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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Dia de Combate ao Fumo alerta para câncer de pulmão: entenda as causas, sinais e tratamentos da doença

Fumantes têm risco 20 vezes maior de desenvolver tumores pulmonares; Especialista comenta principais sinais e a importância do diagnóstico precoce

 

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da condição. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2023-2025 em torno de 32.300 novos casos da doença sejam diagnosticados a cada ano. E, apesar destes dados não serem novidade, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Mariana Laloni, oncologista e Diretora Médica Técnica da Oncoclínicas&Co, explica que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório. “Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz. 

A médica comenta ainda que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca.
 

Imunoterapia é avanço relevante no combate ao câncer de pulmão  

A ciência tem transformado a maneira de tratar diferentes tipos de câncer. E, no caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas avançam a passos largos, permitindo ao paciente um arsenal poderoso de condutas que podem ser indicadas para o enfrentamento da doença. 

Diante deste cenário, estratégias que combinam modalidades de tratamento sistêmico (baseados na adoção de medicações via oral ou intravenosa, como a quimioterapia) e local (radioterapia) podem ser adotadas no início do tratamento para reduzir o tumor antes de uma cirurgia para retirada da parte do pulmão acometido, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada também é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor. “A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente”, diz Laloni. 

Para a especialista, é válido destacar o papel que a imunoterapia exerce no panorama de enfrentamento do câncer de pulmão. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se “disfarçar” para não ser reconhecido pelo sistema imunológico e então crescer, a terapia biológica funciona como uma espécie de chave, capaz de religar a resposta imunológica contra este agente agressor. 

“Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva”, explica a especialista. 

Não à toa, as medicações imunoterápicas vêm conquistando protagonismo no tratamento de tumores de pulmão e de outros tipos de câncer. A abordagem terapêutica tem trazido resultados importantes também para cânceres de bexiga, melanoma, estômago e rim. Estudos atestam ainda a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e de um subtipo do câncer de mama, chamado triplo negativo. “Na última década, a imunoterapia passou rapidamente de uma descoberta promissora para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas para diversos casos de pacientes oncológicos”, pontua Mariana Laloni. 
 

Tabagismo ainda é a principal causa de câncer  

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o INCA, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar. 

E apesar do Brasil ter sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao cigarro - o país tem um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA - os desafios não param de chegar. Um deles, é a chegada dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de vape, que têm conquistado principalmente os jovens. 

“Nós vemos novas formas de fumo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal”, alerta Laloni. 

Parar de fumar, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela covid-19. 



Comece uma nova vida hoje 

Para apoiar na conscientização sobre os riscos dos cigarros nas suas diferentes formas e modalidades, ao longo do mês de Agosto, estará no ar a campanha Cuidar sem Limites da Oncoclínicas&Co. A ação, que traz como mensagem central “0% de fumaça é cuidar 100% da saúde”, promove conteúdos informativos e estimula a participação em um programa de acompanhamento por 21 dias para quem deseja abandonar o vício. 

Com ativações em redes sociais, ambientes físicos e anúncios nas grandes mídias, a iniciativa tem por objetivo incentivar a cessação do tabagismo, convidando fumantes a experimentarem três semanas sem consumir cigarros e, assim, sentir os efeitos positivos à saúde. Vale lembrar que abandonar o cigarro pode reverter efeitos nocivos que levam ao câncer, no caso de quem não tem a doença, e também favorecer amplamente pacientes oncológicos tanto na resposta ao tratamento quanto na qualidade de vida.

 

Entenda os benefícios de deixar fumar:

  • Em 20 minutos: a pressão arterial e a frequência do pulso voltam ao normal.
  • Em 2 horas: não há mais nicotina circulante no sangue
  • Em 8 horas: os níveis de monóxido de carbono no sangue chegam aos valores normais e o nível de oxigênio aumenta.
  • Em 24 horas: os pulmões já funcionam melhor, e os brônquios começam a limpar os resíduos deixados pelo fumo.
  • Em 48 horas: o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
  • De 2 semanas a 3 meses: a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.
  • Em 1 ano: o risco de doenças ligadas a males do coração, como infarto, cai pela metade.
  • Em 5 anos: menor risco de acidente vascular cerebral (AVC). O risco de infarto do miocárdio e morte por ataque cardíaco se aproxima daquele de quem nunca fumou.
  • Em 10 anos: o risco de sofrer um infarto será igual ao de quem nunca fumou. Redução dos riscos de câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, rim e pâncreas.
  • Em 15 anos: o risco de desenvolver câncer de pulmão pode igualar-se aos dos não fumantes.

 

Oncoclínicas&Co.
Para obter mais informações, visite Link

 

O Que Você Precisa Saber Sobre Doença Diverticular de Cólon e o Aumento da Doença em Mulheres: Fatores de Risco, Sintomas e Tratamento

 Descubra Por Que A Doença Diverticular De Cólon Está Se Tornando Mais Comum em Mulheres e Como Fatores Como Idade, Dieta e Estilo De Vida Desempenham um Papel Crucial. 

 

Você sabe o que é a Doença Diverticular de colón?

Então, vamos explicar: A doença diverticular de cólon, também conhecida como Diverticulose ou Moléstia Diverticular do Cólon, é uma condição do trato gastrointestinal que afeta principalmente o cólon sigmóide, ou seja, a parte final do intestino grosso.

Esta condição envolve a formação de pequenas bolsas, chamadas divertículos, na parede do cólon.

