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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Especialista em Direito da Saúde explica regras que apoiam pacientes e familiares em cuidados paliativos

Coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário São Camilo, Marina de Neiva Borba, discute direitos dos pacientes que têm doença incurável a partir de regulamentações já consolidadas no País

 

Nas últimas semanas, o tema “cuidados paliativos” esteve em destaque na imprensa nacional e internacional. Segundo definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), esta modalidade de assistência à saúde integral é ofertada no momento do diagnóstico de uma doença grave que ameace a vida da pessoa.

 

Em outras palavras, trata-se dos “cuidados de suporte”, no qual o tratamento prevê o alívio da dor e do sofrimento físico, social, psicológico e espiritual. É o caso de doenças como o câncer em estágio avançado e metastático, cujo tratamento engloba a qualidade de vida do paciente e seus familiares durante a sobrevida, e não a cura da doença.

 

“Cuidados paliativos são um direito de todo o paciente no Brasil, ainda que não haja legislação específica federal sobre o tema. Existem normas constitucionais - o princípio da privacidade e a regra da vedação a tratamentos desumanos e degradantes - que respaldam tal direito. Do ponto de vista da bioética clínica, a melhor conduta será aquela tomada de forma compartilhada entre o paciente - quando ele ainda tiver plena autonomia -, os seus familiares ou representantes legais e a equipe multidisciplinar que estiver prestando os cuidados paliativos. O processo de tomada de decisão compartilhada respalda-se, então, no modelo de cuidado centrado no paciente de modo que os seus interesses e preferências de tratamento ou recusa de tratamento serão levados em consideração”, explicou a advogada Marina de Neiva Borba, coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário São Camilo e doutora em Bioética.


 

A regulamentação como apoio

 

Em alguns estados brasileiros, como São Paulo, foram editadas leis que reconhecem os direitos do paciente. Um exemplo é a Lei Nº 10.241, de março de 1999, conhecida popularmente como “Lei Mário Covas”, que determina os direitos dos usuários das ações e serviços de saúde no Estado. Neste caso, os pacientes em cuidados paliativos podem “consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados; receber ou recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa; recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários [sem benefícios para a saúde e bem-estar] para tentar prolongar a vida e, por fim, optar pelo local de morte”.

 

De acordo com a advogada, “como esta lei estabelece expressamente o direito de recusar procedimentos diagnósticos ou terapêuticos, incluindo tratamentos dolorosos e extraordinários, ela respalda a declaração de vontade do paciente formalmente manifestada em uma Diretiva Antecipada de Vontade (DAV), regulamentada pela Resolução 1995/2012 do Conselho Federal de Medicina (CFM), popularmente conhecida como testamento vital. Nesta manifestação de vontade, feita quando o paciente ainda estiver lúcido, as suas vontades e preferências de tratamento ou não tratamento deverão ser respeitadas pelos familiares, amigos, médicos e instituições de saúde público e privadas”, esclareceu.

 

Quando o paciente adulto não tiver manifestado a sua DAV e não estiver mais lúcido para tal, os representantes legais têm ao seu lado a Resolução 1805/2006 do CFM, que permite ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, desde que seja respeitada a decisão do seu representante legal, garantindo-se os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento sob a perspectiva de assistência integral.

 

“Neste sentido, é possível que profissionais da equipe multidisciplinar, pacientes e representantes legais – que geralmente são familiares ou amigos - se reúnam para deliberar de forma compartilhada os cuidados de saúde a serem tomados ou descontinuados, lembrando que o médico é obrigado a oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis, de acordo com o artigo 41 do atual Código de Ética Médica”, esclareceu Marina de Neiva Borba.


 

Desligar ou não os aparelhos? Eis a questão!

 

No Brasil, as discussões sobre a suspensão ou não implementação de suporte artificiais de vida têm sido cada vez frequentes: somente neste ano de 2022, em maio e em agosto, houve manifestações por entidades médicas especializadas acerca da retirada da alimentação e hidratação artificiais, certamente, uma das mais polêmicas formas de recusa de tratamento por ser corriqueiramente confundida com a prática da eutanásia.

 

Para a coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário São Camilo, que também é especialista em Bioética, é importante refletir e manifestar os seus desejos de fim de vida ao médico da família para que a decisão sobre a manutenção ou não de um tratamento possa ser tomada de forma clara e tranquila por todas as pessoas envolvidas no cuidado.

 

“Nos casos de tratamento que não gerem benefícios ao paciente, mas que apenas prolongam o seu sofrimento, a recusa terapêutica deve ser concretizada para que a doença de base da pessoa possa cumprir o seu percurso natural sem um prolongamento fútil e obstinado. Nestes casos, podem ser considerados recusa de tratamento: o desligamento do suporte de ventilação artificial, suspensão da nutrição e hidratação artificiais, a recusa à hemodiálise ou à amputação de membros, as ordens de não ressuscitação, dentre outros”, explicou a especialista. 

Para a implementação de uma cultura de respeito à dignidade da pessoa no final de sua vida, é preciso mais debates entre membros das sociedades médicas e da sociedade política e civil para a consolidação de uma legislação específica sobre o tema de forma a garantir mais segurança jurídica aos profissionais da saúde.


Tributação sobre herança: a importância do planejamento sucessório

 

No Brasil, o tributo devido em caso de morte é o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD que, a depender do Estado, pode chegar ao equivalente a 8% do que for herdado.

