios, conhecido como rebate, está proibido em contratos PAT em 2023, além do Arranjo aberto, que não será possível concentrar estabelecimentos em uma rede credenciada de aceitação do cartão de benefícios. E a Interoperabilidade que agora as empresas fornecedoras de benefícios devem possibilitar a integração de seus sistemas. 

A prática do desvirtuamento de benefícios alimentícios também será penalizada em 2023. As novas regras, propostas pela MP 1.108, prevêem multas de até R50 mil para organizações que possibilitem o uso indevido do vale-alimentação, assim como a suspensão do contrato PAT de forma provisória ou definitiva. Além das alterações que foram aprovadas, o saque do vale-alimentação foi uma das propostas vetadas que mais geraram discussões entre trabalhadores e RHs. 

Segundo a advogada do grupo Gerencianet, Anamália Oliveira, as últimas modificações na legislação do PAT são uma sinalização positiva às RH Techs que estão inovando no mercado de benefícios. De acordo com ela, “as mudanças recentes privilegiam as empresas de benefícios flexíveis”. 

Ao que tudo indica, a era dos benefícios tradicionais, em que os colaboradores tinham que se contentar com a distribuição dos vales-alimentação e refeição pela empresa, está chegando ao fim. Com os novos benefícios flexíveis, há a possibilidade de distribuição de saldo personalizado para a realidade de cada funcionário. 

Além disso, os cartões beneflex para colaboradores também permitem concentrar todos os benefícios corporativos em um único cartão. Há outra vantagem evidente nos chamados beneflex, que é a bandeira universal e os arranjos de pagamento abertos — que foram possibilitadas pelas últimas mudanças na lei. 

De acordo com o especialista em benefícios corporativos e CEO da Eva Benefícios, Marcelo Lopes, as últimas mudanças no PAT trouxeram para as organizações a “oportunidade de modernizar sua gestão de benefícios”. Como pontua o executivo, “os empregadores estão tomando consciência de que os benefícios são ferramentas poderosas para combater problemas comuns nas organizações da atualidade, como é o caso do turnover”. 

Portanto, com o PAT possibilitando a oferta de vários benefícios em uma única solução, Marcelo encerra apontando que “chegou a hora das empresas fazerem mais pelos seus colaboradores”. “Atualmente, os bons profissionais recebem ofertas a todo o momento e bons salários são facilmente superados pela concorrência. São os benefícios que tornam os locais de trabalho únicos e desejados pelos profissionais”, conclui o executivo.


Me Poupe! dá dicas de como ajustar as finanças neste fim de ano

 Métodos como lista de necessidades, orçamento, limites e prazos são alguns dos pontos enaltecidos para observação neste período

 

Natal e Ano Novo: estas são algumas das datas comemorativas e promocionais que os brasileiros têm todo final de ano e que podem mexer com nosso bolso. Nathalia Arcuri é especialista em finanças, CEO e criadora da Me Poupe!, maior ecossistema de educação financeira do mundo. Uma das formas com que Nathalia traduz esse conteúdo é por meio dos produtos digitais, que oferece através da plataforma e dos serviços da Hotmart, empresa global de tecnologia e líder na Creator Economy. Já são mais de 500 mil alunos registrados nos cursos.

Segundo a especialista em finanças, é possível tornar este período mais econômico, além de trazer benefícios financeiros. “Quando você economiza nos presentes de Natal, por exemplo, sobra dinheiro para investir, viajar, ser independente financeiramente, montar sua reserva de emergência, entre outras coisas”, relata a especialista e empreendedora. Confira abaixo 4 dicas da especialista para ajustar as finanças neste final de ano: 

Crie uma lista do que precisa 

Nathalia recomenda a criação de uma lista personalizada contendo os principais itens de consumo que você precisa para o fim de ano. Isso funciona para que todas as ofertas que aparecem não sejam consumidas sem conscientização.

Não compre o que estiver na promoção apenas por estar na promoção. Fazer uma lista do que você realmente precisa comprar é fundamental para aproveitar da melhor forma sem você não se endividar à toa”, explica Arcuri.

 

Faça um orçamento 

A especialista também alerta para moderação dos gastos durante a busca pelos melhores presentes e oportunidades: “Tenha em mente que parte fundamental da economia nas compras é a definição de um orçamento. Com o cenário financeiro claro, fica mais fácil estipular quanto você pode gastar”, ressalta Nath Arcuri.


Trace limites
 

Ao receber o 13º salário ou bônus de metas, é natural que as pessoas fiquem ansiosas e queiram gastar mais. Por isso é fundamental observar os seus limites e até onde se pode ou não investir neste momento.

