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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Recupere sua autoestima com essas 10 dicas


Você se sente sobrecarregado, com a autoestima comprometida, e já não sabe mais o que fazer para conseguir satisfação pessoal? Primeiro: pare! Inspire e expire. Respirou? Agora, reflita: a sua falta de autoconfiança te deixa ansioso? Se sim, a boa notícia é que existem métodos para resgatar o autoamor e sair desse círculo vicioso.

Saber identificar o que traz autoconfiança e redescobrir o amor-próprio sem rótulos ou padrões pode ser trabalhoso, mas o primeiro passo é a tomada de consciência. No livro Manifesto da Autoestima, da Luz da Serra Editora, a escritora best-seller internacional e filósofa Patrícia Cândido apresenta conselhos para valorizar a si mesmo, quais são as principais dores de quem está com baixa autoestima, como identificar o que traz autoconfiança, como cuidar da autoimagem, os principais erros que podem ser encontrados no caminho, como trabalhar a resiliência e quais são as idealizações inatingíveis.

Quer melhorar seu ânimo e reestabelecer o amor-próprio? Não deixe de colocar em prática essas 10 importantes dicas do livro:


 10 DICAS PARA VOLTAR A TER AUTOESTIMA 

  1. Seja coerente com o que pensa, fala e faz;
  2. Viva de acordo com sua própria verdade e tenha objetivos;
  3. Fale a verdade, dê limites com delicadeza;
  4. Respeite o espaço das outras pessoas para ter seu espaço respeitado;
  5. Permita que as pessoas tóxicas saiam da sua vida;
  6. Seja prático com as suas emoções e não perca tempo com emoções ruins;
  7. Saiba que você não tem o controle sobre tudo;
  8. Pare imediatamente de se comparar e tentar atingir um padrão que não existe;
  9. Não se cobre e também não permita ser cobrado pelos outros;
  10. Acolha a sua história, perdoe o seu passado e livre-se da culpa.


Ficha Técnica:
Título
: Manifesto da Autoestima
Subtítulo: desprograme toda a insegurança que o mundo te impõe
Autora: Patrícia Cândido
Editora: Luz da Serra Editora
ISBN: 978-65-88484-00-5
Preço: R$ 59,90
Páginas: 296
Formato: 16x23cm
Link de compra: 
Luz da Serra Editora ou Amazon

Sobre a autora: Patrícia Cândido é escritora best-seller internacional, com 17 obras publicadas. Filósofa e pesquisadora na área da espiritualidade há quase 20 anos, é mentora e palestrante internacional, com mais de 120 mil alunos em seus treinamentos. CEO do Grupo Luz da Serra, a autora se orgulha muito de dizer que é cofundadora de uma empresa genuinamente espiritualista. Como conferencista, ministrou mais de 2 mil palestras e workshops presenciais, somando um público superior a 50 mil pessoas. Destaque no Canal Luz da Serra do YouTube, que conta com mais de 1,7 milhão de seguidores, ela aborda assuntos relacionados a bem-estar e espiritualidade que mudam a vida de milhares de pessoas diariamente. Patrícia é Embaixadora Mundial da Fitoenergética. Largamente reconhecida pela imprensa nacional, já colaborou com revistas como Negócios, Exame, Bons Fluidos e Glamour. Além de participar de programas como o Super Poderosas, da Band, e a Revista da Cidade, da TV Gazeta, já teve artigos publicados no Estadão, Catraca Livre e Mundo Positivo.


Natal 2020: reflexos da pandemia para a melhor data do varejo

Especialista FGV debate aspectos econômicos que influenciam nas tendências de consumo


O ano de 2020 trouxe uma série de desdobramentos, que resultaram em uma nova realidade devido a pandemia, sobretudo em relação ao varejo, que fechou as portas por quase cinco meses ou migrou rapidamente para o e-commerce.

Segundo um levantamento da agência Boa Vista, as vendas encolheram 41% no Dia das Mães em 2020 se comparado à mesma data festiva do ano passado. “O Dia dos Namorados, em 2020, também trouxe resultados parecidos com as quedas apresentadas no Dias das Mães”, analisa o professor Victor Corazza Modena, da IBE Conveniada FGV.

Em dados apresentados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o comércio deve contratar 20% menos colaboradores temporários do que no Natal de 2019.

Para o professor, as contratações em menor número refletem a demanda inferior à do ano anterior. Porém, ele avalia que o mercado virtual pode ser o contraponto na tendência negativa de consumo. “É o mesmo cenário que nas datas anteriores: a loja física apresenta uma queda, e o e-commerce um aumento”, pontua.

O especialista em finanças analisa que “há uma tendência negativa em relação às vendas como um todo e às contratações temporárias para postos físicos de trabalho, ainda que exista uma tendência positiva de crescimento do mercado online”.

Segundo pesquisa realizada pelo Score Group e pelo Hibou, mais de um terço da população não vai chamar muita gente para a cerimônia de Natal e 48% vai abdicar de viagens. “E além disso, os presentes não devem passar de quatro ou cinco por comprador, com preço médio de R$100 por presenteado”, avalia Modena.

Ainda segundo o levantamento, o brasileiro está cada vez mais se sentindo confortável com compras em ambiente online e o uso do celular para realizar tais compras está em ritmo crescente. “Um ponto que chama muito a atenção é que 19% dos consumidores vai comprar de marcas que se posicionaram durante a pandemia, ou seja, é o propósito da marca chamando a atenção para um quinto da população”, coloca o professor.

