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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Esporte para crianças: educador físico explica os benefícios da prática

Crianças e adolescentes que não praticam nenhum tipo de atividade física podem virar adultos com diversos tipos de problemas de saúde

 

A prática esportiva traz inúmeros benefícios, inclusive para as crianças, é o que aponta pesquisa da Universidade de Montreal publicada no Journal of Developmental & Behavioral Pediatric. O estudo concluiu que o esporte reduz o risco de depressão na infância, além de combater o sedentarismo. O educador Ivan Westin, professor do curso de educação física da Faculdade Pitágoras, afirma que é preciso ficar atento aos sinais de sedentarismo ainda na infância. “O sedentarismo não é considerado uma doença, mas ele traz várias enfermidades como a hipertensão arterial, diabetes, ansiedade, aumento do colesterol, infarto e muitos outros riscos. E todas essas doenças podem aparecer ainda na infância. Se a criança for sedentária e continuar até a fase da adolescência, com certeza ela terá riscos ainda maiores. O esporte é fundamental para crianças”. 

Com a pandemia, o consumo de jogos eletrônicos aumentou 75% no Brasil e a população gamer com menos de 18 anos cresceu 10%, conforme a pesquisa Game Brasil 2021. O educador físico defende que os pais devem incentivar que as crianças se movimentem e não fiquem pressas nas atividades eletrônicas. Pular, correr e dançar são algumas das atividades sugeridas pelo especialista. “É fundamental que os pais tenham iniciativa para mostrar para as crianças esse lado da infância, o lado do movimento, do esporte, da prática, do saber ganhar e perder. Movimento em geral, não somente o esporte, mas também brincadeiras, jogos, tudo que traz movimento é muito bem-vindo nessa faixa etária. Além de fortalecer a parte muscular e óssea, o movimento ajuda na secreção de vários hormônios ligados ao prazer e bem-estar, proporcionando qualidade de vida”. 

O professor Ivan Westin destaca que a falta de movimento pode gerar danos para a saúde das crianças e adolescentes. “Com o tempo, a falta de movimento traz malefício e ele pode ser muito grave. Também não podemos esquecer da questão psicológica da criança que está envolvida somente com jogos eletrônicos e não tem uma vida social bem desenvolvida”, diz o docente. O último senso do Ministério da Saúde aponta que no Brasil 6,4 milhões de crianças, entre 3 e 12 anos, estão com sobrepeso e 3,1 milhão já estão com quadro de obesidade 

A seguir, o professor lista alguns benefícios das atividades físicas para crianças e adolescentes: 

  • Combate a obesidade;
  • Auxilia no desenvolvimento da coordenação motora;
  • Estimula a convivência em grupos;
  • Ensina a respeitar regras;
  • Melhora o desenvolvimento cognitivo;
  • Ensina a lidar com frustrações: o ganhar e o perder;
  • Diminui os riscos de depressão e outras doenças mentais;
  • Ganho de força e melhora muscular.

 

Faculdade Pitágoras

https://www.pitagoras.com.br/

 

Kroton

https://www.kroton.com.br/


É importante combater o preconceito contra as pessoas com vitiligo, ressalta Sociedade Brasileira de Dermatologia

 

Pessoas que apresentam vitiligo não possuem limitações físicas ou cognitivas, não transmitem sua condição pelo contato social e estão aptas ao trabalho e ao desenvolvimento de relação afetivas e humanas em qualquer contexto. Essa é a avaliação de médicos que integram a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Por meio deles, a entidade reitera essa percepção no momento em que uma das participantes do Big Brother Brasil (BBB) tem essa condição exposta em nível nacional. 

“A forma como a candidata Natália Deodato se relaciona com o vitiligo é um exemplo de como pessoas com esta condição devem preservar sua autoestima em alta e buscarem ocupar espaços no convívio social. Um portador de vitiligo não deve ser excluído ou alvo de estigmas. Ele merece respeito, como qualquer outro individuo, e estímulos para desenvolver seu potencial”, ressalta o presidente da SBD, Mauro Enokihara. 

O vitiligo tem como principal característica manchas que se espalham pela pele em decorrência de despigmentação provocada pela falta ou diminuição da melanina. No entanto, as marcas da doença não se limitam ao corpo. O estigma e o preconceito têm feito com que pessoas nessa condição fiquem vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos psicológicos e busquem o isolamento. 

Apesar de alterações na aparência, geralmente, o vitiligo não traz comprometimentos graves à saúde de quem o desenvolve. Por isso, falar dessa condição requer um empenho especialmente dedicado ao combate do preconceito e à discriminação contra essas pessoas. “Estamos diante de uma oportunidade. Nos últimos dias, a busca pelo termo ‘vitiligo’ na internet foi impulsionada em decorrência da confirmação de uma das candidatas ao prêmio do BBB com essa característica. É um espaço privilegiado para reforçar a luta em defesa de pessoas que, como ela, devem ser respeitadas em sua diversidade”, afirma Beni Grinblat, 2º secretário da SBD.

