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sábado, 23 de outubro de 2021

Ansiedade social aumenta na retomada da vida ao ‘normal’

Sair de casa, socializar, retomar os velhos hábitos, ir ao cinema, reencontrar amigos, andar pelas ruas, sentar em um restaurante... tudo o que parecia tão simples já não é mais tão trivial para muita gente. Isso porque, depois de mais de um ano e meio com tantas restrições, o medo ultrapassou a saudade que muitos estavam de voltar a viver o ‘novo normal’.

Para o psicólogo e psicanalista Ronaldo Coelho, da capital paulista, já é possível verificar o efeito da diminuição das restrições e do imperativo de retoma das atividades e relações presenciais no consultório de psicanálise. É comum o efeito aparecer como ansiedade social, "É preciso investigar de onde vem essa ansiedade e essa angústia de estar novamente com outras pessoas, uma situação que diz mais do que somente o medo da contaminação", explica.

Em uma analogia simples, o especialista avalia o mundo agora fora das telas. "Enquanto estávamos por trás de um computador ou de um celular, havia um tempo delimitado para falar sobre algo, tratar alguma questão, fazer uma reunião ou conversar um certo tema. Neste cenário, quando a tarefa se completa, simplesmente nos desligamos e seguimos nossa vida no conforto de nossas casas. Sem a possibilidade de simplesmente desligar a própria câmera ou encerrar a chamada quando o assunto acaba, como fica a interação presencial? Esse pode ser um fator que desencadeia uma ansiedade social", revela.

Quando compreendemos o que está havendo, podemos nos reposicionar diante o que nos aparece como perigo e esta tensão pode ganhar outro sentido. "A pessoa pode entender que a expectativa de que algo deva estar acontecendo o tempo todo é derivada desse momento onde a relação se dava assim nas telas, mas que no presencial as expectativas podem ser outras. Por exemplo, pode se fazer "nada" juntos e esse ser o motivo do encontro: somente estar juntos, independente do que aconteça. Isso é libertador", fala Ronaldo.

Segundo estimativas da OMS, os índices de ansiedade e depressão não irão diminuir com o fim da pandemia. A pandemia somente acelerou um processo que estava em curso e que tende a continuar. Portanto, é de se esperar que muitas pessoas continuem precisando de cuidados com a saúde mental, inclusive para conseguirem retornar ao trabalho e à rotina existia pré pandemia.

Por fim, Ronaldo dá uma dica para você identificar em si como está diante desse cenário. "Se a pessoa já completou sua imunização, bem como os familiares que moram com ela, e mesmo assim está com medo de encontrar amigos próximos que também completaram seu ciclo vacinal e que não estão se aglomerando em festas, por exemplo, ela deve se perguntar do que afinal está com medo. Esse é um termómetro importante, pois quando o motivo racional da manutenção do isolamento não se sustenta, há que se pensar que pode estar acontecendo para a Covid um deslocamento de outro medo."

 

Ronaldo Coelho -  idealizador e professor do curso Análise do Discurso na Clínica Psicanalítica, que tem por objetivo formar psicólogos e psicanalistas para realizarem uma análise consistente de seus pacientes desde a primeira sessão. Atua como psicanalista em seu consultório particular e mantém o canal Conversa Psi no YouTube. Graduado em Psicologia (USP) e Mestre em Psicologia Institucional (USP). Foi professor de Psicologia Médica do curso de graduação de Medicina (UNIFESP) e preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde (UNIFESP). Trabalhou em hospitais como Hospital São Paulo e Hospital Universitário da USP, onde, além da assistência aos pacientes e familiares, realizava supervisão clínica de atendimentos psicológicos desenvolvidos por estudantes e psicólogos, orientação de pesquisas e aulas em Psicologia Hospitalar.

https://www.youtube.com/conversapsi

https://www.instagram.com/ronaldocoelhopsi/

A dieta da mente: quando o cérebro precisa mesmo comer

A alimentação é um fator de proteção contra doenças neurológicas, quem explica é o neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP, Dr. Fernando Gomes, que ensina: "Quando vem a fome e a barriga ronca depois de algumas horas sem comer, quem na verdade está mandando essa informação para a sua mente é a grelina, substância produzida e liberada pelo estômago que sinaliza o hipotálamo, região do cérebro responsável por programar o circuito neural da fome. É nessa região cerebral que o apetite é regulado. Ali, os níveis sanguíneos de glicose e insulina e os hormônios grelina e leptina são monitorados para avaliar se o organismo tem calorias e nutrientes suficientes para funcionar ou não", revela.

Uma combinação de líquidos, cafeína, vitaminas e carboidratos compõem a quantidade ideal de energia e pode ser tudo o que seus os neurônios precisam para funcionar adequadamente. "Por isso que dietas altamente restritivas e sem acompanhamento adequado podem deixar uma pessoa sem energia e com as habilidades de raciocínio comprometidas", alerta.

