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sexta-feira, 17 de maio de 2019

EMPREGO E RENDA: Economia compartilhada gera alternativas contra desemprego


Contingente de desempregados no País volta ao patamar de 13 milhões. Mas grande parte dessas pessoas que está a procura de uma vaga de emprego formal, não está necessariamente, sem uma ocupação que lhe gere renda. Dentro do universo das economias compartilhada e colaborativa, são várias as formas de se gerar valor a quem esteja com sua capacidade de serviço ou algum bem de maior valor ociosos


O último boletim do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a taxa de ocupação e desocupação no mercado de trabalho, referente ao trimestre fechado em fevereiro trouxe um dado preocupante. Após um período de sensível recuperação, ao longo de quase um ano, o desemprego no País volta superar a casa dos 13 milhões, chegando ao índice de 12,4% da da população economicamente ativa.

Mas grande parte desse enorme contingente de pessoas que está à procura de uma vaga de emprego formal, não está necessariamente, sem uma ocupação que lhe gere renda, afinal muita gente precisa manter a sua subsistência tendo ou não acesso a uma vaga dentro do mercado formal de trabalho. No universo das economias compartilhada e colaborativa, são várias as formas de se gerar valor a quem esteja com sua capacidade de serviço ou algum bem de maior valor ociosos. Aplicativos de transporte, como UBER; ou de delivery como Rappi, UBER East e outros; ou então de hospedagem, como AirBnb, são os exemplos típicos de alternativas de trabalho fora do chamado mercado formal, mas que são regulamentadas e que têm sido não só uma solução temporária, mas uma ocupação definitiva para geração de renda.

“As novas tecnologias de comunicação, em especial a internet, fomentaram esses negócios baseados nos princípios das economias compartilhada e colaborativa, unindo quem tem uma capacidade ociosa ou um bem que pode ser compartilhando (uma casa, um carro, moto ou até mesmo um bicicleta) a outras pessoas que quem tem uma demanda específica a ser atendida. Ou seja, você com sua força trabalho ou bem  pode ser um prestador de serviço para várias pessoas e empresas, e não só para um único empregador”, explica Rafael Barbosa especialista em inovação, em empreendedorismo e em economia compartilhada.


Permutas

Para Rafael, bens ou mesmo uma mão de obra que estejam ociosos podem sempre agregar valor de alguma forma, mesmo que não seja financeiro. Para o especialista, a própria capacidade de serviço de uma pessoa é uma valiosa moeda que pode ser negociada por outros serviços ou produtos.

Nessa perspectiva, as plataformas de permutas são outro canal que liga quem tem uma determinada demanda a quem pode atendê-la, e essa negociação é feita sem dinheiro. É o caso da XporY.com, fundado por Rafael Barbosa. Com mais de 6.500 associados, entre empresas de diversas áreas e profissionais autônomos, a plataforma de permutas multilaterais oferece uma infinidade de serviços que são negociados em X$,moeda digital usada para a aquisição de qualquer produto ou serviço oferecido pela XporY.com, de ingressos para shows a aulas de inglês, de assistência jurídica à serviço de manutenção residencial, de alimentos à viagens, enfim uma infinidade de itens, dos mais básicos aos mais supérfluos.

Neste cenário, segundo o Rafael Barbosa, fundador da XporY.com, as plataformas de permutas multilaterais surgem como excelentes alternativas para quem se encontra desempregado ou subempregado, precisando melhorar sua renda extra, sendo uma ponte para se reposicionar no mercado de trabalho e uma rede de apoio com milhares de usuários.

O pedreiro de acabamento e mestre de obras Dionato Castro, 40, é um exemplo de profissional que encontrou na plataforma de permutas uma alternativa de encontrar mais facilmente quem pudesse contratar seus serviços. Com quase 20 anos de experiência na construção civil, Dionato lembra que há dois anos, quando deixou a cidade Parauapebas (PA) e veio para Goiânia,  em busca de melhores condições de estudos para as enteadas, não foi fácil encontrar trabalho. “Quando eu cheguei aqui procurei emprego por dois meses e não consegui nada fixo; então decidi trabalhar por conta própria para ter minha renda. Também não foi fácil conseguir clientes, pois as pessoas da cidade não me conheciam e não também não conhecia ninguém”, relata.

