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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Desaprovação aos candidatos à Presidência continua alta, aponta pesquisa Ipsos


Entre os presidenciáveis, Geraldo Alckmin possui o maior índice negativo, com 70%, seguido por Ciro Gomes (65%). O presidente Michel Temer ainda lidera o ranking com 94% de desaprovação


A desaprovação aos principais candidatos à Presidência da República continua alta, aponta o Barômetro Político Estadão-Ipsos, que avaliou 17 nomes de destaque no cenário nacional. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) é o que possui maior índice negativo, com 70%. Em seguida, aparece Ciro Gomes (PDT), com 65%.

“Com as eleições cada vez mais próximas, o mau humor do brasileiro em relação às principais lideranças do país continua alto. Em um cenário de desaprovação generalizada, a imagem dos presidenciáveis deve mudar pouco”, ressalta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.

Entre os demais presidenciáveis, Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL) possuem o mesmo percentual de desaprovação: 61%. Henrique Meirelles (MDB) tem 60%, o ex-presidente Lula tem 51%, Álvaro Dias (Podemos) tem 48%, Guilherme Boulos (PSOL) tem 47% e João Amoêdo (Novo) tem 44%.

Quem lidera o ranking de desaprovação é o presidente Michel Temer (MDB), com 94% de avaliação negativa sobre sua atuação no país. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparece em 2º lugar, com 74% de desaprovação.

O candidato ao governo do estado de São Paulo, João Dória (PSDB) possui 61% de desaprovação. Fernando Haddad (PT) tem 59% e Manuela D’Ávila (PCdoB) tem 46%.


Aprovação da atuação

Por outro lado, os percentuais de aprovação são mais baixos do que os de desaprovação. Quem lidera é Lula, com 47% de aprovação. Em segundo lugar está o juiz Sérgio Moro, com 41%, e em terceiro Marina Silva, com 30%.

Em seguida estão: Joaquim Barbosa (28%), Jair Bolsonaro (24%), Ciro Gomes (18%) e Geraldo Alckmin (17%).

“As opiniões em relação ao ex-presidente Lula e ao deputado Jair Bolsonaro foram as que mais se consolidaram. Mesmo com alta desaprovação, seus indicadores de aprovação vêm se traduzindo em intenção de voto, como mostram as pesquisas de opinião divulgadas nos últimos meses”, avalia Cersosimo.

O Barômetro Político integra o estudo Pulso Brasil realizado mensalmente pela Ipsos. A pesquisa entrevistou presencialmente 1.200 pessoas em 72 cidades do Brasil entre 1º e 11 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais.





Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM;
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Ipsos Brasil - Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s



Já passou o tempo das reuniões sem fim


Um dos maiores problemas para manter a agenda em ordem é a quantidade de reuniões que têm horário para começar, mas não acabam nunca. Isso é motivo de muita perda de energia, estresse e sensação de impotência diante do acúmulo de problemas. Principalmente quando o responsável pelo prolongamento da reunião é o chefe.

Eu já participei de reuniões nas quais as pessoas davam voltas para esclarecer o que estava ocorrendo. Não eram claras sobre o que precisavam. Pior, em alguns casos, somente ofendiam os demais participantes. Alguns jogavam a culpa de seus fracassos em todos e nunca assumiam os próprios erros e responsabilidades. Outros se recusavam a oferecer ajuda, só críticas. E, o que é pior, depois de horas de duração era comum ver que a reunião terminava com a marcação de outra para decidir o que deveria ter sido decidido.

Esse tipo de comportamento destrói a agenda e a energia de todos, o que é exasperante.

A causa disso é que os participantes de reuniões, inclusive os gestores, assumem que podem falar qualquer coisa, de qualquer jeito e para qualquer um.

A solução passa necessariamente pela estruturação rigorosa das reuniões. Não me refiro somente à pauta, que deveria ser um item básico, mas ao estabelecimento do que pode ser falado na reunião e de qual estrutura deve ser seguida.

O gestor mais famoso nesse rigor foi Allan Mulally, que foi CEO da Ford e da Boeing Commercial Airplanes. Toda semana, às terças-feiras, às 7 horas, havia a reunião de revisão do plano de negócios. Os executivos eram obrigados a participar, e a máxima concessão era que entrassem na reunião via conference call. Não podiam enviar representantes. Celulares deveriam permanecer desligados. Na reunião cada um, por sua vez, tinha de começar dizendo qual era seu nome, qual cargo ocupava, em qual ponto do business plan se encontrava. E dizer se a situação estava em código vermelho, amarelo ou verde. Representando problemas, ou se estava tudo bem.

Na eventualidade de precisar de ajuda o executivo tinha de ser específico em seu pedido. Os demais somente poderiam oferecer ajuda. Nada de críticas, ou opiniões.

