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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) tira as principais dúvidas sobre a hora certa de tomar medicamentos


“Todo medicamento tem hora certa para ser tomado?”; “Se eu esqueci de tomar o medicamento na hora certa. Posso tomar assim que lembrar?”, “Existe uma maneira de facilitar a vida de quem toma muitos medicamentos em um só dia?”, “Como escolher a hora de tomá-los?”, “Se eu esqueci de tomar o medicamento na hora certa, posso tomar assim que lembrar?”. Para solucionar essas e outras dúvidas sobre o horário do medicamento, Vagner Miguel, farmacêutico da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG), responde um bate-bola sobre o assunto.



Todo medicamento tem hora certa para ser tomado?

R: A maioria não, mas alguns medicamentos têm hora indicada pelo médico. É também importante saber que, em geral, os medicamentos têm um tempo correto de intervalo entre as doses que precisa ser obedecido.



Existem riscos ao não tomar medicamentos na hora certa?

R: O simples fato de tomar o medicamento na hora devida pode influenciar na intensidade de sua eficácia ou reduzir seus efeitos. E é aí que mora o problema, pois os efeitos colaterais podem ficar mais propensos a ocorrer quando a orientação do médico ou do farmacêutico não é seguida. Dependendo do metabolismo de cada pessoa, a cronofarmacologia (ciência que estuda a hora adequada para consumir medicamentos) identifica efeitos negativos que podem ocorrer no corpo. Alguns são comuns, outros podem ser menos perigosos e outros muito graves.


A eficácia do tratamento pode ser reduzida caso não se tome o medicamento na hora certa?

R: O risco mais comum é o efeito positivo ser reduzido. Dependendo do caso, pode acontecer de o organismo não absorver tão bem as substâncias presentes no medicamento que são necessárias para resolver algum problema de saúde. Embora não seja em todo tratamento que exista um horário específico para ingerir um medicamento, é importante consumi-lo nas horas indicadas pelo médico.


Antibiótico tem horário certo para ser tomado?

R: Depende do horário indicado pelo médico. Cada medicamento pede um horário específico. Alguns antibióticos podem ter a absorção diminuída se ingeridos junto com os alimentos. Já outros devem ser tomados em jejum, mas é preciso seguir essa regra quando o médico orientar. Há antibióticos que devem ser ingeridos após refeições para evitar que causem dor de estômago como efeito colateral. O mais importante no caso de antibióticos é garantir a regularidade no intervalo de tempo, seguindo à risca as horas de intervalo indicadas pelo médico.


Alguns alimentos interferem na eficácia do medicamento?

R: Certos alimentos ou outras substâncias causam conflitos com medicamentos ingeridos em horários próximos, como é o caso de fármacos à base de ferro. O médico e o farmacêutico sempre orientam a respeito e é recomendado que o paciente faça perguntas e não volte para casa com dúvidas.


Se eu esqueci de tomar o medicamento na hora certa. Posso tomar assim que lembrar?

R: Depende. Em caso de esquecimento ou no caso de não tomar o antibiótico no horário certo, o ideal é ingerir imediatamente, assim que lembrar. Após ser digerido, o antibiótico fica concentrado na corrente sanguínea e vai combatendo, aos poucos, as bactérias. Quanto mais se demora a tomar a próxima dose, mais baixa fica a concentração da substância no sangue, já que o fígado vai eliminando seu excesso. Com isso, corre-se o risco de a bactéria ficar mais resistente. Se a indicação for tomar antibiótico de oito em oito horas e o paciente se lembrou com atraso, deve-se fazer uso do medicamento assim que a falha for notada e contar oito horas novamente a partir desse último horário. No caso de outras medicações, nem sempre se pode aguardar o horário da próxima dose. É importante perguntar para o farmacêutico de sua confiança.


O corpo precisa se adaptar ao horário do medicamento?

R: O hábito de tomar medicamentos na hora adequada provoca uma educação metabólica no organismo. O corpo precisa se adaptar para produzir os efeitos esperados com a ingestão do medicamento. Se a pessoa toma o medicamento em horário desregrado, as chances de o fármaco surtir efeito perfeitamente são menores, pois o relógio biológico não segue uma rotina apropriada.

 

Tomo muitos medicamentos, como escolher a hora de tomá-los?