Dionato diz que precisava apenas fazer o serviço para alguém que pudesse depois indicá-lo a outra pessoa. Diante desse dilema, se propôs a fazer uma obra sem remuneração alguma, de graça, para que assim conseguisse alguma referência sobre seu trabalho. “Fiz o reboco das paredes de um sobrado na região do Jardim América em Goiânia como prestador de serviço para uma pequena empresa de execução de obras. Porém, ao final do serviço que fiz com qualidade não somente recebi a remuneração normalmente, mas ainda realizei vários outros trabalhos para a mesma empresa por um período de seis meses”, revelou. O profissional lembra que o responsável pela contratação chegou a propor a efetivação de Dionato, mas ele já tinha se decidido a trabalhar autônomo.

Já com muitas boas referências e indicações de trabalho, o pedreiro descobriu o XporY.com, que segundo ele, foi uma forma eficiente de conseguir novos clientes. “Em uns sete meses que estou na XporY.com consegui diversos serviços e ampliei minha rede de referências sobre o meu trabalho”, conta o mestre de obras que tem usado os X$ acumulados na plataforma para ter acesso a serviços que muito provavelmente não teria condições de pagar em dinheiro. Hoje ele investe no treinamento de coach para aprimorar sua atuação como autônomo.


Estratégias para fugir do desemprego

Raimundo Carvalho é marceneiro, hoje com 39 anos, já trabalhou em diversos ramos. O seu serviço mais recente foi em uma marcenaria em Goiânia onde atuou por quatro anos. Porém, há cerca de cinco meses o dono da empresa decidiu mudar o local da firma e Raimundo optou por não acompanhá-lo. Então o operário fez um acordo com o ex-padrão e recebeu do mesmo algumas máquinas, com as quais começou seu próprio negócio. Estrategicamente decidiu ficar no galpão em que trabalhava anteriormente como funcionário e tocar o negócio. “Tomei essa decisão para fugir do desemprego, o cenário está complicado, são muitas pessoas desempregadas, então criei oportunidade de negócio para manter minha renda”, conta.

Mas para alavancar sua renda, agora como prestador de serviço autônomo, usou a plataforma de permutas. “Precisava divulgar meu trabalho e as permutas me ajudaram neste momento. Foi um ponto de segurança para mim”, afirma. Hoje, cerca de 40% de sua renda vem por meio de permutas na plataforma XporY.com. Em crescimento, Raimundo já está expandindo o negócio com apoio de um sócio e pretende continuar a oferecer alguns itens na plataforma para se tornar cada vez mais conhecido e ter mais clientes.



Instinto ou diplomacia?


Para ser diplomata não é necessário ter apenas uma boa lábia

É um grande desafio para nós exercer a diplomacia, pois é necessário superar um de nossos maiores instintos: reagir. Ao invés de responder de maneira rude ou grosseira, o melhor é ponderar e articular com inteligência.

Entre as 17 Leis do Triunfo, escritas por Napoleon Hill, duas trabalham juntas para conceber a diplomacia: o Autocontrole e a Personalidade agradável. Estão presentes características como a capacidade de atuar sob pressão, diminuindo os estresses, tendo domínio de si mesmo, depois, a habilidade de potencializar as relações humanas, sabendo como e quando agir, respectivamente.

Atitudes como controlar críticas, não agir de maneira ranzinza e ter sempre um sorriso no rosto são motivadas dentro da Master Mind, que visa criar líderes diplomáticos. “Sem dúvida, os que conseguem estão passos à diante das demais pessoas” explica Jairo Ferreira Filho, CEO da Master Mind Curitiba.

A escola que desenvolve o potencial e forma líderes empresários crê que atuar da melhor forma em situações de tensão é muito importante, também outras qualidades que estão entre os demais fundamentos do Triunfo.

A Master Mind funciona em parceria com a The Napoleon Hill World Foundation – Indiana/USA, mundialmente respeitada, que proporciona certificação e reconhecimento internacional.




MasterMind Curitiba e Campos Gerais - Jairo Ferreira Filho
CEO da MasterMind Curitiba e Campos Gerais


O fim da Carteira de Trabalho

                                           
A Carteira de Trabalho, símbolo de uma era, está chegando ao seu fim. Criada, inicialmente, como Carteira de Trabalhador Agrícola, no início do Século XX, passou a ser denominada em 1932, por meio do Decreto 21.175, como Carteira Profissional, hoje é oficialmente conhecida como CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Esse livreto de cor azul, atualmente muito parecido com o passaporte, é feito em material sintético mais resistente, emitida por meio informatizado, serve como identidade civil e, sobretudo, para anotar os históricos dos empregos havidos e incluir trabalhadores em um sistema de proteção social.