Este imposto, devido pelo herdeiro, é calculado sobre os bens e direito representativo do patrimônio ou capital de sociedade e companhia, tais como ação, quota, quinhão, participação civil ou comercial, nacional ou estrangeira, bem como, direito societário, debênture, dividendo e crédito de qualquer natureza.

Apesar de São Paulo ter hoje uma Lei pendente de sanção, capaz de dar a ele o título de Estado com a menor tributação sobre herança (Projeto de Lei nº 511/2020), reduzindo o ITCMD para 0,5% nos casos de doação e 1% nas transmissões por morte, fica claro que o custo com este tributo ainda é considerável.

A título de comparação, nos Estados de Goiás e Tocantins, o valor varia entre 2 e 8%. Em Santa Catarina, entre 1 e 8%. No Rio de Janeiro, entre 4 e 8%. Em Minas Gerais, é de 5%. E atendência é de que o cenário se torne ainda mais gravoso, visto o movimento que existe para elevar a tributação sobre herança.

Existe, atualmente, um Projeto de Resolução do Senado (PRS nº. 57/2019), prevendo um aumento da alíquota máxima para 16%, bem como um Projeto de Lei Complementar na Câmara dos Deputados (PLP nº. 37/2021) que irá disciplinar a cobrança do ITCMD sobre bens e respectivos direitos no exterior.

Além disso, existem alguns políticos que defendem a ideia de elevar ainda mais essa alíquota, usando como justificativa a forma como a herança é tributada em outros países.

Para se ter ideia, segundo levantamento da Tax Foundation, o Japão cobra uma alíquota de 55%, Coreia do Sul 50%, França 45%, Estados Unidos e Reino Unido 30%. Percentuais bem maiores do que os praticados no Brasil.

Porém, apenas se torna refém desses aumentos aquele que deixa de analisar todas as opções disponíveis, pois é possível mitigar os impactos do ITCMD sobre a herança recebida, de forma eficaz e com base nas leis vigentes.

Para isso, é necessário um planejamento prévio. Em outras palavras, um planejamento sucessório, que envolverá um estudo da estrutura familiar e patrimonial de forma individualizada.

Assim, é possível apresentar uma sugestão de reorganização dos bens e direitos que serão transmitidos aos herdeiros para, então, obter a redução ou até mesmo a isenção do ITCMD.

Não existe uma receita pré-determinada, o que se tem são normas a serem aplicadas de acordo com cada realidade e, assim, garantir uma maior eficiência tributária na sucessão. O apoio de profissionais especializados é fundamental para que a família encontre as melhores opções disponíveis.

 

 Tiago Aparecido da Silva - advogado no escritório Marcos Martins Advogados.


Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br

 

Brasil bate recorde de mortes por dengue: especialista do CEJAM alerta para cuidados

Conforme Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil bateu recorde em mortes por dengue em 2022, com 987 óbitos, no ano anterior foram 246. A doença viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, é proliferada em focos de água parada.

Diante desse dado significativo, Dra. Tassiana Galvão, infectologista do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM, alerta para a importância de conscientizar a população sobre a prevenção ao Aedes aegypti.

A doença apresenta quatro tipos diferentes de vírus, tendo como principais sintomas febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de apetite, cansaço e manchas vermelhas pelo corpo. “Os casos mais graves podem causar, entre outros sintomas, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas”, afirma a especialista.

“A dengue também pode ter sinais de choque, como a hipotensão grave, quando o paciente já chega muito mal ao atendimento médico”, ressalta Dra. Tassiana.

“Em casos de suspeita, é importante falar ao especialista, ou mesmo na triagem, se houve algum caso de dengue na região em que reside e explicar as condições do quintal, se há riscos de água parada e focos para a proliferação de larvas e mosquitos. As informações podem ajudar num melhor diagnóstico”, reitera.

Por ser de origem viral, o tratamento foca no controle dos sintomas até que o corpo se recupere. “Pessoas que usam anticoagulantes, por exemplo, estão mais predispostas a desenvolver a dengue hemorrágica, que é mais severa”, destaca a infectologista.

O teste rápido de dengue, realizado após o quinto dia de suspeita da doença com amostras de sangue, é disponibilizado em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) gerenciadas pelo CEJAM, e possibilita um diagnóstico rápido e seguro em até 10 minutos.

A melhor forma de prevenção da dengue, no entanto, é evitar a proliferação do mosquito transmissor, eliminando água parada em vasos de plantas, pneus velhos, telhas, piscinas sem uso e lixos. Além disso, deve-se manter a caixa d'água limpa e bem tampada.




PAVS CEJAM no combate à dengue

Criado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo em 2008, o Programa Ambientes Verdes e Saudáveis​ (PAVS) foi incorporado ao CEJAM em 2015 com a finalidade de desenvolver projetos que favoreçam a educação ambiental, promoção de saúde e a prevenção de doenças, contribuindo fortemente nas articulações intersetoriais para a melhoria de aspectos da comunidade.

Conforme Everton Tumilheiro Rafael, supervisor ambiental do CEJAM, o trabalho é feito com o apoio de biólogos e gestores ambientais, que estabelecem parcerias com outros serviços, como concessionárias de limpeza, providenciando a higienização de áreas públicas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é acionada, quando necessário, para intervir em problemas de esgoto e abastecimento de água e outras secretarias, como a de subprefeituras, cuidam de pequenas obras em algumas áreas.

O PAVS CEJAM atua no combate e prevenção à dengue por meio da educação ambiental, especialmente em visitas domiciliares dos Agentes de Promoção Ambiental, responsáveis por mutirões casa a casa e atividades coletivas que acontecem em escolas e outros espaços comunitários.