Veja o quanto é possível gastar com os presentes e lista de desejos sem que isso transforme as festas de fim de ano em festas de fim de saldo. Podemos usar o décimo terceiro, por exemplo, mas de preferência, só depois de quitar as dívidas e reservar o suficiente para pagar impostos, matrículas e outros gastos do início do ano que vem e investir em metas”, aconselha.

 

Prazos para o ano seguinte 

No início do ano, o processo de reflexão sobre os interesses e vontades de uma nova etapa costumam ser bem gerais e não concretizados por boa parte da população. Para a especialista, traçar metas de forma estruturada e intencional colabora para alcançar os objetivos pensados. “Comece da melhor forma: faça o levantamento de quanto realmente você vai precisar para realizar o que deseja”, explica.

A especialista ainda preza pela organização do tempo: “sem a data na agenda, a vida vai se encarregando de mudar as prioridades e seus sonhos vão ficando em segundo plano. Sem um prazo você fica sem parâmetros para mensurar se está indo bem”, finaliza Nathalia.

 

Felizes 2023 

Nesta terça-feira (20), às 20h23, a Me Poupe! fará a live da campanha “Felizes 20.23”. Durante o evento, os treinamentos “Eu, Chefe de Mim” e o “Meu Salário, Minhas Regras”, hospedados na Hotmart, estarão disponíveis por apenas R 20,23, durante 48h, junto de um bônus de 10 livros digitais da Skeelo. Com mais R1, a Me Poupe! fará a doação dos mesmos treinamentos e livros para uma pessoa em situação de risco, atendida por instituições como a OrientaVida, Black Money, Instituto Glória e outras. A inscrição para o evento pode ser feita neste link. 

As primeiras 15 mil pessoas que comprarem o combo de treinamentos e se engajarem na campanha de doação durante a live, ganharão da fintech netspaces, uma fração do NFT do primeiro imóvel digital do Brasil: uma sala comercial de 24 metros quadrados, localizada no edifício Santa Cruz, o mais alto de Porto Alegre (RS).

 

Hotmart

www.hotmart.com 


Como alinhar os riscos cibernéticos com as necessidades de negócios

Vivemos em uma sociedade digital em grande avanço, na qual os desenvolvimentos tecnológicos estão evoluindo rapidamente – com redes poderosas, interconectividade crescente e conceitos altamente automatizados, como e-health, cidades inteligentes e a Quarta Revolução Industrial desempenhando papéis cada vez mais proeminentes. 

Esse aumento de tais tecnologias significa que a segurança cibernética é uma pré-condição extremamente importante e crescente para que uma sociedade funcione com sucesso. Nossa nova realidade digital exige que os líderes de negócios avaliem e governem adequadamente o risco cibernético e os executivos e tomadores de decisão são necessários, para ter um forte entendimento dos conceitos e questões dessas ameaças para tomar medidas efetivas. 

No entanto, tanto a natureza dinâmica do risco cibernético quanto o crescimento exponencial dos ataques cibernéticos podem apresentar desafios na tomada de decisões. 

Com base nisso, o Fórum Econômico Mundial, em colaboração com a National Association of Corporate Directors (NACD), Internet Security Alliance (ISA) e PwC, publicaram seis Princípios para a Governança do Conselho de Risco Cibernético para permitir que as organizações gerenciem melhor e entendam como navegar nas escolhas estratégicas e operacionais relacionadas ao risco cibernético. 

Um princípio fundamental nesta orientação é que os conselhos de administração devem “alinhar o gerenciamento de riscos cibernéticos com as necessidades de negócios” em todas as facetas da tomada de decisões, incluindo inovação, fusões e aquisições, desenvolvimento de produtos e muito mais.

 

A exposição ao risco cibernético ameaça a reputação e a confiança do cliente 

Os líderes rotineiramente enfrentam decisões difíceis na gestão do risco cibernético, pois a exposição ao risco cibernético pode ameaçar a reputação, a confiança do cliente e o posicionamento competitivo, e possivelmente resultar em multas e ações judiciais. 

Nesse contexto, os líderes devem lidar simultaneamente com mudanças nas prioridades organizacionais, mudanças nos orçamentos, tecnologias e número de funcionários, bem como táticas adversárias em evolução e eventos de segurança emergentes, entre outras coisas. Essa complexidade como um todo é chamada de natureza dinâmica do risco cibernético. 

No entanto, os executivos e tomadores de decisão são frequentemente sobrecarregados pela complexidade e pressão para agir ao lidar com questões de risco cibernético e, em tais situações, existe o risco de pontos cegos de segurança. 

