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segunda-feira, 29 de junho de 2020

6 Dicas para Lidar com o luto e a falta de rotina trazidos pelo Covid-19


Como lidar com a perda da rotina durante a pandemia


A pandemia da doença do coronavírus 2019 (COVID-19) mudou a vida das pessoas de muitas maneiras. Além de sentir luto pela perda de vidas causada pela COVID-19, você provavelmente está de luto pela perda da sua rotina normal.


Entendendo o luto causado pela pandemia do coronavírus

Restrições para ficar em casa impostas para prevenir a disseminação da COVID-19 afetaram os empregos das pessoas, a maneira com que crianças brincam e vão à escola e a habilidade de se reunir em pessoa com amigos e família. Essas medidas também mudaram a maneira com que as pessoas fazem compras, praticam suas religiões, se exercitam, comem e buscam entretenimento. Como consequência, a pandemia teve um impacto psicológico profundo, fazendo com que as pessoas perdessem seus sensos de segurança, previsibilidade, controle, liberdade e proteção.

Por que a perda da rotina é tão desoladora? Você pode não perceber, mas você não se apega somente a outras pessoas. Você também provavelmente sente fortes vínculos com seu trabalho e com certos lugares e coisas. A experiência de perder esses vínculos, porém, não é tão bem definida quanto algumas perdas. E finais inesperados podem causar emoções intensas. Isso pode tornar difícil lidar com o que aconteceu e seguir em frente.

Você talvez também sinta que mudanças trazidas pela pandemia estão afetando seu senso de identidade. Por exemplo, se sua identidade é ligada estreitamente com seu emprego, perdê-lo pode provocar uma crise de identidade.


Sinais e sintomas de luto

Luto pode fazer com que você se sinta entorpecido ou vazio, com raiva, ou incapaz de sentir alegria ou tristeza. Você também pode ter sintomas físicos, como problemas para dormir ou comer, fadiga excessiva, fraqueza muscular ou tremores. Você pode ter pesadelos ou retirar-se socialmente.

Lembre-se, porém, de que o luto pode ter efeitos positivos também. Por exemplo, você pode se sentir grato por pessoas corajosas e atenciosas em sua comunidade. Você pode encontrar uma nova apreciação por seus relacionamentos e ter desejo de ajudar outros que estão passando por perdas similares.


Lidando com o luto do coronavírus

Por pior que faça você se sentir, o luto serve um propósito importante. O luto ajuda você a reconhecer que passou por uma perda e que precisará se adaptar.
Para lidar com o luto:
  • Preste atenção nos seus sentimentos. Cite o que você perdeu durante a pandemia. Talvez ajude escrever isso em um diário. Permita-se sentir tristeza ou chorar.
  • Pense nas suas forças e habilidades de superação. Como elas podem te ajudar a seguir em frente? Pense em outras transições difíceis pelas quais você passou, como uma troca anterior de emprego ou um divórcio. O que você fez que o ajudou a se recuperar?
  • Mantenha-se conectado. Não permita que o distanciamento social o previna de conseguir o apoio de que você precisa. Use ligações, mensagens de texto, chamadas por vídeo e mídias sociais para manter contato com seus familiares e amigos que são positivos e encorajadores. Procure aqueles que estão em situações similares. Animais de estimação também podem fornecer apoio emocional.
  • Crie uma rotina adaptada. Isso pode ajudar a preservar um senso de ordem e propósito, apesar do quanto as coisas podem ter mudado. Além do trabalho ou estudo remotos, inclua atividades que possam ajudá-lo a lidar com a situação, como exercício, prática religiosa ou passatempos. Mantenha um horário regular para ir dormir e tente manter uma dieta saudável.
  • Limite a quantidade de notícias que você vê. Passar tempo demais lendo ou escutando notícias sobre a pandemia da COVID-19 pode fazer com que você foque demais naquilo que perdeu, além de aumentar a ansiedade.
  • Lembre-se da jornada. Se você perdeu seu trabalho, você não tem que deixar o jeito com que acabou definir a experiência toda. Pense em algumas de suas memórias boas e no panorama geral.
Conforme você se ajustar a uma nova realidade e focar nas coisas que pode controlar, seus sentimentos de luto irão diminuir.
Se você está tendo problemas em lidar com seu luto causado pelas mudanças decorrentes da pandemia, considere procurar ajuda de um profissional de saúde mental.



Mayo Clinic 

"Elevação dos casos de transtornos mentais: 4ª onda ou uma Tsunami que vai da ansiedade até quadros gravíssimos de surtos psicóticos?"



Não podemos negar que a pandemia do vírus Covid-19 veio para ensinar muito ao ser humano. Aflorando, em todos os sentidos, o pior e o melhor do homem. O isolamento social trouxe o choque de realidade e uma verdadeira crise ética, confrontando o narcisismo e o egocentrismo de um indivíduo que achava que tudo podia, tudo era permitido, tudo estava em sua mão. Ou seja, o homem passou a perceber que não pode controlar tudo. E diante de todo esse contexto aterrorizante, vem ganhando destaque o que os especialistas estão nomeando como a 4ª onda. Uma onda da curva de contágio que trata do aumento dos sofrimentos psíquicos. A elevação dos casos de transtornos mentais que vão desde uma ansiedade até quadros gravíssimos de surtos psicóticos.

Estudos revelam que a 1ª onda refere-se aos casos propriamente ditos e confirmados de Coronavírus. A 2ª onda está fixada em outras urgências médicas, como os infartos agudos do miocárdio, os acidentes vasculares cerebrais e outras comorbidades não relacionadas ao vírus. Já a 3ª onda assusta e preocupa a classe médica, pois aponta as doenças crônicas descompensadas pela falta de acompanhamento profissional contínuo - como as diabetes, hipertensão, obesidades e as cardiopatias -, tratamentos que têm sido negligenciados por medo de exposição ao contágio por Covid-19.

