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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Eu e o Covid: a importância da estratégia na vida das pessoas

Com a chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil e o fechamento generalizado da economia ocorrido em março, o Grupo de Pesquisa e Estudos Prospectivos NEP-Mackenzie desenvolveu cenários para o período pós-Covid-19 (https://bit.ly/2VTRWUQ). 


O estudo me alertou em relação a politização da saúde no país e o perigo desse movimento. Um tratamento equivocado poderia levar ao agravamento da doença, ainda mais no meu caso por ser asmática. Nesse contexto, passei a estudar a doença, pois sem informação não é possível tomar decisões adequadas.

Como em qualquer processo de formulação de estratégia é necessário conhecer a si mesmo, seus pontos fortes e fracos (no caso, como está a sua saúde), seu "inimigo" (no caso o coronavírus) e o ambiente em sua volta. O levantamento dessas informações é chave. Lembro que somos diferentes e cada um terá que identificar suas vulnerabilidades e tratá-las.

Não sou da área de saúde, mas minha principal competência, além de pesquisadora, é a de produção de informação estratégica e utilizei tal competência a meu favor. Procurei levantar o máximo de informação sobre a doença e tratamentos existentes para decidir qual seria a estratégia a ser adotada contra a covid-19, caso me deparasse com o vírus.

Após analisar os dados e entrevistar vários médicos de diferentes áreas de atuação, sendo muitos da frente de batalha, fiz minha escolha: seguir o protocolo de Madri e fortalecer meu organismo para enfrentar a doença quando ela chegasse: alimentação saudável, exercícios físicos diários e reforço vitamínico - elementos básicos para o fortalecimento do organismo e da imunidade.

Faltava escolher o médico. Queria alguém que estivesse disposto a seguir o protocolo de Madri. O problema é que muitos médicos, apesar de confidenciarem que o utilizariam caso fossem acometidos pela doença, não o prescreveriam, pois não havia indicação nem comprovação científica para seu uso. Finalmente, encontrei um médico disposto a seguir o protocolo de Madri. Ele me submeteu a uma série de exames para verificar como estava a minha saúde e se havia alguma deficiência. Segui as orientações dele, que dosou as vitaminas que eu já estava tomando e acrescentou outras. Afinal de contas, não basta planejar é necessário executar a estratégia formulada.

Apesar de todos os cuidados e de estar "em casa" durante todo o período, pois comprava tudo a distância, saia apenas para fazer as caminhadas diárias e mais recentemente para fazer os exames médicos - para ter um diagnóstico da minha saúde - em meado de novembro a doença atingiu o meu lar. Entretanto, eu estava preparada. A estratégia traçada foi executar, de forma rápida e precisa. O médico entrou rapidamente com a medicação da primeira fase e, apesar de eu fazer parte do grupo de riscos, os sintomas foram leves e duraram poucos dias. Não precisei entrar com as medicações indicadas para a segunda fase.

Os cuidados durante a doença também foram importantes: isolamento, repouso, alimentação de qualidade e muito líquido. Esses elementos junto com os medicamentos são chave. O isolamento, além de evitar a contaminação de terceiros, evita o recebimento de nova carga viral, o que pode levar ao agravamento do quadro. O uso das vitaminas e suplementos alimentares ajudam meu organismo, pois não sentia fome. No início, não conseguia comer, pois o cheiro me deixava enjoada e depois que perdi o olfato, mal conseguia comer. Mesmo tomando suplemento alimentar emagreci três quilos em duas semanas.

Eu já possuía até um plano de contingência, caso eu tivesse que ser internada. Para toda estratégia, você tem que ter o seu plano de contingência: e se?

Muitas pessoas sabem e praticam em suas organizações a formulação de estratégia ou o planejamento estratégico e esquecem de fazer isso para suas vidas. Entretanto, o uso dessa metodologia na nossa vida pessoal pode ser decisivo, com esse exemplo que compartilho.

Quando não temos uma estratégia para a nossa vida, passamos a fazer parte da estratégia de alguém. Perdemos as rédeas de nossa vida que passam a ser conduzida pelo acaso ou pela estratégia de terceiros. Nesse contexto, convido-o a ser um construtor do futuro, de estar no comando de sua vida. Lembro que, para tanto, você terá que investir um tempo para produzir informação que aumente o seu conhecimento sobre si mesmo, sobre o "inimigo" e sobre o ambiente no qual está inserido. Sem informação de qualidade não há boa decisão. Como somos diferentes, cada um terá que encontrar o seu caminho.

Se você ainda não contraiu a doença, formule sua estratégia, pois mais cedo ou mais tarde você poderá se deparar com ela e, estando preparado, será muito mais fácil passar por ela. Lembre-se que o vírus está no ambiente.