Bruno de Oliveira Santos Saito, gestor ambiental do PAVS CEJAM, reitera que o programa também contribui no apoio aos bloqueios de transmissão junto às unidades de vigilância e conta com o auxílio da comunidade, que tem papel fundamental no combate e prevenção da dengue. “Além de ações pontuais e visitas domiciliares, o CEJAM também realiza mutirões e palestras sobre o tema”, finaliza.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Pet na praia ou na piscina, quais os cuidados necessários?

Pais e mães de pets também precisam saber o que pode e o que não pode fazer para curtir os dias quentes com o animal de estimação


O verão é um ótimo período para aproveitar o sol, o calor e se refrescar em piscinas e praias. Porém, assim como nós, os pets sentem calor e podem até mesmo passar mal com as altas temperaturas. Para que eles também possam aproveitar os dias mais quentes dentro da água , os tutores precisam ficar atentos aos cuidados específicos que a estação exige. 

Thais Matos, médica veterinária da DogHero, maior empresa de serviços para pet da América Latina, explica que além de conhecer melhor os hábitos, a rotina, a personalidade, as características de cada raça e observar seu comportamento em dias quentes, “pais e mães de pets também precisam saber o que pode e o que não pode fazer para ajudar seu animal de estimação a curtir o verão”, menciona a especialista. 

Outra atenção importante é sobre a raça do pet. Algumas raças como Husky siberiano, São Bernardo, Bernese e Chow Chow, tendem a sentir mais calor que os cães de pelagem curta como Vira-lata (SRD), Pinscher e Dachshund. Pets braquicefálicos, que têm o focinho achatado (como Pugs, Buldogues, Boxer, Shih Tzu, entre outros), têm maior dificuldade para respirar e também de trocar calor com o ambiente. Por isso, cada pet necessita de um cuidado especial durante o verão”, declara Thais.

 

Confira abaixo as dicas e orientações da médica veterinária da Doghero, para curtir tanto a piscina como a praia com o pet:

 

Piscinas e praias

Algumas raças, como por exemplo o Labrador, gostam de entrar na água, mas é preciso ter cuidado. Eles podem entrar na piscina ou no mar e não conseguirem mais sair. Além disso, ao contrário do que acreditamos, nem todos os cachorros têm facilidade para nadar. Cãezinhos de patas curtas, braquicefálicos ou de pelos espessos, por exemplo, dificilmente vão se dar bem com natação. Por isso, se o acesso à piscina ou à praia for fácil, supervisione e só permita que ele entre na água se ele já estiver acostumado.

 

Pet também precisa de protetor solar

Cãezinhos com pelagem branca ou que têm pouco pelo na ponta das orelhas, no focinho, no rabo e nas patas precisam de protetor solar antes de serem expostos ao sol. Vale usar o protetor solar próprio para animais, de acordo com a recomendação do fabricante e do médico veterinário.

 

Proibido beber água da piscina

Durante a brincadeira o pet pode ficar com sede e começar a beber a água da piscina. Como a água é tratada com cloro, não é aconselhável que ele tome (pelos mesmos motivos dos humanos). Caso aconteça de engolir, o cachorro pode vomitar ou ter diarreia. Se o quadro se agravar, o tutor deve levá-lo ao médico veterinário.

 

Fique atento aos sintomas de insolação

A insolação é algo comum nos cães. Alguns sinais são: respiração ofegante, gengivas vermelhas ou pálidas, saliva espessa, fraqueza, excitação, vômitos e convulsão. Se o tutor perceber que o pet está com esses sintomas, retire-o do sol ou local abafado, tente resfriá-lo com água fresca e, logo em seguida, leve-o ao médico veterinário.


Colete salva-vidas para pets

Outra opção para cães que não estão acostumados com piscinas são os coletes próprios para eles. Funcionam exatamente como os coletes para humanos, fazendo com que os cães tenham contato com a água, mas permanecem flutuando sem risco de afogamento.

 

Cuidado com a desidratação

Se o pet não beber bastante água, pode ser que ele fique desidratado. Ou seja: por causa do calor, ele “gastou” mais água do que consumiu. Caso ele esteja muito quieto, com dificuldades para se mover, toque no focinho dele. Se estiver seco, é possível que esteja desidratado. Tente oferecer água em pequenas quantidades para que ele se recupere e, caso você não perceba melhoras, leve-o ao médico veterinário.

 

Banho após a piscina ou praia

Depois que o pet sair da piscina é fundamental que o tutor dê banho nele com shampoo próprio para cães para tirar o cloro dos pelos. Pode ser que entre água no ouvido do pet — é importante proteger bem os ouvidos com algodão hidrófobo (impermeável). Após o banho, seque-o totalmente para evitar micoses e dermatites, principalmente entre as patas e as orelhas - importante observar se o pet não apresentará incômodo nos ouvidos após a brincadeira. O mesmo cuidado vale para após um dia de praia, pois tanto o sal como a areia, podem provocar irritações e outros problemas de saúde no animal de estimação.

 

 DogHero

 

Viagens, fogos de artifício... veja cuidados indicados para ter com o seu pet

Tutores devem ficar atentos para manter o bem-estar dos animais
 

No recesso de final de ano e, com esse período, as viagens para destinos turísticos recompensam o trabalho e nos fazem sair da rotina. Para quem tem cães e gatos e não abre mão de passar momentos especiais com seus bichinhos, é importante tomar atenção a detalhes para garantir que o trajeto e a estadia sejam seguros para os animais, além de tornar a experiência dos tradicionais fogos de artifício menos estressante para o seu bichinho. 