Para que os níveis de glicose sejam estáveis durante o dia, é extremamente importante realizar três refeições maiores todos os dias intercaladas por pequenos lanches. Então, um café da manhã reforçado, um almoço ponderado com proteínas e carboidratos e um jantar menos pesado constituem as três maiores refeições que garantem o combustível completo do cérebro para aumentar a concentração, a agilidade mental, a paciência e até o bom humor já que cada grupo de alimento exerce uma função diferente e essencial no cérebro. A alimentação fracionada pode fazer toda a diferença para o bom funcionamento da mente.

"As evidências cientificas já nos provaram que o estilo de vida exerce um papel importantíssimo no incremento das funções cerebrais e na prevenção das doenças neurodegenerativas. Tudo isso começa na alimentação. Uma das dietas mais estudadas atualmente é a mediterrânea, que diminui os riscos de desenvolver Alzheimer e Parkinson, além de doenças cardiovasculares e obesidade, que indiretamente também incidem sobre a saúde encefálica. A dieta mediterrânea típica inclui azeite de oliva, vinho tinto, vegetais, carboidratos integrais, peixes e carne branca", conta o médico.

Um artigo americano recente conseguiu mostrar uma revisão abrangente do azeite extra-virgem e os benefícios do consumo de ácidos graxos e ômega 3 dos peixes. Os ensaios clínicos confirmam os efeitos salutares do consumo de peixe na prevenção de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e das demências.

Os polifenóis e flavonóides de origem vegetal desempenham um papel fundamental dentro da dieta mediterrânea, graças às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias de benefício no diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e prevenção de câncer.

Do ponto de vista da saúde pública em todo o mundo, o consumo diário de frutas e vegetais tornou-se a principal ferramenta de prevenção de doenças cardiovasculares e derrames. Mas, para o bom funcionamento do cérebro há diversos alimentos com nutrientes essenciais que precisam ser balanceados. E é por isso também que a ingestão de grande quantidade de alimentos em uma refeição única no dia provoca grande gasto energético para o sistema digestivo e consequentemente sonolência, o que diminui muito a performance mental.

A chave de tudo é a variedade, mas sem deixar de lado a moderação. "Não existem alimentos e nem dietas milagrosas, mas há sim inimigos para o cérebro, como o excesso de sal, de açúcar e as gorduras trans encontradas em alimentos processados. E os amigos, que listo indicando a razão para eles entrarem de vez, na dieta", ensina;

Todos os dias: amêndoas, nozes, feijão, uma taça de vinho e azeite de oliva;

Pelo menos três vezes ao dia: folhas verdes escuras, legumes variados e grãos integrais;

Pelo menos duas vezes na semana: carne de aves e frutas vermelhas;

Uma vez por semana: peixes;

Restringir a ingestão de: manteiga (menos de uma colher de sopa ao dia) queijos, frituras, fast foods e doces (menos de uma porção por semana).


Dr Fernando Gomes - Corresponde médico da TV CNN Brasil diariamente no Jornal Novo Dia. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas. https://www.fernandoneuro.com.br / @drfernandoneuro


Referência:

Román GC et al. Mediterranean diet: The role of long-chain ω-3 fatty acids in fish; polyphenols in fruits, vegetables, cereals, coffee, tea, cacao and wine; probiotics and vitamins in prevention of stroke, age-related cognitive decline, and Alzheimer disease. Rev Neurol (Paris). 2019 Dec;175(10):724-741.


Conheça quatro histórias que trazem à tona o machismo e abuso psicológico contra mulheres

O machismo e o sofrimento por meio de abuso psicológico é realidade para muitas mulheres; a advogada que trabalha com Desenvolvimento Humano e Empoderamento Feminino, Mayra Cardozo, fala sobre histórias que mostram essa realidade de formas diferentes

 

Não é novidade que o Brasil é um país estruturalmente machista em todos os seus espaços. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no último ano, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência. Isso mostra que cerca de 17 milhões de mulheres, totalizando 24,4%, sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. É importante saber que as situações de machismo e abuso psicológico contra as mulheres acontecem em qualquer espaço, desde dentro do trabalho, até na rua ou dentro de casa.

 

De acordo com a advogada que trabalha com Desenvolvimento Humano e Empoderamento Feminino, Mayra Cardozo, o abuso psicológico é uma das violências mais comuns e tende a começar de uma maneira muito característica. “Normalmente, os abusos começam com o parceiro isolando a mulher dos seus recursos, então ela cria uma dependência já que não tem aspectos financeiros que dêem suporte para ela. É característico também que o parceiro isole a mulher da família e amigos, para que ele se torne o único recurso de proteção, conforto e carinho para ela. São homens extremamente machistas que, muitas vezes, impedem a mulher de trabalhar e sair, querendo que a mulher viva uma vida pautada na dele”, explica.

 

Além disso, a questão financeira é uma das principais formas que os homens tentam ter dominância sobre a mulher em relações abusivas. “O abuso psicológico vem também da mulher ser isolada financeiramente. São coisas que começam a acontecer dentro da dinâmica do relacionamento. O parceiro começa a colocar a mulher pra baixo, transparecendo que ele é alguém maravilhoso e ela não, que não faz nada direito. Isso acaba com a autoestima da mulher. Com isso, ela pode passar a não ter dinheiro e começa a viver na dinâmica que é intitulada pelo parceiro. Além disso, é comum que algumas pessoas usem o ciúmes como desculpa para ter atitudes como essas”, complementa a advogada.