“Os presentes mais baratos ganham preferência (roupas, sapatos e acessórios), enquanto o queridinho dos Natais passados, o smartphone, andou perdendo espaço”, pontua o especialista, que opina que “de uma forma geral, o consumidor deve gastar menos dinheiro que nos Natais anteriores. Os compradores estão muito afetados pelo contexto da pandemia e pelas incertezas do mercado, incluindo as dúvidas econômicas”.

Modena conclui dizendo que trocar experiências por produtos também é uma realidade, uma vez que o distanciamento social barra muitas possibilidades que envolvem deslocamento.  “No cenário brasileiro indicando crescimento constante no número de inadimplentes, o Natal de 2020 parece ser retomada de seu verdadeiro significado: nascimento, amor, união e família”, finaliza.


Divorciados sim, mas vivendo sob o mesmo teto

Você já viveu ou está passando pela experiência de compartilhar a mesma casa com o seu "ex" ou com a sua "ex"? É possível que casais separados vivam felizes e em harmonia debaixo do mesmo teto? A separação/divórcio na quarentena está desconfortável? Você não consegue dar o passo definitivo e pôr fim ao casamento?

Nas últimas décadas, o modelo tradicional de família tem dado lugar a novas configurações e, com isso, mudaram também as formas tradicionais de matrimônio, bem como das separações/divórcios. Em geral, o processo começava com o distanciamento físico de um dos pares, que deixava o lar, e os trâmites corriam por meses ou anos até que o divórcio fosse concluído.

Atualmente, nem todos seguem as tradições, pelo menos no que se trata de separação. Antigamente, quando um relacionamento chegava ao fim, cada um ia pro seu lado e pronto! Normalmente os filhos permaneciam com as mães e muitos dos pais formavam uma nova família e até mesmo desapareciam! Mas hoje em dia, para alguns casais, não é bem assim que acontece.

Falar em casais divorciados vivendo sob o mesmo teto chega a dar calafrios em algumas pessoas. No entanto, não raro, muitos casais escolhem essa configuração. Mas existem três situações distintas.

Na primeira situação estão aqueles que decidem continuar "Juntos Por Opção". Geralmente o fazem porque querem economizar dinheiro para investir na educação e lazer dos filhos e/ou para continuar a investir nos próprios estudos e carreira. Um ponto importante tem sido a oportunidade de atuar juntos no processo de educação dos filhos. Como esses "ex" vão acertar os ponteiros depende do que foi acordado entre as partes. Normalmente, eles dividem igualmente as despesas, as tarefas da casa e o cuidado com os filhos. Se vão ou não levar namorados ou namoradas em casa depende do combinado, mas em geral levam para casa pessoas que estão no status de 'relacionamento sério'. Mas não é uma regra. Há casais mais liberais para os quais relacionamentos casuais não são um problema.

Em outra situação estão aqueles que estão "Unidos No Sufoco". São os que, em geral, gostariam de usufruir cada qual o seu espaço. Mas, por questões financeiras, não conseguem sobreviver sozinhos. Os contratos nesse caso são mais complicados, pois esses parceiros, muitas vezes, precisam ainda manejar questões com dívidas e desemprego de um dos pares ou de ambos. Por não terem uma situação definida e estável, há dificuldades para cumprir acordos, o que vai demandar muitas conversas, paciência e empatia a fim de encontrar a harmonia do lar. Há ex-casais, inclusive, que encontram o ponto de equilíbrio e passam a viver juntos por opção. O tempo e a criatividade são grandes aliados nesse processo.

Já os "Reféns Do Medo" são casos geralmente graves e tristes. Um dos pares impõe uma relação de abuso ao outro, quer seja material, de violência física, psicológica, sexual, ou tudo isso junto, usando de manipulação, chantagem e/ou ameaça para obrigar o outro a manter as coisas como sempre foram. Apenas o algoz se beneficia, sempre. Geralmente os acordos não são cumpridos pelo abusador ou pela abusadora, e, não raro, a vítima se vê obrigada a deixar a casa e arcar com inúmeros prejuízos materiais e emocionais. Se você está vivendo uma relação assim, procure ajuda terapêutica urgente e se necessário, o amparo legal. Quanto antes melhor!

Para quem ainda está vivendo debaixo do mesmo teto, como tem sido a relação nessa fase de isolamento social? Muitas pessoas, incluindo eu mesma, pensávamos que seria a pandemia da "sofrência". Imagine ficar em isolamento com alguém cuja presença nos incomoda! De fato, foram inúmeros os casos de pessoas atingindo o limite do estresse. Mas, surpreendentemente, alguns relatos apontaram questões positivas. Por exemplo, uma mulher contou que os dois trabalhavam muito, mal se encontravam e raramente conversavam. Com a pandemia, ela pôde notar que alguns pontos dos quais sempre se queixava já não faziam parte do repertório de defeitos do "ex". E ela está repensando a possibilidade de tentarem novamente.

Há de tudo! Não existe experiência igual. Mas lembre-se, você não está sozinho.

Boa sorte!




Gisela Gusmão - colaboradora do site Idivorcei (http://www.idivorciei.com.br); Psicóloga, Psicanalista e Terapeuta de Casal e Família.