 

Manchas - O vitiligo é uma manifestação não contagiosa, autoimune e multifatorial. Seu surgimento pode estar relacionado à predisposição genética. Fatores externos podem contribuir para o aparecimento ou agravamento das manchas que decorrem da perda gradativa da pigmentação devido à formação de linfócitos T que destroem os melanócitos, responsáveis pela produção de melanina. 

Existem cinco formas de manifestação do vitiligo: focal (manchas pequenas em uma área específica do corpo); mucosal (manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital); segmentar (manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo); acrofacial (manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais); comum (manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais); e universal (manchas espalhadas por quase todas as regiões do corpo). 

Para esclarecer dúvidas sobre o assunto e ajudar no combate ao preconceito causado pela desinformação, Caio Castro, dermatologista especialista da SBD, apresenta, a seguir, respostas a dúvidas relacionadas a essa condição. Confira e compartilhe.

 

O que causa o vitiligo?

Vitiligo é uma doença autoimune de origem genética em que os melanócitos são alvos dos linfócitos T que estão em situação desregulada. Eles acham que os melanócitos são substâncias estranhas e os atacam. Provavelmente, esses melanócitos apresentam alguma substância que o linfócito T reconhece como corpo estranho, destruindo a fonte de produção da melanina, que é o que dá cor à pele.

 

Quais as limitações de alguém que vive nessa condição?

Não limitações que os impeçam de trabalhar, casar, ter amigos e conviver em grupos sociais. No entanto, alguns cuidados físicos devem ser tomados, sobretudo com a exposição solar.

 

É um problema contagioso?

Por ser autoimune, não há nenhum risco de transmissão ou contágio por vitiligo. Contudo, o principal problema para as pessoas que vivem com vitiligo é o impacto causado na aparência, que por fugir aos padrões pré-estabelecidos, leva à baixa na autoestima. Isso resulta em isolamento e traumas emocionais.

 

A doença pode acometer outros órgãos do corpo?

Aproximadamente 15% dos pacientes com vitiligo têm alguma doença relacionada à tireoide. Porém, esses problemas são causados pelos mesmos fatores que provocaram o vitiligo. Não há uma relação de dependência entre as duas condições autoimunes. Por ser uma doença sistêmica, os pacientes com vitiligo podem desenvolver uveíte (inflamação nos olhos) e aproximadamente 10% dos afetados desenvolvem déficit auditivo.

 

Existe algum grupo (raça, sexo, idade) mais propenso ao desenvolvimento do vitiligo?

O vitiligo afeta ambos os sexos e pessoas de qualquer etnia. Os sinais costumam aparecer, em média, aos 24 anos. Contudo, existem alguns dados de prevalência diferentes. Por exemplo, nos países anglo-saxões, em média, 1% desenvolve a doença; no Brasil, 0,5% da população manifesta essa condição; na China esse percentual chega a 0,1% e na Índia a 5%.

 

O vitiligo é hereditário?

Como se trata de uma condição com origem genética, as chances de aparecer em pessoas da mesma família são muito grandes, sobretudo quando se tem mãe ou irmãos com essa condição.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico clínico é feito, a princípio, a olho nu, apenas com o auxílio de uma lâmpada especial. Quando há dúvidas é realizada biópsia das lesões, já que as manchas do vitiligo podem se confundir com as de outras doenças de pele, como a micose fungoide hipocromiante ou lúpus discoide.

 

O vitiligo tem cura?

O vitiligo ainda não tem cura, mas tem controle. Com a ajuda médica, fazendo uso de medicamento e terapias reconhecidos cientificamente, alguns pacientes podem repigmentar a áreas afetadas ou mesmo despigmentar o corpo por inteiro.

 

As primeiras manchas surgem em alguma área específica do corpo?

Cada indivíduo pode apresentar os sinais do vitiligo de forma diferente. Porém, geralmente, as primeiras manchas aparecem no rosto, mãos e região genital.

 

As pessoas com vitiligo estão vulneráveis ao desenvolvimento de outros problemas na pele?

Os pacientes dessa condição têm uma maior tendência de envelhecimento na pele, em especial nas áreas despigmentadas; além de maior propensão a sentir os efeitos de “queimaduras” no local por conta de exposição excessiva ao sol.



Câncer de pele pode atingir couro cabeludo: saiba como identificar e evitar que a doença passe despercebida

 Região que muitas vezes é ignorada também precisa de cuidados específicos. Especialista reforça importância do autoexame e sinais para ficar de olho

 

Câncer de pele é assunto sério e manchas, pintas ou feridas não devem ser ignoradas, principalmente se surgirem no couro cabeludo, local que muitas vezes pode acabar passando despercebido. No verão, esse cuidado deve ser redobrado, por isso, é importante olhar mais a fundo para o tema. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que haja 185 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados. Uma das principais causas da doença é a exposição prolongada sem proteção aos raios solares, o que além de provocar o envelhecimento precoce da pele, aumenta em até 10x o risco de câncer. 