Mas o crescimento da 4ª onda vem ganhando terreno e deixando consequências além da pandemia para os próximos meses ou anos. O número de pessoas apresentando doenças da mente aumentou consideravelmente nos últimos tempos. Novos pacientes deram início aos tratamentos psicológicos e psiquiátricos, evidenciando essa elevação nos casos. A piora em pacientes antes estáveis sinalizou uma maior necessidade do preparo do sistema de saúde no acolhimento dos indivíduos acometidos por transtornos mentais. Entre eles, destacamos a ansiedade, depressão, transtornos de estresse pós-traumático, transtornos bipolares, esquizofrenia, entre outros. Traumas e doenças psíquicas provocadas pela exposição à incerteza do amanhã, pela insegurança e pelo desgaste financeiro; além do aumento dos conflitos de relacionamento e até de violência doméstica, uma vez que o convívio familiar foi intensificado pela quarentena. Surgindo também casos de desconforto mental gerados pela falta do contato físico e da solidão.

Os teleatendimentos virtuais dos profissionais de saúde mental tornaram-se uma realidade, com um número de atendidos em uma curva de escala crescente nos últimos dias, dando indícios de uma “tsunami” do que poderemos enfrentar nos próximos meses. A recaída dos dependentes químicos e o aumento do consumo de calmantes, álcool e drogas evidencia a busca das pessoas por saídas e alternativas para suportar o isolamento social imposto, na tentativa de reduzir o seu sofrimento interno.

Para mitigar essa curva, é de suma importância o fortalecimento de nossa saúde mental que, sem sombra de dúvidas, é uma questão de ordem mundial que deve ser monitorada com urgência, levando em consideração o cuidado das nossas emoções, a ponto de fortalecer nossas esperanças e melhorar a saúde física e mental de cada um.

A pandemia acaba atuando como um gatilho dos transtornos mentais e reforça os delírios, potencializando a possibilidade do surgimento de um exército de ansiosos, acometidos por sofrimentos psíquicos. 

Portanto, mais do que nunca, devemos buscar nosso próprio equilíbrio interno. Exercitando o pedido de ajuda ao menor sinal de desconforto. Ao perceber que o desajuste está além do suportável, mantenha a calma e aprenda a dar valor ao que realmente importa. Eliminando preocupações desnecessárias.  Trabalhe sua mente para encontrar suas próprias respostas, protegendo seu lado emocional. Viva um dia de cada vez e não negligencie seus sentimentos. Externe o que sente para não se tornar uma esponja emocional, que absorve tudo e se encharca de dor, medo, insegurança, dúvidas e pavor. Fortaleça sua esperança para que o mundo não lhe pareça mais tão cinza. E se já possui acompanhamento psicológico com um profissional, não abandone seu tratamento. Lembre-se: só conseguimos lidar com o externo quando nosso interno está em equilíbrio.






Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


Meditação no isolamento pode amenizar ansiedade


               Incluir a prática na rotina estimula a tranquilidade e a paciência   

          
A covid-19 trouxe inúmeras mudanças desde que chegou ao Brasil. Houve crescimento no desemprego, crianças e adolescentes seguem sem aulas presenciais, modelos de trabalho como o home office tem sido adotados pelas empresas e há um vírus circulando pelo país, fazendo com que as pessoas fiquem mais dentro de casa. Com esse cenário de incertezas, os casos de ansiedade aumentaram, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença, que afeta 18 milhões de brasileiros, pode ser minimizada com a prática da meditação e por meio de outras terapias.

“Um tema que ainda tem muito tabu, porque acredita-se que precisa estar vinculado a uma religião ou em uma posição muito complexa. Mas não, meditação é quando você aprende a aquietar a sua mente. É quando percebe que a vida está cursando em você através, simplesmente, do respirar”, comenta Junior Moura, astrólogo com mais de 20 anos de experiência. O profissional explica que focar na respiração abre espaço e expande esse contato com a meditação, pois traz atenção no momento presente, sem se prender ao passado e futuro, que levam à ansiedade.

Para os iniciantes, simplesmente sentar, fechar os olhos e silenciar a mente pode causar estranheza ou dificuldades em um primeiro momento, no entanto, com o tempo se torna mais fluído. Vale ressaltar que no início, dedicar apenas cinco minutos fazem com que o corpo e a mente comecem a integrar a nova prática. Também existem as meditações guiadas, disponíveis em aplicativos ou em canais do YouTube, que auxiliam os novos praticantes entrarem no estado meditativo. Além de amenizar os sinais da ansiedade e do estresse, meditar promove calma, concentração, paciência e bem-estar, e aumenta a produção de hormônios como a endorfina.

“Em um momento como esse, de tanta ansiedade e medo, encontrar mais equilíbrio é importante e eu acredito que a meditação pode ajudar. Encontre um momento do seu dia em que tenha bastante tranquilidade, sente na posição que se sentir confortável e traga a atenção para o seu respirar”, sugere Moura. O astrólogo explica que não necessariamente precisa estar em posições complexas para meditar, pode ser usado cadeiras, almofadas, tapetes e colchonetes, encontrando a postura ideal para cada um – o é recomendado manter a coluna ereta.

A ideia é que o praticante encontre um jeito pessoal de entrar em contato com o seu interior, amenizando os ruídos de fora e se presenteando com esse momento de introspecção e silêncio. “É bem interessante porque a sua mente sai do ambiente externo, sai também lá da frente e lá de trás, trazendo bastante presença, que é tão importante no momento que estamos vivendo. Encontre a sua forma de meditar, traga esse hábito para a sua vida que pode ser transformador e luminoso”, finaliza.