Vamos Abordar Alguns Aspectos Importantes Sobre a Doença Diverticular de Cólon:

A doença diverticular de cólon é mais prevalente em pessoas de meia-idade e idosas. Ela se torna mais comum à medida que envelhecemos, sendo rara em pessoas com menos de 40 anos. A idade média de diagnóstico geralmente está na faixa dos 60 anos. Acredita-se que o enfraquecimento da parede do cólon com o tempo seja um fator contribuinte para o desenvolvimento da diverticulose – Revela o Dr. Ernesto Alarcon, Médico Cirurgião, especialista em videolaparoscopia.

A doença diverticular era mais comum em homens do que em mulheres. No entanto, as últimas décadas mostraram uma mudança nesse padrão, com uma maior incidência em mulheres, especialmente na faixa etária mais avançada. As razões por trás dessa mudança não são totalmente claras, mas podem estar relacionadas a fatores como dieta, estilo de vida e genética.

A maioria das pessoas com diverticulose não apresenta sintomas. No entanto, em alguns casos, os divertículos podem inflamar-se, resultando em uma condição chamada diverticulite. Os sintomas típicos da diverticulite incluem dor abdominal, febre, náuseas e mudanças nos hábitos intestinais – Complementa o Dr. Ernesto Alarcon.

Sintomas da Diverticulose (quando os divertículos não estão inflamados):


  • Assintomática: A maioria das pessoas com diverticulose não apresenta sintomas.
  • Desconforto Abdominal: Algumas pessoas podem sentir desconforto ou dor leve no abdômen, geralmente no lado esquerdo.

Sintomas da Diverticulite (quando os divertículos inflamam ou infeccionam):

  • Dor Abdominal: Dor intensa e persistente, geralmente no lado inferior esquerdo do abdômen.
  • Febre: Pode ocorrer febre baixa ou alta, dependendo da gravidade da infecção.
  • Náusea e Vômito: Sensação de náusea e, em alguns casos, vômito.
  • Alterações no Hábito Intestinal: Constipação ou, menos frequentemente, diarreia.
  • Sensibilidade Abdominal: Sensibilidade ao toque na área afetada.
  • Inchaço e Gases: Sensação de inchaço e excesso de gases.


Complicações Possíveis:

  • Abscesso: Formação de pus ao redor do divertículo inflamado.
  • Perfuração: Um buraco na parede do intestino, que pode levar a uma infecção grave na cavidade abdominal (peritonite).
  • Fístula: Conexão anormal entre o cólon e outros órgãos.
  • Obstrução Intestinal: Bloqueio parcial ou total do intestino.


As causas exatas da doença diverticular de cólon não são completamente compreendidas, mas vários fatores de risco foram identificados. Estes incluem:

  1. Envelhecimento: Como mencionado, o risco aumenta com a idade devido ao enfraquecimento natural da parede do cólon.
  2. Dieta: Uma dieta pobre em fibras e rica em alimentos processados, pode aumentar o risco de desenvolver divertículos. A falta de fibras pode levar a fezes duras, o que aumenta a pressão dentro do cólon.
  3. Genética: A predisposição genética desempenha um papel em alguns casos.
  4. Estilo de Vida: Fatores como o sedentarismo e o tabagismo também podem aumentar o risco.

"O tratamento da doença diverticular depende da gravidade dos sintomas. Em casos leves, ajustes na dieta, como o aumento da ingestão de fibras, e o uso de analgésicos podem aliviar o desconforto. Em casos mais graves, pode ser necessário tratamento com antibióticos e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos.

Em resumo, a doença diverticular de cólon é mais prevalente em pessoas de meia-idade e idosas, sendo agora mais comum em mulheres do que em homens. A compreensão desses fatores pode ajudar na prevenção e no tratamento eficaz dessa condição.

Se você ou alguém que você conhece estiver apresentando esses sintomas, é importante procurar um médico para uma avaliação adequada e tratamento. A diverticulite pode ser uma condição séria e requer atenção médica. – Alerta o Dr. Ernesto Alarcon."


Dia da Pessoa com Deficiência Intelectual: especialista destaca a necessidade de atenção a atrasos de desenvolvimento na infância

Entre o total de brasileiros com mais de 2 anos, ao menos 4,1% é formado por crianças de 2 a 9 anos que possuem alguma deficiência física ou intelectual. No caso dos problemas de caráter cognitivo, médica afirma que qualquer déficit no desenvolvimento esperado da criança deve ser avaliado 

 

De acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com deficiência no Brasil é estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. Entre o total de brasileiros com mais de 2 anos, ao menos 4,1% é formado por crianças de 2 a 9 anos que possuem alguma deficiência física ou intelectual. No contexto do Dia da Pessoa com Deficiência Intelectual, celebrado na próxima quinta-feira, 22 de agosto, é importante destacar que, ao contrário das deficiências físicas, que geralmente podem ser facilmente detectadas visualmente, a percepção e o diagnóstico das deficiências intelectuais dependem da observação de atrasos ou não no desenvolvimento cognitivo das crianças, especialmente durante os primeiros anos de vida.

De acordo com a médica pediatra Ana Márcia Guimarães, especialista no desenvolvimento e comportamento que atende no Órion Complex, em Goiânia, qualquer atraso no desenvolvimento da criança, em relação a seus pares da mesma idade, deve ser investigado com seriedade. Segundo ela, detectar precocemente sinais de deficiência intelectual em crianças é essencial para garantir que elas recebam o suporte necessário para um desenvolvimento adequado. “A intervenção rápida pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e no futuro dessas crianças”, explica.