Dentre os casos, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum. A boa notícia é que quando descoberto precocemente, as chances de tratamento e cura da doença aumentam significativamente. Segundo a Dra. Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é muito importante investigar as manchas que aparecem no couro cabeludo. 

"Uma das maneiras de identificar o câncer de pele no couro cabeludo é a partir do autoexame e da avaliação do dermatologista na dúvida se uma lesão pode ser câncer. Apesar de muitas vezes ser uma região deixada de lado, é fundamental estar atento aos sinais do próprio corpo. As manchas, pintas ou feridas podem aparecer de tamanhos e formas diferentes e, por isso, devem ser investigadas por um especialista", explica.

 

Cuidados que valem ouro 

Apesar dos cabelos oferecerem uma certa proteção ao couro cabeludo contra os raios ultravioletas, a oncologista recomenda o uso de bonés ou chapéus durante a exposição solar. "É muito importante ainda não esquecer de proteger as orelhas. Para isso, deve-se usar protetor solar na região e reaplicar a cada duas horas ou após o mergulho e atividades ao ar livre". 

No couro cabeludo, a recomendação é que em pessoas com cabelos ralos ou calvície o protetor também seja passado na região. Uma alternativa são os produtos mais fluidos, justamente por espalharem melhor. "O filtro solar deve ser aplicado, pelo menos, 30 minutos antes da exposição ao sol. Além disso, é importante que o FPS seja de 30 para cima. Usar o produto em pouca quantidade ou vencido prejudica a eficácia da proteção", alerta.

 

Pintas, manchas e feridas não devem ser ignoradas 

Segundo Sheila Ferreira, a doença pode começar com uma pequena mancha ou ferida no couro cabeludo que, conforme o tempo, vai aumentando de tamanho e sofrendo alterações em sua cor, por exemplo. Essas mudanças podem ser identificadas a partir da regra "ABCDE" - Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro e Evolução.

 

Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte 

Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular 

Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto 

Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm 

Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)

 

Como fazer o autoexame 

Nem sempre a detecção do câncer de pele no couro cabeludo é fácil, afinal, é uma região de difícil acesso. Apesar de poder ser feita individualmente, a dica é pedir ajuda para outra pessoa. A oncologista recomenda a inspeção uma vez ao mês, em ambiente bem iluminado. É fundamental passar os dedos por todo o couro cabeludo e abrir os cabelos para observar o local. 

"De preferência, essa análise deve ser feita de dia, com luz natural, para uma melhor visibilidade da região. Porém, se algo diferente for encontrado ou houver dúvidas, é importante que o paciente procure um especialista para a investigação adequada".

 

Sintomas para ficar de olho 

● Lesões com crescimento rápido

● Feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramentos, coceira e dor

● Lesões que mudam de cor, tamanho e formato

● Manchas avermelhadas ou acastanhadas

 

Câncer de pele também pode atingir outros órgãos 

Quando a doença não é tratada em estágio inicial, as células cancerígenas podem se espalhar pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, acometendo outras regiões do corpo e levando ao surgimento de metástases. Por isso, assim que a lesão é identificada em sua forma primária, é muito importante que seja retirada, evitando o crescimento, sangramento e piora do quadro. 

Na grande maioria dos casos, o tratamento é realizado a partir de cirurgia, mas também pode ser combinado com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. "As chances de cura podem chegar a 90% quando o câncer é identificado precocemente. Por isso, é essencial a realização do autoexame mensalmente e o acompanhamento periódico com dermatologista, além da avaliação especializada caso haja uma lesão suspeita no couro cabeludo", conclui. 

Na grande maioria dos casos, o tratamento é realizado a partir de cirurgia, mas também pode ser combinado com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. "As chances de cura podem chegar a 90% quando o câncer é identificado precocemente. Por isso, é essencial a realização do autoexame mensalmente e o acompanhamento periódico com dermatologista, além da avaliação especializada caso haja uma lesão suspeita no couro cabeludo", conclui.


Pacientes com doença rara agravada por alimentação podem ter melhor qualidade de vida

Com o acompanhamento adequado e o tratamento correto, é possível reduzir os episódios de pancreatite aguda, principal complicação da síndrome da quilomicronemia familiar (SQF)


Lidar com uma doença é um desafio para todos os indivíduos. Porém, quando ela pode ser agravada pela alimentação, a situação fica ainda mais complicada. No caso da síndrome da quilomicronemia familiar (SQF), até mesmo alimentos que seriam saudáveis para a maioria das pessoas, como o azeite de oliva e o abacate, podem ser prejudiciais para quem possui a condição. Isto porque a doença é causada por uma anomalia nos genes responsáveis por “quebrar” os triglicérides presentes no sangue, levando a um acúmulo desta gordura. Em pacientes com SQF, as taxas de triglicerídeos podem chegar a concentrações de 10 a 100 vezes o valor normal¹.