Resolvi compartilhar minha história, pois ela pode servir de inspiração para outras pessoas que se esquecem da importância da formulação de uma estratégia e sua execução para a suas vidas pessoais. A covid-19 é um exemplo, mas temos que nos posicionar como condutores da nossa vida, sendo assim:
Seja um construtor do seu futuro!

 



Dra. Elaine Marcial - coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudos Prospectivos NEP-Mackenzie - Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, e especialista em planejamento por cenários e inteligência competitiva.

COM A SÃO SILVESTRE PRORROGADA CORRIDAS VIRTUAIS SÃO A NOVA REALIDADE: COMO SE PREPARAR?

Fisioterapeuta destaca que postura, cronograma de treinos e descanso são essenciais para evitar risco de lesões durante o esporte.


Saudades de uma corrida de rua com muita aglomeração, né, minha filha? Correr é uma ótima atividade cardiovascular e traz ótimos benefícios para a saúde. No entanto, desde que a pandemia se instalou entre nós, muitos eventos foram cancelados para evitar multidões e manter o distanciamento entre as pessoas, no início, até mesmo as corridas em carreira solo estavam sendo evitados. E nove meses depois, nem mesmo a São Silvestre, mais famosa e tradicional corrida de rua do Brasil ficou de fora, o grande evento que acontece sempre no 31 de dezembro precisou ser remarcado para julho do ano que vem. 

Neste novo cenário, as corridas virtuais estão se tornando uma alternativa popular. Nessa modalidade o corredor pode correr em qualquer lugar, no seu próprio ritmo, ao ar livre ou dentro de casa, do jeito que preferir. “Nesse caso o próprio corredor escolhe onde será sua linha de chegada, dentro dos seus limites e da sua realidade. Minha principal dica é manter o corpo em movimento e se manter o mais longe possível do sedentarismo, sempre em contato com o seu médico e tomando todos os cuidados necessários” – destaca Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos. 

De acordo com o especialista é importante que o corredor conheça suas limitações e não sobrecarregue demais o corpo. “A corrida, de maneira geral é um ótimo exercício, mas mesmo que você já treine há algum tempo é preciso estar preparado para este impacto que a corrida gera nos membros inferiores e em toda a musculatura corporal. Se você vai começar a correr ou se ficou um tempo parado, os cuidados devem ser redobrados” – O especialista em fisioterapia músculo esqueléticaexplica que um movimento errado, uma compensação que o corpo faz em determinado momento e até mesmo a maneira de movimentar pernas e braços interferem diretamente não só no resultado, mas também na saúde do corredor. 

A chave é não exagerar. “Ninguém quer uma lesão por uso excessivo devido a um aumento repentino na quilometragem ou na intensidade. Por isso, é necessário se preparar, com treinos de força e mobilidade. Dessa forma é ideal que o corredor tenha um cronograma de exercícios”. E se você tá pensando em participar de uma corrida virtual, o Bernardo Sampaio separou algumas dicas que podem te ajudar a completar a corrida com resultados mais satisfatórios e o melhor, preservando o seu bem-estar. Confira:

 

1. Avaliação física

Antes de iniciar qualquer atividade física é necessário avaliar como está à saúde do seu corpo e para isso, fazer exames torna-se essencial, pois eles poderão detectar possíveis problemas para que no futuro as lesões possam ser evitadas. Por isso, fazer avaliações como a de pisada, é muito importante para a saúde do corredor, afinal o ato de correr causa impactos diretamente nas partes inferiores do corpo.

 

2.Exercícios de fortalecimento

O nosso corpo precisa estar devidamente preparado antes de iniciar atividades físicas como a corrida, afinal, não adianta sair por ai correndo como se não houvesse amanhã, pois o seu corpo necessita de um preparo muscular e articulado. Por isso, fazer exercícios de fortalecimento, de força e flexibilidade são fundamentais para evitar futuras lesões. É importante fazer treinos intensos e curtos, que podem melhorar a força máxima, permitindo ter um ritmo mais constante na prova.

 

3. Postura correta

Pode até parecer que não, mas a postura faz uma grande diferença na hora da corrida. Afinal,uma má postura pode ser inimiga número um de qualquer corredor, podendo gerar inúmeros problemas a longo prazo. Por isso, fazer uma análise cinemática com um fisioterapeuta é muito importante, pois essa avaliação detecta os movimentos da corrida de forma detalhada, apontando possíveis lesões referentes à postura e a intensidade através de uma tecnologia em 2D. Dessa maneira, são feitos os ajustes posturais e ergonômicos.