Existe reabilitação para a perda de olfato

 Divulgação
Natália Lima, terapeuta holística e homeopata, fala sobre treinamento olfatório com aromaterapia em casa, que traz resultados incríveis e pode ser feito com itens do cotidiano, como vinagre, café, especiarias ou produtos de limpeza.


Aromaterapia é uma técnica terapêutica que, tradicionalmente, utiliza aroma de óleos essenciais de origem de plantas e suas estruturas, como sementes, folhas, frutos, caules, raízes e flores. Nos últimos tempos, os casos da perda de olfato (anosmia) têm aumentado consideravelmente por ser um dos principais sintomas da covid-19*, segundo inúmeros relatos de pacientes infectados**, ainda em estudo pelos especialistas.  Porém, outras patologias podem causar essa perda olfativa, como, por exemplo, sinusite, resfriados comuns, infecções do trato respiratório, entre outras, e a técnica está se mostrando uma grande aliada na reabilitação do olfato.

“O ideal é a pessoa começar o treinamento olfativo com a aromaterapia ao menor sintoma.  É importante salientar que a técnica deve ser feita sempre com a orientação de um profissional qualificado, e o melhor, pode ser realizada tranquilamente em consultas virtuais e com aromas de produtos que as pessoas têm normalmente em casa, facilitando o processo e, por consequência, a melhora.  O terapeuta vai selecionar com seu paciente os aromas, e fazer uso de cheiros diferenciados, como cítrico, doce, salgado, ácido e temperado. Itens como produtos de limpeza, café,  especiarias, sabonetes, enxaguantes bucais, molho de soja, vinagre, ervas, mel, etc. O importante é utilizar aromas diversos, mas, precisam ser produtos que a pessoa reconheça”, explica Natália Lima, Terapeuta Holística do Espaço Tatva e especialista na técnica.

No nosso nariz, existem receptores olfativos que identificam o aroma e enviam uma mensagem para o bulbo olfativo, que está ligado ao córtex cerebral e ao sistema límbico, onde são liberados hormônios e neurotransmissores atuando no estado emocional da pessoa. “Por isso que a aromaterapia funciona, porque ela opera dentro desse aspecto de memória e de prazer. Fisiologicamente, ela aumenta o sistema imunológico, diminui o stress, alivia dores de cabeça, melhora rinite, sinusite, entre outros benefícios”, afirma a terapeuta.

Para fazer a aromaterapia em casa, existe um protocolo. Tem que haver disciplina, tem que ser regrado.  Com auxílio do profissional, a pessoa escolhe alguns cheiros que atuam nessa região de memória e de prazer, fazendo os exercícios da mesma forma e na mesma sequência algumas vezes ao dia, por prazo indeterminado. “A melhoria vai depender de quanto tempo a pessoa ficou sem olfato e sem paladar. A aromaterapia feita no início dos sintomas, age mais rápido, e os resultados são bastante positivos, porém, não há uma estimativa certa de cura, cada pessoa tem o seu tempo e cada organismo é único. Pode ser que algumas pessoas voltem imediatamente e outras demorem até meses, caso haja uma procura tardia. Em alguns casos, eu recomendo também o uso de homeopatia para agilizar esse processo ”, finaliza Natália.

*  https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#sintomas

** https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M20-2428  

 



Natalia Lima - Profissional multifacetada com inúmeras especializações e certificados nacionais e internacionais na área do bem-estar, Natália Lima descobriu seu talento quando enxergou que a associação de todas as áreas que atua, além de melhorar, pode até curar algumas patologias. Com isso, montou um espaço, o TATVA em São Paulo, onde o conceito é melhorar a qualidade de vida das pessoas oferecendo técnicas corporais variadas para todas as idades como Pilates, Yoga, Ballet e Movimentos. Apaixonada por Medicina Chinesa, é adepta da Medicina Integrativa que envolve influências físicas, mentais, sociais, emocionais, espirituais e ambientais. Tem como objetivo trabalhar o bem-estar sistêmico das pessoas, desenvolvendo um método mais abrangente que compreende desde exercícios físicos, às terapias, como misturar drenagem com acupuntura, por exemplo. “A união de pilates, homeopatia, massagens e acupuntura faz milagres”, explica Natalia.


Medo de sair de casa: Psicoterapeuta dá dicas de como superar

O medo de sair de casa se faz presente na vida das pessoas desde o início da pandemia 
DIVULGAÇÃO

Mesmo com o início da retomada das atividades há alguns meses, muitos ainda podem ser acometidos pela Síndrome da Cabana

 

O Brasil já registra cerca de 6 milhões de casos de coronavírus. Em um cenário incerto, com a possibilidade do país estar no início de uma segunda onda da doença, muitas pessoas precisaram voltar às suas atividades externas, devido aos planos de flexibilização implementados por diversos estados, como é o caso de São Paulo que faz essa retomada controlada desde junho e que anunciou, nesta segunda-feira, 30 de novembro, que colocará novamente todo o estado na fase amarela do plano de flexibilização econômica. Mesmo assim, o medo de sair de casa se faz presente, sendo relacionado, inclusive, com um fenômeno chamado Síndrome da Cabana.