Conforme a especialista, os sinais mais comuns de que pode haver alguma deficiência intelectual são atrasos motores, atraso no desenvolvimento da fala, grande dificuldade de socialização e, principalmente, dificuldades na aprendizagem e no desempenho escolar. “Essas situações podem ser os primeiros indícios de que algo está fora do esperado, e a detecção precoce é fundamental para um melhor prognóstico”, argumenta a pediatra.

A médica lembra que a observação dos marcos de desenvolvimento infantil é crucial. “Os pais devem estar atentos a cinco pilares: desenvolvimento motor (andar, caminhar, correr), linguagem (fala), evolução socioemocional, intelectual e a capacidade de adaptação e resolução de problemas”, descreve a especialista. Cada um desses aspectos deve seguir uma progressão esperada conforme a idade da criança, e qualquer desvio pode ser um sinal de alerta.


Avaliações e tratamento

Embora os pais desempenhem um papel fundamental na identificação inicial dos sinais, o diagnóstico preciso depende de uma avaliação especializada. “O neuropsicólogo é o profissional responsável por aplicar a bateria de testes que mede o QI e as capacidades adaptativas da criança. Após essa avaliação neuropsicológica, cabe ao pediatra interpretar os resultados e correlacioná-los com os sintomas apresentados pela criança”, explica Ana Márcia.

A especialista também esclarece que diferenciar uma deficiência intelectual de outros problemas de desenvolvimento, como o autismo ou transtornos de aprendizado, requer uma avaliação clínica criteriosa. “No caso do Transtorno do Desenvolvimento Intelectual (TDI), os critérios incluem três pontos principais: déficits na psicometria (QI abaixo de 70), déficits nas capacidades adaptativas e o início das limitações antes dos 18 anos de vida”, esclarece a pediatra.

As causas da deficiência intelectual podem ser variadas. “A principal causa é genética, como na síndrome do X frágil e na síndrome de Down. No entanto, fatores ambientais também desempenham um papel significativo, como a prematuridade e complicações durante a gravidez ou o nascimento”, diz Ana Márcia.

Uma vez diagnosticada a deficiência intelectual, é fundamental iniciar o tratamento o mais cedo possível. “A estimulação precoce, realizada por uma equipe interdisciplinar que pode incluir psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicopedagogo, entre outros, é a base do tratamento. Cada profissional desempenha um papel importante na promoção do desenvolvimento global da criança”, destaca a especialista.

 

PROBLEMAS NA CIRCULAÇÃO? VEJA HÁBITOS QUE AJUDAM A PREVENIR PROBLEMAS VASCULARES

  

No mês Vermelho Azul, dedicado à Conscientização Vascular, médica vascular explica como boas práticas podem influenciar na circulação 

 

É comum terminar o dia sentindo dor nas pernas, inchaço, cansaço extremo e até formigamento. Esses sinais, que muitas vezes passam despercebidos ou são atribuídos ao desgaste diário, podem na verdade indicar problemas de circulação sanguínea. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), mostra que cerca de 40% dos brasileiros enfrentam algum tipo de problema vascular ao longo da vida. Desse total, 45% são mulheres e 30% homens, com a incidência aumentando conforme a idade. Varizes, por exemplo, são uma das condições mais comuns, especialmente entre as mulheres.

De acordo com a Dra. Carol Mardegan, médica vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) a má circulação pode resultar em vários problemas, sendo as varizes um dos mais recorrentes. “As varizes são veias dilatadas e tortuosas que surgem principalmente nas pernas devido à dificuldade do sangue em retornar ao coração. A pressão elevada nas veias, causada por um fluxo sanguíneo inadequado, leva à formação dessas veias visíveis e dolorosas”, explica.

Ainda segundo a especialista, diversos fatores contribuem para o surgimento de doenças venosas, como o envelhecimento, alterações hormonais, número de gestações, predisposição genética, maior prevalência entre mulheres e obesidade relacionada ao sedentarismo.

No entanto, adotar alguns hábitos simples pode ajudar a melhorar a circulação. Veja algumas sugestões da Dra. Carol Mardegan:
 

Eleve as pernas regularmente: Reservar alguns minutos no final do dia para elevar as pernas pode ser muito benéfico. Isso ajuda a aliviar o cansaço e facilita o retorno do sangue ao coração. “Elevar as pernas por 5 a 10 minutos é uma prática simples que pode fazer uma grande diferença, especialmente se acompanhada de alongamentos”, sugere Carol.
 

Evite ficar muito tempo na mesma posição: Ficar sentado ou em pé por longos períodos pode prejudicar a circulação. Movimentar as pernas e os pés com frequência é essencial para que o sangue flua corretamente. “Profissões que exigem longas horas na mesma posição precisam ser equilibradas com intervalos para movimentar os membros inferiores”, recomenda a médica.
 

Incorpore caminhadas no seu dia a dia: A prática regular de atividades físicas, como caminhar, é essencial para uma boa circulação. “Mesmo que seja difícil encontrar tempo para exercícios diários, pequenas caminhadas ao longo do dia podem ajudar a manter o sangue em movimento e a saúde em dia”, aconselha a especialista. 


Adote uma dieta equilibrada: Manter uma alimentação rica e variada, incluindo frutas, legumes, verduras e grãos integrais, contribui para a saúde das veias. De acordo com a médica, não se trata de fazer dietas restritivas, mas sim de buscar um equilíbrio que ajude a controlar a pressão arterial e a fortalecer as paredes das veias.
 