Genética e rara, a doença afeta igualmente homens e mulheres e pode se manifestar em qualquer momento da vida, desde o nascimento até a fase adulta. “Para quem tem SQF, é fundamental o acompanhamento nutricional constante, uma vez que a principal forma de tratamento da doença é a restrição nutricional rigorosa da ingestão de gordura. Além disso, também é indicado o apoio de uma equipe multidisciplinar para o cuidado integral com a saúde, com cardiologistas, pediatras, endocrinologistas, hepatologistas, hematologistas, geneticistas, dermatologistas, por exemplo”, explica Dra. Maria Cristina Izar, cardiologista e professora da Escola Paulista de Medicina e membro do comitê científico da Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF).

Quando não manejada adequadamente, entre os danos que esse excesso de triglicerídeos na gordura do sangue pode causar ao indivíduo, está, principalmente, a pancreatite aguda. “A SQF também pode prejudicar outros órgãos, como o fígado, e causar manifestações físicas, como dor abdominal generalizada, fadiga, e alterações gastrointestinais, entre outras. Também pode atingir o sistema cognitivo, gerando dificuldade de concentração, perda de memória ou dificuldade de julgamento e para lembrar dos acontecimentos. Pode, ainda, impactar o paciente emocionalmente, já que ele tem que lidar com a incerteza constante de dores, cólicas ou pancreatite aguda, podendo desenvolver depressão, ansiedade e isolamento social”, completa a especialista.

Um estudo clínico em que participou Dirk Blom, chefe da divisão de Lipidologia da Universidade de Cape Town, contava com pacientes de 12 países, incluindo o Brasil, trouxe uma nova esperança para as pessoas que sofrem com a condição². “Com a terapia medicamentosa, os pacientes tiveram diminuições nos níveis de triglicérides de 83%. Durante o estudo, três no grupo de placebo tiveram quatro episódios de pancreatite aguda, enquanto um no grupo que recebeu a medicação teve um episódio (nove dias após receber a dose final). A redução dos triglicerídeos foi muito boa e sustentada. O problema foi a diminuição das plaquetas, o que significa que nem todos os pacientes podem tolerar a terapia e continuar com ela em longo prazo”, explica Blom.

 

Saiba mais sobre a síndrome da quilomicronemia familiar


A SQF é uma doença genética de herança recessiva, ou seja, é necessário que tanto o pai quanto a mãe de um indivíduo afetado, tenham um gene alterado; portanto, o risco de recorrência para a prole (os filhos) de pais portadores (do gene alterado) é de 25% para cada gestação do casal. Além disso, estima-se que a prevalência seja entre uma e duas em cada um milhão de pessoas.1,3

O diagnóstico da síndrome pode ser feito através do exame clínico ou laboratorial. Em um exame de sangue é possível avaliar a ausência ou deficiência da enzima LPL, assim como os níveis de triglicérides. Além disso, pode ser solicitado também um exame genético. Em geral, o diagnóstico é feito tardiamente por conta dos sintomas bastante comuns e pela doença poder se manifestar em qualquer idade. Logo, é importante que a população tenha conhecimento sobre ela e fique atenta aos sinais.1,4



Sobre a Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar
A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença genética hereditária, na maioria quase absoluta dos casos, autossômica dominante. A alteração genética provoca altos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade, o LDL. Apesar de possuir tratamento, seu diagnóstico tardio, dificulta sobremaneira a prevenção da DCV, sendo uma das causas genéticas mais comuns na doença cardiovascular prematura.

Para mudar este cenário, em 21 de maio de 2014 foi fundada a AHF -- Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar, formada por pessoas com HF, familiares e profissionais interessados em HF. A AHF conta com o apoio de médicos especialistas em seu Conselho Científico. Por toda sua expertise em dislipidemias genéticas e empatia, não poderia deixar de lado esta doença rara, também relacionada com o metabolismo de lipídeos. Assim, a AHF abarca este desafio para acolher as pessoas com SQF e aumentar a conscientização sobre o tema.

 

[1] Falko JM. Familial Chylomicronemia Syndrome: A Clinical Guide For Endocrinologists. Endocr Pract. 2018;24(8):756-763.

[2] Blom DJ, O'Dea L, Digenio A, Alexander VJ, Karwatowska-Prokopczuk E, Williams KR, Hemphill L, Muñiz-Grijalvo O, Santos RD, Baum S, Witztum JL. Characterizing familial chylomicronemia syndrome: Baseline data of the APPROACH study. J Clin Lipidol. 2018 Sep-Oct;12(5):1234-1243.e5. doi: 10.1016/j.jacl.2018.05.013. Epub 2018 May 31. PMID: 30318066. Available on: Link

[3] Baass A, Paquee M, Bernard S, Hegele RA. Familial chylomicronemia syndrome: an under recognized cause of severe hypertriglyceridaemia [published online ahead of print, 2019 Dec 16]. J Intern Med. 2019;10.1111/joim.13016.