Sabrina Amaral, psicoterapeuta da Epopeia Desenvolvimento Humano, diz que ao observar os aspectos psico-comportamentais da pandemia, aumento da ansiedade e medo de sair de casa são só algumas das sequelas emocionais que assolam a população, é o que revela a pesquisa conduzida pela Universidade de São Paulo. Os níveis de medo aumentaram e 86,5% das pessoas reduziram a exposição e o contato por receio do contágio, 88,8% temia sair para ir ao mercado e 62,5% se sentia diariamente mais ansiosa.


O que é esse fenômeno que causa o medo de sair de casa?


Esse sentimento de angústia e receio que pode tomar conta das pessoas mediante à ideia de sair às ruas e retomar o contato social está relacionado a Caban Fever ou traduzido para o português Síndrome da Cabana. Esse fenômeno teve seus primeiros relatos no ano de 1900, quando moradores do extremo norte dos EUA passavam longos períodos em isolamento por conta do inverno rigoroso e, depois, tinham receio de retomar o contato com a civilização. O mesmo efeito é observado em outras situações de isolamento de longa duração: expedições no Alasca, períodos longos de hospitalização, encarceramento prolongado e em casos de pandemias.


Por que isso acontece?


É como se o nosso cérebro ficasse condicionado a vincular ‘estar seguro’ com ‘estar dentro de casa’; afinal, nós forçamos uma situação de isolamento social prolongada que já passa a marca dos 8 meses. Então é muito natural que a nossa mente dispare gatilhos de alerta cada vez que precisamos sair de casa, afinal, ainda estamos no meio da pandemia e expostos ao risco de contágio. Além disso, tivemos algumas recompensas e estímulos positivos que reforçaram o nosso comportamento de estar em casa: menos tempo no trânsito, mais qualidade de vida, mais tempo para a família, hobbies, estudo e tempo para nós mesmos. Para as pessoas que já apresentavam tendências a um perfil mais ansioso ou que experenciavam picos de estresse, a possibilidade de desenvolver os sintomas é ainda maior.


Mas isso é uma doença?


Definitivamente não. Vamos deixar bem claro que isso é um fenômeno da mente resultado de todas as intempéries e adversidades as quais estamos vivendo. Apesar do ‘apelido’ isso não é uma síndrome como por exemplo a
Agorafobia, trata-se de uma realidade psicológica temporária, afinal, ainda temos o vírus circulando e temos que nos cuidar.
Quais são os sintomas?

O sintoma principal é a angústia de sair de casa, acompanhada de medo e ansiedade. Percebe-se ainda uma certa letargia, falta de motivação, sono excessivo e comportamentos de esquiva para fugir do problema, como compulsão alimentar ou adicções. Podemos notar também sintomas cognitivos como falha na memória e dificuldade de concentração.

Diante dos altos índices, a UCSI University, na Malásia, criou uma escala para aferir a incidência da chamada Cabin Fever na população. Ela foi traduzida para o português e pode ser baixada neste link.


Quais são as dicas para lidar com esse fenômeno?

1- Tome consciência do problema
É muito comum as pessoas entrarem em negação e categorizarem o seu medo como algo ‘normal’. Contudo, se você observa que este medo começa a impactar a sua qualidade de vida, sua saúde e seu emocional é preciso cuidar para que o quadro não evolua para algo mais sério como Síndrome do Pânico, Agorafobia, Fobia Social, dentre outros.


2- Adestrando o cérebro
Nosso cérebro dispara gatilhos de ansiedade como um mecanismo de autopreservação. É uma mensagem de que algo ameaçador está no ar e, por isso, é importante ficar alerta. Mostrar para a sua mente que você tem o controle da situação vai acalmar os pensamentos, portanto, liste pequenas ações que você pode tomar para mostrar que está no controle. Essas ações devem ser direcionadas a mitigar o medo e podem ser coisas simples como não usar dentro de casa os mesmos calçados que você usou para sair, manter um protocolo de higienização na porta de entrada, dentre outras.


3- Terapia de Exposição
A Terapia de Exposição é uma técnica da Terapia Cognitivo Comportamental usada para dessensibilizar o medo. Primeiro é preciso você fazer uma escala avaliando seu nível de medo e ansiedade em situações de exposição. Exemplo: Pegar o elevador = 20% x Ir ao mercado = 90%. Em seguida você planeja exposições crescentes e gradativas, dando-se pequenas recompensas cada vez que atingir ou superar os sintomas.


4- Vigie seus pensamentos irracionais
Tudo começa no pensamento. Aquilo que você pensa vai desencadear determinadas emoções. As emoções vão determinar o seu comportamento. E o seu comportamento vai definir seus resultados. Por isso é importante estar atento aos pensamentos ruminantes negativos e as crenças irracionais que são alimentadas pelas Fake News. Se perceber o turbilhão de pensamentos invadir a mente, use técnicas de respiração, repita para si mesmo que está tudo bem e assuma o controle.


5- Procure ajuda profissional
A Síndrome da Cabana pode vir acompanhada de uma outra sequela emocional da pandemia: a
Coronafobia. Trata-se de um comportamento fóbico a tudo o que diz respeito à pandemia e a covid-19. E acaba sendo a porta de entrada para doenças psicológicas severas como Depressão, TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático), Síndrome do Pânico; isso só para citar as mais conhecidas.

