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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Governo Federal lança cartilha sobre trabalho infantil


Ministério da Saúde e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos elaboraram material para informar e mobilizar a sociedade para a importância da erradicação do trabalho infantil


O Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, lança, neste mês de junho, a cartilha ‘Consequências do Trabalho Infantil - Os acidentes registrados nos Sistemas de Informação em Saúde’. O material trata das consequências do trabalho infantil na saúde, chamando a atenção especialmente para o risco de acidentes que as crianças e adolescentes estão expostos, buscando informar e mobilizar toda a sociedade para a importância da erradicação desse problema. O trabalho infantil no Brasil é crime e agrava a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes, expondo-os a inúmeras situações de risco e a violações graves de direitos humanos.

A cartilha está sendo lançada no mês em que foi instituído o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho. Anualmente, entidades governamentais, não-governamentais e representantes da sociedade civil utilizam a data para promover informações, reflexões e debates sobre o tema. Dividido em quatro capítulos, o material traz conceitos e números do trabalho infantil; as principais consequências na saúde; a atenção integral à saúde das crianças e adolescentes em situação de trabalho; e aponta como proteger a criança do trabalho precoce.
As crianças e adolescentes vivem um intenso e complexo processo de crescimento, e o trabalho precoce pode causar consequências a saúde destes, comprometendo seu desenvolvimento. Além disso, as características físicas e psíquicas de crianças e adolescentes são incompatíveis com as atividades exigidas pelo trabalho o que as tornam mais vulneráveis aos riscos e desgastes decorrentes dos processos de trabalho; além de privar a criança de momentos imprescindíveis para à educação, para atividades lúdicas e de lazer, de convívio familiar e comunitário, influenciando negativamente na sua saúde. As principais consequências do trabalho infantil impactam na saúde mental; sistema musculoesquelético; sistema cardiorrespiratório; pele; sistema imunológico; e sistema nervoso.
No Brasil, o trabalho infantil refere-se às atividades econômicas e/ou atividades de sobrevivência, remuneradas ou não, com ou sem finalidade de lucro, realizadas por crianças ou adolescentes com menos de 16 anos, independente da sua condição ocupacional, com exceção da condição de aprendiz. O trabalho aprendiz é regulamentado pelo Decreto nº 9.579, de 22 de novembro de 2018, e é permitido a partir dos 14 anos. O contrato de aprendizagem implica em registro na Carteira de Trabalho e na Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz à escola e inscrição em programa de aprendizagem (BRASIL, 2018).
Qualquer atividade laboral realizada por adolescente, que possa prejudicar o desenvolvimento físico, psicológico, social e moral, também é considerada trabalho infantil e é proibida para pessoas com idade abaixo de 18 anos.

CENÁRIO

Em relação aos números do trabalho infantil, a cartilha traz um consolidado de diversos levantamentos. No Brasil, em 2016, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de um total de 40,1 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, 1,8 milhão estava no mercado de trabalho. O que significa dizer que a taxa de trabalho infantil no Brasil, em 2016, era de 4,6%.
Conforme dados da PNAD 2016, do total de crianças que estavam no mercado de trabalho em 2016, 34,7% eram do sexo feminino e 65,3%, do sexo masculino. Quanto às características de cor ou raça havia um predomínio de crianças pretas e pardas (71,8%) em relação às brancas (63,2%) e em média, 81,4% das crianças ocupadas frequentavam escola em 2016 (IBGE 2017).
De acordo com o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (2019-2022), aproximadamente 2,3 milhões de crianças e adolescentes estavam no mercado de trabalho, o que equivale a uma taxa de trabalho infantil de 5,96% (BRASIL, 2018; IBGE 2017).
Entre 2007 e 2019, no Brasil, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 27.971 acidentes de trabalho com crianças e adolescentes. A maioria das vítimas era menino, tinham entre 14 e 17 anos e trabalhavam na região Sudeste. Entre as crianças de 5 e 13 anos de idade, a maioria eram pardas/pretas. Já na faixa etária entre 14 e 17 anos a maioria era branca. A ocupação estudante foi a que predominou entre as vítimas de acidente. Entre os 5 e 13 anos também se destacaram trabalhador agropecuário em geral (55), servente de obras (24) e pedreiro (18). Na faixa entre 14 e 17 anos a ocupação estudante veio seguida de embalador à mão (1.385), atendente de lanchonete (1.265) e repositor de mercadorias (1.159).