Priorize visitas regulares ao médico: Consultas regulares com um cirurgião vascular são fundamentais para prevenir complicações e tratar problemas antes que se agravem. “O acompanhamento médico contínuo pode prevenir doenças e garantir um tratamento eficaz e precoce”, finaliza a Dra. Carol. 

 

Carol Mardegan - Graduada em medicina pela Universidade de Taubaté, com residência médica em Cirurgia Vascular pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), especialização Fellowship em Cirurgia Endovascular. Carol Mardegan é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e tem como foco a Cirurgia Endovascular buscando sempre os melhores resultados através das modernas técnicas minimamente invasivas.www.carolmardegan.com


30 de agosto

Dia Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla:  enfrentando desafios, promovendo a esperança

 

No próximo dia 30 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, uma doença autoimune, crônica e neurodegenerativa, que afeta o sistema nervoso central e impacta a vida de pelo menos 40 mil brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem). Esta data serve como um importante lembrete da necessidade de maior conscientização sobre a doença, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis.

A esclerose múltipla atinge principalmente mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, e apresenta uma diversidade de sintomas, que vão desde fadiga intensa, transtornos visuais e problemas de equilíbrio, até alterações cognitivas e emocionais. Essa variabilidade de manifestações pode levar os pacientes a subestimar a gravidade dos sintomas, retardando a busca por diagnóstico e tratamento adequados. “A complexidade dos sintomas da esclerose múltipla torna crucial o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, pois isso pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida do paciente”, afirma o neurologista Matheus Ferreira Gomes, que atende nos Hospitais Mater Dei Santa Genoveva e Mater Dei Santa Clara, em Uberlândia.


Tratamento e manejo da doença

De acordo com o neurologista, o tratamento da esclerose múltipla envolve duas abordagens principais: a gestão dos surtos agudos e o tratamento de longo prazo para controlar a progressão da doença. “Nos surtos, utilizamos frequentemente a pulsoterapia com metilprednisolona por um período de três a cinco dias, o que ajuda a reduzir a inflamação e a gravidade dos sintomas", explica o especialista.

Para o manejo a longo prazo, a terapia é focada em imunomoduladores, visando suprimir os surtos e progressão da doença. “Existem várias opções terapêuticas disponíveis sendo a escolha medicamentosa individualizada de acordo com a preferência/facilidade posológica - via oral ou injetável; uso diário, semanal, mensal ou semestral - existência de planejamento familiar em caso de pretensão para engravidar ou amamentar; tolerância e eficácia diante da evolução da esclerose múltipla”, acrescenta o médico.

O cuidado com pacientes de esclerose múltipla vai além do tratamento medicamentoso. A abordagem deve ser individualizada e multidisciplinar, com o envolvimento de profissionais de neurologia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia e psicoterapia. "O apoio e orientação adequados são essenciais para que os pacientes possam gerenciar os sintomas e manter uma boa qualidade de vida", afirma o Dr. Matheus. "No Brasil, seguimos os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que orientam as melhores práticas para o tratamento da esclerose múltipla", complementa.


Abordagem multidisciplinar

A esclerose múltipla exige uma abordagem de cuidado que ultrapassa a medicação. A gestão eficaz da doença depende de um trabalho multidisciplinar, que envolve neurologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos. "A reabilitação física, por exemplo, é fundamental para ajudar os pacientes a manterem a mobilidade e a independência. Já o apoio psicológico é essencial para lidar com o impacto emocional da doença", explica Matheus.

Os enfermeiros desempenham um papel crucial, orientando os pacientes sobre o uso correto das medicações, especialmente aquelas que exigem auto aplicação. "O sucesso do tratamento está muito ligado à adesão do paciente e ao acompanhamento constante pela equipe de saúde", ressalta.


Avanços e pesquisas: esperança para o futuro

A pesquisa em esclerose múltipla está em constante evolução, com novos tratamentos sendo desenvolvidos para melhorar a eficácia e a segurança das terapias. "Os avanços mais recentes apontam para tratamentos com perfis mais seguros, com menos efeitos colaterais e que oferecem uma melhor qualidade de vida aos pacientes", destaca o neurologista.


Impacto na vida dos pacientes

A esclerose múltipla tem um impacto profundo na vida dos pacientes, tanto física quanto emocionalmente. O curso da doença é muito variável, com alguns pacientes experimentando longos períodos de remissão, enquanto outros enfrentam uma progressão mais rápida dos sintomas. "A chave para o manejo eficaz da esclerose múltipla é uma abordagem personalizada, que considera não apenas o aspecto físico da doença, mas também o bem-estar emocional e a qualidade de vida do paciente", afirma o médico.