 

Para esclarecer melhor o tema, a advogada listou quatro histórias que demonstram o machismo e abusos psicológicos contra as mulheres. Confira:

 

A série ‘Sex Life’

 

Um dos pontos centrais da série é a demonstração da liberdade sexual da mulher, algo que pode ser positivo, mas também ter alguns pontos negativos. “É importante quebrar tabus relacionados a sexo, mostrando que as mulheres também tem liberdade sexual e podem sentir desejos. Mas, o que acontece nessa série, é que acabam reduzindo os desejos sexuais da protagonista somente pelo fato do homem ter uma genitália grande. É como se o desejo sexual dela estivesse pautado somente nisso, o que acaba trazendo um tom bem machista para a série, que poderia ser sobre uma liberdade sexual que todas as mulheres têm”, explica Mayra.

 

Além disso, é possível observar as características de um relacionamento abusivo, em que o homem quer tudo do jeito dele e usa desculpas para todos os seus erros. “Nós, mulheres, somos criadas em uma sociedade patriarcal em que temos a função de ser a única responsável por fazer um relacionamento dar certo. A mulher carrega esse peso de ter que amar demais, aceitar demais, perdoar demais. Além disso, a série demonstra perfeitamente a forma em que, às vezes, as mulheres desistem de suas carreiras e são restringidas somente ao papel de mãe quando tem um bebê. É a perfeita demonstração da sociedade machista e patriarcal que acredita que o único e mais importante papel de uma mulher é cuidar do seu filho”, entende.

 

O documentário ‘Elize Matsunaga: Era uma vez um crime’

 

A série documental conta sobre a história de alta repercussão em que Elize Matsunaga assassinou e esquartejou o marido, Marcos Matsugana, o então CEO da empresa alimentícia Yoki, em 2012. “Eu acho que, pela primeira vez, conseguimos assistir a história de um caso em que podemos ver os dois lados, tanto o da vítima quanto o da pessoa que cometeu o crime, de uma maneira muito humanizada. O crime é um fruto social e, acho muito interessante, que a Elize conta o que levou ela a cometer o crime, os abusos psicológicos que ela sofria. No julgamento dela, sempre foram usadas questões pelo fato dela já ter sido prostituta, então a série consegue mostrar todo o machismo que permeou aquele julgamento, além da relação abusiva entre ela e a vítima”, esclarece a advogada.

 

Com toda a linha do tempo do documentário, já é possível perceber como a relação entre os dois começou de forma errada. “Era algo como um relacionamento abusivo mesmo porque ele afastou ela de todo mundo, ele quem tinha os recursos, ele que mandava na relação, até que ele começou a ter essa dinâmica com uma outra pessoa também. Outra coisa que ficou muito claro foi a forma de conduzir a relação, em que ele dizia que ela era louca e que iria interná-la. Mostra um lado interessante do abuso psicológico que ela sofreu e que também levou ela a cometer o crime. Além de tudo, mostra a questão da maternidade, no sentido de que ela não poderia ter cometido aquele crime por ser mãe. Uma outra questão interessante mostrada na série é que o tempo todo procuraram um ajudante para ela, como se ela não fosse capaz cometer um crime como aquele e ter feito tudo sozinha somente por ser mulher”, diz.

 

A série ‘The Bold Type’

 

Para a advogada, a série, que é inspirada na vida da ex-editora-chefe da Cosmopolitan, Joanna Coles, quebra alguns paradigmas interessantes. “Alguns movimentos radicais feministas passam erroneamente a ideia de que não gostar de homem é ser feminista, então muitas mulheres que são independentes, emponderadas e que lutam por causas sociais, deixaram de se rotular como feministas. Passou-se a entender que ser feminista é algo redical, que você não pode ser feminina. É, claro, uma visão errônea sobre o tema porque ser feminista não depende de gênero, sexo, daquilo que você gosta ou não gosta. Então, começou-se a entender que tem que existir um esteriótipo para ser feminista e a série vem justamente para quebrar isso”, explica Mayra.

 

É importante ressaltar que a pauta da série é baseada em um feminismo branco, norte-americano, que aborda questões de mulheres no mercado de trabalho, mas não se resume somente a isso. “O que eu gosto nesta série é que não é algo raso, eles trazem pautas de interseccionalidade, pautas sociais e relacionadas a pessoas refugiadas e imigrantes fazendo duras críticas aos Estados Unidos. É um seriado norte-americado, mas traz críticas interessantes e quebra com o estereótipo de que grupos específicos de mulheres podem ser femininas e outros não. Acho isso algo extremamente interessante e necessário, porque, quanto mais mulheres se intitulam feministas e lutam pela causa, mais as mulheres se unem”, acredita. 