[4] Sugandhan S, Khandpur S, Sharma VK. Familial chylomicronemia syndrome. Pediatr Dermatol. 2007;24(3):323--325


Pandemia provoca alterações no CID 11 e eleva os casos de Burnout


A nova onda da variante Ômicron, que atinge o mundo neste momento, chega em meio a um cenário recheado por profissionais, principalmente, os da linha de frente, esgotados, cansados, fragilizados e, até de certa forma, desanimados com os rumos da doença, uma vez que mal saímos de uma onda dramática e já entramos em outra. Mas não só estes estão exauridos física e mentalmente, a humanidade inteira está.

 

Fato é que, a pandemia do coronavírus provocou até mesmo alterações significativas no CID – Classificação Internacional de Doenças. Atualizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o CID 11 entrou em vigor em Janeiro/22.

 

Consta agora em suas novas especificações, doenças como: Distúrbios de games, Estresse pós-traumático, Saúde sexual, alterações do Transtorno do Espectro Autista e a Síndrome de Burnout (como um fenômeno ocupacional).

 

Ou seja, novos olhares para as dores físicas ou mentais que acometem o ser humano em um momento tão difícil.

 

Essa sensação de perda de esperança na volta da normalidade, acaba gerando muitas cobranças exacerbadas e situações inusitadas motivadas por uma pandemia e uma aceleração da vida, onde prezar por uma boa saúde mental é imprescindível em qualquer circunstância, principalmente nos ambientes corporativos.

 

Fica claro que, a sucessão de mutações do vírus e de novas ondas de Covid-19 faz com que a sensação de despreparo frente a doença continue elevada, reduzindo a expectativa de dias melhores e de controle da situação.

 

Não podemos negar os impactos na saúde que os profissionais sofrem para darem conta de suas múltiplas tarefas nos tempos atuais.

 

No entanto, a linha tênue da inteligência emocional está em entender que comprometer-se e se engajar corporativamente é muito diferente de se encharcar de afazeres, se matar de trabalhar e no fim, perder a saúde e o equilíbrio, gerando e desenvolvendo transtornos e neuroses psicológicas severas.

 

Dados estatísticos mostram que somos o país mais ansioso do mundo e o mais depressivo da América Latina. Além da depressão e da ansiedade, somam-se outros transtornos entre a população ativa laboral, como a Síndrome de Burnout, o transtorno de personalidade e o déficit de atenção.

 

No caso da Síndrome de Burnout, que assola principalmente os profissionais da saúde, é um tipo de distúrbio emocional que potencializa sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante. É o esgotamento físico e mental, provocado por condições de trabalho aceleradas.

 

A principal causa da doença é o trabalho em excesso e está mais ligada a profissões que estão sob constante pressão e muitas responsabilidades. Além disso, possui sintomas físicos e psicológicos. O nervosismo constante, a falta de vontade de levantar ou fazer atividades cotidianas podem ser sinais do início da doença.

 

Seus principais sintomas, são: cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite; Insônia; síncopes e quedas da própria altura; desânimos; dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de derrota, desesperança e incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais; alteração nos batimentos cardíacos, entre outros...

 

No entanto, várias são as formas de se prevenir esses sintomas depressivos ou de Burnout.

 

O mais importante é refletir sobre como está sua vida. Está acelerada demais? Tem tido tempo para cuidar de você, cuidar de sua saúde física e mental? Tem feito pequenas pausas para relaxar e equilibrar a pressão cotidiana? Independente de suas respostas, existem formas de prevenção para que se encontre um equilíbrio de suas atividades, bem como uma adequação de seu momento de forma a privilegiar sua saúde como um todo.

 

São elas:

 

Tente encontrar maneiras para reduzir o estresse e a pressão na rotina profissional; 


Pratique atividades físicas, de lazer e fazer programas que não sejam da sua rotina;


Converse com pessoas de confiança sobre seus sentimentos e se afaste daquelas que reclamam de tudo, principalmente no trabalho; 


Organize seu tempo para descansar e tente dormir pelo menos oito horas por noite; 


Evite o uso de álcool e outras drogas e nunca se automedique;


Aprenda a desacelerar para que não cometa o grave erro de carregar o mundo nas costas.

 

É preciso desmistificar a saúde mental e valorizar a inteligência emocional. Trabalhar a qualidade de vida e a saúde individualizada para um alto rendimento profissional é importante em qualquer ocupação.

 

As doenças mentais e psicológicas devem ser acolhidas e tratadas em busca de uma melhor performance mental e cerebral. Até porque, podemos ser muito mais eficientes se começarmos a entender e saber lidar com nossas emoções, elevando a autoconsciência, gerenciando humor, manejando os relacionamentos e promovendo a automotivação e a empatia.

 

Enfim, fique atento aos sinais de seu corpo e de sua mente. Se já identificou que a depressão e alguns sintomas geram essa desestabilização emocional em sua vida, previna-se e mude seus hábitos. Reflita sobre o porquê desse excesso.

 

Afinal, se todo excesso esconde uma falta, será que mergulhar de cabeça no trabalho, extrapolando seus limites do corpo e da mente, pode não ser uma fuga? Uma forma de fugir da sua própria realidade? Não se engane, lembre-se que: as emoções impactam diretamente na performance e na produtividade do ser humano.