Em tempos de escrituração digital das obrigações trabalhistas, por meio do e-social, que aos poucos vem sendo implantado nas empresas, a CTPS está com seus dias contados. Não faz mais sentido a anotação física, analógica, dos dados relacionados às obrigações trabalhistas quando tudo é alimentado por meio de sistema. Não faz mais sentido o gasto com papel e com sua emissão.

Os trabalhadores serão representados por um número (o CPF talvez), em um gigantesco banco de dados, em que o Estado terá acesso a todo o histórico laboral, a toda a profissiografia, aos riscos submetidos, ao histórico de saúde, remuneração etc. Não há mais razão em portar um livrinho quando se tem tudo nas nuvens. Tudo.

O acesso e a fiscalização desses dados poderão ser feitos tanto pelo trabalhador, por meio de um smartphone, como por agentes do Estado, sejam eles juízes ou auditores fiscais (do trabalho e do fisco), mas, aos empregadores haverá restrição a alguns dados, sobretudo aqueles que exponham a intimidade ou a dignidade de trabalhadores. 

O fim da CTPS é o fim simbólico da Era Vargas. Não é o fim do direito trabalhista nem tampouco da proteção ao empregado. Ao contrário, marca o início de uma nova era nas relações de trabalho, mais dialogada, tecnológica, vanguardista, aliando a proteção da dignidade da pessoa dos trabalhadores com a livre iniciativa das empresas.

A Quarta Revolução Industrial provoca novos arranjos de poder, inéditas relações de trabalho, tudo isso convivendo ainda com um passado analógico e fordista (para não dizer cafeeiro), o que faz surgir a necessidade de um debate franco, democrático, solidário e urgente, em que os atores sociais envolvidos (empresas, trabalhadores e governo) possam, por meio do diálogo, encontrar as melhores saídas para os novos e velhos conflitos entre capital e trabalho.






Eduardo Pragmácio Filho - doutor em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pesquisador do Getrab-USP, sócio do escritório Furtado Pragmácio Advogados e autor do livro “A boa-fé nas negociações coletivas trabalhistas”

Lixo no lixo



17 de Maio, dia mundial da reciclagem e o problema do lixo em áreas urbanas tem ficado cada vez maior. Como autor da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), me preocupa que tenhamos ainda cerca de 51% dos resíduos sólidos urbanos coletados nas cidades brasileiras correspondendo à matéria orgânica, o que dá 36,5 milhões de toneladas por ano com baixíssimo nível de tratamento e isso pode se agravar com a possível aprovação da extensão do prazo para os lixões proibidos pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos.
O dado é da última edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Isso mostra como ainda precisamos educar a população sobre não apenas o consumo consciente, mas também a correta destinação de seus resíduos, principalmente os que não são recicláveis.
A cada dia a capital paulista produz 20 mil toneladas de lixo. São 12 mil de resíduos domiciliares. É um material orgânico jogado fora, mas que poderia ser aproveitado em iniciativas importantes como a reciclagem, compostagem e novas tecnologias que visem a recuperação energética. Temos ainda 8 mil toneladas da varrição, número que poderia ser menor se fosse incentivada uma maior consciência ambiental - menos lixo jogado na rua.
Somente na cidade de São Paulo, por exemplo, a baixa adesão da população à coleta seletiva, além dos problemas ambientais causados, também prejudica a geração de emprego e renda para as 1.200 famílias que trabalham na reciclagem, integrantes das 24 cooperativas habilitadas na capital.
A coleta de recicláveis corresponde atualmente a apenas 7% do total. Quase metade dos resíduos coletados diariamente poderia ser reciclada. Em Campinas, a Prefeitura já há alguns anos coleta os galhos e folhas da poda de suas árvores para servirem de adubo nos parques municipais.
Em Florianópolis, o prefeito Gean Marques Loureiro sancionou uma lei inovadora sobre resíduos: ela obriga a destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos orgânicos por meio dos processos de reciclagem e compostagem.
Fica proibida também a destinação desses resíduos orgânicos aos aterros sanitários e à incineração no município. Em Curitiba, a prefeitura quer que todos os alimentos tenham destinação correta. A ideia é que alimentos em bom estado sejam doados para consumo humano, já os que não estão bons vão direto para a composteira.
Em São Paulo temos o Recicla Sampa que é uma iniciativa para promover educação ambiental e ampliar a conscientização da população acerca da importância de tratar com mais responsabilidade os resíduos que geramos. Seus objetivos estão totalmente integrados às políticas nacional e municipal de resíduos sólidos. https://www.reciclasampa.com.br/
São passos importantes quando consideramos que cada tonelada de material orgânico desviada de aterro deixa de emitir 900 kg de CO2 equivalente.
São ações que demonstram que com boa vontade e consciência ambiental é possível reverter esse quadro. A prefeitura paulistana prometeu que das 1.500 escolas municipais, 300 terão cursos sobre reciclagem de lixo já neste ano, em uma parceria da Amlurb com as empresas contratadas e a Secretaria de Educação.
Ação essencial em uma cidade onde o total de resíduos sólidos domiciliares coletados é de cerca de 6.120 toneladas de matéria orgânica por dia, que vão para aterros sanitários. Decompostas, geram 200 toneladas de gás metano, mais poluente que o CO2.
Segundo projeção da Abrelpe, a recuperação da fração orgânica no Brasil teria o potencial de reduzir emissões de gases de efeito estufa correspondentes à retirada de 7 milhões de automóveis das ruas, com benefícios diretos para a saúde de 76 milhões de pessoas.
Em São Paulo, se fosse recuperada toda a matéria orgânica, já estaria resolvida metade da meta de redução de emissões da Política Municipal de Mudanças Climáticas, de acordo com esta projeção.
É preciso investir em educação ambiental, de crianças e adultos, e seguir com propostas como a construção do Ecoparque em São Paulo, com capacidade recebimento de 10% do total coletado nos domicílios da cidade. São passos rumo a um futuro onde possamos ter água limpa, solo fértil e cidades menos poluídas.
Depende de atitudes que começam pequenas dentro de casa e terminam gigantes ajudando o meio ambiente mundial.