“Alguns cuidados podem tornar as férias mais divertidas e não causar prejuízos aos pets. Uma viagem, assim como para nós humanos, pode ser muito cansativa e estressante para o animalzinho. Por isso, o tutor deve ficar atento a algumas recomendações antes e durante a viagem”, alerta o médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Frederico Fontanelli Vaz. 

A seguir, o médico-veterinário elenca algumas dicas para tutores seguirem nessa temporada de férias.

 

LEVAR OU NÃO O PET? 

Para fazer essa escolha, é necessário levar em consideração os fatores relacionados com a adaptação e comportamento do pet. Essa questão é muito particular de cada animal. Alguns gatos podem não ser adeptos a mudanças e não gostam de sair da rotina, e essas alterações podem provocar estresse, levando a queda na imunidade e danos a sua saúde. Cães não apresentam tanta restrição nas alterações em sua rotina, mas também podem ter problemas durante a viagem. 

Antes de qualquer tomada de decisão, outros aspectos que precisam de atenção e ser esclarecidos quando está sendo estudado onde o pet ficará durante a viagem: 

- O pet permanecerá no mesmo quarto que o dono ou o hotel/pousada tem um canil?

- Esse local será próximo do quarto?

- O pet ficará em contato com outros cães?

- Esses cães serão do mesmo porte que o seu cão?

- Meu pet está com a vacinação em dia?

- Os outros animais estarão vacinados e bem de saúde?

- Meu pet permite socialização? Os outros animais serão sociáveis?

- Existe um controle por parte do estabelecimento exigindo um atestado de boa saúde do animal? 

Caso a escolha seja que o pet fique em casa, é necessário observação e acompanhamento durante todo o período de viagem. Importante que tenha uma companhia de confiança e que goste de animais (um amigo, vizinho ou até um profissional de confiança, como um pet sitter, babá de animais, ou serviços como creches para pets) que já o conheça e que ele também conheça essa pessoa/local, pois isso facilitará a convivência e dia a dia. Entre os cuidados essenciais estão: higienização do ambiente, troca e limpeza dos potes de água, alimentação entre duas ou três vezes no dia, passeios regulares, observação em qualquer mudança de comportamento, brincadeiras, atenção e carinho.

 

FAÇA PAUSAS NO TRAJETO 

O trajeto até o destino das férias deve conter paradas planejadas, para que os seus bichinhos possam fazer suas necessidades (urinar e defecar) e tomar água. Além disso, o ideal é que os animais parem de se alimentar 3 horas antes da partida, para evitar que fiquem enjoados e acabem vomitando.

 

CAIXA DE TRANSPORTE  

Além de ser uma exigência em companhias rodoviárias e aéreas, uma viagem de carro se torna mais segura quando o pet está acomodado em uma caixa de transporte confortável. O Código de Trânsito Brasileiro não permite que animais fiquem soltos dentro do veículo, entre as pernas do passageiro ou nos bancos, assim como em caçambas de pick-ups e caminhonetes.

 

VACINAS 

Para viagens, tutores devem ter em mãos o atestado sanitário do seu bicho de estimação, certificando que o animal está em boas condições de saúde e atende às medidas definidas pelos órgãos públicos, além da carteira de vacinação. A documentação é imprescindível até mesmo para trajetos feitos em veículo próprio. Em caso de viagem internacional, o comprovante de chipagem também é necessário. Exames, vermífugos, controle de pulgas e carrapatos também devem estar em dia.

 

NÃO PERCA SEU PET! 

Prevendo qualquer situação de desaparecimento, é recomendado colocar no animal coleira contendo identificação, como nome e telefone dos donos.

 

ATENÇÃO AOS FOGOS DE ARTIFÍCIO 

Os fogos de artifício são sinônimo de medo e muito incômodo. Os cães têm audição apurada e escutam de 4 a 6 vezes mais que os humanos, um dos fatores que fazem com eles sintam medo dos foguetes. Os gatos conseguem disfarçar melhor, mas eles também se assustam e procuram abrigos para se esconder. Como os fogos podem trazer problemas para a saúde dos animais, é importante que os tutores adotem alguns cuidados para preservar os pets. 

Algumas dicas para cuidar do seu pet na noite de réveillon incluem:

  • Deixe o animal no cômodo da casa que tenha menos barulho;
  • Certifique-se de que não há rotas de fugas no cômodo que o pet estará para que ele não fuja;
  • Se possível, feche portas e janelas na hora da queima dos fogos;
  • Procure na internet um som relaxante ou ligue a TV com o volume alto com o intuito de abafar o barulho externo;
  • Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão seguras para evitar acidentes com o seu pet;
  • Utilize fones de ouvido ou protetores de orelha apropriados para pets. Eles podem ser comprados em clínicas veterinárias e em pet shops;
  • Faça companhia para o seu pet. Isso transmite segurança para ele;
  • Utilize um floral indicado por um veterinário, não medique o seu pet sem a orientação de um profissional.

 

Anhanguera
https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/

Kroton
www.kroton.com.br

Pets no fim de ano: entenda os alertas e cuidados

Professora Valeska Rodrigues, do curso de medicina veterinária da UNIFRAN, concede algumas dicas para cuidar dos bichinhos em viagens e ainda protegê-los dos fogos de artifício


O tão esperado fim do ano chegou e com ele, as viagens, férias, comemorações e claro, não podemos esquecer dos cuidados com os pets durante esta época que contém muitas festividades, fogos de artificio e pé na estrada.  