 

O estresse, a depressão e a desmotivação impedem o indivíduo de ser produtivo e criativo, limitando sua atuação e comprometendo seus relacionamentos.

 

Saber gerenciar esses sentimentos e emoções irá potencializar força e habilidade para a realização dos desejos e das tomadas de decisões mais assertivas. Já que, a canalização emocional com sabedoria, propiciará uma análise consciente dos aspectos desafiantes aos quais somos confrontados diariamente.

 

Afinal, a mente humana é, sem dúvida, a parte do corpo mais exigida ao longo de uma jornada de trabalho, independente da função desempenhada pelo indivíduo. A capacidade de produção está diretamente ligada ao foco, a motivação, a concentração e ao comprometimento com os resultados, que só serão possíveis através do equilíbrio físico e mental.

 

 

Dra. Andréa Ladislau - psicanalista. Graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.


Como a tecnologia certa pode ajudar a lidar com a crescente quantidade de dados, trazer mais segurança para os pacientes e reduzir custos da assistência médica

O sistema de saúde vive em constante pressão por maior eficiência e melhor controle de custos. Embora algumas barreiras tenham sido quebradas nesses últimos anos, ainda existem vários desafios a serem superados, muitos deles relacionados à falta de emprego de tecnologia (na medida certa) para lidar com o elevado volume de informações. 

As principais perguntas são: como os hospitais têm trabalhado com a tecnologia para melhorar a disponibilidade da informação para médicos, time de enfermagem, farmacêuticos, de forma a aumentar a segurança do paciente? Como esta informação tem sido utilizada para reduzir os custos dos tratamentos?

Nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 15% da atividade e das despesas hospitalares são decorrentes de eventos adversos. Os erros de medicação são uma das principais causas de lesões e danos evitáveis nos sistemas de saúde: globalmente, o custo anual associado a isto foi estimado em US$ 42 bilhões. Já no Brasil, R$ 10 bilhões foram consumidos pelos eventos adversos, no ano de 2017, somente na saúde suplementar, segundo a pesquisa mais recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG).

É nesse cenário que a tecnologia se apresenta como uma forte aliada dos serviços de saúde. Não é mais possível imaginar uma instituição de saúde segura sem recursos de suporte à decisão clínica (CDS “Clinical Decision Support”). Hoje, o seu emprego está diretamente relacionado à qualidade e segurança assistencial prestada ao paciente. Ela ajuda a padronizar os processos e, ao mesmo tempo, viabilizar um atendimento personalizado, diminuindo erros de diagnósticos e mantendo uma relação mais humanizada. Sem o apoio da tecnologia, por exemplo, um farmacêutico clínico passa várias horas do dia revisando prescrições, ou então, assim como médicos, no caso de dúvidas, tem que recorrer aos livros.

Este tipo de recurso é também fator impactante no que tange à redução de custos e sustentabilidade, que é o segundo maior objetivo de uma instituição de saúde (o primeiro segue sendo a segurança do paciente, obviamente). 

A tecnologia atualmente disponível já nos permite oferecer uma ajuda efetiva para estes profissionais. Sabemos o quanto é importante que o médico (durante o atendimento) e o farmacêutico também contem com o apoio de uma solução que concatene e avalie um conjunto de informações, tanto sobre o que está sendo prescrito, como a respeito das condições clínicas; exames mais adequados naquele caso; previsão de alta; abordagens possíveis; dosagens; alergias; duplicidades de drogas; interações medicamentosas; condições genômicas alteradas etc.

Ferramentas de automação e soluções que empregam evidências científicas são cruciais para viabilizar a fármaco segurança e a fármaco economia. Trazer informações relevantes, com aprofundamento sob demanda, validadas cientificamente, estruturadas e confiáveis são fatores para qualidade e segurança, e acima de tudo, sustentabilidade, em especial em sistemas públicos. Ou seja, assegurar simultaneamente aumento de qualidade e redução de custos.

Tecnologias avançadas conseguem mapear todos os dados ao mesmo tempo e ainda criar milhões de combinações, agregando capacidade analítica e oferecendo as melhores respostas para a tomada de decisão do médico. Obviamente, este tipo de transformação digital não é para todos. Inserir tecnologia nas atividades apenas por modismo, sem objetivos claros e sem o apoio do corpo clínico pode trazer muito desconforto, aumentar os custos e piorar a qualidade da assistência. É necessário o autoconhecimento para se obter reais benefícios.

Em suma, as instituições de saúde precisam da tecnologia certa, na médica certa. E é isso que irá responder aos desafios de segurança, custos e de colocar o paciente, sempre, no centro de tudo.



Matheus Barbosa - Gerente de Canais & Alianças para Medi-Span Clinical na Wolters Kluwer, empresa líder global no fornecimento de informações profissionais, soluções e serviços para médicos e enfermeiros.