Arnaldo Jardim - Deputado Federal - Cidadania/SP - Autor da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)


Acidentes com bicicletas são reduzidos em 56% na rodovia Arteris Regis Bittencourt


Atividades e campanhas de conscientização, como o Viva Ciclista, contribuíram com esta diminuição


A redução de acidentes é uma preocupação constante para as companhias que administram concessões rodoviárias. No mês do Maio Amarelo, campanha para a conscientização sobre segurança no trânsito, a Arteris Regis Bittencourt divulga que registrou redução de 56% de acidentes com ciclistas no comparativo 2017/ 2018.
Porém não é somente durante a campanha que a Arteris, uma das maiores companhias do setor de concessões de rodovias do Brasil, com cerca de 3.400 km administrados, conduz ações voltadas para conscientização e educação viária. Algumas delas, como o Viva Ciclista, acontecem ao longo de todo o ano. A iniciativa promove ações educativas dirigidas aos ciclistas que trafegam nas vias próximas às rodovias, especialmente nos trechos de maior ocorrência de acidentes. Além de promover boas práticas para um comportamento seguro, contribui para a redução no número de acidentes com bicicletas na rodovia
Além de atender aos moradores locais que usam a bike para ir e vir do trabalho e das escolas nos trechos da Régis Bittencourt, o Viva Ciclista também alcança atletas e grupos que usam a rodovia para praticar o esporte. “Quando realizamos as ações de conscientização, vamos até as margens das pistas para conversar com essas pessoas e ensinar a maneira correta e menos perigosa de trafegar com segurança. Também entregamos o kit Ver e Ser Visto com coletes e lanternas que aumentam a visibilidade do ciclista e coletamos dados sobre trajeto e frequência de circulação na rodovia”, afirma o superintendente de Operações da Arteris, Ricardo Gerab.

Durante os encontros, representantes da companhia compartilham dicas para pedalar com responsabilidade. Confira algumas:

  • Use sempre o capacete com refletivo. Além de proteger, ele também aumenta a visibilidade aos motoristas
  • Trafegue obedecendo ao sentido da via e procure vias com menos veículos
  • Cheque as condições de trânsito e clima da rodovia
  • Utilize roupas claras e com refletivos
  • Faça um checklist dos equipamentos
  • Use o colete refletivo
  • Fique atento a objetos na pista
  • Fique atento às curvas

Sustentabilidade e apoio às comunidades

Por meio de sua estratégia de sustentabilidade e apoio às comunidades, a Arteris apoia o entorno das regiões em que atua com ações ambientais, de conscientização, educação viária, voluntariado, cultura, saúde e apoio ao esporte. São diversos os programas desenvolvidos com foco na redução de mortes, acidentes e minimização do impacto social e ambiental. Entre seus programas estão Projeto Escola, Lacre Amigo, Viva Meio Ambiente, Viva Ciclista, Viva Motociclista, Saúde na Boleia e Acorda Motorista. 


