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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Detran.SP: Estado registra queda de 13% nas mortes de trânsito na comparação com setembro de 2020

Número de óbitos caiu de 455 em setembro de do ano passado para 396 no mesmo período de 2021 

  

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo teve queda de 13% no número de mortes no trânsito em setembro de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em setembro de 2020 foram registrados 455 óbitos nas vias paulistas, contra 396 no mês passado.

        

 No acumulado dos primeiros nove meses de 2021 foram contabilizados 3.593 óbitos por acidentes de trânsito, contra 3.576 entre janeiro e setembro do ano passado, um pequeno aumento de 0,5%. Com relação aos acidentes com vítimas, houve uma pequena redução de 0,2%, passando de 14.503 casos em setembro de 2020 para 14.475 em setembro de 2021.        

Na Região Metropolitana de São Paulo e na capital a redução de mortes no trânsito foi ainda maior. No comparativo entre setembro de 2020 e de 2021, as quedas nos óbitos foram, respectivamente, de 21% e 23%. Na Região Metropolitana o número de óbitos caiu de 145 em setembro do ano passado para 114 em setembro de 2021; na capital, a queda foi de 74 para 57 mortes na comparação dos mesmos períodos.

“As fatalidades no trânsito vêm apresentando gradativa e contínua queda. Isso demonstra o acerto das ações do Programa Respeito à Vida na educação para o trânsito, mobilidade urbana e segurança viária. E gostaria também de valorizar o papel das prefeituras na adoção de ações que reduzem os acidentes”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

 

Meios de transporte

 

Na comparação entre setembro de 2020 e de 2021, a maior redução de óbitos no trânsito no Estado de São Paulo foi referente aos acidentes envolvendo ciclistas, que caíram 37,5%, de 32 em 2020 para 20 em 2021. Também se verificou uma queda de 26,9% nas mortes de ocupantes de automóveis, que passaram de 119 no ano passado para 87 em 2021. Houve ainda uma redução significativa de 26,2% nas mortes de pedestres, que caíram de 84 em setembro do ano passado para 62 no mesmo período deste ano. O único modal que registrou aumento de mortes foi o de motocicletas: em 2020, foram 184 ocorrências, contra 197 em 2021, um acréscimo de 7,1%.

 


Sobre o programa Respeito à Vida

Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.

 

O Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.

 

Diversas medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias do Estado de São Paulo Entre elas, algumas de maior impacto podem ser destacadas.

 

Velocidade no atendimento

A redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos de acidentes de trânsito.

 

Iluminação em trechos urbanos

Estudos indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.

 

Cinto de segurança no banco traseiro

 

Uma pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos dianteiros.


A LGPD aplicada às redes de franquias

Observamos atualmente um crescimento exponencial no uso da internet e da tecnologia no mundo dos negócios. Por outro lado, as empresas estão cada vez mais agressivas em suas ações de marketing e utilizando os dados pessoais para fins de promover as suas atividades. Ademais, verificamos, rotineiramente, a ocorrência de vazamentos de dados em todos os setores da sociedade, bem como hackers agindo na rede por motivos econômicos e outros tantos que nem podemos imaginar. 

 A sociedade civil e alguns políticos perceberam a dinâmica acima, o que gerou a criação de leis visando regular estas questões, de modo a proteger os direitos fundamentais da privacidade, liberdade e livre formação da personalidade de cada indivíduo. 

O Brasil espelhou a legislação europeia e promulgou a nossa Nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que elenca como seus princípios norteadores a finalidade, transparência, não discriminação, necessidade e limitação, segurança, prestação de contas, livre acesso, prevenção e exatidão, bem como determina que as companhias promovam medidas de adequação de suas atividades internas aos termos da legislação e outras providências.

As principais mudanças referem-se à revisão dos procedimentos internos que tratam dados pessoais, cujo início se dá com o registro das operações (Record of Processing Activities, ROPA) o qual permitirá à organização visualizar as áreas mais sensíveis à incidência da Lei e adotar medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação dos riscos identificados. Ao final deste processo de risk assessment e risk management, a companhia deverá compilar tais dados no Relatório de Impacto (RIPD), documento este fundamental para se provar conformidade frente às autoridades públicas. Por fim, cabem às organizações a nomeação de um Encarregado (Data Protection Officer, DPO), bem como estruturar e estabelecer planos de resposta às solicitações de titulares e de incidentes de privacidade nos prazos legais. 

Cabe sempre lembrar que se entende por dados pessoais todas as informações suficientes para identificar uma pessoa natural, tais como os números de telefone e do Cadastro de Pessoais Físicas do Ministério da Fazenda (CPF/MF) ou uma imagem obtida por meio de câmera instalada em uma loja. Ademais, a LGPD denomina como “titular” a pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objetos de tratamento, bem como “controlador” qualquer pessoa jurídica ou física que usa informações para fins econômicos e a quem compete às decisões sobre o tratamento de dados, existindo, ainda, a figura do “operador” que é quem realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. 

Nessa esteira, cumpre esclarecer que a LGPD dispõe sobre as regras acerca da responsabilidade dos agentes (controlador e operador) em cenários de incidentes e prevê penalidades administrativas diversas, quais sejam, advertência, multas, bloqueio de dados e publicização da infração. Em resumo, responderá o controlador em primeiro lugar, podendo ser incluído solidariamente o operador quando, em razão do tratamento de dados pessoais, descumprir as obrigações da Lei ou não seguir as instruções lícitas do controlador, conforme os artigos 42 e seguintes. 