Vírus típicos de Inverno: um deles é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar complicações graves em idosos 1-5

 

Frequentemente associado a infecções respiratórias em bebês, o VSR também é preocupante em adultos mais velhos, principalmente em pessoas com condições crônicas de saúde 4,5

Nessa época do ano, durante o inverno, há um aumento de circulação de vários vírus, como o VSR, e também de bactérias que tem transmissão respiratória. Dados epidemiológicos nacionais mostram que mais de 50% das infecções respiratórias das últimas semanas foram causadas pelo VSR. 1-3,6

 

Sociedades médicas recomendam a vacinação contra o VSR em pessoas com 60 anos ou mais, principalmente os que estão em grupo de risco como uma das formas de prevenção contra o VSR, devido a possibilidade de complicações graves.8

 

O inverno é uma época de temperaturas mais baixas e, devido ao frio, as pessoas tendem a ficar em locais fechados, sem ventilação adequada e muitas vezes em aglomerações, favorecendo, assim, o aumento da circulação de vírus e bactérias. Porém, um vírus que merece atenção devido a alta incidência nessa estação e é pouco falado, principalmente entre a população adulta e idosa, é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).1,2


Muito conhecido por pais de crianças pequenas por ser um dos principais vírus associados à bronquiolite, o VSR também pode ser grave para a população acima de 60 anos, principalmente naqueles que possuem condições crônicas de saúde, também chamadas de comorbidades, e que podem apresentar quadros mais graves da doença, como pneumonia e até o óbito.4,5


De acordo com o site InfoGripe, que monitora dados de notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, tendo como fonte dados do sistema Sivep-gripe da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, desde o início do ano até a semana 24 (encerrada em 15/06/2024 - momento que antecede o inverno), 44,9% dos casos reportados de SRAG em 2024 foram VSR. O relatório trouxe também dados das semanas 21 a 24, período de maior circulação do vírus neste ano, chegando a 51,0% dos casos de SRAG terem como agente identificado o VSR. 7*


7* N (Número de testes positivos para algum vírus respiratório) = 38.361


Segundo a Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e líder médica de vacinas da GSK, esses dados mostram que o VSR co-circula com diversos outros vírus respiratórios, mas pode impactar mais do que Influenza e SARS-COV-2, por isso, é importante ter cuidado nessa época do ano. “A população conhece o VSR por causa da bronquiolite em bebês, mas os adultos raramente são testados e, como os sintomas podem ser confundidos com um resfriado, como coriza, tosse, febre e mal-estar, o VSR acaba sendo pouco conhecido e é subdiagnosticado. No entanto, a letalidade em idosos no Brasil, segundo dados de vigilância epidemiológica, é maior do que em crianças, chegando a ser até 20 vezes maior em adultos com 60 anos ou mais”, explica e complementa:


“Com o passar dos anos, conforme vamos envelhecendo, o nosso sistema imunológico normalmente vai enfraquecendo e, com isso, temos mais dificuldades em combater infecções. E, em indivíduos adultos e idosos que possuem comorbidades, esse risco é ainda maior, podendo levar até a morte. Pesquisas mostram que mais de 78% dos adultos mais velhos possuem alguma condição crônica de saúde”, afirma a infectologista.


As condições crônicas de saúde que levam ao maior risco de hospitalização podem incluir diabetes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). 4,8,9 Para dar a dimensão da gravidade, estudos mostram que os que possuem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podem ter até 13 vezes mais probabilidade de serem hospitalizados devido a complicações do VSR. Portadores de asma podem ter até 3,6 vezes mais possibilidade de hospitalizações; e diabetes podem ter até 6,4 vezes mais. Já com os portadores de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), há a possibilidade de até 7,6 vezes mais riscos de serem hospitalizados.8


Nos Estados Unidos, anualmente, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o VSR leva a aproximadamente de 60 a 160 mil hospitalizações e de 6 a 10 mil óbitos, em adultos com 65 anos ou mais. 4 No Brasil, entre 2020 e 2022 foram notificados mais de 30 mil casos da doença, com uma taxa de letalidade de 20,77% em 2022 em adultos de 60 anos ou mais.10

 

Formas de transmissão


Assim como a gripe e a COVID-19, o Vírus Sincicial Respiratório pode ser facilmente transmitido através de gotículas expelidas ao tossir, espirrar, contatos próximos, como beijo, ou por superfícies contaminadas. Pessoas infectadas geralmente transmitem o vírus por até oito dias e, além disso, podem propagá-lo um ou dois dias antes de começarem a apresentar os primeiros sinais da doença. No entanto, alguns indivíduos, especialmente aqueles com sistema imunológico enfraquecido, podem continuar disseminando o vírus mesmo depois de cessarem os sintomas, por até quatro semanas. 11,12


“Vale alertar ainda que crianças pequenas são frequentemente expostas e infectadas pelo VSR, principalmente em ambientes como creches, escolas, parquinhos e festinhas, e poderão transmitir o vírus aos adultos mais velhos, como os avós”, conta Dra. Lessandra.

 

Prevenção


Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a vacinação é uma das formas de prevenção contra o VSR.7 Além disso, algumas outras medidas podem ajudar a prevenir o contágio e transmissão, como lavar as mãos frequentemente; evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; evitar contato próximo com pessoas doentes; limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequência; e evitar sair de casa quando estiver doente.11


“Mesmo após a recuperação da infecção, o VSR pode trazer impactos a longo prazo em alguns idosos, como diminuição da independência, das atividades sociais, da produtividade, alteração do sono. Além disso, ações como respirar, comer, tomar banho e caminhar podem se tornar desafiadoras. Por isso, é muito importante que as pessoas, principalmente os idosos, conheçam mais sobre a doença, seus riscos, formas de prevenção e procure um médico caso tenham sintomas respiratórios”, finaliza Dra. Lessandra.

 


Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.



GSK
www.gsk.com.br



Referências:

PREFEITURA DE SÃO PAULO. Doenças típicas de inverno. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Alerta para doenças respiratórias no outono. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.

FIOCRUZ. InfoGripe: crescem internações e óbitos por influenza e VSR. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). RSV in older adults and adults with chronic medical conditions. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vírus sincicial respiratório (VSR). Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.

Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). InfoGripe. Resumo do Boletim InfoGripe -- Semana Epidemiológica (SE) 24 2024. Disponível em: Link Acesso em: 20 de junho de 2024.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Pneumologia. Guia de Imunização SBIm/SBPT (2024/2025). Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.

Branche AR, Saiman L, Walsh EE, et al. Incidence of respiratory syncytial virus infection among hospitalized adults, 2017–2020. ClinInfect Dis. 2022;74(6):1004-1011. doi:10.1093/cid/ciab595

Colosia AD, Yang J, Hillson E, et al. The epidemiology of medically attended respiratory syncytial virus in older adults in the United States: a systematic review. PLoS One. 2017;12(8):e0182321.doi:10.1371/journal.pone.0182321

DE VERAS, Bruna Medeiros Gonçalves et al. CASOS GRAVES DE VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM ANOS DE PANDEMIA: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA DA BASE DE DADOS DO SIVEP-GRIPE NO BRASIL (2020-2022). The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 27, p. 103129, 2023.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). How RSV Spreads. Disponível em: <Link> Acesso em: 18 de junho de 2024.

MAYO CLINIC. Respiratory syncytial virus (RSV). Symptoms and causes. Disponível em: <Link> Acesso em: 18 de junho de 2024.


Odontologia estética e o sorriso perfeito: cuidados essenciais para um resultado duradouro

 

O interesse por procedimentos odontológicos vem crescendo a cada dia, não só no Brasil, mas também no mundo. No entanto, para garantir que os resultados sejam duradouros e a saúde bucal seja mantida, é fundamental seguir uma rotina de cuidados rigorosa após os tratamentos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE), o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de procedimentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. 

Nesse cenário, projeções de uma pesquisa desenvolvida pelo instituto irlandês Research and Markets apontam um faturamento de US$ 89 bilhões para o setor de odontologia estética até 2030.  De acordo com a pesquisa, a estimativa é de que os consultórios especializados em odontologia estética apresentem um crescimento médio anual de 13%. 

Procedimentos como facetas, clareamento dental, e alinhadores invisíveis têm ganhado popularidade, proporcionando não apenas melhorias estéticas, mas também um aumento na autoestima e confiança dos pacientes. Contudo, muitos esquecem que a manutenção desses tratamentos exige um cuidado contínuo e uma atenção especial à higiene bucal.

Após realizar um procedimento estético, é comum que o paciente se sinta ansioso para exibir o novo sorriso. Entretanto, é nesse momento que os cuidados devem ser redobrados. A higiene bucal, antes já essencial, torna-se ainda mais importante para garantir a longevidade dos resultados. Escovar os dentes corretamente, utilizar fio dental e realizar visitas regulares ao dentista são hábitos que devem ser incorporados à rotina. 

De acordo com o cirurgião-dentista, mestre e especialista em implantodontia, Dr. Paulo Coelho Andrade, a odontologia estética vai muito além da aparência. Um sorriso bonito deve estar sempre associado a uma boca saudável. “Após um procedimento estético, é essencial que o paciente adote uma rotina de cuidados específicos para garantir que os resultados sejam duradouros. A prevenção e a manutenção são a chave para um sorriso perfeito que se mantenha ao longo do tempo”, destaca.

 

Os riscos da negligência

A negligência com a higiene bucal pode comprometer os resultados do tratamento estético e causar diversos problemas.

Para garantir que o sorriso perfeito seja mantido por muito tempo, é fundamental seguir as orientações do dentista, manter uma boa higiene bucal e evitar hábitos prejudiciais que podem comprometer os resultados do tratamento, além de realizar visitas regulares ao dentista.


Broncopneumonia por H1N1: Entenda a doença que causou a morte de Sílvio Santos

Maior fenômeno de comunicação no país, apresentador morreu aos 93 anos na manhã do último sábado, 17
 

No último sábado, 17 de agosto, o Brasil foi pego de surpresa com a partida de um de seus maiores ícones: Silvio Santos morreu aos 93 anos em decorrência de broncopneumonia, após contrair uma infecção de H1N1. Ele deixa 6 filhas, 14 netos, um patrimônio bilionário e uma legião de fãs conquistada por mais de 6 décadas trabalhando na TV. 

Mas afinal, do que realmente se trata a doença que afetou o Homem do Baú? A broncopneumonia é uma infecção pulmonar que pode ser desencadeada por diversos agentes patogénicos, incluindo o vírus H1N1, responsável por surtos de gripe sazonal e pandemias como a de 2009. De acordo com Manuela Pierotte, pneumologista e preceptora no ambulatório de pneumologia do Centro Universitário UniBH, esta condição ocorre quando a inflamação dos bronquíolos, pequenas vias aéreas dos pulmões, se espalha para o tecido pulmonar adjacente, comprometendo a capacidade respiratória do paciente. "No caso do H1N1, o vírus tem um tropismo pelo sistema respiratório, podendo causar desde uma gripe leve até complicações graves como a broncopneumonia", explica a especialista. 

O H1N1, um subtipo do vírus Influenza A, propaga-se facilmente de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Quando o vírus atinge os pulmões, pode provocar uma resposta inflamatória exagerada, comprometendo as funções respiratórias. "A broncopneumonia causada pelo H1N1 é especialmente perigosa em grupos de risco, como idosos, crianças, e pessoas com comorbidades, porque o sistema imunológico deles pode ter dificuldade em combater a infecção", alerta. 