A tecnologia, a Internet e a perda de privacidade



Hoje, somos todos famosos (ou quase). Ao menos, essa é a percepção que temos ao procurarmos nossa trilha digital na Internet: perfis em redes sociais, participação em seleções, comentários em portais de notícias e até divulgação em sites próprios "confirmam" nossa existência. Soma-se a esse processo o acompanhamento de empresas como Google e Facebook, que conseguem saber onde estivemos, com quem interagimos, os assuntos que procuramos e até as fotos nas quais aparecemos. Todo esse movimento tem transformado a vida privada em um espetáculo público, com exposição constante e rastreamento de todas as nossas experiências.

Se a tecnologia é uma facilitadora para guardar e organizar dados, permitindo que tenhamos acesso a documentos e fatos que seriam encontrados há alguns anos apenas em procuras extensas em bibliotecas, ela também pode ser um perigo se não for bem administrada. E, em grande parte das vezes, a culpa é do próprio usuário. Muito do que expomos sobre nosso cotidiano é por escolha. Seja pelas publicações que disponibilizam dados que podem comprometer a segurança (quantas vezes já vimos casos nos quais os sequestradores arquitetaram seus planos com informações extraídas de mídias sociais?), seja por aceitarmos as condições propostas em dezenas de linhas - que geralmente não lemos - para ter acesso a diversos serviços gratuitos ou pagos.

O famoso caso da Cambridge Analytica, que utilizou de maneira indevida os dados de mais de 87 milhões de usuários do Facebook, repercutiu nos últimos meses pela dimensão do impacto. Devido a brechas da maior plataforma social do mundo, a Cambridge teve acesso a informações de pessoas além das que consentiram com os termos do “thisisyourdigitallife”. Tudo isso foi supostamente utilizado em campanhas eleitorais nos Estados Unidos e podem ter influenciado na vitória de Donald Trump, na corrida presidencial de 2016. Desde então, o Facebook tem buscado formas de prover mais segurança, mas a própria mídia social fatura ao utilizar as informações que compartilhamos com ela - não seria um paradoxo?

Nesse cenário, é interessante apontar o que poucos levam em consideração. Ao menos, observamos a preocupação de aplicações para computadores e smartphones sobre medidas de segurança de dados. Mas o que acontece quando incluímos a Internet das Coisas nessa equação? Qual a quantidade de dados estamos fornecendo sem sermos questionados se queremos mesmo compartilhá-los? E o mais importante: o que tem sido feito com essas informações? Seria mesmo a perda de privacidade um fator que pode influenciar na nossa perda de liberdade?

Não podemos apenas demonizar esse processo, até porque também nos beneficiamos da “perda de privacidade” - isso quando ela é compartilhada de forma controlada e utilizada com inteligência. Por exemplo, receber sugestões de filmes ou notícias conforme seus gostos pode ser um facilitador (além de que, ao saber nossas preferências, as empresas podem se adequar para atender melhor às necessidades). Somos tratados como indivíduos e tudo passa a ser personalizado. Entretanto, até que ponto não prejudica quando o que deveria ser privado se torna público?

De toda a exposição que temos nos dias atuais tem algo que realmente é uma perda. Não existe mais o direito ao esquecimento. O passado acaba sempre voltando, com tantas informações disponíveis, muitas das quais passamos a perder o controle. O conteúdo disponibilizado na Internet reverbera: é compartilhado, copiado, roubado. Estar conectado tem um preço. A vida online influencia diretamente a offline. O que deve prevalecer nesses casos é o bom senso e o maior desafio está em encontrar o ponto de equilíbrio entre a exposição e a privacidade.