Junior Moura - astrólogo e alquimista com mais de 20 anos de experiência na área da espiritualidade. Realiza atendimentos presenciais e a distância em todo o mundo auxiliando diversas pessoas a descobrirem a própria consciência luminosa através da astrologia, numerologia, radiestesia, tarot, reiki e alquimia. Considera-se um profissional universalista, aplicando diversas filosofias em seu trabalho.




Consciência Lumynosa


E-book propõe atividades que estimulam a cognição dos idosos durante a quarentena


Livro é gratuito e foi elaborado por pesquisadores da UFSCar, USP e UFMT


O distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19 fez com que vários idosos deixassem de participar de atividades que estimulam a cognição, como oficinas de memória. Com o objetivo de propor ações que agucem a cognição durante a quarentena e fornecer informações sobre o novo Coronavírus para esse público, foi elaborado o e-book "Covid-19 e os idosos: atividades cognitivas para a quarentena". A obra é fruto de parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) e a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

De acordo com Lucas Pelegrini de Carvalho, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar e um dos organizadores do livro, o processo de envelhecimento traz algumas alterações cognitivas, como por exemplo na atenção, nas funções executivas e na memória. "Associado a isso, o período de isolamento é limitante para que os idosos exercitem suas habilidades cognitivas. Assim, a prática de atividades que estimulem a cognição se torna imprescindível para que haja a prevenção de possíveis declínios e a promoção da saúde cognitiva", completa o professor.

Nesse contexto, o e-book propõe exercícios que estimulam a cognição dos idosos, seus domínios (atenção, funções executivas, memória e aprendizado, linguagem, perceptomotor e cognição social) e as habilidades que se desdobram a partir desses domínios, como raciocínio e tomada de decisão. São apresentadas práticas de leitura, jogos com palavras, números e desenhos. Além disso, a obra traz informações sobre a Covid-19, como sintomas, formas de contágio e medidas protetivas importantes para que os idosos passem por esse momento de forma segura. "A Covid-19 é uma doença recente e as informações a seu respeito ainda estão em processo de disseminação. Optamos por abordar temas relacionados a ela pois o público idoso precisa ter acesso ao conhecimento disponível, contudo de maneira acessível e coerente com a sua realidade", acrescenta Carvalho.

O livro integra o projeto de extensão intitulado "Covid-19 e envelhecimento: Confecção de material informativo sobre saúde e envelhecimento com a proposta de estimulação cognitiva", coordenado pelo professor da UFSCar. A equipe da Universidade ficou responsável pela criação, redação dos capítulos e edição gráfica. Os grupos da EERP-USP e UFMT auxiliaram na correção e adequação do conteúdo para viabilizar a publicação. O e-book está disponível para download gratuito neste link (https://bit.ly/3i6yxdp) e é voltado aos idosos, mas indicado também para cuidadores e familiares que poderão ajudá-los na execução das práticas propostas.



Quarentena, bebê, trabalho, muitas tarefas e incertezas: como lidar com tantas emoções e atividades?



Temos ouvido muito sobre os desafios enfrentados pelos pais durante o isolamento social, na árdua tentativa de conciliar trabalho, atividades domésticas, responsabilidades escolares e cuidados pessoais, entre tantas outras obrigações e incontáveis preocupações durante esta pandemia sem precedentes, e com poucas certezas futuras. Seria impossível discorrer sobre tantas questões em uma única matéria, afinal de contas, só quem vive para saber “a dor e a delícia de ser quem é”, parafraseando Caetano Veloso.

Ao mesmo tempo que muitos pais têm tido a deliciosa oportunidade de passar mais tempo do que comumente passariam com seus filhos durante a semana, o período de quarentena têm sido um desafio para a maioria que se encontra em isolamento social, e precisa manter seus compromissos diários de trabalho, concomitantemente à criação, atendimento e educação das crianças, sem mencionar a necessidade de também manter seu cuidado pessoal com alimentação, possíveis tratamentos, hidratação, entre outros cuidados pessoais, que, infelizmente, acabam sendo esquecidos por muitos.

Anteriormente, famílias cujos pais trabalham fora, podiam contar com sua rede de apoio, formada por escola, familiares, auxiliares domésticas, babás, etc, para que então pudessem cumprir com suas responsabilidades profissionais, e seus filhos fossem cuidados com segurança e amor. Para evitar a transmissão do vírus, essa rede de apoio precisou parar de ser acessada, e, para alguns, a responsabilidade do trabalho seguiu em sua plenitude, com inúmeras videoconferências e reuniões virtuais adicionadas à rotina, entre fraldas, mamadeiras, brincadeiras, preocupações com segurança, educação, entre outras.

Não é possível generalizar as necessidades das crianças, pois cada fase apresenta uma demanda diferente. Um bebê de seis meses tem necessidades muito diferentes de uma criança de um ano e meio, assim como as crianças de cinco anos, por exemplo. São fases distintas e que precisam de olhares especiais para cada momento. Neste artigo, abordaremos aspectos vividos especialmente por pais de crianças de até dois anos.

A rotina destes pais, via de regra, começa muito cedo. Bebês acordam cedo, alguns dormem muito mal, e a atividade profissional também começa logo nos primeiros horários da manhã. Entre as primeiras fraldas, mamá, alimentação, brincadeiras, troca de roupa, limpeza da casa, cuidado com as roupas, e com todas as outras atividades, há também que manter a certeza de que seu filho não está colocando o dedo na tomada, engolindo algo pequeno ou até mesmo subindo no sofá onde ele pode cair, enquanto telefones tocam, reuniões começam, e-mails chegam e notificações não param. Impossível não dizer que tudo isso, associado à preocupação do que está acontecendo com o mundo, riscos de contaminação a cada saída de casa para atividades essenciais e muitas vezes, inclusive, com o próprio trabalho e geração de renda, coloca, naturalmente, estes pais em uma zona de stress intensa diariamente.