 

O livro ‘O conto de Aia’

 

Sobre ‘O conto de Aia’, a advogada costuma fazer um paralelo em relação aos dias atuais acreditando que, quem acredita que a história está distante dos dias atuais, muito se engana. “Atualmente, nós vemos um advento do conservadorismo, por exemplo, com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o Presidente da República, Jair Bolsonaro. Na América Latina, vemos um conservadorismo extremo. Então, é algo que não está distante e nos mostra que o conservadorismo sempre vem com a repressão de corpos das mulheres, controlando a questão de natalidade, de ter filhos. É muito importante trazer essa questão para as pautas, ainda mais em um país como o Brasil que penaliza o aborto”, entende Mayra. 

 

Para ela, muitas pessoas têm a visão de que a história mostra uma realidade paralela, mas é algo muito real atualmente. “Nós temos um governo homofóbico, segregador, que traz uma supremacia de uma determinada raça em detrimento aos outros e que já deixou muito claro o pensamento em relação às mulheres. Essa é uma história que nos faz pensar e refletir o quanto é importante lutar por algumas pautas contra o totalitarismo, contra o monopólio de força por parte do Estado, e contra políticas ditatoriais. É importante ter a ideia de que pautas de direitos humanos são pautas que não estão asseguradas para sempre”, completa.

 

Em relação aos Direitos Humanos, muitos direitos já foram conquistados, mas é importante continuar lutando para mantê-los. “A verdade é que sempre pode aparecer alguém no poder que vai tentar tirar os direitos humanos da sociedade. Podemos ver isso claramente acontecendo no Afeganistão, com a volta do Talibã ao poder. Em ‘O conto de Aia’, isso fica muito claro quando é mostrado uma sociedade normal e, do nada, um populista assume o poder e instala uma ditadura. Essa história nos traz uma noção do quanto temos que estar sempre vigilantes pelos nossos direitos, vigilante por manter uma sociedade em que possamos falar e tenhamos domínio sobre o nosso corpo, e está constantemente lutando para garantir isso”, conclui a advogada. 

 



 Mayra Cardozo - Advogada especialista em Direitos Humanos pela Universidade Pablo de Olavide (UPO) – Sevilha. A professora de Direitos Humanos da pós-graduação do Uniceub - DF, é palestrista, mentora de Feminismo e Inclusão e Coach de Empoderamento Feminino. Membro permanente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB e do Comitê Nacional de Combate à Tortura do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos.


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

No Outubro Rosa, Hospital São Camilo SP distribui lenços e promove consultoria de imagem e estilo a pacientes com câncer de mama

Ação, realizada nas unidades Ipiranga, Mooca, Santana e Pompeia da Rede, inclui dicas da consultora Suellen Sartorato e tem como objetivo fortalecer a autoestima das mulheres durante o tratamento


O cuidado com a autoestima é fundamental para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da paciente com câncer de mama, sobretudo diante dos efeitos do tratamento, que podem impactar a saúde mental da mulher nesta etapa. Essa foi a motivação da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, que realizou uma ação em parceria com a consultora de imagem e estilo Suellen Sartorato, dando dicas de amarrações de lenços a pacientes em tratamento.

A iniciativa integra uma série de ações da campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, mobilizando seus parceiros e apoiadores da causa durante todo o mês de outubro, com o objetivo de propagar informação e conscientização sobre a importância da prevenção e do cuidado à saúde.

As sessões estão sendo realizadas presencialmente nas unidades Ipiranga, Mooca, Santana e Pompeia, oportunizando a participação das pacientes e acompanhantes, enquanto aguardam atendimento.

Segundo a consultora, que divulga conteúdos especiais durante a campanha Outubro Rosa todos os anos em seus canais nas redes sociais, ensinando de maneira simples e prática sobre imagem, moda e beleza que podem fazer uma grande diferença no dia a dia dessas mulheres.

“Estar em contato com as pacientes em tratamento e poder ajudá-las a resgatarem o amor-próprio, para que voltem a sorrir ao se olharem no espelho durante este momento delicado da vida, é muito gratificante”, destaca.

Entre as pacientes que participaram da atividade está Meriele, 35 anos, diagnosticada com um tumor na mama em fevereiro. A paciente realizou uma cirurgia em maio e iniciou as sessões de quimioterapia em julho, cujos efeitos incluem a queda do cabelo. Ela esteve na unidade da Mooca no último dia 14, aprendendo a fazer novas amarrações e até a brincar com o acessório.

A paciente conta que gosta de brincar com o visual e aproveita o lenço para passar a mensagem de que a beleza está muito além do cabelo. “Somos bonitas como somos, através do nosso olhar, da nossa essência, do nosso sorriso. E acredito que o lenço, a peruca, a maquiagem, tudo isso pode ser usado como uma forma de expressar nossa personalidade e encarar o tratamento com mais leveza e alegria”, afirma.

A paciente descobriu o nódulo durante um autoexame e procurou atendimento médico imediatamente. “Eu já estava preparada para o diagnóstico porque sempre li a respeito e sabia que tinha que levar a sério”, ressalta. Quando recebeu as orientações sobre o início do tratamento e soube que o cabelo poderia cair, Meriele iniciou um processo de mudança interna que envolveu toda a família.