Fernando Matesco - diretor técnico do Instituto das Cidades Inteligente (ICI)


A CRISE E A CUECA


“O que estamos discutindo dentro do Centrão é que precisamos fazer uma reforma que não garanta a reeleição de Bolsonaro. R$ 800 bilhões garantem, de cara, a reeleição de qualquer um. Se dermos R$ 800 (bilhões de reais) como disse ele, significa que nos últimos três anos de governo (na Presidência), há R$ 240 bilhões ao ano para gastar. Eu acho que temos de ter (economia) em torno de R$ 500 bilhões. R$ 600 bilhões seria o limite para essa reforma”. (Dep. Federal Paulinho da Força)

        Talvez nunca como nestes dias o pecado original de nossas instituições tenha exibido aos olhos da nação sua face ímpia e impiedosa. O pecado é velho como a República. É original porque nasceu com ela. E é mortal porque, desde então, responde por inextinguível sucessão de crises sociais, políticas e econômicas.
        Dou aqui meu testemunho sobre o que vi e vivi em mais de meio século de atenta observação: as crises brasileiras são como as cuecas do cotidiano. Não há dia sem cueca, nem dia sem crise. Estamos sempre com elas, companheiras inseparáveis, a cueca e a crise.
        Não vou entrar na chatice técnica da alfaiataria institucional e seus defeitos de costura. Irei direto ao ponto que avulta sob nossos olhos quando o ministro da Economia, um homem que sabe o que diz e não brinca em serviço, afirma que a Economia está no fundo do poço. Sabemos, todos, que para lá deslizam as esperanças dos necessitados, dos desempregados, dos desabrigados e a confiança dos investidores, cuja atividade poderia vir em seu socorro. É a crise.
        Claro, o Congresso Nacional poderia – não mais do que isso, “poderia” – acelerar a aprovação de projetos de reforma previdenciária e fiscal que, sabidamente, restaurariam a confiança dos investidores, a credibilidade dos mercados na seriedade da gestão pública nacional. Mas no Congresso Nacional, Paulinho da Força fala pela alma da Casa. É a cueca.
Ao longo de décadas, os problemas fiscais foram empurrados com o umbigo, o endividamento chegou a treze dígitos, pode alcançar R$ 5 trilhões e engolir um PIB inteiro. Mas nada é tão importante quanto a próxima eleição.
        O Congresso Nacional, em vez de arregaçar mangas e votar as reformas, se compraz com obstruções e negociações deliberadamente infindáveis, mantendo a velha tradição de preservar dedos, anéis, pulseiras, colares e cofres na Suíça. As exceções, honradas e celebradas exceções, são em número insuficiente para vencer a inércia dos que preferem deixar tudo como está. Para estes últimos, até uma tragédia de porte bolivariano serve contanto que isso lhes viabilize a reeleição, que o COAF fique longe de Sérgio Moro, que se recriem alguns ministérios gastadores e que o sindicalismo militante e partidário preserve suas sinecuras. Tudo sem pressa porque a pressa é inimiga da refeição.
        O que descrevi é pecado, é mortal, mas não é o pecado original. O pecado original do modelo institucional brasileiro consiste na irresponsabilidade institucional dos parlamentares. São como engenheiros cujas obras pudessem desabar sobre a cabeça dos outros sem que nenhuma consequência os atinja. Tudo é cobrado do governo ainda que este só possa fazer o que eles permitem. Aconteça o que acontecer, sejam quantos forem os novos desempregados, nada os interessa e preocupa mais do que a próxima eleição.
        Há uma multidão de novos congressistas. Foram necessários menos de quatro meses para que muitos, não se sabe ainda quantos, fossem cooptados pela mentalidade irresponsável da Casa. Há, porém, gente da melhor qualidade, aparentemente poucos, em cujo exemplo e trabalho repousa parte da nossa confiança e esperança.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Ação #RelaxaACabeça promove conscientização no Parque Ibirapuera


Em alusão ao Dia Nacional da Cefaleia, 19 de maio, a ABRACES (Associação Brasileira de Cefaleias e Enxaqueca), com o apoio da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC) e da Novartis, promoverá ação de mindfulness, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, o público presente poderá desfrutar de atividades de relaxamento e alongamento com o mote ‘relaxa a cabeça’.

A enxaqueca atinge 15 a cada 100 brasileiros, o que equivale a 30 milhões de pessoas no país. “Trata-se de uma doença complexa que envolve várias áreas do cérebro e tem como manifestação predominante a dor de cabeça. Pode variar em gravidade, com sintomas que vão desde dores de cabeça até náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e odores”, explica Dr. Mario Peres, médico neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia. O médico alerta ainda que o paciente com enxaqueca deve ser tratado com drogas profiláticas e específicas. 