Há inúmeras variáveis que irão influenciar e, inclusive, agravar este processo, como por exemplo, o número de adultos responsáveis e disponíveis na casa, a quantidade de crianças, entre outros pontos. Há mães e pais solo com seus filhos em homeoffice, e que precisam dar conta de tudo sozinhos; há casas onde o casal tem apenas um filho; em outras há mais crianças correndo e brincando.

Fisicamente, pode-se dizer que conciliar tudo isto, muitas vezes sem a empatia e entendimento dos demais colegas de trabalho, não é uma das tarefas mais fáceis e leves, porém, pode ser possível e inclusive prazerosa, se a família conseguir criar miniminamente um ritmo de tarefas e horários. Falamos aqui de “ritmo” ao invés de rotina para dar justamente este sentimento de leveza e fluidez, que todos nós precisamos tentar desenvolver em meio ao caos, diminuindo as autocobranças. Este ritmo, no mínimo, pode te auxiliar a prever os acontecimentos do dia, permitindo esta fluidez frente à inúmeras flexibilizações imprevisíveis e necessárias.

Quando possível, o estabelecimento de uma parceria entre os responsáveis no cuidado diário é o primeiro ponto que precisa ser levado em consideração. A divisão das responsabilidades e estabelecimento de alguns horários podem contribuir, e muito, para que este ritmo diário seja menos estressante, mentalmente e fisicamente. Estabelecer um ritmo com horários para os afazeres diários, também pode contribuir no dia a dia, como hora para o bebê dormir, hora para o banho e até mesmo para ver televisão, lembrando que a recomendação do Ministério da Saúde para crianças até 2 anos é de no máximo 1 hora diária.

Sabe-se que é impossível ter uma “receita de bolo” para estas situações, considerando a peculiaridade vivida por cada família, mas, lista-se abaixo algumas sugestões visando lhe auxiliar a viver esta fase, gerando, principalmente, boas lembranças às crianças e menos stress à família:

- Quando possível, tentem aproveitar a oportunidade de estarem o dia todo juntos e façam as refeições em família. Mesmo que seja apenas você e seu filho, tentem reunir-se à mesa ou onde costumam fazer as refeições, brinquem com a criança, conversem, estimulem e curtam este momento em família.

- Não deixe seu autocuidado de lado. Sabemos que “banho relaxante” não é mais uma realidade de muitos, mas, se dê ao menos algum momento pessoal de prazer no dia, como uma xícara de café, algumas páginas de livro, uns minutos no sofá ou algo que goste. Faz bem para sua saúde mental!

- Brinquem, façam pausas para interagir, cantem, dancem, escutem músicas! Tragam uma leveza para o ambiente através destes momentos e gerem lindas lembranças.

- Quando possível, na hipótese de ter mais um adulto responsável pela criança em casa, onde ambos estão em homeoffice, tentem estabelecer uma divisão de horários. Exemplo: entre 9h e 10h, a mãe trabalha e o pai cuida da criança, depois revezam. Assim, pouco a pouco cada um consegue se concentrar nas atividades profissionais e se dedicar na totalidade para cuidar e dar atenção à criança.

- Lembre-se que, neste cenário, a conta não fecha. Tudo bem se hoje a louça não for lavada, se a casa estiver bagunçada. Tentem, na medida do possível, manter como prioridade a leveza e alegria na casa. São momentos difícieis, tensos e exaustivos, e que crianças desta idade ainda não conseguem entender. Porém, diversão, brincadeiras, colo e muito amor são entendidos por completo, universalmente, a qualquer tempo.

- Não se cobrem tanto e evitem comparações desnecessárias. Cada casa é uma casa, cada família é uma família. Olhe para dentro da sua, para as suas possibilidades e necessidades. Faça as flexibilizações e adptações necessárias para que o que precisa seja feito.

- Por fim, lembre-se que não é uma competição de produtividade e de quem é a família mais perfeita, é um momento diferente, único, e que cada família precisará passar, adaptando suas possibilidades, frente à tantas responsabilidades e pouco auxílio, não deixando, porém, de manter o amor, a alegria e a união sempre presentes.





Vinícius Bednarczuk de Oliveira – Pai da Lelê, Doutor em Ciências Farmacêuticas e Coordenador dos Cursos de Farmácia e Práticas Integrativas e Complementares do Centro Universitário Internacional Uninter.



Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira – Mãe da Lelê, Psicóloga, Especialista em Análise do Comportamento e Diretora do Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção a Fibrose Cística


Exames de endoscopia e colonoscopia ganham novos protocolos durante a pandemia


Mudanças têm como objetivo garantir a realização dos procedimentos de forma segura para equipes e pacientes


Os exames de endoscopia e colonoscopia ganharam protocolos mais rígidos para que possam ser realizados durante a pandemia. A SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva) elaborou algumas diretrizes para garantir que a equipe de saúde e os pacientes possam ser submetidos ao procedimento de forma segura, já que, em muitos casos, o exame não pode ser adiado.

“Esses são dois exames muito importantes, que podem, inclusive, diagnosticar câncer em estágios iniciais. Chegaram a ser suspensos no início da pandemia, mas como não sabemos até quando vamos viver essa situação e preocupados com os prejuízos à saúde, retomamos os exames, com protocolos mais rígidos, seguindo as orientações da SOBED”, explica o cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista, Admar Concon Filho, da Clínica Concon, que tem uma unidade em Valinhos e uma unidade de exames recém-inaugurada no Espaço Rafah, em Vinhedo.