 

4.Organize seus treinos

É extremamente necessário fazer a progressão correta do seu treino, de preferência com o auxilio do seu treinador mesmo que virtualmente. Além disso, criar uma planilha direcionada a sua capacidade física e específica para a prova e treinar proporcionalmente com volume e intensidade nas horas certas são indispensáveis para um bom resultado.

 

5. Descanso

Descanse. Você não precisa levar o corpo à exaustão toda vez que for correr, por isso pegue leve e invista em treinos ocasionais para relaxar o corpo e se livrar do estresse. Antes da corrida tenha uma boa noite de sono, afinal dormir bem é fundamental para a recuperação metabólica e muscular. Sem descanso o corpo não recupera, cansaço é cumulativo e o risco de lesões e overtraining crescem.

 

 


BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta (Crefito: 125.811-F), diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de coluna - ABR Coluna e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e do Instituto Imparare e leciona como convidado no cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.brewww.itcvertebral.com.br

Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea: 14 a 21 de dezembro

Campanha alerta sobre a importância de um gesto que pode salvar vidas


A Afip Medicina Diagnóstica participa da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, entre os dias 14 e 21 de dezembro. O objetivo é conscientizar sobre a importância de um gesto capaz de salvar vidas. O Brasil é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com cerca de 3,5 milhões de cadastrados, de acordo com Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).

Vítor de Carvalho Queiroz, médico hematologista da Afip Medicina Diagnóstica, explica que os principais beneficiados com o transplante de medula são os portadores de doenças hematológicas como leucemias, linfomas, mielodisplasias (quando a medula para de produzir células saudáveis) e anemias graves, sejam adquiridas ou congênitas. Outras doenças, porém, também podem ser tratadas dessa forma, entre elas doenças do metabolismo, doenças autoimunes e outros tipos de tumores, pontua.

Veja abaixo 5 dúvidas do público sobre a doação de medula óssea, respondidas pelo especialista.


  • Como posso me tornar um doador?

Queiroz afirma que, para ser um possível doador, o primeiro passo é se cadastrar no hemocentro mais próximo. Dessa forma, você fica cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).


  • Quando eu me cadastro no REDOME estou fazendo uma doação de medula?

Não. A doação de medula óssea não é realizada no momento do cadastro. No hemocentro são coletados dados pessoais e uma simples amostra de sangue, para identificação de HLA, um teste que identifica a compatibilidade entre receptor e doador, próprio para o transplante.

Caso seja encontrado algum receptor compatível no banco de dados, o doador será convocado para entrevista e explicação do procedimento, podendo então aceitar ou recusar a doação. O processo todo é feito sob sigilo, e os dados do doador não são informados ao paciente. 


  • Quem pode doar?

 

É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer) ou hematológica.

 

  • Como a medula é coletada para o transplante?

Há dois tipos de coletas de medula óssea: por aférese ou cirúrgica. Ambos os procedimentos são realizados em ambiente hospitalar vinculado a um serviço de hemoterapia especializado em transplantes. A escolha pelo tipo de procedimento é feita pelo médico que acompanha o paciente que vai receber a medula.

Na coleta por aférese, o doador faz uso de uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco hematopoiéticas circulantes no sangue. Após o período de estímulo, a coleta é realizada por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador.

A máquina de aférese filtra e centrifuga o sangue do doador, separando as células-tronco hematopoiéticas. Os elementos do sangue que não são necessários ao paciente são devolvidos ao doador, e as células-tronco hematopoiéticas são congeladas para infusão no paciente que será submetido ao transplante. O procedimento dura cerca de 4 a 6 horas e não há necessidade de anestesia.

Na coleta cirúrgica, é necessária anestesia geral e internação por 24 horas. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia do doador por meio de punções com agulha própria. O procedimento dura em torno de 90 minutos, e a medula óssea do doador se recompõe em 15 dias. Os doadores podem voltar às atividades normais uma semana após a doação.


  • A doação é um procedimento de risco?

“O procedimento é considerado de baixo risco, com intercorrências controláveis e relacionadas a anestesia. Por isso, a saúde do doador é checada antes e após o procedimento, com exame físico e exames de laboratório”, explica, Queiroz.

No caso da coleta cirúrgica, pode haver dor após o procedimento, mas é controlável com uso de analgésicos simples. “Há casos de dor de cabeça e cansaço, porém em 15 dias a medula óssea estará completamente recuperada, e os sintomas melhoram nos primeiros dias após a coleta”, esclarece o médico.

 


Afip Medicina Diagnóstica

www.afipdiagnostica.com.br 


Quais alimentos devo comer antes da doação de sangue?

Doe sangue, salve vidas.