Este ponto é sensível às redes de franquia, uma vez existindo compartilhamento de dados entre as empresas franqueadora e franqueada, prática esta corriqueira. Vale ressaltar que as penalidades previstas são pesadas, incluindo, conforme acima, a publicização do evento, o que pode representar severo prejuízo à imagem da marca e da rede como um todo. 

Na relação franqueado – franqueador podemos verificar um cenário em que ambos são co-controladores para determinados dados e não para outros (por exemplo, quando há o tratamento em conjunto de dados pessoais dos clientes). Ou ainda uma situação em que o franqueador é operador dos dados controlados pelo franqueado (por exemplo, quando existe o compartilhamento dos dados dos colaboradores dos franqueados com os franqueadores).

Nessa linha, cabe a franqueadora adaptar os seus contratos de franquia e definir as políticas de privacidade da rede sobre a gestão e tratamento dos dados pessoais, além de promover as medidas de segurança da informação compatíveis. Dentro deste escopo, há a necessidade de  a franqueadora exigir e viabilizar o respeito dos franqueados acerca de sua política de governança sobre o assunto. Do lado dos franqueados, estes também devem seguir o estipulado na legislação, igualmente considerando as suas características.

Por fim, importante destacar que a conformidade com a LGPD está intimamente relacionada ao processo de “transformação digital”, na medida em que, a partir do avanço tecnológico das organizações, cuidados com a privacidade devem ser intensificados para garantir que os processos internos ocorram de forma sustentável e dentro da legalidade. Frisa-se que os riscos à privacidade dos indivíduos aumentam quando existe a prática de atividades que envolvam a computação em nuvem, internet das coisas, automação e big data.

 


Daniel Cerveira - sócio do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo Associados Advogados Associados, Consultor Jurídico do Sindilojas-SP, professor dos cursos MBA em Varejo e Gestão de Franquias da FIA – Fundação de Instituto de Administração, pós-graduado em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas São Paulo e autor da obras  "Shopping Centers - Limites na liberdade de contratar", São Paulo, 2011, Editora Saraiva e “Franchising”, São Paulo, 2021, Editora Thomson Reuters Revista dos Tribunais.


Os direitos trabalhistas de quem têm câncer de mama


Outubro é um mês de conscientização e prevenção do câncer de mama. A luta das mulheres é contra a doença, e pela garantia de um tratamento digno, com o respaldo dos direitos garantidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. No entanto, Rodrigo Papazian, especialista em direito do trabalho no escritório VC Advogados, afirma que poucas trabalhadoras sabem quais são os seus direitos e como reivindicá-los.

Papazian explica que mulheres que são diagnosticadas com câncer de mama e que tenham Carteira de Trabalho assinada, possuem alguns direitos especiais previstos na CLT, tais como:

• Direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde - SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for assinado o diagnóstico de câncer em laudo patológico.

• Direito ao saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e do Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP.

• Poderá se ausentar por até três dias por ano, sem prejuízo no salário, em caso de realização de exames preventivos.

• Poderá requerer o auxílio-doença junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, no caso de não ter condições de trabalhar em decorrência do câncer.

• Terá direito à aposentadoria por invalidez, caso haja seja diagnosticada incapacidade permanente de exercer seu trabalho, sem chance de ser reabilitada para outra profissão.

O especialista em direito do trabalho alerta que a legislação não é a mesma para as trabalhadoras que exercem atividades por meio de Pessoa Jurídica, o popularizado "PJ".

"Nesse caso a prestadora de serviço não terá todos os direitos previstos na CLT, mas poderá requerer seus direitos relacionados ao INSS, como auxílio-doença e aposentadoria, caso seja inscrita na Previdência Social como contribuinte autônoma ou como Microempreendedor Individual - MEI", assegura Rodrigo.

Nas situações que a trabalhadora não possuir qualquer vínculo formal, ela terá que arcar com o tratamento. Segundo Rodrigo Papazian, nesse caso, uma saída para amenizar a escassez de recursos é recorrer ao benefício da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, que garante o recebimento de um salário-mínimo mensal. Para isso devem ser cumpridos três requisitos: ter mais de 65 anos, não possuir meios de prover seu sustento e o da família, e possuir renda familiar inferior a um quarto do salário-mínimo.

Vale ainda ressaltar que nenhum paciente é obrigado a fornecer informações sobre a sua condição de saúde em processos seletivos ou durante o período de vigência do vínculo empregatício.

De acordo com Rodrigo, o empregador por sua vez não pode desligar da empresa a colaboradora portadora de doença grave, sendo considerada uma demissão discriminatória, o que garante a manutenção do emprego durante o período de tratamento.

"Ainda que o empregador não tenha ciência da doença, se demitir a empregada portadora de câncer de mama, ou qualquer doença grave, a mesma poderá requerer sua reintegração ao trabalho", ressalta.

Caso o empregador recuse a reintegração, o especialista em direito trabalho fala que uma alternativa é ajuizar a reclamação trabalhista perante a Justiça do Trabalho, pleiteando a nulidade da dispensa e o retorno ao trabalho.

Infelizmente, muitas mulheres passam pelo drama da doença sem recorrer aos seus direitos. Toda trabalhadora tem assegurado pela Justiça do Trabalho um tratamento com respeito e dignidade.