Além disso, o Dr. Mario Peres, médico neurologista, estará presente na ocasião, para alertar a população sobre os sintomas, causas, diagnóstico e importância da adesão ao tratamento mais adequado, ponderando que é possível sim minimizar os impactos da doença na qualidade de vida do paciente, quando devidamente tratada. 


Serviço:

Data: 19/05/2019
Horário:  08h às 12h
Local: Parque Ibirapuera, São Paulo
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral - Vila Mariana, São Paulo – SP


Brasil terá Dia Livre de Impostos em 30/05



Divulgação
Data conscientiza consumidores e varejistas sobre como a alta carga tributária brasileira afeta o crescimento econômico e terá programação de descontos


Você sabe a porcentagem de imposto que paga quando compra um celular? E quando abastece o carro? E ao comer um hambúrguer no sábado à noite? Cada item tem um valor diferente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), num ranking de 30 países, o Brasil é o 14º que mais arrecada imposto, mas está em última colocação como país que melhor retorna o dinheiro para a população.

Com o intuito de conscientizar a população e o varejo sobre a alta carga tributária paga no país, a Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem), com apoio da FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de SP), promove o Dia Livre de Impostos, que acontecerá em 30 de maio.

Para conscientizar população e lojistas, no dia 30/05, cerca de 821 lojas, incluindo redes do varejo, shoppings e comerciantes, de 17 estados do Brasil, terão alguns produtos à venda com descontos da tributação. O Dia Livre de Impostos vai acontecer em todo o Brasil. “Queremos mostrar para a população como as tributos são abusivos. Para se ter uma ideia, apenas nos setores de maquiagem e eletrônicos as cargas tributárias são de 58% e 43%, respectivamente”, afirma Jean Carlos, Coordenador Estadual da CDL Jovem em São Paulo.

O Dia da Livre de Impostos é uma forma de deixar claro ao consumidor como a alta tributação afeta seu poder de compra. Altos tributos sem retorno têm impacto ruim na vida das pessoas, além disso tornam os produtos mais caros, gerando uma queda nas vendas do varejo, que passa a contratar menos funcionários. Sem emprego as pessoas diminuem seus gastos e assim por diante num ciclo. O brasileiro trabalha cerca de 153 dias do ano, o equivalente a cinco meses, apenas para pagar os impostos.

Para o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff, “As obrigações acessórias e a burocracia são muitas e complexas, que chegam a ser piores do que a própria carga tributária, pois o tempo e o próprio custo para atendê-las, também oneram o consumidor”, afirma.

O Dia Livre de Impostos foi criado pela Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem em 2003 e acontece nas principais cidades do país. O intuito não é a sonegação, pois nesse dia o empresário arca com os tributos, para não ser repassado aos consumidores. Em 2018, a data contou com a participação de 17 estados, com a colaboração de mais de 5 mil varejistas e shoppings centers.

Os descontos dos produtos podem variar entre 10% a 70%, mas vale lembrar que cada estado possui uma tributação. Os produtos serão apresentados com uma TAG de preço com as seguintes denominações “preço com imposto” e “preço sem imposto”, desta maneira o consumidor poderá ver o valor do desconto. 

A lista completa de participantes pode ser conferida no site: www.dialivredeimpostos.com.br



Campanhas do Agasalho e Junho Solidário da Pró-Saúde se inspiram em personagens de quadrinhos para sensibilizar doação


Neste ano, a campanha “Os Doadores” utiliza personagens de histórias em quadrinhos como símbolo do altruísmo e na ajuda ao próximo


O frio e outras carências sociais são vilões que muitas vezes precisam de ajuda para serem combatidos. Essa narrativa faz parte da Campanha do Agasalho e Junho Solidário da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar que, neste ano, se inspirou em personagens de história em quadrinhos para sensibilizar os públicos internos e externos a participar com doações.

Em cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, a campanha é o Junho Solidário que estimula a doação de roupas, brinquedos, materiais de higiene e alimentos não perecíveis. No restante do País, a campanha envolve a doação de roupas, cobertores, calçados e outras peças.

A campanha é realizada entre maio e junho e cada unidade gerenciada pela Pró-Saúde no País poderá escolher a instituição beneficiada com as doações. Em São Paulo, as peças arrecadadas irão ajudar as crianças dos Centros de Educação Infantil (CEIs), sob gestão da entidade, na Zona Leste da capital paulista. No ano passado, no mesmo período, foram arrecadadas 6,3 mil peças auxiliando pessoas em todo o País.