CONSEQUÊNCIAS

Entre as consequências do trabalho realizado por crianças e adolescentes, os acidentes são as referências mais sensíveis para identificar o trabalho precoce. São comuns acidentes com peso excessivo, contato com radiação, choque elétrico e contaminação por produtos químicos e biológicos. Na maior parte dos casos as vítimas apresentaram incapacidade temporária ou evoluíram para cura. Embora as incapacidades permanentes não tenham sido os casos mais relatados, indicam um grave problema pois provocam mutilações e outros tipos de lesões cujas sequelas acompanham as vítimas, restringindo a capacidade laboral e comprometendo a qualidade de vida.
Qualquer acidente de trabalho que acontece com pessoas menores de 18 anos é de notificação compulsória. Essa notificação ocorre por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é alimentado com dados preenchidos por profissionais da saúde, nas fichas de notificação, por ocasião do atendimento a vítima.
Quando a situação de trabalho infantil é identificada em uma unidade de saúde, o profissional, além da notificação no Sinan, deve identificar se o menor trabalha em situação ilegal, e informar os Sistemas de Vigilância em Saúde Estaduais e Municipais, a Delegacia Regional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e o Conselho Tutelar.





Natália Monteiro
Agência Saúde


Transtornos de Aprendizagem x Quarentena - 03 Medidas Importantes que Você Precisa Tomar!


Os Problemas que os Pais tem passado com seus Filhos em Casa e as Aulas Online



O Isolamento Social tem trazido muitos problemas para todos nós devido às adaptações que acabam nos desestruturando de alguma forma. Agora, se formos falar sobre as famílias que tem filhos na escola, estas mudanças e adaptações tem sido bem estressantes. E, para as famílias que tem filhos com qualquer transtorno de aprendizagem, o isolamento social e a não adaptação de suas crianças com os métodos de educação à distância, tem trazido um adoecimento geral em toda família.

Estes transtornos tem se agravado.  Em casa, a criança não tem sala de recursos e mediadoras e muitas vezes, as atividades não são diferenciadas e adaptadas para suas necessidades, não tornando possível que estas, acompanhem o ritmo dos demais colegas de turma. Assim, ao se sentirem inferiorizadas e excluídas, estas crianças se deprimem, gerando outros transtornos comportamentais que mexem com toda a família, que por sua vez, se vê perdida e sem saber como agir.

O fato é que é difícil que a escola esteja realmente preparada para atender de forma correta as crianças com qualquer transtorno de aprendizagem, nem de forma presencial e principalmente de forma online. Então, estas crianças, quando não conseguem desenvolver as atividades em tempo real, junto com a turma online se decepcionam, o que causa sofrimento e frustração. E se pensarmos  que no dia seguinte terão que passar por tudo de novo , isso e um estopim para  muita ansiedade, baixa autoestima e depressão nestas crianças e por conseguinte nas famílias” - Explica a Dra Gesika Amorim, pediatra e neuropsiquiatra infantil, especialista em saúde mental e neurodesenvolvimento, que tem enfrentado estes problemas junto com os pais diariamente em seu consultório.

O problema não para por aí. O desgaste vem para toda a família e principalmente para as mães ou pais, que além de terem que cuidar dos afazeres de casa, ainda tem que ajudar seus filhos nas tarefas escolares e na maior parte das vezes sem saberem como lidar com isso, pois estão todos sem nenhum apoio, as crianças estão sem os mediadores que os acompanhavam em sala de aula e sem suas terapias de apoio, como fonoaudióloga, psicólogas, pedagogas, entre outras, no caso das crianças já diagnosticadas com algum transtorno de aprendizagem.

