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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

A importância do compliance e os reflexos no mercado brasileiro

A instituição de um programa de compliance nunca foi tão discutida como nesses últimos anos no Brasil, vindo ao encontro das surpreendentes revelações advindas das investigações e dos casos de corrupção apresentados no panorama brasileiro. Diante desses fatos, pode-se evidenciar como as organizações envolvidas nos escândalos sofreram consequências diretas na reputação, além de perdas financeiras, de negócios e de valor no mercado. Sim, a reputação.

 Muito valiosa e, quando atingida, reflete diretamente a imagem e o nome da empresa. Logo, ocasionando uma repercussão que, dependendo do caso e do impacto, fazem com que algumas companhias cheguem a cogitar a alteração do seu nome, de tão marcada negativamente que ficou perante o mercado brasileiro e global.

Imediatamente, essas circunstâncias demonstram a realidade da corrupção que não se pode e não se deve mais ocultar. Os fatos divulgados na imprensa têm levado muitas empresas a compreender a seriedade de mais controle dos seus atos, o que engloba também os seus stakeholders. As instituições passaram a notar como imprescindível atuarem com proeminência da ética, comprometimento da alta direção e a consolidação da cultura corporativa em prol do compliance - sendo relevante, neste sentido, o fortalecimento da Governança Corporativa e a criação de programas de conformidade, fundados sob a perspectiva do planejamento estratégico da organização.

Além disso, cabe salientar que o compliance deve ser aplicado de forma efetiva e não somente um programa existente para outros verem - uma vez que compliance que não é real, não é compliance. Nessa conjuntura, o programa de integridade deve estar pautado em prevenção de riscos de fraude e corrupção, mas, também, na adequação das corporações às questões legais e regulatórias, específicas ao setor no qual atua. Muitos entendem que o investimento é elevado; todavia, não se pode deixar de lado que o comprometimento das empresas trazem muitos benefícios vindouros à própria companhia e ao país - que hoje se encontra, ainda, desacreditado pelos investidores.

A perda de confiabilidade do Brasil foi corroborada com o rebaixamento das notas de crédito pelas três agências de risco que possuem maior visibilidade no mundo. Primeiramente, pela agência Standard & Poor’s, em seguida pela agência Fitch Ratings, e depois pela Moody’s, um marco no retrocesso da economia brasileira. Diante disso, se evidencia que uma das causas desse decréscimo econômico deu-se pela instabilidade econômica e política brasileira decorrentes da corrupção confirmada na maior investigação em curso: a Operação Lava Jato. 

O Brasil é um país com imensa possibilidade de crescimento, mas a corrupção é um anacronismo, visto que impacta diretamente no desenvolvimento econômico, afeta a justiça social, bem como o Estado de Direito; por conseguinte, convém ser combatida de forma contundente. Vislumbra-se que tanto o mercado, quanto a sociedade, não têm perdoado as companhias flagradas em atos ilícitos e fraudes, visto que apresentam uma posição de verdadeiro repúdio às empresas envolvidas com a corrupção.

Aliás, nessa perspectiva, não se pode esquecer que ações como esta remetem a uma via de mão dupla. Quando uma fraude é descoberta, com operação e denúncia deflagrada, automaticamente os mercados rebatem negativamente e conjecturam as suas consequências. Inevitavelmente, suscita reflexos na economia do país, além de perdas - de reputação, financeira e de credibilidade, que são inestimáveis para a sustentabilidade corporativa. A realidade atual não permite escolhas erradas, pois os resultados são calamitosos, principalmente em decorrência da crise econômica.

Desse modo, manter-se no mercado, nos dias de hoje, é um desafio que as companhias devem enfrentar, tendo como enfoque uma atuação íntegra em seus negócios. Sendo assim, não se admite a existência de “lacunas”, como a falta de lisura que venha a colocar em risco o progresso e futuro da empresa.

 Esse é o momento de concretizar profundas transformações desse cenário com ações de prevenção, inclusive com a instituição do compliance, sendo essencial que as organizações ponderem para a sua efetivação. Espera-se que façam isso para seu próprio aprimoramento e engajamento de mais transparência, de modo que a integridade e a ética sejam o eixo central da condução dos negócios, reverberando, consequentemente, no crescimento e no fortalecimento da boa reputação.