A professora Valeska Rodrigues, do curso de medicina veterinária da Universidade de Franca – UNIFRAN, instituição pertencente ao Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, explica de que maneira o som emitido pelos fogos de artifício podem prejudicar os pets.  

“Por conta da audição de cães e gatos ser mais aguçada que de humanos, os estampidos causados por fogos podem assustar ou irritá-los. Alguns cachorros podem reagir, apresentar tremores, alterar a frequência cardíaca e respiratória, além de latir compulsivamente, causando desconforto.”  

Entretanto, acostumá-los aos barulhos seria o método ideal para que os fogos não prejudicassem tanto os bichinhos, porém ainda é uma solução longe de acontecer, então colocá-los em ambiente seguro, acompanhado de alguém que estão acostumados, ainda proteger os ouvidos com protetores, lembrando de retirar após queima de fogos. “O bom e velho colo poderá ser confortável para cães mais sensíveis”, completa Rodrigues.  

Algumas pessoas já têm viagens programadas e aproveitam para passar as festas de fim de ano em família ou com os amigos. Nem sempre é possível, mas em alguns casos o tutor consegue levar os animais junto para aproveitar as férias.  

A docente explica como deve ser o transporte dos pets durante os passeios. “Para segurança, o que o código de trânsito exige é que a caixa de transporte esteja fechada, com espaço suficiente para o animal permanecer em pé. Ainda, em carros é possível afivelar a coleira peitoral ao cinto de segurança de 3 pontas. O que não se recomenda é o transporte de animais soltos ou no colo.”  

Quem tem um animal de estimação em casa conhece bem a rotina diária de cuidados e responsabilidade que isso exige. Essa preocupação dura o ano inteiro, inclusive, no período em que entramos de férias. Mas como acostumar o pet a viajar?  

“Fazer adaptação na caixa de transporte, diariamente, aplicando reforço positivo, com petiscos é fundamental. Levar utensílios ou brinquedos que o animal está acostumado também favorecem a adaptação. Caso nada disso funcione, procurar um médico veterinário para orientação para medicá-los é uma opção”, explica a profissional.  

A docente diz ainda qual o procedimento para viagens de avião com pets. “Cada companhia aérea tem regras de transporte, mas basicamente é necessária aquisição de caixa de transporte, avaliação e atestado de sanidade, bem como carteirinha de vacinas atualizadas por médico veterinário. A adaptação na caixa é importante para evitar o estresse de transporte. Medicações só poderão ser utilizadas sob orientação de médico veterinário.”  

A professora Valeska Rodrigues, do curso de veterinária da UNIFRAN, conclui dizendo que “As férias normalmente refletem momentos de alegria e descontração. Os cuidados com os bichinhos são necessários para que eles possam participar dos momentos de laser conosco. Além disso, é importante se atentar com a sanidade, conforto e alimentação dos pets, assim como verificar se o local de destino é apropriado, seguro e confortável.”  
 


UNIFRAN
www.unifran.edu.br

 

Fogos de artifício: veterinário do CEUB explica como proteger os animais durante o Réveillon

Especialista explica as possíveis reações dos pets e o que pode ser feito para amenizar o pânico e transtornos causados pelas explosões


Em época de fim de ano a comemoração é garantida. A cada Ano Novo, as pessoas celebram o momento com a queima de fogos de artifício. A explosão, que significa alegria para os humanos, se transforma em pavor para cães e gatos. Essa é uma preocupação para os tutores de pets, visto que a prática comemorativa é prejudicial para a saúde dos animais, com reações variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico.

Com os sentidos aguçados, o barulho dos fogos é recebido de modo inesperado e muito mais alto para os pets, principalmente para os cães. Para amenizar o pânico dos pets nesse período festivo, o professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Bruno Alvarenga recomenda algumas condutas preventivas.

São diversos os transtornos e malefícios causados para os animais de companhia gerados pelos fogos. O especialista alerta que além de cães e gatos, as aves são alvo de estresse profundo causado pelos itens pirotécnicos, podendo levar ao óbito. “Animais ansiosos, medrosos e cardiopatas podem ficar muito assustados, correndo contra portas de vidro, quebrando itens em casa, até fugindo, com risco de sofrer atropelamento. Também temos os casos dos animais epiléticos, que podem sofrer crises com o barulho das explosões”, explica.

De acordo com Bruno, os donos de pets podem colocar algodão no ouvido dos animais e ligar a televisão de casa em um volume mais alto para disfarçar o volume dos fogos são algumas alternativas. “Proporcionar conforto também é importante. Os tutores podem preparar um local acolchoado, onde eles fiquem protegidos e se sintam mais acolhidos nesses momentos”, indica.

No caso de animais que já foram diagnosticados com transtornos, o especialista recomenda que o tutor solicite ao veterinário a prescrição de medicamentos para aliviar o estresse, como ansiolíticos e antidepressivos, sejam eles fitoterápicos ou medicações industrializadas. “Alguns animais respondem positivamente ficando no colo de seus tutores. Proteção e carinho geram confiança para o animal”, pontua.

Os tutores também devem avaliar o histórico de doença dos indivíduos. Doenças como cardiopatias ou transtornos comportamentais podem se agravar numa situação de estresse. “Um paciente cardiopata pode ter uma sobrecarga cardíaca por conta do barulho e acabar morrendo, ou um animal mais sensível, como um gato, pode parar de se alimentar ou tomar água, levando inclusive a uma insuficiência renal”, alerta o especialista.