 

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Alterações hormonais estão sendo constatadas em pacientes que tiveram Covid-19

A insuficiência hormonal que - entre outros aspectos - inclui fluxo menstrual desregulado e queda na produção de hormônios sexuais passaram a ser incluídas na lista de sequelas observadas nos pacientes pós- Covid-19.


Desde o início da pandemia, diversas especialidades médicas têm apresentado estudos sobre os efeitos do coronavírus em pacientes positivados como alteração no paladar e olfato, impacto psicológico e perda excessiva de massa muscular. Agora, os reflexos hormonais também ganham destaque.

O médico endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Paraná (SBD-PR) André Vianna, afirma que ainda começam a aparecer estudos comprovando uma relação direta entre as alterações no fluxo menstrual e a Covid-19, e explica que o vírus também afeta o sistema hormonal de forma indireta, por meio da glândula hipófise.

"A hipófise é como uma glândula mestre que controla as gônadas, responsáveis pela produção de hormônios sexuais, que seriam os ovários nas mulheres e os testículos nos homens. Uma vez que o coronavírus afeta as funções da glândula hipófise, a mesma não consegue passar os comandos adequados, resultando em um quadro de insuficiência hormonal", afirma Vianna.



SINTOMAS - Por meio de uma alteração direta nos ovários ou indireta na hipófise, as mulheres que tiveram Covid-19 podem apresentar ciclos menstruais desregulados e problemas de libido, assim como os homens podem ter dificuldades de ereção. Além dos hormônios sexuais, o médico endocrinologista alerta para os sintomas do hiper e hipotiroidismo. "Também comandada pela hipófise, a glândula tireóide pode ser afetada pelo coronavírus e apresentar sintomas importantes, como alteração no ritmo dos batimentos cardíacos e ansiedade ou depressão. Em ambos os casos há a menstruação irregular como possível sintoma", diz Vianna.

Como os sintomas descritos acima podem aparecer por meio de uma relação direta com o coronavírus, a orientação é que os pacientes que tiveram Covid-19 consultem um médico endocrinologista para check up e estejam atentos aos sinais de alteração hormonal.


Porque eu tenho varizes nas pernas?

As causas mais comuns são de origem hereditária ou de fatores individuais como, sedentarismo e gravidez


As varizes são veias abaixo da pele com presença de acúmulo sanguíneo e de aparência torta, azulada e dilatada. Tem como sintomas sensação de peso, formigamento, sensibilidade, inchaço e manchas escuras na região, sendo mais frequentes nas pernas, mas também podem aparecer nas costas, pés, seios, abdômen e rosto. Grande parte da população tem ou terá varizes essenciais dos membros inferiores em algum momento da vida, mas porque isto ocorre?

Segundo o professor de cirurgia vascular da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), Antonio Lacerda Santos Filho, existe um fator de predisposição, que pode ser pessoal ou familiar. "Pessoas de uma mesma família possuem biotipo físico e hábitos de vida semelhantes, o que leva a desenvolverem algumas doenças, e entre elas estão as varizes dos membros inferiores", explica.

Apesar de algum fator de predisposição estar presente nestes casos, uma das causas do surgimento das varizes são os chamados fatores desencadeantes, "aqueles que necessitem ficar muito tempo com as pernas pendentes (sentado ou pé), o que é muito comum dependendo do trabalho, por exemplo, professores, médicos, vigilantes, entre outros. Outro fator de extrema importância é a obesidade, que também interfere dificultando a drenagem do sistema venoso dos membros inferiores e causando varizes. Por fim, os fatores hormonais, que estão presentes nas mulheres que fazem uso de anticoncepcionais hormonais, terapia de reposição hormonal e ainda a própria gestação", explica o especialista.

No caso da gestação, o aumento de peso e o aumento da dificuldade da circulação sanguínea podem ser a causa. Há outros fatores que podem desencadear as varizes como, idade avançada e histórico de trombose profunda. Também é possível perceber uma piora no estado das varizes durante os meses de altas temperaturas que acabam por contribuir para a dilatação das veias. "Tendo este conhecimento, fica mais fácil de entender a prevenção e, também, o tratamento das varizes. Neste caso, o paciente deve procurar um especialista em angiologia ou cirurgia vascular, que são as especialidades mais adequadas e preparadas para isto", afirma o professor.

Normalmente, o tratamento requer o uso de remédios, mudanças no hábito de vida, aplicação de substâncias nas varizes ou, em um estado mais grave, quando se tem sintomas como inchaço, dor e coceira, é feita a cirurgia. Como prevenção, é indicado o consumo de alimentos que melhoram a circulação do sangue, realizar exercícios físicos regularmente, evitar ficar muito tempo em pé ou sentado, e usar meia de compressão elástica, caso seja orientado pelo médico.


Autoexame das mamas: como e quando fazer?

O Outubro Rosa é celebrado desde os anos 90 e tem como objetivo alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

O autoexame das mamas tem como finalidade principal o autoconhecimento, pois permite a mulher a conhecer o próprio corpo e identificar alterações que possam surgir.

É indicado para mulheres a partir dos 20 anos de idade, para ser feito uma vez ao mês. Para mulheres que menstruam, fazer o exame após a menstruação, fase que as mamas estão mais flácidas e menos sensíveis. Para as mulheres que não menstruam, pode-se escolher um dia fixo do mês.

Inicie o autoexame fazendo uma observação em frente ao espelho, levante e abaixe os braços e depois coloque as mãos na cintura para verificar se apresenta alguma alteração visual.

