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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

3 mitos e 3 verdades sobre a Dieta Cetogênica



Especialista ensina o que é real e o que é mentira sobre a dieta que virou assunto


Transformada em assunto do momento, a “dieta Cetogênica” ganha cada vez mais adeptos. Segundo Rodrigo Polesso, que é Especialista em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade Estadual de San Diego, Califórnia, trata-se de uma forma de se alimentar repleta de benefícios e vantagens. No entanto, ele alerta para que seja abandonado o conceito de “dieta temporária”. “Muitas pessoas pensam em passar alguns dias ou semanas com uma alimentação específica, e depois ‘voltar ao normal’, mas o ideal é utilizar o conceito de alimentação e estilo de vida”, explica.

Mesmo assim, a chamada dieta Cetogênica é cercada de mitos e informações confusas. Por isso, Polesso lista 3 mitos e 3 verdades sobre o estilo de vida – e explica por que é possível emagrecer com base nessa alimentação. 


Mito 1: Dieta Cetogênica exige consumo zero de carboidrato

Segundo o especialista, a ideia do consumo de carboidratos no nível zero é praticamente impossível. "Seguir uma dieta Cetogênica significa reduzir bastante o índice de carboidratos, mas as verduras e legumes terão alguma quantidade deles”, explica. Caso o modelo de alimentação seja seguido à risca, serão consumidos cerca de 20 gramas de carboidratos por dia. “Isso já vai ser o suficiente para que o corpo entre em estado de cetose”. Ele explica que o que chamamos de cetose é o momento em que o corpo começa a consumir os ácidos graxos, ou seja, a gordura do corpo como fonte de energia, devido à ausência de carboidratos. 


Mito 2: Basta comer apenas proteínas

Na verdade, segundo Polesso, as pessoas não devem ter um consumo exagerado de proteínas. O excesso de proteína pode ser convertido em glicose pelo corpo”, explica. Apesar de exigir uma presença grande de carnes, ovos, peixes, laticínios integrais e frutos do mar, a dieta Cetogênica também conta com a presença de alimentos como legumes de baixo índice glicêmico, folhas, nozes e castanhas, manteiga, gorduras de boa qualidade (como óleo de coco e azeite de oliva), frutas de baixo índice glicêmico em moderação (como mirtilos, amora e morango), e bebidas como café e chá. “O que aumenta bastante é o consumo de gorduras saudáveis de origem animais e vegetal, um macro nutriente que, ao contrário das crenças de tanta gente, não engorda”, completa.


Mito 3: É uma dieta complexa de seguir

O especialista destaca que, na verdade, não há complexidades para seguir este tipo de alimentação. “De forma geral, basta restringir o consumo de carboidratos, alimentos industrializados e refinados, e consumir alimentos verdadeiros”, explica. Polesso também destaca que, mesmo assim, é importante ter o aval de um profissional. “Acredito que toda pessoa, antes de fazer grandes mudanças alimentares, deva consultar um profissional de sua confiança”.

Ainda assim, o especialista alerta que existe uma desvantagem importante que torna a dieta Cetogênica mais desafiadora: as substâncias comestíveis que encontramos no supermercado. “É desafiador ficar imune a tudo isso e limitar a alimentação, mas com esforço é possível, e depois de um tempo você sente o quanto faz mal consumir produtos industrializados”.


Verdade 1: Qualquer um pode fazer

Não há qualquer tipo de restrição quanto à dieta Cetogênica. “As pessoas que mais se beneficiariam deste estilo alimentar são aquelas que visam perda acelerada de peso, diabéticos e pessoas que sofrem de problemas relacionados a síndrome metabólica”, resume Polesso, destacando sempre a importância do acompanhamento médico, especialmente no caso dessas doenças.


Verdade 2: É preciso esperar o corpo “se acostumar”

É importante levar em consideração que o corpo precisa de um período de adaptação quando mudanças bruscas são feitas na dieta. “Muita gente que muda a dieta de repente precisa saber que nas duas semanas seguintes o corpo pode sofrer alguns efeitos depois de tantos anos acostumado a consumir tanto açúcar”, explica. Polesso compara a situação com a abstinência que fumantes sentem quando param de fumar, por exemplo, que exige um tempo para que o corpo comece a se sentir melhor. “Se você não se sentir com energia e disposição no começo, saiba que em breve seu corpo vai se acostumar e se sentir melhor”, completa.