Para além de todos os cuidados preventivos para proteger os animais do barulho das explosões, o médico veterinário destaca a importância de conscientizar a população sobre o uso dos fogos de artificio para comemorações. “Os tutores precisam conversar com os amigos e comunidade para evitar a compra e queima de fogos, justificando os males que causam aos animais. A comemoração pode ser feita sem estressar os bichos de estimação”, arremata.

 

Cuidados com os pets em eventos públicos

Como membros da família, os pets também precisam de cuidados em eventos.


Após a domesticação dos animais, os pets se tornaram, aos poucos, parte das famílias. Ao longo dessa evolução, cães e gatos deixaram de ser considerados apenas como animais para se tornarem membros importantes da família de seus tutores, ocupando um espaço muito importante. Nas novas configurações familiares, os pets são tão importantes quanto os humanos.

Os animais de estimação são considerados grandes companheiros e, em alguns casos, costumam acompanhar seus tutores por todos os lugares, sendo cada vez mais comum vermos os pets passeando em eventos junto com toda a família. Os tutores têm interesse em partilhar desses momentos especiais com seus peludos.

Nesses passeios, a questão de segurança é algo que precisa ser muito bem planejada. Os pets precisam de todo cuidado para se sentirem bem e terem um passeio prazeroso e agradável. É necessário ficar atento e considerar vários fatores, como o ambiente, a movimentação de pessoas no local e, principalmente, a presença de outros pets.

Os gatos, por exemplo, são menos adeptos aos ambientes com muitas pessoas. Essas situações podem deixá-los estressados e assustados, ocasionando um momento desagradável para eles. Dessa forma, quando for levar um gato para passear, mantenha-o sempre dentro de uma caixa de transporte distante dos cães. Na maioria das vezes, os gatos preferem um passeio por perto de casa, podendo sair sozinhos ou acompanhados do seu tutor quando acostumados.

Já os cães são mais suscetíveis aos passeios, a maioria deles adorando aproveitar a saída de seu tutor para acompanhá-los e dar uma voltinha. Porém, mesmo que gostem de passear, devemos tomar muito cuidado com eles. A movimentação, junto com barulhos diferentes, pode gerar um estado de alerta no animal e, como consequência, um alto nível de estresse, que faz mal tanto para os pets quanto para os humanos.

Mesmo o animal mais dócil pode causar problemas quando estressado e transparecer comportamentos agressivos contra pessoas ou outros animais, o que pode ser extremamente perigoso.

É preciso providenciar água e comida, e manter os pets em um lugar limpo e adequado ao seu porte e necessidades, além de cuidar para que suas carteiras de vacinação estejam sempre em dia. Esses são os cuidados básicos que devemos ter com os animais de estimação.


Confira abaixo algumas recomendações e dicas para levar o seu pet a um encontro de animais de forma mais segura:

  • Os pets devem estar saudáveis;
  • Serem pets sociáveis com outros cães, outros gatos e crianças;
  • Uso de focinheira obrigatório durante todo o evento para cães de grande porte ou temperamentais;
  • Indispensável o uso de coleira e guia durante todo o evento, não devendo deixar o pet solto;
  • Recomendado que os pets estejam com as vacinas e vermífugos em dia;
  • Ideal que o pet tenha mais de 6 meses;
  • Não passear com cadelas que estejam no cio;
  • Levar os gatos no colo ou em caixinhas de transporte;
  • Quando necessário alimentar o animal, levá-lo para um local reservado. Alguns animais podem mudar o comportamento quando estão comendo;
  • Utilização do cata-caca durante todo o passeio (recolher as fezes dos animais).

Quando cuidamos dos pets com muito amor e carinho, o passeio se torna ainda mais prazeroso. Com esses momentos de diversão e lazer em família, a sensação de bem-estar e bom humor tornam-se presentes na vida de todos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Aproveitem!

 

 Danielly da Silva Canquerini -  Analista de Eventos e Promoções da Special Dog Company, uma das maiores indústrias de petfood do Brasil

 

Fim de ano: época pode ser estressante para famílias que possuem pets

Veterinária dá dicas de como deixar esse período o menos frustrante possível para animais e tutores

 

Dezembro é época de bons sentimentos, confraternizações, férias, verão, reuniões de família e amigos, diversão e descanso. Porém, a ideia de que essa época do ano só é de coisas boas não é a realidade em todos os lares. Para algumas pessoas, esse é um período em que  a preocupação e os cuidados por conta dos pets ficam redobrados, visto que para alguns deles as festas de fim de ano são um momento em que eles acabam saindo da sua zona de conforto e tranquilidade.

De acordo com Giovana Ferreira, médica veterinária do Meu Pet Club — health pet que oferece planos de saúde para cães e gatos com cobertura em 100% do território brasileiro, — a situação para alguns tutores pode ser complicada, mas passível de solução. “Fim de ano pode ser muito estressante para os pais de alguns pets, quando, na verdade, não precisava ser dessa forma. É possível fazer adaptações com os bichinhos para que esse período tão aguardado seja delicioso para todos”, analisa a profissional.

Confira abaixo algumas dicas que a profissional separou para as famílias com pet:


Alimentação

Alguns alimentos que fazem parte da ceia, e são amados pelos humanos, podem ser proibidos para cães e gatos, como chocolate e uvas — frescas ou passas, — pois podem possuir uma toxicidade muito alta para os pets, podendo levar, em alguns casos, à morte. 