“Eu quis mostrar para meus amigos e familiares, para as pessoas que amo, que estava bem e que ia dar tudo certo”, lembra a paciente que, ao saber que seu cabelo cairia, resolveu realizar algumas vontades que sempre teve: pintar o cabelo nas cores do arco-íris e cortar chanel.

O processo marcou uma nova fase, que ela encara como um recomeço. “Estou enfrentando o tratamento com a autoestima lá em cima. Me sinto bonita e amada, e a doença não vai me derrubar”, comemora.

Para Suellen, histórias como a de Meriele servem como exemplo de como o cuidado com a autoestima podem contribuir para o enfrentamento da doença. “É emocionante ver o resultado deste trabalho, motivando mulheres a se amarem mais e buscarem recursos para se sentirem mais bonitas”, finaliza.

 

Sobre a campanha

Considerado um dos líderes mundiais da campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, administrada pelo CFDA Foundation (Fundação do Conselho de Designers de Moda), o Brasil já soma 26 anos de ações de sucesso em prol da causa, sendo representado pelo São Camilo Oncologia como licenciado exclusivo da marca.

A unidade, que possui uma trajetória de mais de 50 anos na Mooca, oferecendo serviços especializados no tratamento do câncer, integra a Rede de Hospitais São Camilo São Paulo. 

Em todos estes anos, a campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” já teve mais de 100 parceiros e cerca de 250 produtos licenciados, além da realização de eventos que ampliam a visibilidade do tema, como desfiles, palestras, workshops e exposições de fotos.

A instituição já arrecadou mais de R$ 82 milhões, com mais de 8 milhões de camisetas vendidas e outros produtos. “A Corrida e Caminhada contra o Câncer de Mama”, um dos eventos anuais mais conhecidos da campanha, já contou com mais de 190 mil participantes em 12 cidades brasileiras.

“A Rede São Camilo reforça a necessidade do autocuidado e trabalha na conscientização sobre uma das doenças que mais mata mulheres no mundo. É uma campanha honrosa e que faz toda a diferença em seu importante papel social. Estamos muito felizes com o sucesso deste trabalho ao longo de mais de duas décadas, nos impulsionando a seguir em frente”, complementa Dra. Aline Thomaz, CEO da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Para a campanha Outubro Rosa 2021, a ação conta com a participação ativa das marcas parceiras Hering, Cacau Show, Chamex, Lindoya Verão, Boni Natural e Jorge Bischoff, com o lançamento de produtos licenciados, além de ações promocionais e de conscientização nos pontos de venda, redes sociais e outras mídias.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Estabelecer uma rotina de sono adequada ajuda a fortalecer o sistema imunológico

Divulgação: Internet

Prestes a completar dois anos do anúncio da pandemia Covid-19, pesquisa avalia como está o sono dos brasileiros


Desde que foi divulgado em Wuhan na China, o primeiro caso do Coronavírus (Covid-19) no dia 31/12/2019, o estado de alerta mundial foi acionado com novas medidas sanitárias e o mundo vive momentos de caos e especulações. Prestes a completar dois anos de pandemia no Brasil, os números são avassaladores: Hoje são mais de 21M de casos registrados em todo o país, com uma somatória de mais de 603 mil mortes contabilizadas. 

Como anda a qualidade do sono dos brasileiros neste período de pandemia? Foi classificada como "Ruim". O principal fator apontado foi o estresse causado pela pandemia. É o que afirma uma pesquisa realizada pelo Royal Philips que indicou que 74% dos entrevistados enfrentam problemas de sono. Desses, 50% acreditam que a pandemia afetou diretamente a possibilidade de dormir bem e 47% dos participantes também relataram que acordam no meio da noite.

Nervosismo, ansiedade, tensão e dificuldade no relaxamento são apontados como os principais impactos provocados pela pandemia. Além disso, a maior exposição às telas de computadores e celulares, devido à necessidade de adaptação do trabalho ao modelo remoto, também pode ser um dos causadores do crescimento de relatos de noites mal dormidas. “O celular, a televisão, os tablets acabaram se tornando uma extensão do nosso próprio corpo. A luz azul emitida pelos aparelhos acaba inibindo a eliminação da melatonina, que é o hormônio liberado para induzir e manter o sono”, enfatiza Dr. André Rocha - (fisioterapeuta, com mestrado em engenharia e membro da Associação Brasileira do Sono). 

Se hidratar, estabelecer uma boa rotina alimentar e preservar o sono são essenciais para o fortalecimento do sistema imunológico durante o período de privação, mesmo quem já tomou uma ou duas doses de vacina. “Uma das funções do sono é o fortalecimento do sistema imunológico. Desta forma, um indivíduo que possui um sono adequado certamente estará mais protegido, prevenindo doenças virais. A melatonina produzida enquanto dormimos é responsável pelo fortalecimento do sistema imunológico”, explica o especialista.