R: O ideal é que a medicação não interfira no sono. Para fármacos que devem ser ingeridos a cada 12 horas, uma boa sugestão é tomar ao acordar o primeiro comprimido e o outro doze horas depois. Se você também tem medicamentos que precisam ser tomados de 8 em 8 horas, é possível organizar alguns horários que não interferem no sono. Por exemplo: tomar o medicamento às 6h, 14h e 22h. Para os medicamentos que devem ser tomados de 6h em 6h, a melhor opção é: 6h, 12h, 18h e meia noite. Já os medicamentos que são tomados de 4h em 4h vão exigir que o paciente acorde ao menos uma vez de madrugada para tomá-los. Para não causar tanto incômodo em relação ao sono, sugere-se optar por estes horários: 6h, 10h, 14h, 18h, 22h e 2h. Se for preciso integrar com outros medicamentos, é fundamental verificar na bula se o de intervalo de 6 horas não tem componentes que inibem o funcionamento do que é tomado de 4 em 4 horas. Caso isso não aconteça, tome o primeiro comprimido dos dois às 6h e siga o mesmo cronograma já citado. Para os medicamentos que são tomados uma vez ao dia, deve-se verificar um horário que não conflite com outras substâncias que serão ingeridas ao longo das horas. Vale verificar com o médico e o farmacêutico se é possível tomar em conjunto com outros medicamentos. É comum ficar com dúvida sobre essa combinação. Por isso, é recomendado perguntar ao médico durante a consulta como usar o medicamento e, na farmácia, mais uma vez, conversar com o farmacêutico, garantindo que não reste nenhuma dúvida. De forma geral, para quem precisa tomar vários medicamentos que têm intervalos diferentes, a melhor dica é marcá-los com cores diferentes na embalagem, com indicação de horário. O paciente não deve ter vergonha de pedir ajuda e pode pedir ao médico ou ao farmacêutico que o ajudem a fazer essa marcação.

Existe uma maneira de facilitar a vida de quem toma muitos medicamentos em um só dia?

R: Sim, muitas vezes é possível simplificar. Idosos, pessoas com doenças crônicas e outros pacientes podem precisar de três, cinco, oito ou até mais medicamentos em um só dia. Nesses casos, é muito grande o risco de confundir a dose, o horário e o modo correto de ingestão, além dos esquecimentos. É válido conversar com o médico para verificar o que pode ser feito para melhorar a rotina. Uma opção bastante interessante é a combinação de uma ou mais substâncias em uma só fórmula, reduzindo o número de tomadas ao longo do dia. Isso pode ser feito nas farmácias de manipulação, que personalizam a medicação de cada paciente. A decisão de combinar ou não diferentes substâncias, no entanto, só pode ser tomada pelo profissional da saúde, que irá avaliar, além das condições clínicas do paciente, um conjunto de diversos fatores, como horário em que o fármaco deve ser ingerido, riscos de interação, riscos de efeitos colaterais e aspectos farmacotécnicos.





Vagner Miguel - Gerente Técnico e de Assuntos Regulatórios da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), farmacêutico, palestrante e docente. Formado pela Unesp como farmacêutico em 1985, o profissional pós graduou-se em Gestão pela Trevisan e em Engenharia Farmacêutica Cosmética pelo Instituto Racine.



Anfarmag - Organização sem fins lucrativos a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais

quarta-feira, 16 de março de 2016

Quebrar comprimidos prejudica tratamento





Ato de quebrar o comprimido pode levar a alterações na dosagem do mesmo, desde a superconcentração do remédio até uma subdose, sem o efeito desejado

A prática de quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose prescrita pelo médico faz parte da rotina de milhares de brasileiros, mas o que muitos não sabem é que essa prática pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma superconcentração do remédio, deixando-o vulnerável a efeitos tóxicos.

Segundo o farmacêutico e presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa o segmento das farmácias de manipulação, Ademir Valério, estudos feitos em laboratórios mostram que as metades obtidas na partição do comprimido apresentam uma variação de conteúdo além dos limites recomendados, resultando em “significativa diferença” de massa entre as partes e perda de partículas.

Muitas vezes, explica Valério, os comprimidos são de liberação sustentada, ou seja, após a ingestão, são absorvidos pouco a pouco pelo organismo.