Sob esse prisma, essa mudança demanda o comprometimento de todos os envolvidos, mas no fim, valerá a pena. Afinal, quando se trata de negócios, a ética, a integridade, a transparência e a boa-fé são bases fundamentais para o desenvolvimento, bom êxito e a sustentabilidade da companhia no mercado, bem como, para a economia do país.






Juliana Oliveira Nascimento - advogada especialista em Compliance, mestre em Direito e coordenadora do MBA em Governança Corporativa, Riscos e Compliance da Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR).

Cuidados com lagos: confira as principais dicas para mantê-lo saudável


Animais em volta do lago e ph fora dos níveis corretos podem afetar o desenvolvimento da vida aquática


Ter um lago ornamental em casa é ótimo para quem busca o contato direto com a natureza. Cada vez mais, existe uma procura maior por esse tipo de projeto, que transforma a casa num lugar de reconexão e equilíbrio. Porém, é preciso prestar atenção com as condições e a preservação desse espaço e dos animais que ali habitam.

Os cuidados vão desde uma alimentação adequada, passam pelo controle de acesso dos animais domésticos até as propriedades da água, garantindo uma ambientação estável e com boas condições. Ricardo Caporossi Junior, especialista em vidas aquáticas e proprietário da Genesis Ecossistemas, apresenta dicas com os principais cuidados com lagos. Confira:


Relação com os animais domésticos

O lago é feito para os peixes. Sendo assim, a estrutura e a biodiversidade não são preparadas para animais domésticos, como gatos, cachorros, inclusive patos. Então, o ideal é evitar o contato, mas se acontecer, não é necessariamente um problema desde que não seja constante.

Segundo Caporossi, os animais podem e devem conviver naturalmente próximo aos lagos, desde que estejam limpos. "O que não pode acontecer é o animal entrar sujo, pois podem contaminar o lago", alerta. Também, é preciso prestar atenção nos animais que, por acidente, podem acabar matando os peixes. Outra questão, é perceber se os animais ficam remexendo na margem, o que causa um desequilíbrio no ecossistema.


Manter o lago cristalino

Para manter a beleza do lago é preciso conservar a água cristalina, por isso, a manutenção periódica com uma empresa especializada é imprescindível. Os técnicos irão realizar a conferência dos equipamentos elétricos e a limpeza das bombas, evitando o desgaste e a contaminação do ecossistema. Além disso, a empresa irá retirar possíveis detritos e excesso de vegetais de dentro do lago.


Preste atenção na qualidade da água

Outro ponto importante para manter a qualidade da água é deixar o pH dentro dos níveis corretos, que deve estar em torno de 7,4. Para isso, utiliza-se alguns artifícios, como conchas, bicarbonato de sódio entre outros produtos químicos.
O profissional destaca que o ideal é projetar o lago já com essa preocupação. Quando o pH está muito abaixo do recomendado é necessário usar calcário e conchas, por exemplo. Já quando está muito alto, os principais materiais que devem ser utilizados são galhos, turfa entre outros elementos que auxiliem no equilíbrio do pH.

Não só o pH, mas todos os níveis químicos da água precisam estar de acordo para conservar a vida aquática sempre saudável. Caso o lago apresenta alguma irregularidade, deve ser corrigida durante a manutenção.


Recomendações devem ser seguidas à risca

Segundo o paisagista aquático, um dos principais erros cometidos pelos proprietários é não seguir as recomendações dos técnicos que projetaram o lago. Utilizar ração de má qualidade, superpovoar o ambiente ou até impedir o funcionamento correto do filtro, são os equívocos mais comuns.

O sistema de filtragem é fechado. Ou seja, a mesma água fica circulando e tudo o que for colocado dentro do lago ficará por lá. Por isso, a manutenção mensal é importante. "São retirados o excesso de resíduo acumulado nos filtros, permitindo que o local permaneça sempre limpo", completa Caporossi Junior.





Genesis Ecossistemas
www.genesisecossitemas.com.br
Endereço: SP-107, Holambra - SP, 13825-000
Telefone: (19) 3802-1350


DF possui 51 sítios arqueológicos de até 11 mil anos


A faceta urbana de Brasília e de outras cidades do Distrito Federal esconde um passado rico de história. Ou melhor, pré-história. Seres humanos perambulavam pela região coletando frutos, cultivando plantas, pescando e caçando animais com lâminas de pedra lascada. O DF possui 51 sítios arqueológicos registrados, com datação de até 11 mil anos atrás.