Tratando-se da qualidade do sono, um estudo da Universidade Carnegie Mellon, realizado com 153 pessoas saudáveis, foi possível constatar que quem dorme menos de sete horas por noite está mais propenso a contrair resfriados e doenças relacionadas, devido à diminuição da imunidade. Baseado em estudos similares, Marcio Atalla, durante o programa Bem-Estar & Movimento na rádio CBN diz que durante o sono ou sono reparador, a gente deixa o nosso sistema imunológico mais preparado. Quando a gente dorme menos ou dorme em menor qualidade, nosso corpo acaba liberando o hormônio do estresse, o cortisol. E esse hormônio em excesso faz com que nosso sistema imunológico fique imunodeprimido, um pouco mais enfraquecido. 

Diante do cenário de pandemia do novo Coronavírus, Dr. André alerta sobre os cuidados que devemos tomar em relação ao sono durante período de quarentena “Priorizar os cuidados com o sono é fundamental. Manter o horário de ir para a cama e o horário de acordar, além de evitar exposição demasiada aos equipamentos eletrônicos”, orienta. A escolha do colchão também é um fator primordial para uma boa noite de sono e com qualidade. Hoje no mercado, os colchões tecnológicos ganham destaque pela quantidade de benefícios agregados as tecnologias aplicadas. "Um colchão onde o cliente encontra mais de 50 tipos de massagens, zero bactéria, ozonioterapia - os colchões da Sono Quality saem com aparelho de ozonioterapia que inativa em 99,99% o vírus da Covid-19, densidade progressiva (promove alinhamento da coluna) são fatores que agregam valor e qualidade de vida ao móvel", finaliza André. 

 

Como problemas auditivos podem ocasionar depressão nos idosos?

A falta de atenção e cuidados com a saúde auditiva em idosos, pode ocasionar cenários de isolamento e até mesmo depressão


Com o avanço da idade, o ser humano passa, naturalmente, pelo processo de envelhecimento físico. As alterações ligadas à idade são diferentes em cada órgão, assim como no ouvido. A perda auditiva que acontece gradualmente é consequência de vários fatores externos e pode gerar, além da dificuldade de ouvir, problemas psicológicos como a depressão em pacientes da terceira idade. 

A perda progressiva da audição, conhecida como presbiacusia, acontece em função da idade, pelo desgaste fisiológico das células auditivas. Essa perda é comumente percebida em pessoas acima de 60 anos, porém, de acordo com fatores genéticos e ambientais – como exposição prévia a ruídos, ela pode se manifestar também antes dos 50 anos.

A Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista e mestre em clínica cirúrgica pela UFPR, comenta que o portador dessa deficiência é geralmente rotulado de confuso, desorientado, distraído, não comunicativo, não colaborador, zangado e velho. “No início, a perda de audição mais acentuada é percebida nas frequências agudas, o que torna difícil a percepção das palavras principalmente com os sons /s/ e /z/, /f/ e /v/, /t/ e /d/, com frequentes trocas no entendimento da fala”, explica. Por isso é comum o idoso apresentar queixa de ouvir, mas não entender. Assim, o indivíduo faz associações das palavras ouvidas com outras semelhantes e exerce um maior esforço para ouvir, entender e se comunicar.

Com uma boa audição, além de poder ouvir, entender e trocar informações, a pessoa também consegue se antecipar e prever sinais de perigo, já que esse sentido ajuda na localização dos sons. Rita comenta que a perda auditiva se relaciona com alterações da memória e pode produzir um grande impacto negativo na vida do idoso, conduzindo-o à diminuição nas relações sociais, emocionais e até ao isolamento.

“A perda auditiva na terceira idade é um fator de limitação do indivíduo, que pode contribuir com o desenvolvimento de alguns distúrbios psiquiátricos. Por favorecer o isolamento dos portadores da deficiência devido à dificuldade de comunicação com o meio social em que vive, o idoso pode adquirir um sentimento de constrangimento em decorrência desse problema, o que pode propiciar o surgimento de um quadro depressivo”, explica Rita.

A especialista diz que os familiares do deficiente muitas vezes não têm tolerância para lidar com a falta de audição, e, normalmente, não mantêm diálogos normais com o idoso, passando somente a informar os assuntos essenciais, o que faz com que ele se sinta mal.

Nesse sentido, a melhor forma de abordar a deficiência auditiva é realizar, antes de tudo, uma visita a um médico especialista, que, após os testes auditivos, dependendo de cada caso, indica a utilização de aparelhos de amplificação sonora, além do desenvolvimento de estratégias comunicativas, treinamento auditivo e orientação familiar.

 


Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com

Telefone: (41) 3225-1665 - 41-99216-9009


No Dia da Saúde Bucal, pense também no coração

Você sabia que 45% das doenças cardíacas originam-se na boca? Não? Pois é verdade, um estudo do Incor revelou isso. Não é uma informação muito recorrente, mas é importante que as pessoas tenham ciência de que, ao fazer a correta manutenção de sua saúde bucal, elas também estão cuidando do coração. 

A boca humana possui cerca de 50 bilhões de bactérias de, pelo menos, 700 tipos, que causam cáries, gengivite e periodontite – e que podem penetrar na corrente sanguínea por meio das feridas comuns nesses casos.  