Novas opções de tratamento para DPOC são incorporadas ao SUS

A doença é uma condição progressiva e pode ser tratada e prevenida[i][ii][iii]. Atualização do protocolo amplia arsenal terapêutico e permite individualização do tratamento


A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) acaba de divulgar[iv] parecer positivo para a inclusão do dispositivo de inalação em nuvem, Spiolto Respimat®, no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A atualização, a primeira desde 2013, tem o objetivo de ampliar o acesso a opções terapêuticas mais modernas e eficientes, possibilitando individualizar o tratamento dos pacientes com a doença.
 

Em linha com os protocolos internacionais de tratamento da DPOC, o Ministério da Saúde incorporou dois novos broncodilatadores à rede pública: a associação em pó inalante (brometo de umeclidínio + trifenatato de vilanterol) e a solução para inalação em nuvem suave (tiotrópio monoidratado + cloridrato de olodaterol)[v] [vi].

Em estudos clínicos controlados, ambas as opções de tratamento se mostraram eficazes. Entretanto, como a capacidade do paciente de atingir um fluxo inspiratório mínimo para inalar o medicamento de forma eficiente influencia os resultados do tratamento, o Ministério da Saúde optou por oferecer dois novos broncodilatadores. O dispositivo de pó seco oferece maior resistência ao fluxo de ar, enquanto a inalação em nuvem oferece menos resistência, sendo uma alternativa para pacientes com DPOC, que apresentem capacidade de exalar o ar reduzida (VEF1 [vii] [viii].

“Essa é uma grande conquista para médicos e pacientes. A inclusão dessas novas opções de tratamento na rede pública de saúde tem potencial de, aliada ao diagnóstico precoce, reduzir exacerbações, internações e mortalidade pela DPOC no país”, explica o Dr. José Roberto Megda, Pneumologista do Hospital Universitário de Taubaté. Quanto mais opções de tratamento, mais cedo o médico consegue iniciar o cuidado adequado ao paciente, retardando a progressão da doença, que geralmente surge em pessoas acima de 40 anos. “Outro grande avanço do novo protocolo de tratamento é proporcionar a individualização do tratamento, com base na condição clínica no paciente, possibilitando melhores resultados no controle da doença”, completa.  

Com a incorporação desses novos tratamentos, o Ministério da Saúde espera reduzir a morbimortalidade, melhorar a qualidade de vida, evitar o absenteísmo ao trabalho e diminuir o do uso dos serviços de saúde.

 

Sobre a DPOC

A doença pulmonar obstrutiva crônica, também conhecida como enfisema pulmonar, é uma condição progressiva e séria que limita o fluxo de ar nos pulmões e afeta a qualidade de vida dos pacientes, por produzir sintomas como tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia [ix] [x].

No Brasil, quatro brasileiros morrem por hora, 96 por dia e 40 mil todos os anos [xi]em decorrência da DPOC. O tabagismo é o principal fator de risco para a doença, seguido de exposição ocupacional e ambiental envolvendo vapores químicos, poeira e outras partículas que provocam irritação pulmonar [xii].

 


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[i] World Health Organization, Cardiovascular diseases: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) Disponível aqui. Acesso em junho de 2021.

[ii] Fernandes, F. L. A., Cukier, A., Camelier, A. A., Fritscher, C. C., Costa, C. H. D., Pereira, E. D. B., ... & Lundgren, F. L. C. (2017). Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 43, 290- 301.

[iii] Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease -- GOLD 2021 [homepage na internet]. Bethesda: Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive lung disease 2021 report. Disponível aqui [acesso em 25 jun 2021].

[iv] Disponível aqui.

[v] BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório no 585 - Broncodilatadores Antagonistas Muscarínicos de Longa Ação (LAMA) + Agonistas Beta2-Adrenérgicos de Longa Ação (LABA) para o tratamento de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. 2020.

[vi] BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE. PORTARIA SCTIE/MS No 66, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2020. Torna pública a decisão de incorporar o brometo de umeclidínio + trifenatato de vilanterol, conforme Prot. Diário Oficial da União. 2020

[vii] Grant AC, Walker R, Hamilton M, Garrill K. The ELLIPTA® Dry Powder Inhaler: Design, Functionality, In Vitro Dosing Performance and Critical Task Compliance by Patients and Caregivers. J Aerosol Med Pulm Drug Deliv. 2015 Dec;28(6):474--85.

[viii] Baloira A, Abad A, Fuster A, García Rivero JL, García-Sidro P, Márquez-Martín E, et al. Lung Deposition and Inspiratory Flow Rate in Patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease Using Different Inhalation Devices: A Systematic Literature Review and Expert Opinion. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2021;16:1021--33.

[ix] Disponível aqui.

[x] Halbert RJ, Isonaka S, George D, Iqbal A. Interpreting COPD prevalence estimates: What is the true burden of disease? Chest [Internet].2003;123(5):1684--92.

[xi] Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938--43. Disponível aqui. Acesso em: dezembro de 2021.

[xii] Devine JF. Chronic obstructive pulmonary disease: an overview. Br J Nurs [Internet]. 2008;25(7):360--6. Available here.