Muitas abordagens estão disponíveis para apoiar líderes e executivos de negócios em suas funções para definir e implementar uma estratégia sustentável de segurança cibernética e resiliência cibernética. 

Os exemplos incluem avaliações periódicas de risco usando estruturas reconhecidas pelo setor – como a estrutura NIST Cybersecurity, C2M2 e ISO 27001 – ou a execução de simulações e exercícios de eventos cibernéticos.

 

Executivos devem fazer mais na gestão e mitigação do risco cibernético 

O crescimento exponencial contínuo dos ataques cibernéticos pressiona os tomadores de decisão e executivos a ficarem à frente da curva. Reagir após o fato pode ser muito caro e aumentar as necessidades de avaliação e sanção regulatória. Vemos e entendemos que o risco cibernético é dinâmico por natureza, e agora devemos agir quanto a isso. 

Por meio de soluções de tecnologia exploratórias e interativas, os líderes podem desenvolver uma melhor previsão para gerenciar os aspectos econômicos do risco cibernético e o alinhamento com as necessidades de negócios.


 

Carlos Rodrigues - vice-presidente da Varonis


 


Veterinária alerta que sons muitos altos podem levar os animais a uma parada cardiorrespiratória 

 

Com a chegada do réveillon, muitas pessoas insistem em comemorar com fogos de artifício. No Distrito Federal, a Lei nº 6.647/2020 proíbe a utilização de qualquer artefato pirotécnico e fogos de artifício que produzam estampidos. Em caso de descumprimento, a multa pode chegar a R$2,5 mil. E a medida não beneficia apenas os pets, mas também idosos, autistas e bebês. 

 

Os fogos de artifício agridem demais a audição canina. De acordo com a veterinária Joana Barros, da clínica Gaia Medicina Veterinária Integrativa, os animais têm ouvidos mais aguçados do que os dos humanos. Sendo assim, barulhos com mais de 60 decibéis equivalem a uma conversa em tom muito alto, podendo causar estresse físico e psicológico. 

 

Joana alerta que esse tipo de barulho pode deixar os animais de estimação desorientados, levando a fugas perigosas. “Eles podem tentar quebrar vidros de janela, passar por portões e acabarem se cortando.” 


Além disso, podem provocar problemas de saúde graves devido ao medo, levando, inclusive, ao óbito em poucos minutos. “Quando eles escutam a queima de fogos eles podem ficar com tanto medo que isso pode gerar uma parada cardiorrespiratória em decorrência do aumento dos batimentos cardíacos”, alerta a especialista da clínica Gaia Medicina Veterinária Integrativa. 

 

Para ajudar a amenizar os impactos dos fogos, Joana indica o uso de alguns artifícios naturais. “Pode ser dado chá de camomila em uma diluição adequada, vai dando aos poucos durante o dia. Outra opção, é usar também homeopatia, aromaterapia e florais de bach. Isso tudo pode ser consultado com o veterinário que atende o seu animal”, aconselha a veterinária.



Vendas de Natal marcam tímido crescimento de 0,4%, revela Serasa Experian

No final de semana da data comemorativa o cenário de aumento também foi tímido, de apenas 0,2%



As vendas do comércio físico brasileiro na semana do Natal, em comparação com o mesmo período de 2021 (18 a 24/12/2021 x 18 a 24/12/2022), marcaram tímido crescimento de 0,4% segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. De acordo com o economista da Serasa Experian, “os varejistas esperavam um crescimento um pouco melhor após a recessão dos primeiros anos da pandemia, mas o impacto da inflação no bolso dos consumidores não permitiu a evolução dos gastos para a época”. Confira a evolução dos dados no gráfico a seguir:



Em relação ao final de semana do Natal (17 a 19/12/2021 x 16 a 18/12/2022), o crescimento também foi baixo, de 0,2%. Ainda segundo Rabi, uma série de fatores contribuíram negativamente para que a maior data comemorativa do ano tenha vendido menos do que vendeu durante a pandemia. “A alta da taxa de juros e a inadimplência dos consumidores são alguns dos agravantes que podemos listar como motivações para esse cenário. O 13º salário, antes utilizado para potencializar a atividade do comércio, também pode ter sido priorizado para o pagamento de dívidas pelos brasileiros”, explica.

Para conferir 
mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br

 

2023: o que esperar nos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis?

O contexto externo permanece adverso e incerto. As principais economias do mundo continuam enfrentando um ambiente inflacionário desafiador, mantendo em curso uma política monetária restritiva e com uma perspectiva de redução na atividade econômica – ou até mesmo uma possível recessão.