Segundo o farmacêutico, esse tipo de medicamento não deve ser partido em nenhuma condição. “A quebra é desaconselhável em qualquer caso, mesmo quando o medicamento for fabricado com um sulco para facilitar a partição. Vimos que a posologia (indicação de doses) acaba comprometida no momento da quebra”, diz.

Quando quebrado, além da falta de uniformidade, o medicamento pode sofrer alterações no teor ou se degradar em substâncias que tenham toxicidade. 

A farmácia de manipulação tem um papel importante nesse caso de evitar quebras de comprimidos, pois abre o leque de opções para o médico prescritor que irá adequar a dose para cada paciente” diz. “Além disso, o paciente levará para casa o estritamente necessário para seu tratamento, sem ter que partir ou interferir na integridade da fórmula e também sem sobras de medicamento, gerando economia e segurança (evitando a automedicação no futuro)”.

Valério explica que a quebra de comprimidos virou prática comum porque, em alguns casos, uma caixa de comprimidos de 20 mg custa o mesmo que uma de 40 mg. O paciente, então, "economiza" comprando o de 40mg e partindo em dois, o que não acontece na manipulação, em que a dose é feita de acordo com a necessidade do paciente.

Outro alerta que deve ser observado e que tem acontecido com frequência são os casos de pacientes que compraram comprimidos em concentrações inadequadas, tiveram de parti-los e comprometeram o tratamento. Exemplo são aqueles pacientes que sofrem de hipertensão (pressão alta) e, como partem o medicamento, não conseguem o controle adequado da pressão.


Anfarmag - www.anfarmag.org.br.
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quarta-feira, 9 de março de 2016

Quebrar comprimidos prejudica tratamento





Ato de quebrar o comprimido pode levar a alterações na dosagem do mesmo, desde a superconcentração do remédio até uma subdose, sem o efeito desejado

A prática de quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose prescrita pelo médico faz parte da rotina de milhares de brasileiros, mas o que muitos não sabem é que essa prática pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma superconcentração do remédio, deixando-o vulnerável a efeitos tóxicos.

Segundo o farmacêutico e presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa o segmento das farmácias de manipulação, Ademir Valério, estudos feitos em laboratórios mostram que as metades obtidas na partição do comprimido apresentam uma variação de conteúdo além dos limites recomendados, resultando em “significativa diferença” de massa entre as partes e perda de partículas.

Muitas vezes, explica Valério, os comprimidos são de liberação sustentada, ou seja, após a ingestão, são absorvidos pouco a pouco pelo organismo.

Segundo o farmacêutico, esse tipo de medicamento não deve ser partido em nenhuma condição. “A quebra é desaconselhável em qualquer caso, mesmo quando o medicamento for fabricado com um sulco para facilitar a partição. Vimos que a posologia (indicação de doses) acaba comprometida no momento da quebra”, diz.

Quando quebrado, além da falta de uniformidade, o medicamento pode sofrer alterações no teor ou se degradar em substâncias que tenham toxicidade. 

A farmácia de manipulação tem um papel importante nesse caso de evitar quebras de comprimidos, pois abre o leque de opções para o médico prescritor que irá adequar a dose para cada paciente” diz. “Além disso, o paciente levará para casa o estritamente necessário para seu tratamento, sem ter que partir ou interferir na integridade da fórmula e também sem sobras de medicamento, gerando economia e segurança (evitando a automedicação no futuro)”.

Valério explica que a quebra de comprimidos virou prática comum porque, em alguns casos, uma caixa de comprimidos de 20 mg custa o mesmo que uma de 40 mg. O paciente, então, "economiza" comprando o de 40mg e partindo em dois, o que não acontece na manipulação, em que a dose é feita de acordo com a necessidade do paciente.

Outro alerta que deve ser observado e que tem acontecido com frequência são os casos de pacientes que compraram comprimidos em concentrações inadequadas, tiveram de parti-los e comprometeram o tratamento. Exemplo são aqueles pacientes que sofrem de hipertensão (pressão alta) e, como partem o medicamento, não conseguem o controle adequado da pressão.


segunda-feira, 6 de março de 2023

9 mitos e verdades sobre medicamentos manipulados


Na forma manipulada, o paciente recebe uma dose individualizada e um preparo exclusivo para sua necessidade

 

As farmácias de manipulação vêm registrando aumento na demanda, inclusive por suprir a falta de medicamentos nas drogarias. Segundo a ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), o segmento magistral utiliza os mesmos insumos farmacêuticos que as grandes indústrias, mas não vem convivendo com os mesmos problemas de fornecimento de matéria-prima. 