Verdade 3: Não existe risco de ter cetoacidose

Polesso conta que o excesso de corpos cetônicos é eliminado na urina, ao contrário do que muitos pregam, e o excesso que causaria a chamada cetoacidose não é causado pela alimentação. “Alguns desses corpos cetônicos que não foram utilizados são liberados na urina”, completa, reforçando que não é preciso ter medo da produção destes elementos. “O conceito da dieta Cetogênica é antigo e comprovado pela ciência”.






Rodrigo Polesso  - especialista em emagrecimento e em Nutrição Otimizada, fundador do Emagrecer de Vez.







Nutricionista dá dicas de alimentação para o ENEM



 Ingredientes como cacau ou pó de guaraná podem ser aliados na concentração; Comida leve e balanceada é fundamental para realizar uma prova tranquila


A alimentação exerce influência em todas as atividades cotidianas, e fica ainda mais fundamental para quem vai participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. A nutricionista Clarissa Fujiwara, Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, explica que o cérebro é responsável pelo consumo de um terço da energia do corpo, e vestibulares como o ENEM podem levar a quedas nos níveis de açúcar no sangue que prejudicam o desempenho do vestibulando e a dificuldade de concentração. “Já alimentos estimulantes, como é o caso do cacau ou pó de guaraná, podem acionar áreas do cérebro relacionadas à concentração. Porém, é necessário que o vestibulando não coma alimentos fora de sua rotina ou que possuam propriedades que provoquem desconforto estomacal”.

Por isso, é importante ter uma programação em relação a alimentação para essas provas, e a Clarissa Fujiwara dá dicas de como se preparar no dia do ENEM:


Café da Manhã

Clarissa explica que, se o vestibulando tem a rotina de consumir o guaraná, essa pode ser uma interessante opção de ingrediente no café da manhã. “O guaraná possui compostos bioativos estimulantes do sistema nervoso central, e essa fruta tem sido associada a uma maior ativação de áreas do cérebro relacionadas à concentração”. A nutricionista sugere preparar uma vitamina com um copo de leite batido com uma fruta como banana, frutas vermelhas ou polpa de açaí, adoçando com mel e misturando com meia colher de chá do pó de guaraná.

Outra opção é um café da manhã com leite, pão integral, queijo branco e geleia. 

“O importante é balancear carboidratos integrais e proteínas, podendo ter também a opção de consumir iogurte com frutas e, cereais”. Ela ainda avisa que, se a pessoa não tem o hábito de tomar o café da manhã, é aconselhável consumir uma pequena porção para quebrar o jejum noturno, como uma fruta.


Almoço ou lanche da tarde

O recomendado é um almoço com diversos grupos alimentares como um carboidrato integral (arroz ou macarrão) acompanhado de alguma proteína como filé de frango ou carne sem gordura. Molhos mais gordurosos a base de cremes, ou frituras, não são recomendados pois têm uma digestão mais difícil e podem causar desconforto durante o exame. “Essa é a clássica orientação de não comer uma feijoada antes do vestibular”, explica Clarissa. Para complementar, vegetais também podem compor o prato.

Se for fazer o almoço fora de casa, um sanduiche integral é uma boa opção. Ele pode ser composto de pão integral, queijo branco, frango desfiado ou atum light e cenoura ralada ou alface.


Durante a prova

Durante o exame, o vestibulando pode organizar um Kit Lanche que pense na hidratação e reposição de energia. “Esse kit pode ter uma garrafa de água, água de coco, isotônico ou suco integral, além de outros alimentos fáceis de carregar como fruta ou barrinha de cereal de frutas ou castanhas”. A nutricionista explica que chocolate não é contraindicado já que o cacau, assim como o guaraná, apresenta substâncias que estimulam o sistema nervoso central e, por isso, “quanto mais amargo, e maior quantidade de cacau, melhor”.







Clarissa Fujiwara - Nutricionista e Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), coordenadora de Nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) e da American Society for Nutrition (ASN).





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