Não espere chegar no seu limite, para pedir ajuda, portanto, se você observar que os comportamentos de esquiva não regridem ou aumentam conforme os dias vão passando, busque um profissional. Poucas horas de terapia podem poupar a você meses de sofrimento.


Qual o seu conselho final para as pessoas que já estão vivenciando a flexibilização?

A segunda onda da pandemia já assola países da Europa e muitos deles retomaram os lockdowns para refrear o contágio. Novas ondas da doença podem sim chegar ao Brasil, isso sem mencionar a possibilidade de mutações do vírus. A lição aprendida é: não relaxe os cuidados básicos na hora de sair de casa. Todos sabemos o que é preciso fazer: usar máscaras, evitar aglomerações, manter distância segura nos espaços públicos e cuidar de você! Ainda não temos uma vacina, também corremos o risco de ter novos isolamentos sociais forçados, por isso, é crucial manter sua saúde mental e integridade psicológica. Só assim você passará por esta pandemia emocional oculta, mantendo sua vida equilibrada tanto para você quanto para aqueles que ama.

 

 


Sabrina Amaral - psicoterapeuta, psicóloga e hipnoterapeuta Omni, practitioner em PNL e coach da mente. Membro IBHEC (International Board Of Hypnosis Educational & Certification). Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas, especializou-se em Transe Conversacional com Elisabeth Erickson, Neurociência aplicada ao comportamento humano e Psicologia Positiva. Embaixadora da Rede Mulher Empreendedora em Campinas e voluntária na Humanitarian Coaching Network que provê serviços de coaching para líderes da ONU e UNICEF. Sabrina acredita na transformação do ser humano e, após uma vivência de duas décadas na gestão de processos de RH, fundou a Epopéia Desenvolvimento Humano que se propõe a levar à tona o que o cliente tem de melhor com o intuito de ajudá-lo no processo de se tornar pleno, inteiro e feliz.

Linkedin epopeia-coaching l Facebook/Instagram epopeia.com.br l Site www.epopeia.com.br


Como controlar o seu pensamento para viver um 2021 melhor

A pandemia provocada pela covid-19 trouxe sentimentos de medo, angústia e ansiedade para todo o mundo. A quantidade significativa de mortes e as incertezas sobre esse novo vírus abalaram o nosso emocional. Mas há uma saída para vivermos um 2021 melhor: conseguirmos controlar nossas emoções por meio da tríade Pensamento, Sentimento e Ação. O pensamento - frases que passam na nossa cabeça o tempo todo - controla o sentimento e o nosso desafio é entender o padrão das nossas emoções, ou seja, o que eu preciso pensar para sentir paz. Mas o fato é que não temos o hábito de pensar sobre o pensar.

O pensamento gera o sentimento que, por consequência, gera a ação e o resultado. Por vezes nós nos pegamos e nos apegamos às ações e os resultados e tentamos mudá-los, por exemplo: estou comendo demais e preciso parar. Acho que estou ansioso. E motivado pelo sentimento da ansiedade eu como demais. Mas não é possível mudar esse comportamento por conta apenas do sentimento ou das consequências, ou seja, parar de comer. É preciso descobrir o que você está pensando para provocar esse sentimento de ansiedade.

Se dormiu mal, o que você estava pensando antes de dormir? Qual foi qualidade dos seus pensamentos na noite anterior para gerar essa ansiedade?

Precisamos aprender a pensar e entender o nosso padrão de sentimento, criando o hábito de prestar a atenção e identificar qual é o sentimento que está nos motivando para aquela ação.

Por exemplo, para substituir um sentimento de medo e de angústia por conta da pandemia preciso pensar intencionalmente em algo que me gere tranquilidade, como esperança de que tudo vai acabar bem ou que tenhamos fé (que essa pandemia veio para nos ensinar algo). Cada um precisa substituir um pensamento ruim por um que lhe traga paz.

Dessa forma, é preciso provocar os sentimentos pelo pensamento de forma mecânica, intencional. Geralmente, os pensamentos mais comuns dentro do nosso padrão de comportamento são automáticos, mas se você quer gerar uma substituição – esforço consciente - é preciso pensar em algo que te gere como consequência um determinado sentimento. Por exemplo, muitas vezes diante de situação de estresse com um colega de trabalho, automaticamente queremos conversar com aquela pessoa para resolver o caso, mas estamos motivados pela raiva e muito provavelmente não será uma conversa amistosa. É um sentimento inverso do resultado esperado.

O ideal para ter uma conversa pacífica é ir motivado pela paz, pensando que talvez um colega não tenha feito por intenção e não sabe que te magoou tanto, então vai dar um toque porque ele é seu amigo. Com esses pensamentos de compreensão, a conversa provavelmente será mais proveitosa.

Portanto, estamos próximos de iniciar um novo ano e precisamos aprender a vigiar os nossos pensamentos para tentar controlá-los de forma intencional para gerar sentimentos positivos, que façam sentido para nós. Nossos planos e metas para 2021 precisam estar baseados no presente, uma vez que ainda temos pouca visibilidade sobre o futuro.

Um planejamento feito com sentimento de angústia será baseado em metas impossíveis e não são realistas. Tudo é uma questão de harmonia entre os modos de pensar, os sentimentos que eles geram e os resultados que trarão sentimentos positivos. Vamos tentar trabalhar essa tríade para começar 2021, controlando melhor as nossas emoções diante dos novos desafios?