A segunda etapa pode ser realizada em pé ou deitada, muitas mulheres gostam de fazer o autoexame durante o banho. Com o braço atrás da nuca você irá palpar a mama e axilas com a mão contrária e suavemente pressionar os mamilos e observar se ocorre saída de secreção. Repita o processo na outra mama.

Se notar qualquer alteração, procure atendimento médico.

É importante lembrar que o autoexame da mama não é um exame de rastreio para o câncer, isso significa que mesmo que você não encontre qualquer alteração, a consulta anual com ginecologista é indispensável.

 


Juliana De Biagi - médica ginecologista, obstetra e professora. Possui graduação em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná (2009). Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Santa Casa de Curitiba. Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. Especialização em Uroginecologia e Disfunções do Assoalho Pélvico pela FMUSP. Professora auxiliar da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) na disciplina de Saúde da Família e Comunidade II.


Outubro Rosa: 4 hábitos que auxiliam a saúde preventiva da mulher

Estabelecer uma rotina que envolva prática regular de atividades físicas, aliada a uma dieta alimentar balanceada, por exemplo, afastam os riscos de desenvolver doenças; programas de reeducação e treinos da plataforma da Queima Diária ajudam a elevar a qualidade de vida.



Mais do que alertar a população femininas sobre a importância de ter uma rotina de prevenção ao câncer de mama, o tema dedicado ao mês do Outubro Rosa vai além da conscientização sobre o controle da doença, uma vez que a adoção de hábitos mais saudáveis também favorecem o controle dos fatores de risco.

A busca por um estilo de vida com mais qualidade requer planejamento e dedicação. Realizar atividades físicas regulares, cuidar da saúde mental e, claro, não descuidar dos exames de prevenção são práticas que reduzem o risco de desenvolver doenças, inclusive o câncer de mama.

Listamos 4 dicas que orientam uma jornada de vida saudável, prevenindo doenças e agregando mais saúde para a mulher.


1. Adote hábitos alimentares saudáveis

A alimentação influencia diretamente na saúde, por isso, escolhas saudáveis e funcionais, como alimentos in natura, promovem uma série de benefícios. A plataforma da Queima Diária possui um programa de reeducação alimentar online, o Vida Funcional, com sugestões de cardápios para todas as refeições do dia, lista de compras, bebidas e alimentos funcionais.


2. Saia do sedentarismo

Em um intervalo de tempo curto, como 15 minutos, já é possível se desconectar da correria do dia a dia e trabalhar o corpo com treinos que estimulam a frequência cardíaca, a flexibilidade, o ganho de massa magra e a perda calórica, além de melhorar a qualidade de vida e a autoestima. Treinos rápidos como o Mamãe Sarada, Jump HIIT, Power Cardio são algumas opções para começar a se movimentar, sem a desculpa da falta de tempo para praticar atividade física regularmente.


3. Cuide da saúde mental

As consequências da pandemia deixaram mais fortes sentimentos como o medo e a incerteza, contribuindo para o desenvolvimento de problemas que afetam a saúde mental. A Queima Diária ampliou na plataforma treinos de yoga durante a pandemia, a exemplo do Yoga Flow. As práticas ajudam a manter o corpo e a mente em equilíbrio. Entre os inúmeros benefícios em decorrência da prática também estão a melhora da flexibilidade, da postura, além da saúde física, mental e emocional.


4. Mantenha o peso ideal

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), cerca de 13% dos casos de câncer de mama em mulheres com mais de 30 anos poderiam ser prevenidos a partir do controle de peso, além de outros fatores. Exercícios específicos ajudam no controle do peso. Na plataforma da Queima Diária você encontra treinos como 40+Fit, Power Dance e Missão Fitness 2.0 que auxiliam a conquistar objetivos como perda de peso e ganho de massa magra.


Limpeza de ambientes ajuda a combater alergias

A limpeza correta das residências ou escritórios diminui o acúmulo de poeira e ácaros, ajudando a controlar crises alérgicas


Com a escassez de chuvas nessa época do ano, o tempo fica mais seco e a umidade relativa do ar, cada vez mais baixa, criando condições perfeitas para o aparecimento de alergias. Mas se engana quem acredita que somente nesse período os espirros começam, pois há quem enfrente essa situação o ano inteiro. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% dos brasileiros sofrem com algum tipo de alergia e estima-se que até 2050, 50% da população mundial desenvolva algum sintoma.

Alguns itens domésticos também podem contribuir com o aparecimento, ou até mesmo com o agravamento de algumas alergias, principalmente as respiratórias, como a rinite por exemplo. Tapetes e cortinas acumulam muita poeira no dia a dia e precisam de uma higienização periódica.

Renato Ticoulat, presidente da rede Limpeza com Zelo, acredita que a limpeza e a manutenção correta dos ambientes podem diminuir os episódios de alergia. “Muitas vezes as pessoas não possuem os equipamentos certos para realizar a limpeza da casa ou escritório, e a poeira, pelos dos pets e os ácaros vão acumulando, o que para os alérgicos é muito ruim, podendo desencadear alguma crise. O ideal é investir em produtos e equipamentos com tecnologia de ponta que de fato garantam uma correta higienização do ambiente”, explica. 

Os cuidados vão além dos tapetes e cortinas, já que o acúmulo de objetos em determinados espaços, como por exemplo livros empilhados, podem ajudar com o aumento da poeira. Os banheiros também precisam de atenção especial para evitar o surgimento de mofo, assim como os guarda-roupas, sobretudo os embutidos e que estão afixados em paredes mais úmidas, como as de banheiro. 