De acordo com ele, os cuidados chegam a ser semelhantes aos utilizados em centros cirúrgicos. “Toda a equipe é paramentada com EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual), levando em conta que qualquer um na sala pode ser um portador de Covid-19, apesar dos cuidados tomados muito antes do exame”, explica.

Entre os cuidados, estão duas triagens, uma feita por telefone quando o procedimento é agendado e outra feita presencialmente, no dia do exame, para saber se a pessoa tem algum sintoma ou se teve contato com alguém contaminado. Pacientes e acompanhantes precisam usar máscara de proteção e fazer a higienização das mãos ao chegarem à clínica. Os exames também são marcados com intervalos maiores para evitar um número elevado de pessoas na sala de espera e para que seja possível manter a distância mínima necessária.

Na sala de exames, além de uma rigorosa paramentação, os profissionais da equipe também mantêm uma distância maior durante o trabalho e evitam sair do ambiente o máximo possível. Caso precisem sair da sala, tomam vários cuidados para minimizar os riscos de uma possível contaminação.

“Além disso, nossa equipe é monitorada diariamente. O protocolo que instituímos prevê que no caso de qualquer sintoma parecido com os da Covid-19, o profissional seja afastado imediatamente”, reforça Concon. “Este é um momento que exige empenho e comprometimento de todos, principalmente na área de saúde, que não para”, comenta o médico.

Os exames de endoscopia são indicados para casos em que o paciente apresenta azia, queimação, falta de apetite, sensação de estufamento ou perda de peso sem motivo aparente, entre outros. “A periodicidade desse exame varia muito de acordo com cada caso. Em alguns casos, é possível esperar. Em outros, não, porque o resultado é fundamental para a indicação do tratamento”, afirma Concon. A endoscopia é importante para identificar doenças comuns do aparelho digestivo, como gastrite, esofagite e refluxo gastroesofágico, e até doenças mais graves, como hérnia de hiato e câncer de estômago ou esôfago.

Já a colonoscopia é indicada quando o paciente apresenta queixas como alteração de hábito intestinal, dor abdominal ou sangramento anal. Através dela, é possível diagnosticar úlceras, colite, retite, doença de Crohn, pólipos e câncer colorretal.

A periodicidade do exame também varia a cada caso. Mas, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, mesmo assintomáticas, todas as pessoas com 45 anos ou mais devem fazer a colonoscopia porque é uma das formas mais eficientes de prevenção do câncer de intestino. “E, no caso de haver algum caso de câncer colorretal na família, a recomendação é para que a colonoscopia seja feita a partir dos 40 anos ou 10 anos abaixo da idade que a pessoa tinha quando diagnosticada a doença. Por exemplo, se o pai do paciente teve com 45 anos, ele precisa começar a fazer o exame aos 35”, explica Concon. Durante o exame de colonoscopia, é possível retirar os pólipos (pequenas elevações na parede de cólon e do reto) precocemente e evitar que se transformem futuramente em tumores malignos. “Os pólipos podem demorar até 10 anos para se transformarem em tumores. Por isso, esse exame é tão importante”, reforça.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de cólon e reto é o segundo mais comum no Brasil, que, neste ano, deve registrar 41.010 novos casos entre homens e mulheres.





Dr. Admar Concon Filho - cirurgião bariátrico, cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista. Palestrante internacional, presidente do Hospital e Maternidade Galileo e fundador e coordenador do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos. Também é membro titular e especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, além de membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders. CRM – 53.577


Alergias e Covid-19 é o tema da Semana Mundial da Alergia 2020


- Pacientes com asma, anafilaxia, rinite e imunodeficiências: como proceder?

- Especialistas da ASBAI farão LIVE para tirar dúvidas do público

- Semana Mundial da Alergia acontece de 28/06 a 04/07


“Os Cuidados com as alergias não param com a Covid-19” é o tema da Semana Mundial da Alergia 2020, que acontece entre os dias 28/06 e 04/07. Embora as alergias não sejam um fator de risco para contrair a doença, algumas delas podem se tornar um fator complicador para uma pessoa que contraia a Covid-19.


Asma - O Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) explica que é muito importante manter o controle da doença, principalmente nesse período de pandemia. Isso porque se a asma não estiver sob controle, pode acarretar complicações ao paciente caso ele contraia a Covid-19. O mesmo vale para a rinite.
A asma, que atinge entre 10% e 25% da população brasileira, e a rinite, que segundo estudo ISSAAC (Internacional Study of Asthma and Allergies), compromete cerca de 26% crianças e 30% dos adolescentes, são as mais prevalentes nesta época do ano, que apresentam temperaturas mais frias e tempo seco.


Dexametasona – Esse corticoide tem se mostrado eficaz na redução de mortalidade em pacientes em estado GRAVE de Covid-19. Porém, é importante salientar que o medicamento não serve como prevenção da Covid-19, além de poder aumentar o risco de contrair o coronavírus.
O dexametasona apresenta diversos efeitos colaterais, entre eles: osteoporose, glaucoma, aumento da glicose no sangue, da pressão arterial e aumento de peso.