 

Karin Panes - treinadora comportamental, Master Coach especialista em Psicologia Positiva, Neurocientista e CEO da Ato Solutions, empresa especializada em Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano.


Marido e mulher inférteis? Evite que isso se torne uma crise conjugal.


 pexels

 Enfrentar a infertilidade pode ser um peso para diversos casais. Especialista dá orientações de como não transformar isso numa crise conjugal.

  

O que fazer quando a infertilidade afeta o casamento? Cerca de 80 milhões de pessoas no mundo enfrentam a infertilidade, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em muitos casos, a vivência desse problema pode afetar casais de diversas formas.

Segundo Cláudia Navarro, especialista em Reprodução Assistida e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, muitos casais relatam que a dificuldade para engravidar tem interferido na vida a dois. “É muito comum. Principalmente se esse casal está enfrentando isso sozinho, sem compartilhar”, diz.

Cláudia explica que a primeira coisa que pode acontecer são as relações sexuais se tornarem uma obrigação com data e hora marcada, ou seja, relações que precisam acontecer no período fértil da mulher. “Quando o foco está exclusivamente na gravidez, a ansiedade pode atrapalhar a dinâmica do casal, fazendo com que se esqueçam do romance. Afinal, o foco está mais na esperança de gravidez do que no prazer de ambos”, analisa.


Chances iguais

Outra coisa que pode abalar um relacionamento e que, de acordo com a especialista, demanda conversa e compreensão, é a culpabilização da pessoa infértil. Segundo Cláudia Navarro, as chances de a infertilidade estar presente na mulher são de 35%, na mesma proporção do que no homem. Em 20% dos casos, ambos possuem algum problema e em 10% não se chega a um diagnóstico específico. “Ou seja, ambos têm a mesma chance de serem inférteis. Por isso, o casal jamais deve se culpar, ou culpar um ao outro por aquele problema”, alerta.


Dicas para evitar uma crise conjugal

Para auxiliar no enfrentamento da descoberta da infertilidade e dos tratamentos, que podem gerar desânimo, inquietação e uma conseqüente crise no casamento, a médica enumera alguns pontos que podem auxiliar:


Companheirismo: o principal passo é buscar compreender o problema e enfrentá-lo juntos. É muito importante que ambos se apoiem, se auxiliem e, claro, compreendam a situação. “Estar junto auxilia, inclusive, nas situações embaraçosas, como o questionamento de um familiar”, cita a especialista.


Naturalidade: em alguns casos, como coito programado, a atividade sexual vai ter dia marcado. “Nesses casos, o casal deve tentar não tocar no assunto da gravidez durante o momento de intimidade e tentar fazer tudo da forma mais espontânea possível”.


Auxílio profissional: conhecer uma boa clínica de Reprodução Assistida e buscar suporte com bons profissionais é muito importante. “Conviver com a dúvida e a incerteza é muito pior. Ao buscar ajuda médica, o casal tem ciência do que está acontecendo”, diz a médica.


Apoio psicológico: em muitos casos, não é possível suportar o processo sozinho, então, buscar ajuda profissional pode aliviar o peso do problema. “Os psicólogos desenvolvem um importante papel na vida de homens e mulheres inférteis. Buscar auxílio profissional os ajuda a enfrentar a situação de forma mais leve”, conclui Cláudia Navarro.

 


Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.


Formas de estimular a coordenação motora em casa

O desenvolvimento motor da criança é estimulada desde o nascimento, mesmo que involuntariamente. Com o desenvolvimento da criança, os pais (e professores) devem procurar atividades que estimulem a coordenação motora fina e grossa (ou ampla). A neuropsicóloga Barbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto explica que, na motricidade ampla, a criança aprende a coordenar seu corpo no espaço, ou seja, aprende a caminhar, pular, correr, dançar e muito mais. "Já na motricidade fina, os movimentos são mais delicados e específicos como pinçar, segurar, transpor o objeto de uma mão para outra, agarrar uma bola etc, fazendo assim, manuseio de pequenos objetos", completa.

 

Abaixo, ela sugere jogos e atividades que podem ajudar na estimulação da motricidade da criança de maneira lúdica e hoje vou dar seis dicas de jogos para o desenvolvimento da coordenação motora fina.

- Bola ao Alvo – Bolas e alvo feitos em feltro e a bola tem um velcro para grudar no alvo. O jogo vem duas bolas e a criança precisa arremessar as bolinhas para acertar onde faz mais pontos no alvo.


- Blocos de Encaixe – Esse jogo é para encaixar as peças nos pinos, sem ultrapassar a base pelo fato das peças não serem iguais, desenvolvendo assim concentração, raciocínio lógico e percepção visual.


- Quebra-cabeça –  As peças contém espessuras diferentes favorecendo a coordenação motora e a percepção visual. Os bichinhos ficam em pé e a criança pode brincar com eles fora do tabuleiro também.


Alinhavo – O alinhavo tem como objetivo que a criança passe o cordão pelos buraquinhos da peça, desenvolvendo assim, a coordenação motora fina. Não existe um jeito certo ou direção certa para o alinhavo, a criança pode treinar e fazer do jeito que quiser.