E o Brasil? Após o término das eleições, inicia-se o processo de transição de governo, que aumenta a ansiedade de diversos segmentos da sociedade em relação às possíveis mudanças de direção. E, não poderia ser diferente para o setor de energia, em especial de petróleo, gás natural e biocombustíveis, que continuam em evidência em função da crise energética global.

Diversos avanços foram conquistados nos últimos anos. Entre os destaques, no upstream (exploração e produção de petróleo), o destravamento do setor, possibilitando investimentos diretos e indiretos de cerca US$ 428 bilhões para os próximos 10 anos, segundo plano decenal de expansão de energia da empresa de pesquisa energética EPE.

Entre os principais avanços no setor está a manutenção de um calendário de leilões de áreas exploratórias, que oferece previsibilidade e estabilidade para os investimentos em exploração, e que, mais recentemente, está sendo substituído pelo programa de oferta permanente. De acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo), esse programa conta, hoje, com 1.068 áreas disponíveis e, num futuro próximo, pretende adicionar mais 1.018 – incluindo áreas terrestres, offshore convencional (fora do polígono do Pré-sal) e no Pré-sal.

O destravamento do setor se deu, em grande parte, por conta de novas resoluções sobre Exploração e Produção de Petróleo (E&P) e Conteúdo Local, publicadas entre 2017 e 2018, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Paralelamente, o Congresso publicou novas leis, como a extensão do REPETRO por mais 20 anos (um regime fiscal favorável) e a lei que desobrigou a Petrobras a ser a operadora única do Pré-Sal (porém, com o direito de preferência), além do governo resolver o impasse em relação ao contrato da cessão onerosa com a Petrobras.

No âmbito regulatório, a ANP publicou resoluções de redução de royalties para produção incremental de campos marginais e para pequenas e médias empresas, além de medidas para apoiar o programa de desinvestimentos da Petrobras em áreas terrestres e águas rasas, entre outras iniciativas para estimular novos investimentos no setor.

Com o início de um novo governo, a expectativa é que não haja grandes alterações nas políticas e regulação já estabelecidas no upstream – em particular, projetos de exploração e desenvolvimento da produção em áreas já contratadas. Porém, pode haver impactos no plano de desinvestimentos da Petrobras, principalmente em áreas terrestres e em águas rasas, bem como na exploração em áreas com maior sensibilidade ambiental, como é o caso da exploração na margem equatorial. Nesta região, em particular, a Petrobras anunciou, recentemente, que pretende intensificar os esforços de exploração com investimentos de USD 2 bilhões – cerca 38% do orçamento para exploração até 2026.

Já no midstream (refino/gás natural), o movimento de desinvestimentos da Petrobras pode sofrer impactos significativos com a entrada do novo governo. É muito pouco provável que aconteça recompra de ativos já desinvestidos, embora possa haver desaceleração ou até a paralização do processo de desinvestimentos.

É importante destacar que o plano de desinvestimentos da Petrobras foi motivado por mudanças na estratégia da empresa em direcionar seus investimentos para segmentos estratégicos e com maior retorno de capital, sendo que grande parte desse movimento foi provocado pelo TCC (Termo de Conduta de Cessão), assinado com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em 2019.

Entretanto, a principal motivação continua sendo desenvolver um mercado de petróleo, gás natural e biocombustíveis mais dinâmico, competitivo e aberto em todos os elos da cadeia. Acredita-se que o mercado aberto e competitivo possa atrair mais investimentos do setor privado e gerar maior impacto socioeconômico no médio/longo prazo.

No dowstream (distribuição/revenda), a maior preocupação é com a atual política de preços da Petrobras, que utiliza a paridade internacional (Preço de Paridade de Importação - PPI), atualizando os preços de combustíveis de acordo com as variações internacionais do petróleo e do câmbio.

A preocupação do novo governo com a volatilidade dos preços dos combustíveis e seu impacto para a sociedade é legitima e merece atenção. Entretanto, é importante destacar que a Petrobras é uma empresa de economia mista, com ações listada nas bolsas do Brasil e Estados Unidos e, por isso, precisa respeitar as regras estabelecidas nestes mercados. Em um passado não muito distante, a empresa enfrentou uma das maiores crises de sua história em razão de uma política de preços equivocada e corrupção, que resultou em prejuízos significativos de imagem e financeiros, o que motivou mudanças importantes na governança e estatuto da empresa.

O cobertor é curto e, de fato, a Petrobras precisa ter lucro, remunerar adequadamente seus acionistas, ter capacidade de investimentos em áreas estratégicas e ser competitiva. Mas, por ter o governo como seu principal acionista, também precisa equilibrar estes interesses com os anseios da sociedade, especialmente em momentos de crise.