Anafilaxia – Pacientes com histórico de anafilaxia devem ter sempre por perto a adrenalina, medicamento de emergência que deve ser aplicado imediatamente à reação alérgica, considerada a mais grave e que pode levar a óbito.
Nos casos de anafilaxia grave, o Departamento Científico de Anafilaxia da ASBAI orienta manter a conduta e seguir o plano de ação habitual, procurando serviços de emergência imediatamente após o uso de adrenalina. O uso da telemedicina é recomendado para discutir, proativamente com o paciente, o manuseio da anafilaxia durante este período. Monitorar a pressão arterial e a saturação de oxigênio com oxímetro de pulso podem ser úteis para avaliação domiciliar.


Imunodeficiências - De uma maneira geral, pacientes com diagnóstico de alguma imunodeficiência primária apresentam o mesmo risco que todas as pessoas para se infectar pelo coronavírus, mas apresentam riscos diferentes para ter a doença respiratória grave por esse vírus, na dependência do tipo de defeito do sistema imunológico.

O Departamento Científico de Imunodeficiências da ASBAI explica que a imunoglobulina policlonal humana em uso não confere proteção contra o atual coronavírus, pois contêm anticorpos provenientes do plasma de doadores coletado muito antes do início da pandemia. Por conta disso, não está indicado usar imunoglobulina para tratar quadros graves de Covid-19.

As medidas mais importantes em pacientes com IDP são manter isolamento social, particularmente pelos pacientes com doenças de maior risco de Covid-19 grave e estendido a todos os indivíduos que moram na mesma casa e/ou cuidam deles; não suspender qualquer tratamento sem conversar com seu médico; a aplicação de imunoglobulina não deve ser suspensa, mas mudanças no intervalo de aplicação e uso domiciliar devem ser considerados; e não usar qualquer medicamento novo sem conversar com seu médico são algumas das recomendações, além das referentes à higienização das mãos, máscaras, etc.

O Dr. Flavio Sano, presidente da ASBAI, enfatiza a importância de não se abandonar o tratamento prescrito pelo especialista. “Estamos com um trabalho permanente para informar pacientes e famílias sobre as alergias e Covid. Neste momento, a informação é uma das peças-chaves para combater o novo coronavírus”, conta Dr. Sano.

Devido à necessidade de isolamento social, este ano a ASBAI não realizará ações presenciais com o público, mas preparou uma campanha digital em seus canais de comunicação.  No dia 30/06, às 18h, acontece uma LIVE, no canal do YouTube da ASBAI, com a participação de especialistas que vão tirar as principais dúvidas sobre alergias e Covid-19.

A Semana Mundial de Alergia é uma iniciativa anual da Organização Mundial de Alergia (WAO), juntamente com suas Sociedades Membros, para aumentar a conscientização sobre doenças alérgicas e distúrbios relacionados e defender a provisão de treinamento e recursos no diagnóstico, gerenciamento e prevenção destes. doenças e asma, que estão aumentando em prevalência em todo o mundo.






ASBAI -  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia


Esquizofrenia e Transtorno Bipolar: saiba como diferenciá-los


Esquizofrenia e Transtorno Bipolar são duas doenças mentais que afetam a maneira como as pessoas pensam e agem. Por terem alguns sintomas em comum, às vezes pode parecer difícil distingui-las, mas também há grandes diferenças entre as duas.


Uma das principais características do Transtorno Bipolar são as variações no humor, que dificultam a realização das atividades cotidianas. Já nos casos de Esquizofrenia, os problemas com o humor não são o ponto central, e sim as alucinações, que podem dificultar o relacionamento interpessoal e o discernimento do que é real ou não.

Neste post que contou com a colaboração da Dra. Luciana Mancini Bari, clínica geral do Hospital Santa Mônica, você vai saber mais sobre cada uma dessas duas doenças e aprender quais são as principais diferenças entre a Esquizofrenia e o Transtorno Bipolar. Acompanhe!


Características da Esquizofrenia

A Esquizofrenia é uma doença que atinge 23 milhões de pessoas no mundo e dois milhões de brasileiros. A doença faz com que as pessoas passem a interpretar a realidade de forma diferente, o que afeta o modo como ela pensa, sente e se comporta. Isso acontece por conta da liberação excessiva de dopamina pelo corpo, neurotransmissor responsável por ativar ou inibir a atividade cerebral.

A causa exata dessa alteração ainda é desconhecida pela medicina, mas fatores como hereditariedade, ambiente e química cerebral alterada podem influenciar o surgimento da doença ou a intensidade dos sintomas.

O resultado dessas alterações é a dificuldade do cérebro em entender a realidade, elaborar pensamentos e formular respostas emocionais mais complexas. Isso pode causar alucinações, comportamento agitado ou agressivo, compulsão, delírio, perda de memória, ansiedade, entre outras coisas.

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a Esquizofrenia é um distúrbio de múltiplas personalidades. Ela é uma doença crônica, que exige tratamento durante toda a vida do paciente. Infelizmente, o esquizofrênico ainda sofre muitos preconceitos, pois a doença é, erroneamente, associada à agressividade, à violência e a manicômios.

Em ambos os casos, o paciente passa por tratamentos terapêuticos, com terapias familiar, comportamental e em grupo, psicoeducação e participação em grupos de apoio. Vale ressaltar que “ o diagnóstico e o tratamento precoce nessas doenças são muito importantes pois evitam a progressão do quadro", segundo a Dra. Luciana.

O Hospital Santa Mônica tem mais de 50 anos de experiência no tratamento de transtornos mentais. Aqui, os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar especializada e têm acesso a toda a estrutura necessária para o tratamento médico e terapêutico.

Como a internação do paciente pode se fazer necessária nos casos dessas e outras doenças, dispomos, ainda, de quartos especiais, onde os pacientes podem se acomodar confortavelmente para que o tratamento seja feito da melhor maneira possível.