O trabalho arqueológico desses locais é acompanhado de perto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). As peças coletadas estão associadas a grupos pré-históricos que habitavam o Planalto Central há milhares de anos, durante uma sequência arqueológica conhecida como Tradição Itaparica, que ocorreu entre 11 mil e 6,5 mil anos atrás.

Desses locais, 26 são vinculados a grupos de caçadores-coletores, sete são classificados como sítios cerâmicos, um traz pinturas rupestres e 17 são sítios históricos. Eles estão localizados em diversas áreas no Distrito Federal, como Ceilândia, Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Brazlândia, Jardim Botânico, Santa Maria, São Sebastião, Riacho Fundo, Gama e Paranoá.

"Os sítios líticos estão datados entre 11 mil e 8 mil anos atrás e são vinculados aos grupos de caçadores e coletores. Há também os sítios de arte rupestre. Os sítios de agricultores e ceramistas estão presentes a partir do século VIII e os sítios históricos estão relacionados à chegada dos luso-brasileiros, a partir do século XVIII.", explica Margareth Souza, arqueóloga do Iphan-DF.

Novo sítio

A última descoberta no Distrito Federal está em um condomínio de lotes na Região Administrativa do Paranoá. Durante a primeira fase de um trabalho de licenciamento ambiental, os técnicos do Iphan-DF observaram vestígios compostos por núcleos, lascas e instrumentos produzidos a partir do quartzito.

De restos de uma fogueira foi possível resgatar amostras de carvão, durante a escavação. Esse material foi enviado para um laboratório nos Estados Unidos, que fará a datação radiométrica. A técnica mede a radiação presente em elementos orgânicos e estima a idade de quando a fogueira e as ferramentas encontradas foram feitas.

As áreas de proteção do sítio arqueológico ainda estão sendo definidas, dentro de um espaço de 10 a 15 hectares. Porém, isso não inviabilizará o licenciamento ambiental do empreendimento. "O local, denominado Jardins Genebra, já recebeu as Licenças Prévia e de Instalação. A Licença de Operação será emitida com todas condicionantes atendidas. É possível sim compatibilizar as etapas do licenciamento ambiental com o empreendimento. Esse está sendo um exemplo de gestão do patrimônio arqueológico", afirma Margareth.

Pré-história

Os caçadores e coletores do Planalto Central viviam em pequenos bandos e sobreviviam da caça, pesca e da coleta de frutos e plantas do Cerrado. Fabricavam instrumentos de pedra lascada de um modo específico, elaborados sobre lascas, lascões e lâminas. As primeiras populações humanas na região possuíam um sistema de subsistência e demoravam pouco tempo nos locais em que se assentavam.

Em consequência deste fato, suas estruturas habitacionais eram simples, feitas de madeira, fibras e folhas, assim como grande parte de seus instrumentos. O que torna possível achar os locais ocupados por essas populações é o que restou de sua cultura material feita com matéria prima durável, especialmente de origem mineral, como, por exemplo, objetos feitos de pedra.

Educação patrimonial

Alunos dos cursos de Biologia e Geologia da Universidade de Brasília (UnB) foram conhecer o sítio, acompanhados do arqueólogo Edilson Teixeira de Souza, responsável pela descoberta do sítio Jardins Genebra. A visita faz parte de um programa de educação patrimonial, uma das exigências do Iphan no processo de licenciamento ambiental.

Os estudantes aprenderam o que é arqueologia, como ela é estudada, o que encontraram no sítio e como são os procedimentos de metodologia e escavação. Ainda nesta frente de atuação, o projeto de pesquisa prevê uma capacitação com os trabalhadores do empreendimento para que os operários entendam o trabalho e possam ajudar a identificar novos achados.

Quando a pesquisa for encerrada, o relatório do arqueólogo responsável pelo trabalho de campo será encaminhado à Superintendência do Iphan no Distrito Federal para análise e manifestação conclusiva. As peças encontradas ficarão no Museu de Geociência do Instituto de Geociências da UnB, que é a instituição de guarda e endosso institucional de achados arqueológicos no Distrito Federal.





Secretaria Geral da Presidência da República


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