“Evite um ambiente com muitos móveis ou objetos, além de contribuírem para o acúmulo da sujeira, eles impedem o acesso a alguns lugares que deveriam ser limpos com frequência. Mantenha o ambiente arejado, principalmente banheiro e áreas de serviços, já que a circulação de ar é importante.,E por fim, mas não menos importante, mantenha uma rotina de limpeza na casa ou escritório, pois assim é possível diminuir crises alergicas”, finaliza Renato.

 

 

Limpeza com Zelo

 www.limpezacomzelo.com.br

Personagens do Street Fighter V se vestem de rosa para alertar sobre câncer de mama: veja 10 mitos e verdades da doença

O câncer de mama se tornou o tipo de câncer mais comum do mundo neste ano. Como uma forma de alertar sobre a doença, o Street Fighter V lançou uma campanha para ajudar na arrecadação de fundos para pesquisas sobre o tema


Ryu e Chun-Li, personagens do Street Fighter V para PlayStation 4 e Steam, estão de visual novo! No Outubro Rosa, mês de conscientização contra o câncer de mama, os uniformes terão a cor rosa para alertar sobre a doença que tem milhares de casos anualmente.

Todo o valor arrecadado na compra das skins - itens relacionados ao visual dos personagens - será doado para a Fundação de Pesquisa para o Câncer de Mama (Breast Cancer Research Foundation), dos Estados Unidos, que tem o objetivo de financiar pesquisas sobre a doença no mundo inteiro. A compra dos trajes na plataforma poderá ser feita até o dia 12 de novembro, no valor de R 29,50 unitário ou R 48,50 o pacote.

Como forma de conscientizar sobre a doença, o jogo tem um papel bastante importante em trazer informações para os usuários. Apesar do crescente número de casos da doença - só em São Paulo, são esperados 18.280 novos casos de câncer de mama em 2021, de acordo com a estimativa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) - em contrapartida, nos últimos anos ocorreram importantes avanços nos tratamentos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização de todo esse processo.

De acordo com o oncologista Daniel Gimenes, do CPO Oncoclínicas, o tratamento varia de acordo com o estágio do tumor e suas características, além de depender também das condições da paciente - fatores como idade, comorbidades e status menopausal.

"O prognóstico do câncer de mama também depende desses fatores. Quando a doença é diagnosticada no início, as chances de cura são elevadas acima de 90% com o tratamento. No entanto, quando há evidências de metástases, todos os procedimentos passam a ter como objetivo principal o prolongamento da sobrevida e melhora da qualidade de vida da paciente", explica Dr. Daniel.

Ainda de acordo com o oncologista, o acesso à informação de qualidade é um grande aliado no combate à doença. "O diagnóstico não é o fim, mas sim uma continuidade, que não deve ser encarada com medo. Por isso, faça exames e mantenha a rotina das consultas médicas independente da idade. Confie no seu médico, compartilhe seus anseios e não confie em tudo que lê na internet, tomando cuidado principalmente com as fake news sobre a doença", alerta.

Confira a seguir as principais informações sobre câncer de mama, esclarecidas pelo Dr Daniel Gimenes:


A mamografia é feita a partir dos 40 anos

Verdade! É importante fazer mamografia a partir dos 40 anos, mas já existem exames que são capazes de detectar alterações em mulheres mais jovens, como ultrassonografia e ressonância magnética, já que a mamografia apresenta limitações nesta faixa etária, devido às mamas densas das pacientes, o que dificulta a identificação de eventuais tumores.

Vale lembrar que o auto exame, apesar de ser importante para o conhecimento do corpo, não é a melhor forma de detectar o câncer de mama precocemente - quanto o tumor já é palpável, é porque provavelmente já está mais avançado.


É possível prevenir o surgimento de tumores

Verdade! Manter uma alimentação balanceada (priorizando alimentos in natura e evitando ultraprocessados e bebidas alcoólicas), praticar atividade física regularmente, manter o peso corporal adequado e, caso tenha a oportunidade, aderir ao aleitamento materno, são hábitos que podem reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama, além de evitar a recidiva da doença.


É possível engravidar após passar pelo tratamento de combate ao câncer de mama

Verdade! Em casos de mulheres jovens, existem técnicas para a preservação de fertilidade durante o tratamento oncológico, no entanto é importante que a paciente converse com o seu médico sobre os riscos e as possibilidades logo que receber o diagnóstico - antes mesmo de iniciar o tratamento.

A forma como essa preservação será feita deve ser totalmente individualizada, levando em conta o estado geral da paciente e seus anseios. As opções normalmente são: congelamento de óvulos ou de embriões, congelamento do tecido ovariano e supressão da função ovariana.


O tratamento do câncer de mama exige obrigatoriamente a extração da mama

Mito! Nem todo tratamento oncológico de mama vai representar a sua extração. Existem hoje diversas alternativas de tratamento, que devem sempre levar em consideração o olhar individualizado sobre o paciente e o estágio do tumor.


O câncer de mama é necessariamente hereditário

Mito! Nem todo câncer de mama é hereditário - ou seja, uma mutação herdada. No entanto, a mutação genética pode ocorrer ao longo da vida, em razão de condições externas, como estilo de vida e ambiente.


Existem alternativas para que não haja queda de cabelo durante o tratamento

Verdade! Não são todos os tratamentos oncológicos que são responsáveis pela queda capilar.

A quimioterapia é um tratamento que afeta as células que se multiplicam com frequência, como as responsáveis pelo crescimento do cabelo, causando alopecia no paciente.