A prática adotada recentemente pela empresa de administrar os preços de combustíveis dentro de uma banda de valores de mercado parece sensata, desde que consiga manter os preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, garantindo assim o abastecimento nacional e evitando repassar grandes volatidades externas (oscilações nos preços do petróleo e taxa de câmbio) aos consumidores.

Seja qual for a orientação do novo governo para o setor, precisa garantir a estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica para preservar os investimentos já realizados e continuar atraindo novos investimentos. O processo de transformação do segmento em um mercado aberto, competitivo e dinâmico é a nossa garantia de maior segurança energética, ampliação da nossa vantagem competitiva como nação e, certamente, uma contribuição mais significativa para a prosperidade da nossa sociedade.

 

Felipe Kury - ex-diretor da ANP.

 

Saída de Natal: jurista do CEUB esclarece dúvidas sobre o benefício

Medida de ressocialização é um direito dos indivíduos que cumprem pena em regime semiaberto e deve preencher requisitos


Para quem está cumprindo pena, a saída temporária no Natal e o Indulto representam a oportunidade de reinserção social e retorno ao convívio familiar. O benefício é concedido pela Justiça durante o cumprimento da pena e usado como forma de vínculo dos detentos com o mundo fora do sistema prisional. Em 2022, nove saídas foram concedidas para os presos em regime semiaberto em datas comemorativas como: Dia das Mães, Dia dos Pais, Páscoa e Natal.

A saída temporária é prevista pela Lei de Execuções Penais 7.210/84, e contempla presos que cumprem pena no regime semiaberto e que têm autorização de trabalho externo ou saídas temporárias. Especialista em Direito Penal, o professor de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Víctor Quintiere explica melhor esse benefício. Confira a entrevista:


Qual é a diferença entre o “Saidão” e o Indulto?

VQ: A diferença entre o “Saidão” e o Indulto consiste no seguinte aspecto: as chamadas saídas temporárias, nome técnico do “Saidão”, são fundamentadas na Lei de Execuções Penais VEP que é a lei 7210/84. Este benefício tem por objetivo ressocializar pessoas sentenciadas por meio do convívio familiar e atribuir mecanismos de recompensas e aferição do senso de responsabilidade e disciplina dos chamados reeducandos. Já o indulto, significa perdão. No caso perdão da pena, gera a consequente extinção da condenação em virtude do cumprimento de alguns requisitos. Esse Indulto é regulado por um decreto presidencial, com base no Artigo 84 Inciso 10 Constituição Federal.


Todos os presidiários têm direito a sair no Natal? Como funciona?

VQ: Não são todos que têm direito a ter o benefício da saída temporária. Não poderão sair pessoas que estejam sob investigação ou respondendo a inquéritos disciplinares, além das pessoas que tenham recebido sanções disciplinares no âmbito do cumprimento de sentença penal condenatória, por exemplo.


Quais os requisitos para o preso obter o benefício?

VQ: O Decreto 10.913, de 24 de dezembro de 2021, considera uma série de requisitos para obter o benefício de saída temporária. Pessoas tanto nacionais como estrangeiras, que tiverem sido condenadas até 25 de dezembro 2021, que tenham sido acometidas por paraplegia, tetraplegia, cegueira, neoplasia maligna, ou outra doença grave permanente podem adquirir o direito. Somente teremos certeza dos detalhes na publicação do Decreto deste ano, no próximo dia 24.


Existe uma distinção de crimes para a obtenção do benefício?

VQ: Há uma série de crimes em que não é possível a concessão do benefício. Conforme o Decreto 10.913, expedido em 2021, o benefício não abrange crimes considerados hediondos, equiparados a hediondos, crimes praticados mediante grave ameaça ou violência contra pessoa e crimes previstos em legislações especiais, como por exemplo a Lei 12.850, que trata sobre organizações criminosas.


Qual é o período que o preso fica fora e quais são as regras?

VQ: Temos que analisar o motivo pelo qual a pessoa foi colocada para fora do sistema carcerário. Se for uma saída temporária, o período previsto é enquanto esse feriado durar. Se a pessoa tiver diante de um Indulto como perdão da pena, este indivíduo não retorna mais para a reclusão. Nesse caso, a pena é perdoada.


Como a família pode consultar se o parente preso vai sair no Natal ou não?

VQ: A família pode consultar no Diário Oficial da União em relação aos indultos e verificar com advogados ou Defensoria Pública se o seu respectivo familiar poderia ser contemplado, ou mesmo se atende os requisitos destas saídas temporárias.