Doar sangue ou plaquetas é uma experiência muito gratificante. Com apenas uma doação de um litro é possível salvar até 3 vidas. Toda vez que uma pessoa doa sangue, ele ajuda pacientes com câncer, transplantados, queimados, bebês prematuros, entre muitos outros.

Os doadores podem sentir certos efeitos colaterais como fadiga ou tonturas. Além disso perdem um pouco de ferro.No entanto, isso pode ser corrigido com nutrição equilibrada incluindo principalmente alimentos fonte de ferro, vitamina C, B2 e B9. As sugestões a seguir podem ajudá-lo a se preparar e evitar possíveis desconfortos e carências.

A nutricionista Adriana Stavro recomenda alguns alimentos para serem consumidos um dia antes no dia da doação de sangue.


Um dia antes da doação 


· Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), estes ajudam absorver o ferro não heme (espinafre, acelga, couve, beterraba e couve, lentilhas e feijões) consumido;

· Com a alimentos ricos em ferro tais como frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne e vísceras (fígado bovino ou frango);

· Consuma pelo menos 2 porções de verduras e legumes, e 3 porções de frutas;

· Durma pelo menos oito horas;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos como hambúrgueres e batatas fritas;

· Não ingerir bebidas alcoólicas 48 horas antes da doação, pois pode levar à desidratação;

· Se for doar plaquetas, não tome aspirina 48 horas antes;

· Não faça atividade física extenuante;


No dia da doação 


· Tome café da manhã ou almoce (depende do horário marcado), antes do procedimento. Não doe sangue com o estômago vazio. As pessoas geralmente se sentem fracas depois de doar. Por isso, alimente-se antes;

· Beba água (40ml por kg de peso) ou chás;

· Você deve continuar bebendo líquidos após a doação;

· Consuma proteínas magras (frango, peixe, ovos, carnes) arroz integral ou macarrão integral, verduras, legumes e frutas;

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza, feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas, pois pode levar à desidratação;

No dia seguinte da doação
Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), pois eles ajudam seu corpo a absorver o ferro consumido;

· Coma alimentos fontes de ferro: frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne, vísceras(fígado bovino ou de frango), espinafre, acelga, couve, beterraba, couve, lentilhas e feijões;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza e feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas até 48 horas após a doação de sangue, pois pode levar à desidratação;

· Não faça atividade física extenuante;

Importante: 


Evite bloqueadores de ferro

Alguns nutrientes interagem negativamente com a absorção de ferro. Mantenha um intervalo de ingestão de 3 horas (no mínimo) entre estes nutrientes. Os alimentos que reduzem a absorção de ferro no organismo são o leite e derivados, chá preto, café e chocolate 



Coma alimentos ricos em ácido fólico (B9)
É importante substituir as células sanguíneas perdidas durante a doação de sangue. Seu corpo precisa de ácido fólico para produzir novos glóbulos vermelhos. Os alimentos fontes são o espinafre, couve nabos, couve de Bruxelas, brócolis, espargos, nozes, sementes, grão de bico, lentilhas, abacate 



Riboflavina ou vitamina B2
Juntamente com o ácido fólico, a riboflavina também é necessária pelo organismo para produzir glóbulos vermelhos. Os alimentos ricos em riboflavina incluem o fígado, cogumelos, espinafre, nozes, sementes, leite e derivados, carnes de aves e ovos.

 


Adriana Stavro - Formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Doenças Crônicas não Transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein. Pós graduanda em Nutrição Clinica Funcional pela VP consultoria, pós graduanda em Fitoterapia pela Course4U. • Saúde, bem estar e emagrecimento; • Nutrição funcional; • Doenças Crônicas; • Regulação do estresse e do sono; • Nutrição para gestantes; • Acompanhamento pré e pós cirurgia bariátrica; • Alergias alimentares; • Nutrição vegetariana e vegana; • Nutrição para prática de atividade física; • Protocolo Detox.

Tudo que você precisa saber antes de trocar de anticoncepcional

Como eu faço para trocar o DIU por pílula? E quando quiser mudar da injeção para o comprimido? E para ir de um tipo de pílula para outro? Todas essas dúvidas são relativamente comuns no consultório, e fazem parte do dia a dia das mulheres. Para dar uma mãozinha nessa questão, separei alguns tópicos que podem ajudar nesse momento.

Ao trocar por uma pílula de outra marca, o ideal é quando acabar a cartela, no dia seguinte você já comece com uma outra nova cartela. Se por acaso decidir esperar a pausa, então o ideal é usar a camisinha por sete dias. Em resumo: vai trocar de pílula? Termine uma cartela e já emende a outra no dia seguinte. A pílula é de uso contínuo? A ideia é a mesma: acabou a cartela, no dia seguinte já inicie a nova.