- Casa túnel – A casinha é de espuma e revestida com tecido emborrachado. O objetivo do jogo é passar a bolinha pelo túnel trabalhando o movimento de pinça.


- Corda – Usar a corda para pular, para passar para o outro lado pulando com os dois pés ou um pé, caminhar por cima da corda reta e em curvas.


- Bola – a bola pode ser usada para chutar, arremessar, jogar, pegar e muito mais. Há várias variações para jogo de bola que desenvolvem a coordenação motora ampla e fina.

 

Dicas úteis:


 – Lembre-se que todos os jogos acima devem ser realizados com supervisão de um adulto.

 – Vá estimulando seu filho (a) para conseguir o objetivo final da atividade, ensine, faça o modelo e peça para ele repetir.

– Tenha paciência porque as atividades são difíceis para as crianças porque elas estão aprendendo a fazer tal movimento (que para nós parece fácil).


– Faça as atividades por etapas e deixe seu filho (a) explorar o jogo. Se ele quiser jogar de maneira diferente deixe, e depois ensine o “seu jeito”.

 – Crie jogos com materiais do dia a dia e estimule a criança a gostar de brincar. Brincar é o trabalho da criança e é sim prazeroso.

 


Barbara Calmeto - neuropsicóloga


Atraso na Fala - Fono explica quando se preocupar

Perguntas e respostas sobre Atraso na Fala

1. Com que idade, em geral, a criança começa a falar? E o que costuma acontecer em cada idade em relação à fala?

 

Há alguns marcos de desenvolvimento que podem ajudar. A partir dos 6 meses, o bebê  balbucia bastante, faz contato visual e reage aos gracejos dos pais. Entre 9 e 12 meses, ele está na fase de lalação e fica fazendo sons duplicados de cvcv (c=consoante e v=vogal) como, “mamamama”, “papapapapa”, “dadadada” etc. Por volta dos 12 meses inicia as primeiras palavrinhas, geralmente "mamã" ou "papa". E, a partir de então, a criança começa a “pegar o ritmo”, chegando aos 18 meses com um vocabulário que inclui, em média, 30 palavras – mal pronunciadas e imprecisas, mas ainda assim estáveis e recheadas de sentido. Ao completar 2 anos, a criança terá um vocabulário médio de 150 palavras e começará a formar frases simples, como "qué àga" (quero água) ou "dá bó" (dá bola). Se inicia uma fase de fala telegráfica, em que o bebê seleciona os elementos mais importantes das sentenças e os seleciona para se expressar oralmente, ainda com palavras mal pronunciadas. Já entre os 2 e 3 anos a criança trabalha muito na construção dos processos motores de fala e suas transições. Com isto, as palavras vão ficando de melhor entendimento e as frases mais completas, já que com melhor fala a criança se dedica à construir seus conhecimentos de gramática e a usá-los. Aos 3 anos, uma criança pode ser compreendida por um adulto fora de seu convívio sem "tradução" dos pais e suas frases contém praticamente todos os elementos. Erros com pronomes e conjugação verbal e flexão ainda ocorrem e são não apenas esperados, como parte importante do processo de reflexão sobre a língua. Aos 5 anos, a criança conclui a aquisição de todos os fonemas da língua portuguesa, tem grande poder de comunicação, persuasão, inferência e consegue contar uma história ou um fato ocorrido com detalhes. O aprendizado, é claro, não para por aí. Mas basicamente este é o processo de aquisição da linguagem e desenvolvimento da fala trazido de maneira resumida e simplificada. O que fugir disso em cada etapa deve ser avaliado por um profissional fonoaudiólogo.



2 - Quando um atraso na fala ou no desenvolvimento da fala deve ser motivo de preocupação para os pais?

 

A criança não aprender a falar no tempo certo pode ser um simples atraso que será recuperado espontaneamente, com ajuda ou sem ajuda, pode ser um atraso moderado que precise de ajuda para recuperar bem, ou pode ser um transtorno sério. Mas só é possível saber ao certo o que é por meio de avaliações e acompanhamento. Então, toda vez que os pais ou responsáveis decidem esperar, estão colocando em risco o desenvolvimento dessa criança. Os primeiros três anos de vida são muitos importantes para o desenvolvimento da fala e aquisição da linguagem. São períodos de janela de oportunidade neurológica. E são segundo estudos o melhor momento para se iniciar uma intervenção. Então, quando isso não acontece no momento oportuno, a janela se fecha. Isso não significa que não vão aprender a falar, mas que não vão conseguir falar com tanta facilidade ou maestria ccomo se tivessem recebido suporte adequado. 

Um dos principais erros que os pais cometem é achar que a fala vai brotar do nada, espontaneamente. Um ambiente estimulador, com conversas, brincadeiras e bebê incluído nas atividades da família, se o bebê tiver condições geneticamente falando ele vai desenvolver naturalmente. Mas o estilo de vida moderno favorece muito um estilo de vida que não é muito estimulador. São crianças em apartamento que ficam em frente a uma TV ou tablet, com chupeta na boca. Não tem como essa criança aprender a falar. Ela não está inserida em contexto social, em conversa, em diálogo. Não tem um adulto que está ali mostrando as coisas para ela e falando o nome das coisas. Ou seja, a fala surge sem esforço, quando a criança tem potencial genético para isso, mas é preciso um ambiente que também a estimule.  Essa coisa de achar que cada criança tem seu tempo é lindo e em parte verdadeiro, mas não pode esperar muito. E quem vai definir quanto é esse muito e quando é a hora de iniciar a intervenção é o terapeuta, levando em conta a opinião e sexto sentido dos pais mas com muita ciência pautando esta decisão. Os pais podem e devem acompanhar os marcos de desenvolvimento, uma tabela bem elabora se encontra no carteirinha de vacinação fornecida pelo ministério da saúde, mas se o desenvolvimento não estiver cabe procurar um especialista.