Porém, atualmente existe uma técnica capaz de preservar a maior parte dos fios: a crioterapia - uma touca gelada que resfria o couro cabeludo e promove a contração dos vasos sanguíneos. Tal esfriamento cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos pilosos e reduz a quantidade de medicamento que chega às raízes, o que reduz a queda capilar.

É importante que cada mulher tenha autonomia e protagonismo de definir o que é melhor para si - raspar o cabelo, buscar próteses capilares ou optar por alternativas que diminuam a queda dos fios.


Encontrar um nódulo na mama significa que você tem câncer de mama

Mito! É muito importante sempre conversar com o seu médico caso exista um nódulo na mama, mas na maioria dos casos ele é benigno e não traz riscos à saúde.


A quimioterapia é a mesma para todos os cânceres

Mito! Durante o tratamento feito com quimioterápicos, vale ressaltar que existe uma ampla combinação entre elas. Deve ser analisado tanto o perfil, como a toxicidade para o cuidado mais adequado.


Sutiã apertado pode causar câncer de mama

Mito! Os sutiãs não são capazes de causar câncer de mama.


Usar desodorantes pode causar câncer de mama

Mito! Algumas pessoas acreditam que as toxinas acumuladas podem causar o câncer de mama a partir da liberação do suor, mas isso não é verdade. Vale lembrar ainda que não existem evidências científicas que comprovem que os antitranspirantes possam causar câncer.


OUTUBRO ROSA: NESTE MÊS DE PREVENÇÃO, QUE TAL UM OLHAR MAIS ATENTO NA ALIMENTAÇÃO?

A convite da Campo Largo, nutricionista explica a relação entre alimentos industrializados com o desenvolvimento do câncer de mama e outras doenças

 

Outubro é marcado como o mês da prevenção do câncer de mama e os números mostram que o tema continua sendo de extrema importância. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que, apenas em 2020, cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo foram diagnosticadas com câncer de mama, o que representa 24,5% de novos casos em mulheres. No Brasil, a mesma pesquisa aponta o câncer de mama como o tipo de câncer com maior incidência em mulheres em todas as regiões, ocupando o primeiro lugar como a causa de óbito desse público. Este ano, a estimativa é que haja 60 mil novos casos da doença, ou seja, a cada 100 mil mulheres, 43 podem ser diagnosticadas com câncer de mama.  

Diante dos dados, a Campo Largo, marca de bebidas saudáveis que está sempre atenta ao bem-estar de seus consumidores, convidou a nutricionista, Natalia Stedile para explicar a relação entre alimentação saudável e o câncer de mama. Confira!

 

Danos oxidativos e o câncer de mama

Para a nutricionista, a alimentação pode ser responsável não só pelo desenvolvimento de doenças como osteoporose, diabetes, obesidade e hipertensão, mas também pelo câncer de mama. “Quanto mais industrializado e aditivo químico tiver no alimento, pior isso vai ser para o nosso organismo. Estudos já comprovaram que esses alimentos devem ser consumidos com moderação porque causam danos oxidativos às células”, explica a profissional.  

Considerando que o consumo de alimentos 100% orgânicos ou naturais está fora da realidade da maioria dos brasileiros, Stedile indica algumas práticas que podem reduzir os impactos de produtos industrializados. “Quando for adquirir qualquer produto que vá em embalagem, confira a lista de ingredientes. O suco de uva, por exemplo, o que deve ter dentro dele é apenas a fruta. Nada mais do que isso. Se aquele suco tiver uma lista de ingredientes enorme, aquele produto deixa de ser o mais indicado para consumo”, pontua a especialista, que reforça a importância do conhecimento para gerar a consciência do consumo alimentar. “Quanto mais a indústria mexe nos alimentos, maior será a lista de ingredientes com nomes esquisitos. Geralmente são conservantes, edulcorantes, corantes, emulsificantes e outras substâncias tóxicas que o nosso organismo não reconhece, causando danos oxidativos e, consequentemente, aumentando o risco de doenças como o câncer de mama”.  

Outra dica da especialista é inserir na alimentação substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias porque elas fazem toda a diferença na prevenção dos danos oxidativos responsáveis pelo câncer. “Todas as frutas, verduras e legumes contém esses agentes e é por isso que as nutricionistas insistem tanto na alimentação colorida. Quando abastecemos o nosso organismo com alimentos naturais e saudáveis, além de antioxidantes, também estamos nutrindo o nosso corpo com vitaminas e minerais”, completa.  

Para auxiliar, a nutricionista lista os alimentos mais ricos em substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias que podem ser incluídas nas refeições. “Própolis, gengibre, frutas vermelhas, uva, açafrão, cebola roxa, repolho roxo e chá verde são alguns desses alimentos. O que indico é sempre incluir duas porções desse grupo de alimentos por semana na alimentação e ir variando as frutas, legumes e verduras a cada semana. Isso vai ajudar muito a combater os danos nocivos dos alimentos ultra processados”.  

Para Stedile, outra dica fundamental é evitar o excesso de açúcar e carne vermelha, porque são itens que inflamam o corpo, sendo a carne vermelha mais indicada para consumo de até três vezes por semana. Outra dica é inserir alguns alimentos orgânicos na rotina alimentar, como salada. “Sabemos que muitos legumes e verduras possuem agrotóxicos que aumentam as chances de danos oxidativos, então, incluir pelo menos a salada já é de grande ajuda”.  