O que acontece quando um preso não retorna e é capturado depois? Responde por outro crime e perde o direito ao benefício no próximo ano?

VQ: Quando um determinado reeducando não retorna e acaba sendo capturado, ele responderá no âmbito disciplinar por falta grave e a depender do modo pelo qual essa fuga se deu e isso o prejudicará na concessão de benefícios futuros ao longo da execução penal.


No caso de prisões preventivas, os presos também têm direito ao “Saidão”?

VQ: Em relação às saídas temporárias especificamente é importante destacar o Artigo 122 da Lei de Execuções Penais, somente pessoas que já estejam cumprindo pena em regime semiaberto é que terão direito a saída temporária. Um indivíduo que está preso preventivamente não detém esse direito. A prisão preventiva funciona como uma espécie de medida cautelar, ou seja, anterior a efetivação de condenações.


Como a lei entende e ampara esse tipo de benefício? Reinserção social, por exemplo?

VQ: A Lei de Execuções Penais trabalha com a perspectiva de punir proporcionalmente os indivíduos que tenham cometido crimes, mas ao mesmo tempo ressocializá-los. Existem uma série de benefícios penais que são conferidos a pessoas que contribuam com o sistema carcerário e pessoas que se mostrem atentas a essas possibilidades de ressocialização.

Há possibilidade de remissão e diminuição da pena, seja pelo estudo, seja pelo trabalho. Se o reeducando busca capacitação técnica para ter um emprego, ele é beneficiado pela redução da pena. Essa é uma forma do sistema carcerário tentar reeducar pessoas e colocá-las no mercado de trabalho, assim diminuindo o encarceramento e principalmente gerando mais força produtiva de trabalho, gerando contribuições com a sociedade como um todo.


Os principais desafios de RH para 2023

Administrar a área de recursos humanos nunca foi uma tarefa fácil. Afinal, o setor lida diariamente com um alto fluxo de trabalho e demandas, além de ter intrínseca, em suas obrigações, a realização de uma gestão eficiente dos colaboradores e da empresa. Com a chegada de um novo ano, mais desafios virão pela frente, e caberá ao departamento pessoal estar pronto para famoso “o que der e vier”.

Não há como não enfatizar que a pandemia foi um verdadeiro divisor de águas para o RH. Segundo uma pesquisa sobre desafios e tendências do RH para 2023, realizada pela Gartner, as prioridades da área variam entre ações de eficácia dos líderes, gestão de mudanças, experiência do funcionário e contratação – sendo que todos esses direcionamentos foram baseados no atual cenário que estamos inseridos.

Até porque, se antes o setor tinha como principal desafio fazer a gestão dos colaboradores dentro do mesmo ambiente, atualmente, com a flexibilização e novos modelos de trabalho, isso ficou ainda mais complexo. Entretanto, esses obstáculos não param por aí, pois, além da gestão interna, também estão o cumprimento das obrigatoriedades governamentais, entre outros fatores que impactam diretamente no dia a dia da equipe. Desta forma, listo os principais desafios do RH para 2023.


# 1 Adequação sistêmica: o RH está incumbido de administrar efetivamente a gestão de pessoas da empresa, que envolve desde os depósitos para o INSS, até mesmo gerenciar a saúde do funcionário, conforme prevê a medicina do trabalho. É importante salientar que essas ações não ocorrem isoladamente, sendo necessário a empresa adequar os seus sistemas operacionais, visando não deixar nenhum aspecto importante de fora.


# 2 Novas formas de entregas de declaração:  a chegada do FGTS Digital também está entre os desafios para o próximo ano. A ferramenta irá permitir a entrada de bases de cálculo através do e-Social, algo que certamente facilitará a rotina do departamento pessoal. No entanto, caberá às organizações adequarem o seu modelo de recolhimento das informações e corrigir possíveis disparidades, tendo em vista que será algo obrigatório para todos.


# 3 Saúde e Segurança do Trabalho (SST): o SST faz parte do núcleo de responsabilidades do setor de RH, que também passou a ser integrado pelo e-Social. Sendo assim, as empresas precisarão emitir informações, como o mapeamento de risco do funcionário e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no mesmo sistema. Assim, as empresas que utilizam programas que fazem a administração desses dados precisarão assegurar que as informações estão sendo transmitidas corretamente para o sistema do governo.


# 4 Adequação dos processos: com a unificação dos processos, torna-se primordial as companhias buscarem se preparar para o próximo ano, e utilizarem esse período de transição para solucionarem erros e obstáculos nos processos – e integrarem na folha de pagamento todos os dados de forma correta, seguindo as novas determinações governamentais.