Por isso é interessante oferecer ao animal brinquedos recheáveis, para que ele fique entretido. Ainda assim, é preciso ficar atento e não deixar alimentos e bebidas alcoólicas ao alcance deles. 


Viagens

Tirar o pet do ambiente em que ele está acostumado acaba gerando estresse e ansiedade. Por isso, se vai levá-lo para viajar com você é importante adaptá-lo à mudança. Comece acostumando ele com a caixinha de transporte e fazendo passeios de carro pelo bairro, para que ele vá se habituando com a situação.

Além disso, durante o trajeto, é fundamental que haja paradas estratégicas para que o animal possa caminhar um pouco, fazer suas necessidades biológicas, se alimentar e hidratar. 

“Esse tópico é um dos que mais precisa de atenção, porque viajar com o cãozinho ou o gato pode ser frustrante, principalmente se não houver planejamento. As vacinas precisam estar em dia, e ter recurso para caso algo dê errado, como um plano de saúde, por exemplo, é primordial. Eu brinco que temos que esperar o melhor, mas nos prepararmos para o pior, sempre”, explica a Giovana. 


Calor do verão

Antes de expor o pet a um passeio muito longo, verifique as condições do clima e a temperatura. Já para a hidratação, é interessante espalhar vários potes de água fresca pela casa e/ou quintal, mantendo sempre limpo e fazendo a troca. Essa é uma forma de incentivá-lo a ingerir mais líquido. 

Outra dica é fazer picolé de ração ou congelar água em uma garrafa. Depois é só cortar o plástico e deixar o animal brincar com o gelo. 


Fogos de artifício

Os gatos e cachorros possuem audições bem mais aguçadas que a dos seres humanos. Por esse motivo, uns ficam assustados e outros estressados durante as  queimas de fogos. 

Forneça um abrigo seguro para o pet. Pode ser algo familiar para ele se abrigar como a casinha ou a cama dele, e procure deixar objetos que ele goste e esteja habituado por perto.

Deixe portões, portas e janelas fechados para evitar fugas. Protetores auriculares também são bem úteis, uma vez que reduzem os ruídos e protegem a audição. 

“Parecem coisas simples, mas, certamente, essas dicas tornarão a vida das famílias que possuem pets mais fácil no fim de ano”, finaliza a veterinária do Meu Pet Club.

 

Férias aumentam em 25% casos de acidentes com crianças em casa. Saiba como prevenir

Créditos: Envato

Quedas, intoxicação, aspiração de corpos estranhos e afogamentos estão entre casos mais comuns de incidentes


O período de férias escolares para as crianças que estão em casa faz com que elas se sintam livres para fazer o que quiserem. Pular, dançar, correr, montar e desmontar brinquedos. Mas também se pendurar em móveis, se aventurar pela cozinha, área de serviço, banheiro... E é aí que moram os perigos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, por ano, ocorrem cerca de 200 mil acidentes domésticos envolvendo crianças. E, nas férias escolares, as chances delas se acidentarem aumentam 25%, uma vez que os pequenos permanecem mais tempo em casa. Quedas, queimaduras, intoxicação com produtos de limpeza, aspiração de corpos estranhos e afogamentos são os acidentes mais comuns.

Entre as crianças pequenas, uma das causas mais frequentes desses incidentes é o sufocamento. “Isso acontece quando ocorre a obstrução das vias respiratórias. Seja por brinquedos, objetos macios ou até mesmo com algum alimento ou suco gástrico”, afirma Andrea Dambroski, médica do Departamento de Saúde Escolar dos colégios do Grupo Positivo. “As crianças menores são particularmente mais vulneráveis à sufocação porque as vias aéreas superiores - boca, garganta, esôfago e traqueia - são pequenas. E, nessa fase, elas têm a tendência natural de colocar objetos na boca, mas sem ter experiência para mastigar e engolir. Além do que, os dentinhos são menores que os dos adultos, o que dificulta a mastigação apropriada dos alimentos”, exemplifica. Isso sem contar que a falta de habilidade de levantar a cabecinha ou se livrar de lugares apertados coloca-as em grande risco.

Até os 4 anos de idade, as crianças ainda não têm força suficiente para se levantar sozinha e capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco. “Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes pequenos com apenas dois centímetros e meio de água”, esclarece.


Acidentes de trânsito também são preocupação

Os acidentes de trânsito envolvendo crianças ocorrem com mais frequência quando elas estão dentro de algum veículo; e, em seguida, quando são pedestres e atropeladas. Esse tipo de acidente é a principal causa de morte de crianças entre 5 e 14 anos. “As crianças são mais vulneráveis a esses acidentes porque seus corpos são frágeis, ainda em desenvolvimento. A pequena estatura as impede, muitas vezes, de enxergarem por cima de veículos estacionados. E também ficam fora do campo de visão da maioria dos motociclistas”, afirma. “Além disso, a criança tem uma capacidade visual mais estreita do que a dos adultos e, muitas vezes, não consegue ver um carro se aproximando, por exemplo”, alerta a especialista.

É importante ressaltar que, de acordo com a legislação brasileira, até os 10 anos de idade as crianças devem ser transportadas no banco traseiro do veículo, usando o cinto de segurança. “Lembrando que, aquelas com menos de 7 anos e meio de idade precisam usar o cinto de retenção como, por exemplo, o bebê-conforto, a cadeirinha, ou mesmo o assento de elevação”, esclarece.