Os sintomas da broncopneumonia incluem febre alta, tosse com expectoração purulenta, dificuldade para respirar e dor no peito. Em casos severos, a infecção pode levar à insuficiência respiratória, uma situação onde o corpo não consegue obter oxigénio suficiente para as suas necessidades. "É crucial que o diagnóstico seja feito rapidamente, e que o tratamento com antivirais e, se necessário, antibióticos, seja iniciado para combater as complicações bacterianas secundárias", salienta a pneumologista. 

O caso de Sílvio Santos, conhecido como um fenômeno cultural, trouxe atenção renovada para a gravidade da broncopneumonia causada pelo H1N1. "O impacto desta doença pode ser devastador, mesmo para pessoas que inicialmente apresentam uma saúde robusta", comenta Manuela. Ela reforça a importância da vacinação anual contra a gripe como medida preventiva essencial, especialmente para os grupos de risco. 

"Embora o tratamento esteja disponível, evitar a infecção desde o início é o melhor caminho. Isso inclui a vacinação, a higienização adequada das mãos, e evitar o contacto próximo com pessoas doentes", conclui a especialista. “A trágica perda de figuras públicas como Sílvio Santos serve como um lembrete para todos sobre a seriedade desta doença e a importância de medidas preventivas adequadas”.

  

UniBH


Ânima Educação  

 

5 dicas para proteger seu corpo e evitar lesões na academia

Freepik 
Aprenda a evitar acidentes e tire o máximo proveito de cada treino

 

A prática de atividades físicas, com foco na musculação, tem se tornado cada vez mais popular, especialmente com a chegada das estações mais quentes, quando muitos se dedicam ao "projeto verão" para alcançar a boa forma. Além de melhorar a estética, os exercícios oferecem uma série de benefícios para a saúde, como aumento de energia, melhoria do humor, redução do estresse e da ansiedade, além de auxiliar na prevenção de várias doenças.

De acordo com o levantamento realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), 22% dos brasileiros se exercitam diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana, 8% ao menos duas vezes por semana e 5% uma vez por semana. No entanto, é importante praticar exercícios com precaução para evitar lesões musculares. Seguir orientações adequadas e ajustar o treinamento ajuda a prevenir tais ferimentos e garantir uma prática segura, o treinador e educador físico Antônio Rebolho, da Academia Gaviões, uma rede de academias 24h presente em todo o Brasil, oferece algumas dicas para evitar acidentes durante os treinos.


Concentração

O profissional ressalta a importância de manter o foco durante a prática fisíca. “Para obter os melhores resultados, é fundamental estar presente e focado em cada movimento. O treino é o seu momento, então deixe de lado qualquer outra preocupação. A musculação exige uma conexão entre mente e corpo, visualize o músculo trabalhando, sinta a contração e o relaxamento, e mantenha as articulações em movimento. Assim, você maximiza os benefícios da atividade e melhora seu desempenho”, explica o educador.


Mobilidade

“Antes de começar, garanta que está bem aquecido e realize exercícios de mobilidade para preparar as articulações e melhorar a circulação sanguínea. Movimentos como o perdigueiro, a rotação de tronco e a extensão de quadril são excelentes para aumentar a amplitude, reduzir dores e melhorar a performance física, prevenindo lesões”, recomenda Antônio.


Execute os exercícios com boa técnica 

“Aprenda a forma correta de realizar cada movimento e concentre-se em manter a técnica adequada ao longo de todo o treino. Se você é iniciante, tenha cuidado com o excesso de peso e priorize a execução correta das atividades. Preste atenção às repetições e ao tempo de descanso, pois o ambiente de musculação é bastante dinâmico e pode facilmente levar à dispersão”, relata o treinador.


Supervisão Profissional

“Se você é iniciante ou tem restrições de saúde, é aconselhável buscar orientação para garantir que execute os exercícios corretamente e de forma segura. Você pode procurar um instrutor na academia ou contratar um personal trainer para receber um treino personalizado de acordo com seus objetivos”, orienta Rebolho.


Descanso

“O descanso é tão essencial quanto o próprio treino físico. Neste período suas fibras musculares se regeneram e o processo de queima de gordura pelo efeito EPOC (Excess Post-exercise Oxygen Consumption), que quer dizer consumo excessivo de oxigênio após a atividade física, ocorre. Além disso, é durante o sono, sobretudo à noite, que as funções hormonais são restabelecidas. Portanto, não subestime a importância do descanso para alcançar o máximo desempenho e recuperação”, finaliza Antônio.

Por fim, o educador sugere usar roupas e tênis apropriados para o treino. Também é ideal garantir uma boa hidratação, bebendo água antes, durante e depois do exercício. Dessa forma, previne a desidratação, reduz o risco de cãibras musculares e minimiza a fadiga.

 

Academia Gaviões

 

Pesquisa busca avançar no tratamento de crianças e adolescentes com fissura labiopalatina com alinhadores transparentes

Ortodontia é crucial para trazer estética e conforto mastigatório aos pacientes; estudo será conduzido ao longo de 18 meses em centro de atendimento vinculado ao SUS no Paraná 

 

No Brasil, a fissura labiopalatina afeta aproximadamente um a cada 650 bebês nascidos, exigindo um tratamento multidisciplinar para pacientes e suas famílias. Essa estatística do Ministério da Saúde (2010) coloca o país acima das médias globais, que estimam que um em cada 1,7 mil recém-nascidos no mundo tenham essa má-formação, segundo estudo realizado no Reino Unido. São famílias que lutam por acolhimento, mas que veem, ao longo dos anos, avanços nos tratamentos que trazem novas esperanças. 