Neste ano, o objetivo é continuar sensibilizando sobre a caridade e como a doação é um ato de altruísmo semelhante ao de heróis. “Doar é uma ação fraterna, um ato de bondade. A Campanha do Agasalho e o Junho Solidário são iniciativas que reafirmam os valores da entidade e o compromisso de prezar pelo cuidado centrado nas pessoas, principalmente as mais carentes”, ressalta o presidente da Pró-Saúde, Dom Eurico dos Santos Veloso.

Campanha pela conscientização da doença celíaca acontece neste mês e iluminará o Cristo Redentor




Maio Verde acontece no Brasil e em Portugal e trará marco na história da doença com a iluminação do monumento


Com o objetivo de informar sobre o impacto da condição celíaca na vida das pessoas e conscientizar sobre o universo gluten free, a campanha Maio Verde chega, em 2019, à sua segunda edição.

O projeto foi idealizado pela chefe funcional Renata Macena, portadora da doença, e pela E4, agência focada em nutrição e bem-estar. Unidos pela causa estão médicos, empresas do segmento, organizações e a comunidade celíaca.

Neste ano, a campanha acontecerá também em Portugal, através do portal Célia Celíaca, comandado pela ilustradora Eve Ferretti.

Porém, o marco para a história da doença e a luta para dar luz ao problema será a iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio. O monumento receberá a cor verde para alertar pessoas que possam ter a doença celíaca, mas ainda não foram diagnosticadas. A ação acontece em parceria com a Acelbra-RJ (Associação dos Celíacos do Brasil). A data foi escolhida em razão do projeto de lei para criação do Dia Nacional da Doença Celíaca a ser celebrado nesta data (PL 6666/2016 Câmara dos Deputados).

“Nossa ação no Cristo Redentor tem o objetivo de dar visibilidade à condição celíaca, muitas vezes com pouca informação. Acreditamos que o resultado desta campanha será muito positivo e atingirá diversas pessoas que ainda não possuem diagnóstico da doença”, afirma Suzane Boyadjian, presidente da Acelbra-RJ.

Já para Gustavo Negrini, diretor da campanha ao lado da Chef Renata Macena, o apoio e envolvimento de todas as marcas sérias, que trazem em sua composição um alimento seguro para quem é celíaco, está sendo fundamental para essa conquista.


Sobre a doença celíaca

A DC é uma patologia autoimune que provoca inflamação crônica da mucosa do intestino delgado, causada pela ingestão de glúten, em pessoas geneticamente predispostas. Essa inflamação provoca atrofia das vilosidades intestinais, impedindo a absorção de nutrientes.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença celíaca acomete 1 a 2% da população mundial, mas, no Brasil, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) ainda não há uma estatística oficial de casos de diagnóstico.

Sua epidemiologia tem característica análoga a de um “iceberg”, ou seja, existem mais eventos não diagnosticados de forma correta, do que com diagnóstico definido adequadamente. Isso acontece devido à inespecificidade de alguns sintomas.
A doença celíaica pode se manifestar em qualquer idade. Confira os sintomas e sinais mais comuns:
  • Diarreia e/ou Prisão de ventre
  • Distensão abdominal
  • Aftas
  • Vômitos
  • Dor abdominal
  • Dermatite Herpetiforme
  • Depressão
  • Deficiência de vitaminas e minerais
  • Anemia
  • Fadiga Crônica
  • Emagrecimento e falta de apetite
  • Ganho de peso / Obesidade
  • Atraso de crescimento
  • Irritabilidade
  • Osteoporose
  • Manchas nos dentes
  • Infertilidade
  • Abortos de repetição
  • Doenças neurológicas
  • Dor de cabeça
  • Neuropatia periférica
  • Dor articular
  • Queda de cabelo
  • Confusão mental
  • Menopausa precoce

Qual o tratamento?

Atualmente o único tratamento para a DC é seguir uma rigorosa dieta isenta de glúten, livre de contaminação cruzada.

Consequências da DC

Se não for diagnosticada e tratada, a doença celíaca pode matar ou levar a outras complicações, pois existem muitas doenças associadas, inclusive câncer do intestino.

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Campanha Maio Verde

Realização: E4 e chef Renata Macena

Apoio: Célia Celíaca
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