Medidas de segurança

Os acidentes domésticos estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade tanto na infância quanto na adolescência. Por isso, algumas medidas de segurança podem ser adotadas em todas as faixas etárias:

- Proteja todas as tomadas e interruptores para evitar choques e queimaduras.

- Na cozinha, utilize, de preferência, as bocas de trás do fogão e não deixe os cabos de panela para fora.

- Instale travas de segurança em gavetas e armários.

- Se tiver persianas com cordas nas janelas, instale uma trava de segurança nos cordões. 

- Não deixe nenhum objeto pendurado ou com fio para fora para evitar que a criança puxe e derrube o objeto em cima dela.

- Mantenha o balde ou a bacia com água ou produto de limpeza longe do alcance das crianças. 

- Coloque os medicamentos e produtos de limpeza em frascos identificados, em armários fechados e inacessíveis para os pequenos.

- Faça uso de telas ou grades em janelas e vãos que estejam desprotegidos, como laterais de escadas. E não deixe a criança sem a presença de um adulto em hipótese alguma.

- Crianças brincando na água, seja na praia ou na piscina, precisam de um adulto supervisionando de forma ativa e constante. “Lembrando que o colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamento porque os outros são brinquedos infláveis”, esclarece. “Eles passam uma falsa sensação de segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento”, avisa a especialista.

- Nunca deixe a criança com o uso de dispositivo de retenção, como bebê-conforto ou cadeirinha, perto da água, pois elas podem cair ou serem lançadas sem querer por outra criança.

- É fundamental supervisionar a alimentação das crianças mais novas, evitando alimentos muito pequenos, redondos e/ou muito duros para que não se engasguem. “Dessa forma, conseguimos garantir que elas aproveitem as férias com bastante segurança”, finaliza.

 

Colégio Positivo


Fim de ano: especialistas do CEJAM alertam para riscos de queimaduras por fogos de artifício e exposição solar

Procurar atendimento médico imediato e seguir as medidas básicas de prevenção podem evitar danos graves à pele


As queimaduras, que no Brasil acometem aproximadamente 1 milhão de pessoas todos os anos, tornam-se ainda mais preocupantes entre os meses de dezembro e janeiro devido a fatores como o aumento à exposição solar e uso de fogos de artifício.

Conforme Bruno Caldas, coordenador médico do CER Ilha, unidade de emergência do Hospital Municipal Evandro Freire, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, é neste período do ano que as unidades de Urgência e Emergência e o Centro de Tratamento de Queimados mais recebem casos de pessoas feridas por queimaduras. 

Ele explica que os acidentes com fogos de artifício podem provocar diversos tipos de queimaduras, como de pele (1º, 2º e 3º graus) ou das vias aéreas, com riscos de amputações traumáticas ou mesmo morte.

Dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia registram, em levantamento realizado nos últimos 20 anos, 122 mortes por acidentes com fogos, sendo 23,8% com menores de 18 anos.

Para evitar o agravamento desse tipo de queimadura, o médico ressalta a importância de procurar atendimento médico imediato. Além disso, ele orienta lavar a área afetada apenas com água corrente, protegendo com um pano limpo e úmido. “Nunca se deve fazer uso de qualquer substância na região afetada, além da água, sob risco de agravar o problema”, reitera.

Queimaduras por exposição solar também podem ser potencialmente perigosas de acordo com o grau, em alguns casos necessitando de tratamento médico.

A dermatologista Flávia Rosalba, que atua no Hospital Dia Campo Limpo, instituição gerida pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, destaca que a prevenção é crucial para evitar danos à pele, sobretudo nesta época do ano.

Ela salienta que a exposição solar intensa e frequente pode provocar, além de queimaduras de 1º, 2º e 3º graus, o aumento do risco de outros problemas à pele. “Excesso de sol sem proteção adequada gera ressecamento da pele, favorecendo o envelhecimento precoce, bem como pode levar ao desenvolvimento de cânceres de pele, como o melanoma, por exemplo.”

Dessa forma, o uso correto do protetor solar e atenção aos horários de exposição ao sol são medidas simples que não devem ser ignoradas.

Caso a queimadura ocorra, o tratamento será conduzido de acordo com a profundidade da lesão. A dermatologista explica que, em caso de lesões leves, sem bolhas, pode-se utilizar compressa com chá de camomila, babosa ou azeite no local para aliviar a ardência.

No entanto, o alerta dos especialistas é para buscar atendimento de emergência sob qualquer sinal de gravidade, como aparecimento de bolhas, arrepios, dor de cabeça, febre, tontura e indisposição.

Dra. Flávia frisa, ainda, que o processo de recuperação depende de inúmeros fatores. No caso de queimaduras leves, entre 4 e 6 dias, é possível observar a melhora do quadro, desde que medidas preventivas sejam reforçadas durante o período. Já os quadros mais severos podem levar em torno de 20 dias ou, em situações mais graves, até meses.

Por fim, os especialistas recomendam medidas simples de proteção ao sol, como:

- Evitá-lo entre as 10h e 16h;

- Aplicar protetor solar cerca de 20 minutos antes da exposição, reaplicando a cada duas horas ou após contato com a água do mar ou piscina;

- Utilizar óculos com proteção adequada e acessórios protetores, como chapéus, blusas e guarda-sol ou barracas.

Já para evitar queimaduras por fogos, a orientação dos médicos do CEJAM é não fazer uso desses equipamentos e manter distância dos locais em que forem realizados os disparos, sobretudo de grandes quantidades de fogos de artifício, como ocorre durante o Réveillon.


 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

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