# 5 Retenção de talentos: fora aspectos técnicos que precisarão ser revistos, prospectar talentos também será um desafio para 2023. Os novos profissionais têm ávido o que buscam ao ingressarem em uma empresa e, quando não satisfeitos, saem em busca de outras oportunidades. Nesse cenário, a organização precisa se adequar para receber os novos talentos, sendo uma boa estratégia para isso, engajar ainda mais as ações do ESG, em prol de proporcionar um ambiente de trabalho promissor para a equipe.

Todos esses pontos remetem à importância do setor de RH ampliar os seus investimentos em gestão e tecnologia. Nesse aspecto, é crucial contar com o apoio de uma ferramenta que concilie tais demandas, bem como possa ser administrada independentemente do local e facilite as ações de comunicação entre as áreas. Além disso, o software deve operar em concordância com os critérios da LGPD, mantendo a segurança das informações ali registradas que serão transmitidas para outros sistemas.

O setor de RH iniciará o ano de 2023 com uma série mudanças e obrigações que precisarão ser ajustadas e integradas à rotina da empresa. Certamente, essa não será uma missão a ser realizada do dia para a noite, mas o seu sucesso dependerá do empenho e, principalmente, de um novo estímulo baseado em: ano novo, gestão nova.

 

Érico Almeida - sócio-gerente do Grupo Skill, empresa especializada na prestação de serviços para as áreas de contabilidade, tecnologia, gestão de pessoas e financeiro.

 

Grupo Skill
https://gruposkill.com.br/

Reforma tributária: o que o contribuinte deve esperar para 2023?

O tema da reforma tributária permeia a vida dos contribuintes há décadas e sempre costuma voltar à tona quando há transição de poder no âmbito executivo federal.

O futuro Ministro da Fazenda do Governo, Fernando Haddad, anunciou recentemente que nomeará o economista Bernard Appy como assessor especial da pasta para a reforma tributária. Appy é um dos autores técnicos da Proposta de Emenda Constitucional 45/2019, projeto que se encontra em estágio maduro de discussão no Congresso Nacional.

A PEC 45/2019 foi idealizada pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), um Centro de Estudos que tem como objetivo contribuir para o aprimoramento das políticas públicas brasileiras, sobretudo da política fiscal e tributária.

O foco da Emenda é promover uma profunda reforma na tributação sobre o consumo atualmente existente no Brasil, que é aplicada de forma concorrente pela União, Estados e Municípios, o que acarreta numa enorme complexidade, alto custo de conformidade e distorções no sistema, como a concessão de benefícios fiscais regionais e represamento de créditos oriundos da não cumulatividade.

A proposta é de criação de um Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA), não cumulativo, que seja cobrado ao longo da cadeia de produção e comercialização de bens e serviços e seja partilhado entre os entes federados.

O novo tributo seria chamado de Imposto Sobre Bens e Serviços – IBS e seria o substituto de cinco tributos existente atualmente: IPI, PIS, COFINS, ICMS e ISS. Além do IBS, a PEC prevê também a criação de um imposto seletivo com caráter extrafiscal para onerar o consumo de produtos como cigarros, que tem incidência concentrada (monofásica).

A proposta promete, ainda, resolver a insegurança jurídica quanto à possibilidade de tomada de créditos oriundos da sistemática não cumulativa de tributação, concentrar a tributação no destino (mercado consumidor) e ressarcir de forma célere os contribuintes acumuladores de créditos fiscais (exportadores, por exemplo), o que é um problema crônico no modelo atual de tributação.

Tudo indica que o novo governo deve tentar focar esforços iniciais para aprovação da reforma sobre a tributação do consumo, mas evidente que não está descartada uma reforma na tributação sobre a renda.

Ainda não há uma sinalização clara do que a nova equipe econômica deve propor nesse aspecto, mas há uma tendência de alteração da distribuição das incidências fiscais, desonerando as empresas e tributando a distribuição de lucros aos acionistas na forma de dividendos.

A reforma tributária, especialmente no tocante à tributação sobre o consumo, é uma medida muito bem-vinda. Ainda que não haja redução da carga fiscal final, é certo que a simplificação do sistema já geraria enormes avanços na economia brasileira, tendo em vista que a insegurança jurídica do modelo atual acaba afastando diversos investidores.

A principal dificuldade de implantação da reforma deve continuar sendo o apoio dos Estados e Municípios que, de certa forma, acabarão perdendo um pouco de sua autonomia fiscal e de alguns setores, como o de serviços, que entendem haver um aumento na sua carga fiscal no novo modelo proposto.