Então, se você que é mãe ou pai de uma criança que tem transtorno de aprendizagem e que está sofrendo com tudo isso agora, neste isolamento social, a neuropsiquiatra infantil, Dra. Gesika Amorim, deixa 03 medidas que você precisa tomar urgentemente:

  • Diagnóstico Correto. Leve seu filho ao neuropsiquiatra infantil para verificar se existe algum transtorno de aprendizagem e qual é este transtorno para iniciar ou adequar o tratamento correto; É importante que seja feito um diagnóstico diferencial e preciso.
  • Tratamento correto : Verifique junto ao médico, mediante suas observações durante este período em casa, se a criança tem algum transtorno comportamental associado ou se a falta de acompanhamento do transtorno de aprendizagem levou ao desenvolvimento de algum transtorno comportamental, tais como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, etc; que precise de diagnóstico para que se comece imediatamente o tratamento.
  • Estratégia individualizada: Muito Importante! Família, Médico e Escola precisam traçar uma estratégia de tratamento e de acompanhamento escolar dessa criança, mesmo online, para que estes problemas não piorem. O que não pode acontecer é a exclusão destas crianças do colégio.
O fato das crianças com transtornos de aprendizagem não conseguirem acompanhar a turma, já gera bullying, o que não é bom e no mais, elas precisam se socializar, ainda que de forma online. Por isso, converse com o médico, peça orientação e se preciso for, ele encaminhará laudos e sugestões de como lidar com o caso do seu filho à escola dele.

No mais, isso vale para qualquer pessoa que esteja com sinais de esgotamento e sinais de que não vai dar conta: Busque ajuda! Isso vai passar! E quando passar, todos precisaremos estar emocionalmente sãos.






Dra Gesika Amorim - pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Neuropsiquiatra, pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica. É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa .
Instagram: @dragesikaautismo

Ginecologista explica porque a modelo Carol Dias tem perdido urina durante a gravidez


Esta semana, a modelo Carol Dias, que espera um filho do jogador de futebol Kaká, revelou em seu Instagram que está entrando no terceiro trimestre de gestação e tem perdido urina, principalmente quando espirra.

Segundo a ginecologista Luísa Guedes, isso é muito comum e ocorre, em média, em 50% das gestantes.

“É preciso ficar alerta porque pode se tornar um problema mais sério quando o escape de urina acontece frequentemente, mesmo com pequenos esforços, ou ainda quando ela persiste após o parto”, explica.

A ginecologista tira outras dúvidas sobre o assunto. Confira na entrevista a seguir:


Poderia explicar em detalhes por qual motivo ocorre o escape de urina?

A bexiga, que armazena urina, tem como mecanismo de continência o esfíncter uretral e a musculatura pélvica. Durante a gravidez, ocorre um aumento da pressão abdominal pelo crescimento do útero gravídico, que se transmite sobre a bexiga, ultrapassando a capacidade do esfíncter uretral de segurar a urina. Também a capacidade da bexiga de armazenar urina está diminuída, porque durante a gestação o útero cresce, não permitindo a expansão da bexiga. Além disso, a musculatura pélvica sofre pressão e se distende durante o avançar da gestação, dificultando ainda mais o controle da urina, que, quando sofre mais pressão devido a espirro, tosse, ou pulo, acaba ocorrendo a perda urinária.

Muitas mães voltaram a ter filhos de maneira natural. Carol Dias também revelou ter essa vontade. A incontinência urinária pode ser influenciada pelo parto? É comum continuar após a gravidez?