De acordo com a Associação, a contratação de funcionários no setor aumentou 6% nos últimos 12 meses, e o faturamento em 2022 também deve seguir a curva positiva de 2021, com crescimento de 10,5% frente ao ano anterior. 

Diante deste cenário, torna-se fundamental conhecer os processos das farmácias de manipulação. Sendo assim, Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da Formularium e membro da ANFARMAG; cita 9 mitos e verdades sobre os medicamentos manipulados:

 

Qualquer medicamento pode ser manipulado

Depende: Hoje, a farmácia magistral, também chamada de farmácia de manipulação, conta com tecnologias capazes de produzir uma gama de produtos. No entanto, existem aspectos técnicos que nem sempre a farmácia consegue atender, como o drageamento, por exemplo. 

Outro aspecto importante são as patentes e os produtos já disponíveis em determinada dosagem. “Via de regra, não se manipula um produto que você pode encontrar exatamente igual na drogaria e que seja economicamente mais vantajoso”, diz Paula Molari, que também é especialista em Atenção Farmacêutica pela USP.

 

O medicamento manipulado é igual ao de drogaria

Mito: Os medicamentos vendidos na drogaria são industrializados, fabricados em grandes lotes e distribuídos para uma grande população. Já os manipulados são feitos individualmente. Em geral, são dosagens e formas farmacêuticas que não se encontram prontas.

 

Eles têm alguma vantagem em relação aos industrializados

Verdade: Na forma manipulada, o paciente recebe uma dose individualizada e um preparo exclusivo para sua necessidade. “Se pensarmos que a pessoa irá tomar um medicamento feito sob medida para sua enfermidade, certamente o manipulado terá maior eficácia e adesão ao tratamento”, pontua a farmacêutica.

 

Qualquer pessoa pode fazer uso de medicamento manipulado

Verdade: Mas somente se ele for prescrito por um profissional habilitado, que siga as indicações técnicas rigorosamente.

 

Ele não necessita de receita

Mito: Todo medicamento manipulado precisa de receita prescrita por um médico. “No entanto, na sua farmácia de confiança, há determinados produtos que podem ser preparados mediante receita do próprio farmacêutico”, orienta Paula Molari Abdo.

 

É possível escolher o tamanho/formato da cápsula

Verdade: É possível escolher tamanho, cor e tipo de cápsula, de acordo com a necessidade de cada paciente. “As farmácias de manipulação passaram a produzir microcápsulas, cápsulas de fácil abertura, cápsulas hidrossolúveis, entre outros tipos, principalmente para atender crianças, idosos ou pessoas com problemas de deglutição”.

 

O medicamento manipulado pode ser desenvolvido em outras formas farmacêuticas, como xarope, gel ou creme

Verdade: Segundo Paula Molari, essa é outra vantagem da farmácia de manipulação. “Muitas vezes, um produto industrializado só existe na forma de comprimidos. Já a farmácia de manipulação pode preparar a mesma substância em um xarope com sabor agradável para crianças, por exemplo”.

 

Ele é mais indicado para pessoas com intolerâncias a aromatizantes, conservantes, corantes, glúten ou lactose

Verdade: O medicamento manipulado pode ser preparado sem nenhum aditivo, conforme restrições, alergias ou intolerâncias do paciente.

 

Farmácias de manipulação precisam de controle de qualidade e certificação

Verdade: Toda farmácia de manipulação deve ter um controle de qualidade, com auditorias internas que analisam todos os insumos e embalagens que farão parte do medicamento, e também do produto final, para averiguar se está com o peso correto e testar a sua eficácia. 

“Não é permitido pela ANVISA funcionar sem seguir inúmeras normas, como controle da água, qualificação de fornecedores, treinamento contínuo dos técnicos, entre outros quesitos. As farmácias de destaque no mercado possuem certificações de qualidade extras, como ISO 9001, SQM e o monitoramento da ANFARMAG, requisitos essenciais para atendimento a hospitais, por exemplo”, finaliza Paula Molari Abdo.

 

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