O fato é que, embora o discurso seja de que a reforma tributária terá prioridade total do governo, a medida não deve ser facilmente aprovada no início do novo mandato presidencial, restando ao contribuinte, dentro do modelo atual, buscar alternativas juridicamente viáveis de otimização de sua carga fiscal, o que é, sem dúvidas, uma das melhores maneiras de se ganhar vantagem competitiva.

 

Fábio Bernardo - advogado no escritório Marcos Martins Advogados.


Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br

sábado, 24 de dezembro de 2022

Tendência de unhas para final de ano

Com os preparativos para as festas de final de ano, as profissionais de beleza já estão se preparando para atender as clientes que querem se preparar para as datas comemorativas. Andrelita Almeida, manicure e artista da Singu, marketing de beleza e bem-estar, conta um pouco das tendências e preferências de unhas para ocasião. 

As mais queridinhas das clientes, de acordo com a artista, são as típicas unhas de cor vermelha e em formato quadrado, que combinam com quase todos os looks comemorativos. Além de ser uma cor que remete ao amor, paixão e conquista, segundo o significado das cores.  


Além do vermelho, outra cor que também é pedida nessa época são as unhas brancas, com e sem traços francesinha. Porém, as cores cintilantes mais puxadas para o champagne e prateado também estão na lista das favoritas entre as clientes, principalmente por ser uma coloração versátil, que combina tanto para o Natal como para o Ano Novo. Vale ressaltar que a técnica nail art também é sempre muito pedida e utilizada, com formato de cada uma de uma cor, o que virou a nova tendência entre os consumidores. 

Com o aplicativo Singu, é possível reservar uma sessão a domicílio com as artistas da plataforma.


Cirurgião plástico dá 5 conselhos para quem deseja realizar procedimentos estéticos no verão

De acordo com índices da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil figura na segunda posição nos países que mais realizam procedimentos estéticos no mundo (1,3 milhão – atrás dos Estados Unidos com 1.5 milhão).  

Entre as cirurgias mais procuradas estão lipoaspiração, próteses de mamas, lifting de mamas, pálpebras e abdominoplastia. Muita gente deixa para realizar estas operações no verão (40%), uma vez que o inverno é a estação com mais incidência (60%).  

De acordo com um recente estudo da empresa de análise de mercado HSR, que capta tendências de comportamento, 80% das pessoas entre 18 e 25 anos desejam realizar algum procedimento estético e uma mexidinha leve a clássicas cirurgias. É consideravelmente mais gente do que depois dos 40 anos, quando 60% manifestam essa aspiração, e após os 60, etapa em que 40% gostariam de alterar características físicas com a ajuda da ciência.  

Mas, quais os cuidados que devemos ter para a realização dos procedimentos estéticos na estação do calor? O cirurgião plástico Dr. Laercio Guerra sugere cinco dicas importantes para quem vai se submeter às intervenções cirúrgicas entre dezembro e março.  

1 – Inchaço – É comum que a área operada fique mais inchada por conta da vasodilatação e no verão isso tende a se intensificar, principalmente nos pacientes que tenham propensão a reter líquidos. Por esta razão, é salutar que o paciente mantenha-se bem hidratado com consumo de água a fim de manter a função renal em atividade; 

2 – Sol – os raios UVA e UVB podem prejudicar a cicatrização e até ocasionar pigmentação nas áreas regeneradas podendo deixar as marcas mais escurecidas. É importante evitar a exposição solar após os procedimentos, além do uso dos protetores com fatores acima dos 50; 

3 – Indicação de Drenagens linfáticas – Capaz de estimular o sistema linfático e drenar os líquidos acumulados, a drenagem linfática acaba beneficiando o reparo da região operada e atenua o surgimento de equimoses e fibroses; 

4 – Temperatura estável – é interessante que o ambiente em que o paciente se encontre durante a recuperação esteja bem arejado para evitar a transpiração excessiva. Uso de ventiladores ou condicionadores de ar são indicados; 

5 – Roupas e acessórios – procurar vestir roupas mais leves para o melhor conforto. A utilização de cintas elásticas após a cirurgia é essencial para compressão da região operada, ela diminui o inchaço e favorece a recuperação mais rápida.


DR. LAERCIO GUERRA GARCIA JÚNIOR - CRM: 101095 - RQE: 25783 - Cirurgia Plástica da Clínica Mantelli. Cirurgias do contorno corporal. Mommy Makeover. Graduação: Universidade de Santo Amaro. Residência Médica: Hospital Geral do Grajaú (cirurgia geral) e Hospital Beneficência Portuguesa de SP (cirurgia plástica). Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

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