Você usa injeção e quer trocar para comprimido

Neste caso, assim como a injeção, você tem que começar a tomar a pílula na mesma data em que a injeção seria aplicada. Uma nova cartela deve ser iniciada independentemente da sua menstruação. Se, ao contrário, você segue uma cartela e quer mudar para injeção, o ideal é que, no término de uma cartela, no dia em que começaria outra, já opte pela injeção.


Você quer tirar o DIU e passar a tomar pílula

Assim que tirar o DIU, no dia seguinte, inicie uma cartela de anticoncepcional. O ideal, preferencialmente, é esperar a menstruação. Ou seja, retirar o DIU quando estiver menstruada e começar uma nova cartela no dia seguinte, ou no mesmo dia que tirar o DIU.


Você toma pílula e quer colocar o DIU

Recomendamos sempre que o DIU seja colocado durante o período menstrual. Assim, você para com a cartela, espera a menstruação vir e coloca o DIU. E, então, não precisa mais tomar pílula nenhuma.

 


Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


O perigo dos medicamentos Z para pacientes com demência

Medicamentos indutores do sono, conhecidas como "drogas Z", estão associadas a um risco maior de quedas, fraturas e derrames entre pessoas com demência - de acordo com pesquisas da Universidade de East Anglia

Os distúrbios do sono são comuns entre pessoas com demência e o impacto para os pacientes e suas famílias é significativo.

Até o momento, não há tratamentos eficazes comprovados disponíveis, no entanto, as pessoas com demência costumam receber medicamentos Z (zopiclona, zaleplon e zolpidem).

Mas um novo estudo publicado hoje revela que doses mais fortes dessas drogas estão associadas a um risco aumentado de efeitos adversos.

Esses efeitos adversos foram considerados semelhantes ou maiores do que os de benzodiazepínicos em doses mais altas - que também são usados para tratar distúrbios do sono, e são conhecidos por terem vários efeitos adversos.

O professor Chris Fox, da Escola de Medicina de Norwich, disse: "Até 90% das pessoas com demência sofrem distúrbios do sono e isso tem um grande impacto em sua saúde física e mental, bem como de seus cuidadores.

"Os medicamentos Z são comumente prescritos para ajudar as pessoas a dormir - no entanto, esses medicamentos nunca foram licenciados para demência e foram associados a eventos adversos, como quedas e riscos de fratura em idosos.

"Queríamos descobrir como eles afetam as pessoas com demência, que frequentemente são prescritos para ajudar nos distúrbios do sono."

A equipe analisou dados de 27.090 pacientes na Inglaterra com diagnóstico de demência entre janeiro de 2000 e março de 2016. A idade média dos pacientes era de 83 e 62 por cento eram mulheres.

Eles analisaram os eventos adversos de 3.532 pacientes que haviam recebido medicamentos Z e os compararam a pessoas que sofriam de distúrbios do sono aos quais não havia prescrição de sedativos e a pacientes que haviam recebido benzodiazepínicos.

Eles também verificaram se a dosagem do medicamento Z desempenhou um papel nos resultados adversos.

O professor Fox disse: "Estudamos uma série de resultados adversos, incluindo fraturas, quedas, trombose venosa profunda, acidente vascular cerebral e morte - durante dois anos. E estávamos particularmente interessados em ver se doses mais altas levavam a resultados piores."

Drogas Z e benzodiazepínicos em doses mais altas foram definidas como prescrições equivalentes a> 7,5mg de zopiclona ou> 5mg de diazepam por dia.

"Para os pacientes prescritos com drogas Z, 17% receberam doses mais altas. E descobrimos que esses pacientes com doses mais altas corriam mais risco de quedas e fraturas, especialmente fraturas de quadril e derrame, em comparação com pacientes que não estavam tomando nenhum medicamento por distúrbios do sono ", disse o professor Fox.

Fornecido pela University of East Anglia. 'Adverse effects of Z-drugs for sleep disturbance in people living with dementia: a population-based cohort study' está publicado no the journal BMC Medicine on November 24, 2020.

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Especialista responde seis perguntas sobre HIV

Apesar do número de novos infectados estar avançando, Brasil reduz evolução da Aids nos últimos 8 anos

 

Em todo o mundo, cerca de 38 milhões de pessoas são HIV positivo, segundo a UNAIDS. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 920 mil cidadãos convivem com a doença. Entre estigmas sociais e riscos de morte, muito se avançou no combate a enfermidade nos últimos anos.