Como última sugestão a especialista indica pelo estilo de vida mais saudável, com bastante consumo de água, fibra para o intestino funcionar, atividade física e boa noite de sono. “Além de toda essa rotina, algo que os estudos comprovaram também é o estresse psicológico. Ele também causa muito dano ao nosso organismo. Então, praticar um esporte, terapia, ioga e coisas que corroborem para uma saúde mental equilibrada é importante para prevenção de doenças”, explica.   

Todas essas dicas não substituem a importância de exames regulares, consulta ao médico e o autoexame para prevenção. “O autoconhecimento é fundamental para o tratamento precoce de doenças sérias, como o câncer de mama”, finaliza.

Por que o diabetes gestacional é tão perigoso para a mãe e o bebê?

 18% das gestantes desenvolvem a doença

Maior risco de pré-eclâmpsia, parto prematuro, cesariana e icterícia neonatal, além de desenvolvimento do diabetes tipo 2 futuro, são problemas que podem acometer a mãe e o bebê  


Dra.  Mariana Rosario, ginecologista e mastologista

O diabetes gestacional é uma condição comum e pode resultar em complicações à saúde da mulher e do bebê. Entre as gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, estima-se que 18% delas tenham a doença, de acordo o manual da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). 

Conforme explica a Dra. Mariana Rosario, ginecologista e obstetra, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, o diabetes gestacional é perigoso tanto durante a gestação, para a mãe e o bebê, quanto na vida futura deles. “Filhos de mães com diabetes gestacional tendem a desenvolver o diabetes tipo 2 no futuro”, alerta a médica. “E mulheres que passam pelo problema numa gravidez podem desenvolvê-lo nas próximas gestações, além de também correrem o risco de ter diabetes tipo 2 futuramente”, completa. 

E, conforme informações da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, mulheres diagnosticadas com Diabetes Gestacional nas primeiras 12 semanas de gravidez apresentaram uma maior incidência de pré-eclâmpsia, parto prematuro, cesariana e icterícia neonatal do que as mulheres diagnosticadas mais tarde na gravidez, apesar do teste precoce e tratamento intensivo. “É preciso entender que quanto mais cedo a mulher desenvolve o diabetes gestacional, mais complicações ela apresentará. Então, se ele for diagnosticado no começo da gestação, ela carregará o problema até o final, com mais chances de desenvolver outras patologias. Por isso, é necessário cuidar-se desde o momento em que se deseja ser mãe, antes da concepção, para ter uma gestação segura”, ensina a médica.

 

Por que as mulheres desenvolvem o diabetes gestacional? 

Durante os nove meses de gestação, o corpo da mãe sofre diversas alterações hormonais. A insulina é o hormônio responsável por colocar a glicose circulante na corrente sanguínea dentro das células. Quando uma mulher tem sobrepeso ou é obesa, é sedentária, alimenta-se de forma incorreta ou tem predisposição ao diabetes, há uma sobrecarga do pâncreas – órgão responsável por fabricar a insulina, que precisa trabalhar muito para manter os níveis ajustados da substância. Nem sempre o esforço do órgão é suficiente e muito açúcar é acumulado na corrente sanguínea, desenvolvendo a diabetes gestacional. “E essa grande quantidade de glicose também chega ao feto, que acaba tendo a vida colocada em risco. Além dos riscos de parto prematuro e icterícia, a insulina passada para ele age como um hormônio anabolizante, fazendo-o crescer além do normal. Com o aumento de insulina no sangue, o bebê também pode apresentar a hipoglicemia neonatal”, completa Dra. Mariana. 

Após o parto, no momento em que o cordão umbilical é cortado, o fornecimento de glicose da mãe para a criança é rapidamente interrompido e, como muita insulina foi fabricada, pode-se desenvolver a hipoglicemia, que consiste em uma queda brusca de glicose em circulação. “Alguns bebês chegam a receber glicose na veia, ainda recém-nascidos, para suprir essa necessidade”, conta a médica.

Para a mãe, também existem riscos. É provável que a diabetes volte a acontecer em uma próxima gravidez e, ainda pior, pode se desenvolver, anos depois, para uma diabetes tipo 2, que é uma doença crônica. “Por isso, é necessário haver acompanhamento médico de ambos a vida toda”, orienta Dra. Mariana.

 

Sintomas e tratamento 

O diabetes gestacional deixa clara a importância do pré-natal e de um acompanhamento médico de qualidade, já que demora a apresentar sintomas e só pode ser detectada a partir de exames específicos, como a curva glicêmica, realizados na gestação.

Ainda durante a gravidez, o tratamento para o diabetes gestacional normalmente consiste em um controle alimentar – com uma dieta indicada pelos médicos –, o monitoramento dos níveis de glicemia e também a prática regular de atividades físicas.

Caso isso ainda não seja o suficiente, pode-se ter a necessidade da prescrição de remédios à paciente. Em alguns casos é necessário fazer o uso da insulina.

 

 

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


Dia Mundial da Menopausa: Terapia de Reposição Hormonal melhora a qualidade de vida de mulheres menopausada

Ontem, 18 de Outubro, foi é dia mundial da menopausa. E você sabia que as mulheres não precisam passar pelos sinais e sintomas deste temido pesadelo?

Primeiro vamos separar Climatério de Menopausa. Climatério é um período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Os ovários começam a entrar em falência e as concentrações de estrogênio e progesterona começam a cair. 