Uma vez circulando pela corrente sanguínea, essas bactérias podem alcançar o coração e causar infecções sérias como a endocardite, que acontece quando esses micro-organismos atingem o revestimento interno do coração. Se houver qualquer predisposição cardíaca, esse risco aumenta expressivamente. 

Além disso, como no caso da gengivite, a inflamação das gengivas pode produzir proteínas que destroem o tecido cardíacos e formam placas de gordura na coronária. Outra possibilidade é as bactérias ampliarem o nível de proteína C-reativa, que por sua vez aumenta o risco de um acidente vascular cerebral. 

Segundo o Ministério da Saúde, 30% das mortes ao ano no Brasil se devem a doenças cardiovasculares. Outro levantamento, este feito pelo Instituto do Coração (Incor), constatou que mais de 35% das mortes por problemas cardíacos e 45% das doenças cardíacas são de origem dental. Já uma pesquisa realizada pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia revelou que 60% das vítimas desse total são homens com idade média de 56 anos. 

É de preocupar, não é? Principalmente se considerarmos que uma higiene dental bem feita não depende de classe social ou situação financeira, mas da consciência a respeito de sua importância. Por isso, como cardiologista, digo que cuidar dos dentes também é cuidar do coração. 

Com isso na cabeça, os cuidados diários com a higiene bucal devem incluir uma visita semestral ao odontologista e uma atenção redobrada a possíveis sinais que a boca pode nos dar, como gengiva avermelhada, inchada ou dolorida, sangramentos, dentes amolecidos, gosto estranho na boca e mau hálito. 

Se a pessoa apresentar qualquer um desses sintomas, deve procurar um odontologista imediatamente, antes que precise também correr para um cardiologista. 

 


Nicolle Queiroz - cardiologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 

 

Confira 6 alimentos que ajudam a evitar o mau hálito

Alimentos naturais podem combater um dos maiores incômodos bucais das pessoas

O Dia Nacional da Saúde Bucal (25 de outubro) tem como objetivo conscientizar e reforçar o papel importante que a boca desempenha no corpo, com funções que influenciam na saúde do organismo como um todo. Um dos incômodos mais comuns entre as pessoas é o mau hálito, que pode ter como causas a falta de higiene bucal, desidratação ou alimentação recente. Mas, é interessante dizer: ao consumir alguns alimentos naturais, a condição pode ser evitada.

Sabendo disso, a Bio Mundo, franquia de alimentos saudáveis mais completa do Brasil, listou 6 alimentos que ajudam a evitar o mau hálito, quando consumidos em sua forma mais natural, além da ingestão diária de água. Confira:

Gengibre

O gengibre é um adstringente natural, que estimula a digestão, tornando-se um ótimo aliado para evitar o mau hálito.


Maçã

A casca da maça funciona como fio dental, fazendo uma raspagem dos dentes que livra odor indesejável e impede que os dentes acumulem bactérias.


Suco de limão

O suco tem poder adstringente e bactericida e age eliminando bactérias presentes na boca e em todo o sistema digestivo.


Hortelã

Com aroma naturalmente refrescante, a hortelã estimula e acelera a digestão. Além disso, é aconselhável mastigar as folhas para melhorar o hálito.


Salsa

O item contém um ativo chamado de clorofila, que é bactericida e combate o odor da boca.


Canela de Pau

Utilizada como condimento, pode ser usado como antisséptico bucal.

 


Bio Mundo

https://www.biomundo.com.br

 

Dia do Dentista: nas UTIs ou em pesquisas, profissionais ajudam a entender relação do coronavírus com a saúde bucal

 Um dos estudos mais recentes indica que problemas bucais aumentam risco de desenvolver forma grave da covid-19, especialmente em cardíacos


A importância da atuação dos dentistas tem sido ressaltada durante a pandemia, quando o atendimento a pessoas internadas e pesquisas vêm mostrando que estar atento à saúde bucal pode ajudar a diminuir a gravidade da covid-19, assim como já se sabia sobre outras doenças.

Um dos estudos mais recentes, realizado por um grupo de cientistas da Universidade do Cairo, no Egito, em parceria com membros da Academia Americana de Cardiologia, mostrou que a má saúde bucal aumenta o risco de desenvolvimento da covid-19 na forma grave, especialmente em pessoas com algum problema cardíaco. A pesquisa avaliou o estado de saúde bucal, a gravidade dos sintomas da covid e os níveis de proteína C reativa - que determinam quando há inflamação no corpo - além do tempo de recuperação de 86 pacientes egípcios com doenças cardíacas e covid-19.

“Eles confirmaram estudos anteriores que mostram que a cavidade oral é um reservatório para patógenos respiratórios e que relacionam a má higiene bucal com o risco de complicações por covid e doenças cardiovasculares”, comenta o dentista e especialista em Saúde Coletiva na Neodent, João Piscinini.