Sintomas da Esquizofrenia

Os sintomas da Esquizofrenia costumam se manifestar entre os 15 e os 35 anos de idade do paciente. A doença pode ocorrer em crianças, mas esses casos são raros. Os sintomas podem estar associados à psicose, a interrupções nas emoções e à cognição. A seguir, confira uma lista com os principais sinais da doença:

  • alucinações;
  • delírios;
  • agitação corporal;
  • pensamentos desordenados;
  • redução da capacidade de expressar emoções;
  • falta de vontade de exercer atividades que antes eram prazerosas;
  • dificuldade de se manter concentrado em uma atividade;
  • redução da fala;
  • lentidão intelectual;
  • incapacidade de tomar decisões.


Características do Transtorno Bipolar

O Transtorno Bipolar, conhecido por alguns como Bipolaridade, é um distúrbio que tem como principal característica a variação constante humor — depressão, euforia e apatia se alternam de forma súbita. A doença atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A sua incidência é muito maior do que a da Esquizofrenia, mais rara.

Durante as crises de euforia, o paciente pode ter dificuldades para dormir e apresentar perda de contato com a realidade. Já nos episódios depressivos, a falta de motivação e a perda do interesse por atividades cotidianas são os sinais mais observados. Essas mudanças podem durar por dias ou meses.

O Transtorno Bipolar é uma doença crônica, que deve ser tratada durante toda a vida do paciente. O diagnóstico também deve ser feito por um médico psiquiatra, por meio da observação do comportamento e da análise do histórico médico do indivíduo.


Sintomas do Transtorno Bipolar

Ao contrário do que acontece nos casos de Esquizofrenia, o paciente com Transtorno Bipolar não precisa apresentar sintomas como alucinações, delírios e confusão de pensamento para ser diagnosticado, apesar de existir a possibilidade desses sinais se manifestarem.

Para que o diagnóstico seja confirmado, é preciso que o paciente tenha tido, pelo menos, um episódio de mania. Veja, a seguir, os principais sintomas da doença e saiba como identificar o Transtorno Bipolar.


Sintomas da fase de euforia
  • aceleração do pensamento e da fala;
  • sensação de bem-estar;
  • agitação;
  • menor necessidade de sono;
  • maior energia;
  • impulsividade;
  • ideias grandiosas;
  • sensação de poder.

Sintomas da fase de depressão
  • alterações no apetite;
  • perda de energia;
  • falta de interesse por atividades que antes eram prazerosas;
  • sentimento de inutilidade ou culpa;
  • pensamentos suicidas;
  • isolamento social.

Principais diferenças entre Esquizofrenia e Transtorno Bipolar

De forma resumida, a diferença entre Esquizofrenia e Transtorno Bipolar é que a primeira envolve sintomas psicóticos, alucinações e distorções da realidade, enquanto a segunda precisa incluir um episódio de mania e podem ocorrer repetidos episódios de depressão.

No Transtorno Bipolar, os episódios duram, pelo menos, 4 dias, podendo chegar a meses. Já na Esquizofrenia, os sintomas se apresentam de forma constante, geralmente por um período de 6 meses, segundo um artigo divulgado pelo site Very Well Mind.


Importância do tratamento

Os tratamentos para Esquizofrenia e Transtorno Bipolar são muito importantes para manter a qualidade de vida do paciente. O acompanhamento médico adequado também melhora a relação do paciente com familiares e outras pessoas próximas e facilita a execução de atividades de rotina.

O tratamento contra Esquizofrenia inclui o uso de medicamentos antipsicóticos e antitremores. Já nos casos de Transtorno Bipolar, os medicamentos mais utilizados são os ansiolíticos, anticonvulsivantes, neurolépticos e, também, os antipsicóticos.

Em ambos os casos, o paciente passa por tratamentos terapêuticos, com terapias familiar, comportamental e em grupo, psicoeducação e participação em grupos de apoio. Vale ressaltar que “ o diagnóstico e o tratamento precoce nessas doenças são muito importantes pois evitam a progressão do quadro", segundo a Dr Luciana.

O Hospital Santa Mônica tem mais de 50 anos de experiência no tratamento de transtornos mentais. Aqui, os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar especializada e têm acesso a toda a estrutura necessária para o tratamento médico e terapêutico.

Como a internação do paciente pode se fazer necessária nos casos dessas e outras doenças, dispomos, ainda, de quartos especiais, onde os pacientes podem se acomodar confortavelmente para que o tratamento seja feito da melhor maneira possível.



Seconci-SP alerta sobre as doenças de inverno e como preveni-las


Pneumologista da entidade explica os impactos das baixas temperaturas no sistema imunológico


A chegada do inverno não traz somente as baixas temperaturas, mas também doenças características, transmitidas por bactérias, fungos e vírus. Devido ao frio, a estação reduz a imunidade do corpo e facilita o surgimento de patologias como gripe Influenza, resfriado, dermatite, pneumonia, bronquite, asma, meningite, entre outras. Nesse contexto, a pneumologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Marice Ashidani, explica como se prevenir durante o período.

“No inverno, as vias respiratórias ficam mais vulneráveis e o ar frio e a poluição são fatores que diminuem a eficiência do sistema de proteção do corpo. Esses canais são revestidos de muco ciliar, que são células que movimentam agentes biológicos e poluição para fora, e o ar seco deixa essa camada menos espessa, fazendo com que essa barreira de proteção perca eficiência”, explica a dra. Marice. Ela ressalta que as pessoas com maiores chances de sofrer com estas doenças são as crianças e os idosos, por terem o sistema imune mais fragilizado.