Já menopausa é uma data. É a última menstruação. Ela acontece durante o climatério. Então, a gente diz que a mulher está em pós-menopausa depois de 1 ano sem menstruar. 

Nos anos 50 a expectativa de vida era de 48 anos. As mulheres morriam logo após atingirem a menopausa. Talvez por isso, machismo ou medo da reposição hormonal o tratamento para menopausa foi tão negligenciado. 

De acordo com o médico atuante na área da endocrinologia, Dr. Yago Fernandes (@yagofernandes.dr), são inúmeros os sintomas do período perimenopausa: calores, irritabilidade, infecção urinária de repetição, diminuição de memória, aumento de peso, enfraquecimento de cabelos, unhas. A Terapia de Reposição Hormonal tem o poder de repor aqueles hormônios que desapareceram de uma hora pra outra do organismo feminino.

"Mas e o câncer de mama, endométrio, a trombose? São as perguntas mais frequentes que recebo de pacientes e sim, eles estão lá! Mas segundo o último grande estudo de 2015, Women Health Iniciative, que investigou a relação da reposição hormonal de estrogênio isolado ou combinado com câncer de mama e outras doenças mostrou que os benefícios da TRH ultrapassam os riscos desde que seja utilizada com indicação, o mais rápido possível após a data da menopausa e em mulheres com menos de 60 anos", explica o Dr. Yago.

A Terapia de Reposição Hormonal, além de melhorar absurdamente a qualidade de vida das mulheres menopausadas, funciona como proteção contra a osteoporose e doenças cardiovasculares e até doenças mentais. 

"A verdade é que a TRH pode melhorar muito os sintomas da menopausa, como: episódios súbitos de sensação de calor, irregularidades na duração e na quantidade do fluxo menstrual. Dor e pressa para urinar, infecções urinárias de repetição, ressecamento vaginal, dor à penetração, diminuição da libido, irritabilidade, instabilidade emocional, distúrbios de ansiedade, perda da memória e insônia, a pele perde o vigor, cabelos finos e unhas quebradiças, aumento de gordura na região abdominal, perda de massa óssea e doença coronariana, a principal causa de morte em mulheres depois da menopausa", finaliza o médico.

 


Dr. Yago Fernandes - CRM: 52-1096532

http://instagram.com/yagofernandes.dr 


Outubro Rosa: mastologista do Hcor esclarece dúvidas frequentes sobre o câncer de mama

Especialista relembra que o autoexame não substitui a mamografia e o acompanhamento regular no consultório médico


O câncer de mama é um dos tipos de tumor mais comuns no mundo. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a doença representa 11,7% do total dos casos diagnosticados em 2020. E, apesar de o envelhecimento ser um dos fatores de risco para a doença, a incidência em mulheres jovens, abaixo dos 40 anos, vem aumentando.

“O histórico da paciente é essencial para o médico identificar se há necessidade de iniciar uma rotina de rastreamento antecipada”, comenta Afonso Nazário, mastologista do Hcor – hospital multiespecialista de São Paulo.

De acordo com o especialista, nódulo endurecido no seio, saída espontâneas de líquido pelo mamilo (principalmente sangue), feridas na mama que não cicatrizam e ínguas na axila podem ser os primeiros sintomas do câncer de mama. No entanto, se engana quem acredita que a ausência de sinais é sinônimo da não existência do tumor. “O câncer de mama pode ser silencioso, por isso ressaltamos a importância do acompanhamento médico periódico e da realização dos exames de rastreamento”, enfatiza.

Abaixo, o mastologista esclarece outras dúvidas e crenças frequentes relacionadas à doença.


  1. O câncer de mama dói?

Muito raramente. “Nos estágios iniciais, os tumores podem se apresentar sob a forma de microcalcificações ou nódulos impalpáveis, por isso a recomendação da realização do exame de mamografia a partir dos 40 anos, ou antes disso, em casos individualizados”, reforça Nazário.


  1. Quem toma anticoncepcional tem mais chances de desenvolver câncer de mama?

O uso do anticoncepcional aumenta discretamente o risco para câncer de mama, se feito prolongadamente. “Após sua suspensão, em um intervalo de 10 anos, o risco passa a ser igual ao de quem nunca tomou o medicamento”, explica.


  1. A ocorrência de nódulos nos seios pode aumentar o risco para câncer de mama?

Não. A presença de nódulos benignos nos seios é muito comum e não tem relação direta com o câncer de mama. “Somente um tipo de nódulo específico, com atipia, poderia aumentar esse risco, mas é raro”, tranquiliza o especialista do Hcor.


  1. O uso de sutiã, principalmente com armação de ferro, causa câncer?

Não há comprovação científica sobre isso. “Sutiãs com aro metálico ou de tecidos mais apertados, como lycra ou outros sintéticos, não têm relação direta com o desenvolvimento de tumores. Já outros hábitos como sedentarismo, consumo de álcool e má alimentação, esses sim são considerados fatores de risco para a doença”.


  1. Fazer o autoexame diariamente é suficiente para o diagnóstico do câncer de mama?

O autoexame não substitui os exames de imagem, que são indicados para o rastreamento do câncer e diagnóstico precoce. “Com o toque nas mamas, geralmente a mulher só encontra tumores com mais de 2 cm, o que significa que o câncer já pode estar avançado. Por isso, o autoexame não deve ser considerado um exame preventivo. O hábito é indicado apenas como uma forma da mulher conhecer seu próprio corpo, a fim de procurar um especialista se encontrar algo diferente”, pontua o mastologista.


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