Não preciso dizer o quanto muitos executivos não se adaptavam a essa estrutura. Ninguém gosta de ver sua fala em uma camisa de força. Mas o fato é que ele foi um dos executivos mais bem-sucedidos de seu tempo. E as empresas que ele administrou deram a volta por cima ante situações muito difíceis, que envolviam desde concorrência acirrada a embates duríssimos com sindicatos.

Portanto, idealmente falando, antes de cada reunião o organizador deveria especificar uma estrutura que todos deveriam seguir ao falar.

Isso exige boa vontade, treino e muitos ajustes ao longo do tempo. Mas os resultados podem ser a diferença entre a ruína e o sucesso da companhia.

É fato que somos frutos de uma cultura, mas também é certo que somos agentes de sua transformação. Como podemos ser precisos no horário de término das reuniões sem rigor nas falas e na exigência para que os envolvidos apresentem informações relevantes para a tomada de decisão? Não podemos!

As pessoas terão maior produtividade, mais energia, menos estresse e mais tempo para focar os resultados se as reuniões forem mais produtivas, relevantes e decisivas.

Vamos em frente!






Alliance Coaching

Falsos médicos: fraudes e crimes contra à vida


Entre os muitos problemas na área da Saúde, o Brasil tem enfrentado sucessivos casos de mortes de pacientes e denúncias sobre a atuação de falsos médicos.

As formas de exercício ilegal da profissão envolvem também médicos em situação irregular, a exemplo de estrangeiros ou brasileiros formados em medicina no exterior que exercem a profissão sem ter cumprido as exigências legais de revalidação e reconhecimento de diploma estrangeiro pelo Ministério da Educação. Outros profissionais, não-médicos, sem graduação em Medicina, que são denunciados por executar atos que são privativos dos médicos, procedimentos diagnósticos e terapêuticos restritos ao exercício da Medicina ou que atuam no campo de especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina.

Há também casos de médicos devidamente registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) que acobertam alguma situação de exercício ilegal da medicina. Por exemplo, quando são coniventes com a atuação de falso médico, ou fornecem seus dados e/ou documentos pessoais para a atuação de um profissional irregular.

Quanto ao modus operandi, muitos dos falsos médicos "clonam" os dados pessoais, utilizam nome e número de CRM e até falsificam documentos de médicos legalmente registrados no CRM e se fazem passar pelo médico verdadeiro. Alguns chegam a ser contratados por serviços de saúde e por outros empregadores. Há aqueles que atuam em "consultórios" particulares ou na venda de atestados médicos (para justificar dispensa em trabalho) e na venda de receitas médicas (geralmente de medicamentos de uso controlado).

Os pacientes correm sérios riscos ao serem atendidos pelos não médicos. Um exemplo: um falso oftalmologista que, em verdade, é um optometrista (profissional responsável pela realização de medições de amplitude visual) poderia, por desconhecimento, não diagnosticar determinadas doenças dos pacientes, agravando-as.

Um caso que chamou atenção da mídia recentemente envolveu uma mulher que faleceu após um procedimento estético em um apartamento de alto padrão no Rio de Janeiro, conhecido como o caso do Dr. Bumbum. Este foi o estopim para acender a discussão sobre os riscos que os pacientes brasileiros correm com a atuação “pirata” de alguns profissionais. O profissional em questão era médico, mas apresentava irregularidade em sua inscrição perante o CRM, além de ter assumido risco desnecessário ao realizar procedimento invasivo em local não habilitado, quer seja, seu próprio apartamento.

Tem-se conhecimento de algumas universidades que falsificam diplomas de Medicina, colocando em risco a população de países como Brasil e Argentina. Falsos diplomas, por exemplo, expedidos na Bolívia têm facilitado golpes. Há promessa de funcionários de certas instituições para estudantes que não querem terminar o curso e vêem facilidades na obtenção do título de médico. Muitos conseguem inclusive a aprovação no Revalida do CRM e trabalham no sistema público de saúde.

Vale frisar que a pessoa que exerce a Medicina sem estar qualificado e autorizado para a profissão poderá responder criminalmente e civilmente pelos atos ilegais cometidos. Pelo atual Código Penal brasileiro, é crime o exercício ilegal da medicina, previsto no artigo 282 e a pena é de seis meses a dois anos de detenção.

Ademais, esses profissionais que causarem danos poderão responder por homicídio e lesão corporal. Será que o crime realmente compensa?








Sandra Franco – consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, presidente da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar da OAB de São José dos Campos (SP), presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde, membro do Comitê de Ética da Unesp para pesquisa em seres humanos e Doutoranda em Saúde Pública.



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