Neste ano, na campanha do Ministério da Saúde, lançada no dia 1 de dezembro, o dia Mundial de Luta contra a Aids, a pasta destacou que o número de HIVs positivos vem diminuindo desde 2012 e a quantidade de pessoas com acesso ao retroviral, distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), subiu de 44% em 2019, para 77% em 2020. 

A infectologista do Hospital Águas Claras Ana Helena Germoglio responde seis perguntas sobre a doença. Confira:

 

Como o HIV é transmitido? 

A transmissão acontece, principalmente, por meio de relações sexuais, independentemente do tipo de relação sexual. Ela também ocorre por meio de objetos perfurocortantes contaminados com sangue infectado e (raramente) por transfusão de sangue. A transmissão também pode ocorrer de forma vertical, ou seja, da mãe para o filho, durante a gestação, no trabalho de parto ou na amamentação, por isso que é recomendando que a mãe com HIV não amamente. 

 

Por que os jovens são os maiores transmissores e receptores da doença?

De acordo com relatórios do Ministério da Saúde, pessoas entre 20 e 34 anos são as que mais se infectam com o HIV, e existem vários motivos. Entre eles, além dos jovens terem maior vida sexual ativa, têm maior exposição e menor receio de contrair qualquer tipo de infecção sexualmente transmissível, seja o HIV ou qualquer outra. Essa faixa etária também tem uma menor aceitação do uso de preservativo, que é simples, mas eficaz contra uma porção de infecções diferentes, além de ser contraceptivo. 

 

Quais são os riscos que o HIV acarreta para a saúde de quem tem a doença?

Os pacientes devem estar atentos à doença renal, alteração óssea, alteração de triglicerídeos, entre outros. Por isso, é importante não só tomar os medicamentos corretamente, como também fazer o acompanhamento regular com o infectologista. Às vezes é necessária a atuação de equipe multidisciplinar (outras especialidades em conjunto). Portanto, não é simplesmente zerar a carga viral e aumentar o CD4 (células sanguíneas de imunidade).

 

Quem tem a doença e toma os retrovirais pode infectar outras pessoas? 

O paciente com carga viral indetectável há mais de seis meses e que faz uso regular dos medicamentos, consideramos que são sexualmente não transmissíveis. Porém, isso não significa que ele não possa contrair ou transmitir outras infecções sexualmente transmissíveis. 

 

Quem tem HIV pode viver uma vida normal?

Hoje em dia nós temos a disponibilidade de tratamento é mais acessível, com menos efeitos colaterais e comodidade de posologia (quantidade de comprimido) bem menor que antes. Pacientes com HIV que fazem o tratamento e acompanhamento correto com o infectologista podem ter tanto qualidade quanto expectativa de vida semelhantes a quem não tem a doença. É importante destacar que eles devem seguir corretamente as recomendações do infectologista. 

 

Na campanha contra a Aids deste ano, o Ministério da Saúde apontou redução gradativa no número de infectados desde 2012. A que a senhora atribui isso? 

Antes de tudo é importante dizer que a Aids é uma forma avançada do HIV. A Aids é a síndrome clínica em que o paciente apresenta sintomas variados e tem o CD4 baixo. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido o tratamento e menor a probabilidade de evoluir para a síndrome clínica, que é a Aids. O fácil acesso aos medicamentos e testagem em massa, que era realizada gratuitamente pelo SUS, independentemente de o paciente ter plano de saúde ou não, foram as razões da Aids ter diminuído no Brasil. 

Entretanto, a quantidade de pacientes detectados com a sorologia do HIV, infelizmente vem aumentando. Apesar da Aids ter diminuído e a mortalidade ter reduzido, há incidência de casos de HIV no Brasil. Claro que é importante que a gente tenha esses números reduzindo, e isso significa que esses pacientes estão fazendo o acompanhamento regular, tendo acesso e tomando o medicamento corretamente, mas ainda assim é necessário focar na prevenção da contaminação.


 


Hospital Águas Claras


Saiba como ar-condicionado e ventilador podem desencadear doenças respiratórias

Equipamentos precisam de manutenção e limpeza adequadas para não causarem danos à saúde


Já virou tradição: basta as temperaturas lá fora subirem para que comecem as discussões dentro das empresas e, até mesmo dentro de casa. É que ao longo do verão, muita gente opta pelo uso de ventiladores e aparelhos de ar condicionado para ajudar a refrescar o ambiente. O problema é que, às vezes, esses eletrônicos prejudicam tanto a saúde que acabam não valendo a pena.

"Esses aparelhos podem causar o ressecamento das vias aéreas e, com isso, diminuem as defesas naturais do corpo. Fica mais fácil desenvolver resfriados e doenças respiratórias, como rinite, sinusite e até pneumonia", alerta a médica Dra. Maura Neves otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF.