“A fissura ocorre ainda no ventre da mãe, no primeiro trimestre da gestação, entre a 4ª e a 12ª semana, devido a uma falha na fusão de algumas estruturas que posteriormente vão dar origem à face, ao lábio e ao palato do bebê”, explica a ortodontista especializada no atendimento a pacientes fissurados, Talita Miksza. A especialista esclarece ainda que, na maioria dos casos, essa má-formação acontece de forma isolada, mas pode estar associada a alguma síndrome. Estudos indicam que a condição é multifatorial, ou seja, não possui uma causa específica e vários fatores podem contribuir para essa predisposição, como fatores genéticos ou ambientais, incluindo o consumo de álcool, tabagismo e o uso de certos medicamentos durante a gestação.

As fissuras labiopalatinas não apenas afetam a estética, mas também causam problemas maiores, como má nutrição, distúrbios respiratórios, dificuldades na fala e audição, infecções crônicas e alterações na dentição. Esses impactos também podem ocasionar problemas emocionais, sociais e de autoestima para os pacientes. Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública, a má-formação conta com um projeto de lei em tramitação para obrigar o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer serviços gratuitos de cirurgia plástica reconstrutiva, além de tratamento pós-operatório. “O tratamento após a cirurgia é tão importante quanto o procedimento cirúrgico, que requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo especialistas em cirurgia plástica, otorrinolaringologia, odontologia, fonoaudiologia, entre outros”, explica Talita. 


Inovação no tratamento

Tendo a odontologia como uma etapa crucial do tratamento, o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (CAIF), em Curitiba-PR, atualmente administrado pelo Complexo Hospitalar do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), está conduzindo uma pesquisa com o apoio da ClearCorrect, fabricante de alinhadores ortodônticos transparentes. Neste levantamento, os alinhadores serão usados juntamente com o scanner intraoral Virtuo Vivo, que auxilia na captação de imagens em 3D dos pacientes.

“Estamos apoiando esse projeto de pesquisa, oferecendo tratamento ortodôntico a um grupo de 24 jovens com idades entre 13 a 24 anos. Esses pacientes passam por múltiplas cirurgias ao longo do crescimento, e a fase de tratamento ortodôntico corretivo, na adolescência, é essencial para trazer estética e conforto mastigatório. Todas as condições ortodônticas apresentadas por eles podem ser tratadas eficientemente com alinhadores transparentes, tornando o tratamento mais confortável, prático e facilitando a higienização e alimentação desses pacientes”, avalia a diretora de Pesquisa Clínica da ClearCorrect e especialista, mestre e doutora em Ortodontia, Waleska Furquim.

O trabalho iniciou em junho e a expectativa é que dure 18 meses, podendo se estender, visto que os casos são geralmente complexos. 

“Temos o prazer de apoiar essa pesquisa inovadora, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses jovens. Nosso compromisso vai além de fornecer produtos de alta tecnologia. Buscamos colaborar com iniciativas que promovam avanços significativos na saúde e bem-estar da comunidade”, complementa o vice-presidente da ClearCorrect, Pablo Prado. 



ClearCorrect
www.clearcorrect.com.br


Obesidade prejudica as articulações e pode levar à osteoartrite

Excesso de peso pressiona as articulações, especialmente pernas e coluna, levando ao desgaste da cartilagem

 

A obesidade é uma condição de saúde que pode trazer uma série de malefícios significativos para o corpo e para a mente. Esses danos afetam não apenas a qualidade de vida, mas também a longevidade do ser humano. A perpetuação dessa condição pode trazer sérios prejuízos para o corpo, como: doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, problemas respiratórios, distúrbios gastrointestinais, problemas no sistema imunológico, e em casos mais graves, até levar ao câncer.

Porém, além disso, a obesidade prejudica ainda as articulações, causando dores e problemas nos ligamentos. Segundo Cleber Furlan, médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), é necessário tomar muito cuidado com este problema de saúde.

“O impacto da obesidade nas articulações pode prejudicar intensamente quem já sofre com outros malefícios decorrentes desta condição. As dores e problemas articulares, somado a outros pontos negativos envolvendo a obesidade, como problemas respiratórios e no sistema imunológico, tendem a agravar seriamente a condição médica do paciente.”

De acordo com o médico, existem alguns pontos principais que impactam diretamente nas ligações, quando somada a condição de obesidade. A primeira é a sobrecarga nas articulações, uma vez que o excesso de peso pressiona as articulações, especialmente pernas e coluna, levando ao desgaste da cartilagem e aumentando o risco de osteoartrite.

Além disso, a inflamação crônica agrava as condições articulares, o que consequentemente provoca dor intensa. Já a redução da mobilidade ocorre pois o excesso de peso dificulta a movimentação, enfraquecendo os músculos de suporte e aumentando o risco de lesões. Por fim, a degeneração da cartilagem é mais um malefício marcante por conta da agravação da obesidade, uma vez que o peso extra acelera o desgaste da cartilagem, causando dor intensa e rigidez nas articulações.

Furlan esclarece que existem alguns pontos necessários para se recuperar da condição de obesidade, e consequentemente melhorar as complicações relacionadas à articulação: perder peso, adotar uma dieta balanceada, praticar exercícios regulares e buscar orientação médica são fundamentais para a prevenção e tratamento da saúde articular, tudo isso, somado a uma prescrição médica particular. Já na questão nutricional, suplementos de cálcio e vitamina D podem ser recomendados para fortalecer os ossos e prevenir fraturas. 



Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


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