Com as temperaturas mais baixas, a tendência é que as pessoas fiquem, cada vez mais, em ambientes fechados e, por vezes, mal ventilados para se aquecerem. A ventilação do local é fundamental para que o ar possa circular para evitar possíveis contaminações. Também é importante manter-se hidratado e bem alimentado, priorizando frutas e verduras frescas, bem como manter a casa higienizada a fim de evitar o pó e o mofo. “Vale lembrar que pessoas com problemas respiratórios devem manter uma ‘etiqueta respiratória’, que envolve cuidados básicos de higiene, para não contaminar outras”, ressalta a médica.

É recomendada ainda a vacinação anual contra a gripe, capaz de proteger contra os principais vírus causadores da doença no período. A vacinação é especialmente importante para pessoas com maior risco para o desenvolvimento de quadros mais graves de gripe e pneumonia viral, como idosos, crianças, gestantes, diabéticos e portadores de doenças pulmonares, cardíacas ou autoimunes.

E em tempos de pandemia de um vírus que ataca as vias respiratórias, como o novo coronavírus, é preciso estender os cuidados básicos de higiene para o ambiente de trabalho. O Seconci-SP tem atuado para mitigar os riscos de doenças contagiosas por meio de seu Programa SOS - Seconci-SP Obra com Saúde. A iniciativa disponibiliza um profissional de enfermagem nos canteiros de obra para medir a temperatura corporal, dar orientações, entrar em contato com os médicos da entidade, se necessário, e acompanhar os afastamentos dos casos suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus.


Covid-19: os impactos nos tratamentos de fertilidade



Desde o início do ano vivemos um momento de precauções e complicações envolvendo a pandemia do novo coronavírus que, além das questões de crise sanitária, envolve uma crise econômica e social. A América Latina hoje é o novo epicentro da pandemia e apresenta situações epidemiológicas distintas dentro do mesmo país, em capitais ou cidades do interior. Entre os mais afetados nesse período estão os casais inférteis que buscavam algum tratamento específico ou com auxílio de reprodução assistida, e que tiveram que cancelar ou postergar esse sonho.

Somado a este problema, está o relacionado à idade fértil da mulher, que acaba dificultando ainda mais e interferindo no resultado do tratamento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade afeta um a cada dez casais e compromete a qualidade de vida tanto feminina quanto masculina. A infertilidade é definida quando um casal não alcança a gravidez espontânea com tentativas pelo período de mínimo de um ano. Após esse período, ou por diversos motivos, buscam tratamentos que permitam alcançar esse objetivo.

Junho é considerado como mês mundial de conscientização da infertilidade e os fatores responsáveis pelas diversas causas do problema devem ser investigados para identificar situações tratáveis e permitir gravidez espontânea. Mulheres e homens devem ser investigados simultaneamente, pois em até 30% dos casos o fator masculino é isoladamente determinante para a dificuldade de gestação.

O tratamento com fertilização in vitro envolve fatores clínicos relacionados ao estímulo ovariano em que a mulher precisa ser submetida, questões financeiras, psicológicas e sociais que podem interferir, quando alterados, nos próprios resultados dos tratamentos.  Diversos estudos correlacionam a infertilidade com piora na qualidade de vida e os piores níveis estão associados à diminuição da autoestima, do suporte social, da satisfação sexual e do casamento. Não só o diagnóstico, mas o próprio processo de tratamento pode trazer consequências emocionais, inclusive com risco de aumento na incidência de ansiedade e depressão.

Somado a tudo isso, dados da literatura disponíveis até o momento, mostram que o risco de desenvolvimento de transtornos mentais deverá aumentar durante a pandemia do COVID-19. O medo da doença, da morte e da eventual perda de um ente querido, a instabilidade advinda da crise econômica e o isolamento também podem influenciar o desencadeamento de depressão, ansiedade e outros sintomas.

Diante deste cenário, desde março, seguindo tendência e recomendações de sociedades internacionais, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) orientaram a suspensão dos tratamentos e contou com o apoio e regulamentação da ANVISA, em nota técnica emitida em abril. Ainda que alguns trabalhos tenham evidenciado a presença do vírus no esperma e trato genito-urinário, o risco de transmissão sexual pelo SARS-CoV-2 ainda é desconhecido.

Até o momento, não houve relatos da presença do vírus no trato reprodutivo feminino, nas secreções vaginais, no líquido amniótico ou no líquido peritoneal, entretanto alguns raros casos de possível transmissão vertical (de mãe para filho) foram descritos. Porém, nas mulheres grávidas, surtos de doenças infecciosas representam alto risco para a mãe e feto. As alterações mecânicas e fisiológicas na gravidez aumentam a suscetibilidade a infecções e, com isso, o risco de problemas na gestação. Aliado a tantas incertezas quanto à transmissão, suscetibilidade e risco de evolução diferente em cada indivíduo, o adiamento dos tratamentos foi necessário para a proteção dos pacientes e das equipes de trabalho.

Casos individuais devem ser discutidos com o médico assistente do casal, uma vez que existem situações especiais em que adiar o tratamento de infertilidade representaria prejuízo nas chances de futuras gestações. Apesar de estarmos, a exemplo de outros países, retomando as atividades de maneira progressiva, é bastante provável que ainda iremos conviver com a presença e riscos desse novo vírus por um longo tempo.

Por isso, se fazem necessárias medidas de proteção que possam minimizar o risco de contágio e que permitam que os tratamentos possam retornar gradualmente e com segurança. Assim, mesmo em uma situação tão preocupante como a atual pandemia, podemos e devemos continuar a atenção aos outros problemas de saúde, como a infertilidade que é também importante marcador de qualidade de vida e questão de saúde pública.





Leonardo Seligra Lopes - urologista, Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia – Secção São Paulo e especialista em Medicina Sexual e Reprodutiva.



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