Outro estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology, revista da Federação Europeia de Periodontologia (FEP), concluiu que problemas gengivais levam um paciente a ter 3,5 vezes mais chances de ser internado pelo coronavírus e uma probabilidade de 4,5 vezes maior de precisar de um ventilador mecânico.

As ligações entre o vírus e a boca não param por aí. Pacientes que já portam o vírus podem vir a apresentar aftas e feridas na mucosa oral, como mostrou o Journal of Dental Research. Além das doenças virais, diversas outras complicações podem indicar alertas pela boca, como sífilis, leucemia, anemia, cirrose e até diabetes.


Além dos consultórios

Dentro das Unidades de Tratamento Intensivo, os cuidados bucais se tornaram um procedimento essencial para auxiliar na recuperação e também para evitar a proliferação do coronavírus. A higienização e descontaminação da cavidade bucal de forma correta e com os materiais adequados garantem que a boca fique livre de microrganismos que podem agravar o quadro do paciente. De acordo com um manual desenvolvido e publicado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIBI), o vírus pode agravar problemas pulmonares a partir da alteração da microbiota bucal, que é o conjunto de microrganismos que habitam a boca.

Por esse motivo, além de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, os profissionais de odontologia também integraram equipes de UTIs da covid em vários hospitais. A experiência e a atuação dos dentistas dentro desses ambientes foram primordiais para o processo de recuperação dos pacientes internados, sem colocar a equipe profissional em risco.

O especialista em Saúde Coletiva João Piscinini comenta que o perfil multiprofissional das equipes que atuam na linha de frente da covid-19 é um dos grandes aprendizados da pandemia, além do reforço da relação entre saúde bucal e saúde sistêmica. "Precisamos estar atentos aos sinais de que a boca pode nos dar de como vai a saúde de uma maneira geral. Neste período, percebemos como é crucial garantir que nosso corpo esteja forte e nutrido, em todas as áreas. O cuidado com a saúde bucal também como uma ação preventiva a outras doenças foi evidenciado”, comenta Piscinini.



Neodent®

 

Nota Informativa Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul: Surtos de Doença Diarreica

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Gastroenterites podem ter várias etiologias - bactérias, vírus, protozoários, toxinas, fungos


A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) manifesta preocupação com os surtos de diarreia aguda que estão sendo registrados no estado. Em nota elaborada em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (Guia de Atualização. Diarreia Aguda: diagnóstico e tratamento 03/2017) e Secretaria Estadual da Saúde/CEVS é feito o alerta Epidemiológico e prestadas as orientações básicas a população sobre medidas preventivas e cuidados relacionados aos casos.

Os surtos de doença diarreica, em geral, são causados por vírus (rotavírus, adenovírus, norovirus, astrovirus, coronavirus). Atualmente temos vários casos de surtos em escolas, creches, hospitais cuja etiologia é o Norovirus. A doença se caracteriza pelo aumento do número de evacuações com a alteração da consistência das fezes (3 ou mais episódios de fezes amolecidas ou líquidas em 24 horas), acompanhada ou não de vômitos, dor abdominal e febre.

Surto é caracterizado como 2 ou mais casos com vínculo epidemiológico.

A transmissão usualmente se dá por consumo água ou alimentos contaminados, contato com superfícies contaminadas ou diretamente com pessoas doentes, a partir de secreções corporais. A transmissão é fecal-oral e pode ser através de alimentos ou utensílios compartilhados.

A evolução costuma ser autolimitada com resolução do quadro clínico em poucos dias. O tratamento consiste em aumentar a reposição hídrica para evitar a desidratação; repouso. Em casos mais graves ou com sintomas mais intensos, deve-se procurar avaliação em unidade de saúde. Há discussão sobre uso de Zinco e probióticos na diarreia aguda.

Recomendações para evitar surtos:


Ao identificar alunos ou trabalhadores com sintomas de DDA, realizar seu isolamento e encaminhá-lo ao serviço de saúde;

Somente utilizar água de fontes seguras (potável), tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Se não há segurança da origem da água pode-se fervê-la por 5 minutos antes de usar na alimentação. Gelo, apenas de água potável;

A higiene das caixas dágua é recomendada a cada 6 meses;

Higienizar frequentemente os ambientes de convívio;

Pessoas com sintomas não devem manipular alimentos (devem ser afastadas do trabalho)A manipulação de alimentos, uso de sanitários deve ser precedida e procedida pela lavagem das mãos;

Os hortigranjeiros podem ser fervidos ou tratados com solução clorada (1 colher de sopa para 1 litro de água) e, após, lavados com água potável;

Nas escolas e creches especial cuidado na troca de fraldas – além da lavagem das mãos antes e depois do procedimento, limpeza do local onde houve a troca;

No momento se observa vários casos de surtos de doença diarreica aguda em Porto Alegre. Nenhuma pessoa precisou de hospitalização e quando houve investigação laboratorial, foi identificado o Norovirus.

 

 

Marcelo Matusiak

 

Bibiografia:
www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/doencas-diarreicas-agudas-dda 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Guia de Atualização. Diarreia Aguda: diagnóstico e tratamento 03/2017
SES/CEVS Alerta epidemiológico 10/21


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