Com as vias aéreas ressecadas, as mucosas deixam de filtrar vírus e bactérias que acabam entrando no organismo. Manter a hidratação em dia é essencial ao longo de todo o ano, mas sob o risco de ressecamento das mucosas, é preciso redobrar a atenção com a quantidade de líquidos ingerida.

O choque térmico causado pela diferença de temperatura interna e externa também não faz bem. "O ideal é manter o ambiente a uma temperatura de 23°C. Nunca abaixo ou acima disso", diz Dra. Maura, que destaca que esta é uma indicação da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e vale para o carro, casa e trabalho.

Para evitar que doenças sérias comprometam o verão, Dra. Maura sugere organização e planejamento. Dessa forma, é possível, semanas antes das grandes ondas de calor chegarem, realizar a higiene adequada tanto nos filtros do ar-condicionado quanto nas hélices e grades do ventilador. "O ventilador, quando sujo, acumula poeira, ácaros, fungos, vírus e bactérias que podem ser nocivos à saúde. Usá-lo sem a correta higienização pode desencadear espirros e até crises mais sérias", diz.


Prevenção

Além de higienizar corretamente os aparelhos antes do uso e caprichar no consumo de água durante o verão, o uso de soro fisiológico 0,9% para lavar as narinas faz toda a diferença na hora de evitar o ressecamento das mucosas e a contaminação por micro-organismos.

"O soro pode ser nebulizado diretamente nas narinas, por meio de aplicador próprio da embalagem ou conta-gotas, ou ainda ser vaporizado no inalador por 15 minutos por dia - pela manhã e antes de dormir", orienta Dra. Maura.


Doenças associadas

Algumas enfermidades podem ser desencadeadas pelo mau uso do ventilador ou do ar condicionado:

Doença do Legendário: causado por bactéria, causa uma pneumonia bem grave.

Asma: é uma doença inflamatória crônica nas vias respiratórias. Causa falta de ar, cansaço, chiado, aperto no peito e grande mal-estar.

Rinite: quando alérgica, infecciona a mucosa nasal e causa sintomas parecidos com os da gripe, como espirros, coriza fluída, coceira nas vias aéreas, congestão nasal, irritação nos olhos etc.

 




Dra. Maura Neves • Otorrinolaringologista • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP

 

Clínica MEDPRIMUS

https://www.medprimus.com.br


Câncer de útero: a importância dos exames de rotina e vacinação

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Dados do Instituto Nacional do Câncer comprovam que mais de meio milhão de mulheres são afetadas pela doença todos os anos


Na semana passada, a apresentadora Fátima Bernardes anunciou que foi diagnosticada com câncer de útero e pausaria as gravações de seu programa matinal para realizar o tratamento. Felizmente ela descobriu a doença em estágio inicial, graças a um check-up. A notícia acende um alerta sobre a importância das consultas de rotina.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de meio milhão de mulheres no mundo todo são afetadas pelo câncer de colo de útero anualmente. Com isso em mente, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) anunciou na última semana, em conjunto com a OMS, uma campanha para erradicar a doença no país.

Os sintomas do câncer de colo de útero só aparecem com sinais de corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica, e até mesmo sangramento fora do período menstrual, quando está num estágio muito avançado. “O acompanhamento anual com um ginecologista, mesmo que a paciente esteja bem e não apresente nenhum tipo de sintoma, é de extrema importância. Algumas doenças, como o câncer de útero, no início podem ser assintomáticas”, enfatiza doutor Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana.

De acordo com o especialista, o exame preventivo inicial mais indicado para todas as mulheres que iniciaram a vida sexual é o Papanicolau. “O exame é o responsável por detectar infecções e alterações na região íntima, além de analisar as condições do útero, se há algum tipo de lesão que precisa ser investigada por biopsia ou até mesmo raspagem para descartar qualquer indicativo de câncer”, explica.

Nos casos de resultados anormais no Papanicolau, o ginecologista pode solicitar também a Colposcopia, exame que analisa diretamente o colo uterino, além de outras estruturas genitais.

Ao falar de câncer de útero a primeira dúvida levantada é sobre a necessidade da remoção do órgão. “O ginecologista junto com o time de oncologia avaliará cada caso. Primeiro deve-se analisar a extensão do câncer, e caso seja possível, realizar uma conização, ou seja, a retirada de um pedaço um pouco maior do tecido uterino. Desta maneira é possível remover a parte doente sem que ela se espalhe para o resto do corpo, conservando também a funcionalidade do útero”, esclarece doutor Prado.