 


3 - É verdade que a chupeta pode atrapalhar o desenvolvimento da fala das crianças? 

Do ponto de vista da fonoaudiologia, além de causar problemas musculares e estruturais, a chupeta pode funcionar como um botão de mudo. Isso acontece com alguma frequência e deve ser evitado. O item não deve ser usado para calar um choro, por exemplo. A nossa função é acolher os sentimentos dos nossos filhos, validá-los e ensiná-los por meio de exemplos acolhimento e palavras.

Um pai ou uma mãe coloca a chupeta numa criança quando ela está impaciente, entediada ou triste e acaba não deixando que seus pequenos lidem com os próprios sentimentos, engolindo as palavras, com a boca tampada pela chupeta

Esse acessório tem a facilidade de calar as expressões de sentimentos dos bebês e podem roubar o direito de expressão, impedindo seu posicionamento como falante.

 

 


4 - Celular, tablet e TV podem atrasar o desenvolvimento da fala das crianças?

 

"A tela está para a linguagem assim como a bala está para a nutrição, distrai, mas não alimenta". Eu assino esta frase com muita tranquilidade. Muitos estudos robustos estão sendo iniciados no tema e os resultados trarão muita luz para a causa nas próximas duas décadas. Não, as telas NÃO estimulam a linguagem do bebê! Já pressinto pessoas rangendo os dentes e digitando: “Mas meu filho assiste mil horas de TV por dia, dorme abraçado com o tablet e fala tudo”. Não justifica! Assim como o fato do meu bisavô ter sido fumante a vida toda e ter morrido aos 90 tendo força e sobriedade não transformam o cigarro em um fortificante, não dá pra interpretar desta forma. Este prejuízo causado pelas telas já é praticamente um consenso nas comunidades científicas. Os estudos mostram que crianças menores de 3 anos não conseguem pegar uma informação assistida numa tela e transpor para a vida real e ainda são privadas de estímulos que realmente têm o potencial de alavancar seu desenvolvimento por estarem absorta nas telas por grande parte de seu dia. A recomendação da Academia Americana de Pediatria é 0 tela até os 2 anos e até no máximo uma hora de 2-5 anos de programas de alta qualidade com os pais assistindo junto e ajudando as crianças a entenderem o que estão assistindo. Para cada 30 minutos a mais diário de tela existe o aumento de 49% de chances da criança apresentar um atraso expressivo na fala. “Ah, mas na minha infância eu assistia TV à vontade!”. Ok, mas vc não levava a tv para a cama, para o carro, para o restaurante, para a sala de espera do dentista. Não! Vc era obrigado a interagir com as pessoas ao seu redor, e seus pais eram obrigados a conversar com vc. “Ahhh, mas vai dizer que vc nunca deixou a sua filha ver telas?” Com certeza eu não desligo a televisão quando ela entra na sala e os outros dois estão assistindo um desenho animado, mas eu também não sento ela e coloco um tablet na frente, ela brinca com os brinquedos, explora o ambiente e nem dá atenção à TV. Da mesma forma eu não impedi que minhas crianças comessem qualquer tipo de doce antes dos 2 anos eventualmente mas sem sombra de dúvida não fazia parte da rotina nem da dieta deles. O problema não está na exceção e sim na regra, na rotina. Meu conselho: tome as rédeas da situação e decida conscientemente SE e QUANTO de telas suas crianças vão ter acesso e mais importante do que isso quando vão sentar juntos e interagir, brincar e conversar!   




5 - A  dificuldade de falar pode ser sinal de algum outro problema?

 

Existem causas que acarretam em atraso de fala, indo de que algo muitas vezes não se imagina como perda auditiva parcial, até falta de estímulo, encurtamento de frênulo lingual e dificuldades de mastigação. Alguns desafios ou transtornos sensoriais e motores também podem causar atraso, bem como transtornos conhecidos e bem delineados de fala e linguagem específicos ou mais invasivos, questões mais raras como síndromes, questões neurológicas relacionadas ao desenvolvimento, a acidentes ou mesmo que envolvam situações do nascimento e perinatais, algumas doenças infecciosas como a meningite por exemplo, alguns tipos de epilepsias não controladas e etc. Existem inúmeros fatores que causam atraso de fala. Existem atrasos simples de fala que dos quais a criança se recupera muitas vezes até espontaneamente. Não é porque a criança apresentou um atraso que necessariamente a criança terá um transtorno a partir dali. Mas existe uma porcentagem que terão um transtorno e esse atraso é um sintoma. E dentro os quadros que dizem respeito a linguagem, o TDL é um que tem grande prevalência.  E o autismo também.

 

 

 

Juliana Trentini - fonoaudióloga especializada em primeira infância , autora do Canal Fala Fono, do livro “Aprendendo a Falar” e do curso Fala Bebê.  


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