Teleconsulta: modalidade segue em alta entre população mais velha

Segundo dados da instituição, esse grupo responde por quase 20% dos teleatendimentos realizados com médicos


A tecnologia vem expandindo cada vez mais as oportunidades no setor da saúde, facilitando o acesso das pessoas a uma experiência acessível e segura a grandes centros de saúde. Um exemplo disso é a telemedicina, opção que se tornou essencial durante o período de pandemia da Covid-19 devido ao distanciamento social, que muitos aderiram para manter suas consultas e orientações médicas em dia, mas com a praticidade de fazê-lo à distância. 

Ao completar dois anos de pandemia e com o retorno das atividades no país graças ao avanço da vacinação, dados da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, hub de saúde de excelência no país, mostram que o número de consultas por telemedicina permanece constante, com 6.500 atendimentos feitos com especialistas desde janeiro de 2021. Além disso, cerca de 18% das teleconsultas com especialistas na BP e 16% do pronto atendimento digital foram feitas por pessoas de 45 a 75 anos no período de janeiro a agosto de 2021. Clínica geral, cardiologia e geriatria são três das especialidades mais procuradas por esse grupo. 

“A aceitação do público permanece ótima ao serviço. É animador que os pacientes mais velhos estão utilizando o teleatendimento de maneira constante”, diz Felipe Reis, gerente executivo de Inovação, Tecnologia e Soluções Médicas da BP. 

Desde o início da pandemia, a telemedicina foi incorporada à vida das pessoas e é comum o seu uso entre todos os públicos. Com o objetivo de facilitar a locomoção e a gestão do tempo, o atendimento do paciente não possui barreira de localização, já que pessoas de todos os lugares podem realizar seu acompanhamento remotamente. É o caso do trabalhador rural aposentado Sebastião Egídio, de 87 anos, morador da cidade de Santana do Manhuaçu, MG, que hoje faz seu acompanhamento com um cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Com o falecimento do médico que acompanhou seu caso de cardiopatia há anos em sua cidade, Sebastião e sua família tiveram que procurar por outros especialistas e optaram por um grande centro com expertise em cardiologia. Com seu caso já bem detalhado e monitorado, a teleconsulta da BP pareceu uma boa opção; o acompanhamento agradou ao paciente, que é atendido pelo cardiologista Fernando Ribas, remotamente, mas em eventual necessidade de avaliação presencial, possui um médico em seu município que conversa com o profissional da BP.

 

Cuidado com a experiência 

A comodidade para esclarecer dúvidas, ter direcionamento prévio, além de realizar um acompanhamento médico à distância torna mais fácil e seguro cuidar da saúde sem necessária a locomoção do paciente. Pessoas com mais de 60 anos estão inclusos no grupo de risco de contágio do coronavírus, o que faz com que este público fique alerta sobre os cuidados para prevenir a transmissão do vírus, mas também para seguir seus tratamentos e acompanhamentos de maneira segura. 

“Vivemos a era da mobilidade. Não é mais necessário se locomover por grandes distâncias para solucionar um problema ou sanar uma dúvida. Na BP, investimos no que há de mais inovador com foco na experiência e confiança do paciente. A junção de saúde e tecnologia tem grande importância no cuidado com a saúde e nos avanços que o setor está vivenciando”, disse Reis. 

Mais de 1.600 consultas com especialistas foram realizadas em um aparelho celular e 974 do computador dos pacientes de 45 a 75 anos durante o período de janeiro a outubro de 2021. “Nos organizamos para ter uma plataforma intuitiva, prática e sobretudo, segura. Treinamos todos os médicos e tivemos o cuidado em criar uma ótima experiência para profissionais e pacientes”, afirma o gerente. 

As mulheres representam 67% do público geral que agendam e realizam consultas com especialistas à distância, sendo Clínica Adultos e Ginecologia as especialidades mais procuradas pelas pacientes de 45 a 75 anos. São mais de 20 especialidades disponíveis para o agendamento online e teleatendimento para pessoas de todas as faixas etárias.

 

O que está por vir? 

Implantados em 2020, a telemedicina, o check-in antecipado e o drive-thru de exames da BP Medicina Diagnóstica permanecem em funcionamento com adesão pelos pacientes de todas as faixas etárias, especialmente os mais velhos. Mas além das inovações estabelecidas, o que mais pode ser acrescentado para a praticidade no cuidado com a saúde? 

Segundo Felipe Reis, a instituição continuará investindo para o crescimento do atendimento inovador na BP. “Estamos começando com as teleinterconsultas, onde os hospitais conveniados terão equipes de especialistas da BP participando ativamente do atendimento dos casos mais complexos, raros ou que requeiram nossa expertise, como se fizéssemos parte da equipe daquele hospital. Por meio de uma plataforma digital, podemos trocar informações e sugerir condutas gratuitamente, com o objetivo de economizar tempo e salvar mais vidas". E ainda completa: “Também estamos trabalhando trazendo pacotes de Pronto Atendimento Digital, nos quais o paciente pode, de maneira híbrida, realizar apenas o necessário presencialmente e seguir com seu acompanhamento à distância”.

 

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 


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