Se a expansão das células cancerígenas for muito grande também será realizado tratamento de radioterapia ou quimioterapia. “Nessas situações é importante uma conversa com a paciente sobre o desejo de uma gravidez futura, já que os tratamentos quimioterápicos e a radiação podem levar a uma menopausa precoce. Quando a mulher está em idade fértil é válido considerar deixar óvulos ou embriões congelados que podem ser fertilizados quando a paciente estiver livre da doença”, enfatiza. Caso o câncer tenha se espalhado para todo o órgão, é necessário realizar a remoção.

A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano). “Quando não causa o sintoma mais comum das verrugas genitais, o vírus vai lesionando a parede do útero aos poucos. Podem passar anos até que se desenvolva um câncer”, explica doutor Fernando.

A vacinação contra o HPV tem como função prevenir as doenças causadas por este tipo de vírus. Desde 2014 o SUS distribui a vacina gratuitamente para meninas entre 9 e 14 anos, e meninos entre 11 e 14. A vacina também pode ser tomada pela população com idade superior em clínicas particulares.

Em tempos de pandemia, a busca por vacinas e até mesmo consultas de rotina caíram bastante. “Quanto mais cedo a doença for detectada mais fácil será o processo, então é importante manter em dia a visita anual com seu ginecologista”, finaliza.

 


Fernando Prado - Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, doutor pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, diretor técnico da Neo Vita e diretor do setor de embriologia do Labforlife

 

Especialista fala sobre a possibilidade da Covid-19 causar impotência

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Estudo realizado na Europa e nos EUA relaciona o Coronavírus com o desempenho sexual masculino


Grande preocupação mundial no ano de 2020, a Covid-19 ainda é objeto de pesquisas e de incertezas para médicos e pacientes em todo o planeta. Um estudo recente realizado por médicos na Itália e nos Estados Unidos detectou que a disfunção erétil pode ser uma das sequelas deixadas nos pacientes da doença.

Diversas consequências estão sendo estudadas nos pacientes que foram diagnosticados com Covid-19 e que podem resultar em sequelas a longo prazo. Os cientistas alertam que a impotência, está no rol dessas consequência da Covid-19. 

Na população masculina, a disfunção erétil ocasionada pelo coronavírus pode ocorrer porque a infecção causa não apenas complicações respiratórias, como também afeta os vasos sanguíneos, podendo causar problemas vasculares em longo prazo.

O especialista no assunto, o urologista Dr. Willy Baccaglini, explica qual a relação entre a Covid-19 e a impotência. “Para poder relacionar a função erétil com o coronavírus, é necessário entender como ela funciona. A função erétil masculina depende da boa circulação do corpo, ela é um marcador de saúde global masculina. O coronavírus ataca de diversas maneiras, principalmente nas funções pulmonares, mas também vasculares. Algumas dessas complicações podem culminar em comprometimento da circulação sanguínea, que pode ocasionar a impotência”.

Segundo o médico, ser contaminado pela Covid-19 pode ser um agravante para quem já apresentava disfunção erétil e acaba testando positivo. “Quem já tem uma predisposição a quadros de impotência ou já apresenta uma disfunção leve e contrai a Covid-19, pode acabar tendo um agravamento do quadro, em razão de o vírus atacar as vulnerabilidades”, detalha.

Além da parte vascular da função erétil, contrair a Covid-19 pode interferir e deixar sequelas na ereção de outras formas, como fisicamente e psicologicamente. “Se você tem uma doença que te traz sequelas e ataca outros sistemas, ela pode interferir na função erétil de outras maneiras como no desempenho físico e, muitas vezes, na questão emocional. A disfunção erétil psicogênica, por questões psicológicas, é algo muito expressivo”.

Como os sintomas e sequelas ainda são nebulosos, quando se fala em literatura médica não há muitos artigos ou estudos que detalham essa possível relação entre coronavírus e impotência sexual. Por isso, o especialista lembra que a melhor forma de se proteger de quaisquer complicações é não contrair o vírus. “O grupo de risco da Covid-19 é o mesmo das doenças vasculares: pacientes hipertensos, diabéticos, com colesterol alto, obesos, entre outros. Sendo assim, a melhor forma de evitar sofrer complicações nesses quadros ainda é o distanciamento social e todas as medidas de segurança difundidas ao longo da pandemia”, afirma.

 



Dr. Willy Baccaglini - Especialista em Uro-Oncologia;
Mestre em Medicina Sexual pela FMABC;
Professor voluntário no curso de graduação de Medicina na FMABC; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU);Membro da American Urological Association, da European Urological Association e da Confederación Americana de Urología; Membro do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein como Uro-Oncologista. Atua em outros conceituados hospitais como Oswaldo Cruz e São Luiz.


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