Sim, a incontinência urinária é comum em mulheres, mais comum ainda em mulheres que engravidam e ainda mais comum após o parto vaginal. Apesar das inúmeras vantagens desse tipo de parto, realmente a incontinência urinária é uma desvantagem, que pode ser prevenida e tratada facilmente. Não é normal continuar após a gravidez, mas é comum, principalmente após a menopausa. Às vezes a incontinência urinária melhora após o parto e retorna após a menopausa.


É necessário fortalecer a região íntima antes de partir para a segunda gravidez? A falta de rigidez na musculatura pode influenciar a dificuldade de gravidez?

Sim, é muito importante a prevenção. Mesmo que após o parto a incontinência urinária melhore, numa segunda gestação pode retornar e aumentar ainda mais a chance da mulher permanecer com esse problema. Por isso, fortalecer a musculatura pélvica, que é um dos mecanismos de continência, diminui a chance de ter perda urinária. Na verdade, este tipo de prevenção, de treinamento e fortalecimento do assoalho pélvico, principalmente nas mulheres, deveria ser feito desde jovens, até mesmo antes de engravidar.


Existe algum exercício que ela pode fazer enquanto grávida para fortalecer a região e evitar o escape de urina?

Sim. Durante a gravidez ela pode fazer exercícios de contração da musculatura pélvica e fisioterapia pélvica para tratamento da perda de urina.


Para o período pós-parto, quais os tratamentos você indica para o fortalecimento da região íntima?

No pós-parto eu indico sempre o treinamento da musculatura pélvica, que pode ser feito com fisioterapia pélvica ou ainda com o uso da tecnologia HIFEM através de uma cadeira de onda eletromagnética. O Emsella provoca o estímulo do neurônio motor, resultando em milhares de contrações da musculatura do assoalho pélvico em uma sessão, tratando e prevenindo as perdas de urina.


Medicamentos contra hepatite C inibem replicação do novo coronavírus em laboratório



Um estudo liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou que medicamentos atualmente usados no tratamento da hepatite C inibem a replicação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em experimentos realizados com células. Os experimentos identificaram especialmente o potencial do antiviral daclastavir, que atuou contra o vírus em três diferentes linhagens celulares investigadas, além de reduzir a produção de substâncias inflamatórias associadas aos casos graves de Covid-19. Considerando a relevância do compartilhamento rápido de evidências científicas no contexto da pandemia, os achados foram publicados no site de pré-print bioRxiv.

O trabalho foi liderado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com participação dos Laboratórios de Imunofarmacologia e de Pesquisa sobre o Timo do IOC. Também colaboraram Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Universidade Iguaçu (Unig), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inovação de Doenças de Populações Negligenciadas (INCT-IDPN) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neuroimunomodulação (INCT-NIM) .

O pesquisador do CDTS e líder do estudo, Thiago Moreno, ressalta a importância de identificar compostos com ação sobre o novo coronavírus entre fármacos clinicamente aprovados para outras doenças. “O reposicionamento de medicamentos é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maneira mais rápida de identificar candidatos ao tratamento da Covid-19. Considerando que os antivirais de ação direta contra o vírus da hepatite C estão entre os mais seguros, nossos resultados indicam que estes fármacos, em especial o daclastavir, são candidatos para a terapia, com potencial para ser imediatamente incorporados em ensaios clínicos”, afirma Thiago.

“Enquanto as medidas de quarentena e distanciamento físico buscam reduzir a transmissão da doença, é esperado que a administração precoce de antivirais melhore o quadro clínico dos pacientes infectados, reduzindo a ocorrência de casos graves da Covid-19. Para isso, é fundamental encontrar compostos efetivos e seguros que possam ser avaliados em testes clínicos”, reforça a chefe do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC/Fiocruz e autora do artigo, Patrícia Bozza. Recentemente, os cientistas apontaram também o potencial de ação do atazanavir, remédio usado na terapia do HIV, contra o novo coronavírus.

Os autores alertam ainda para os riscos da automedicação, destacando que os testes em pacientes são fundamentais para avaliar a eficácia de terapias e todas as pessoas com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 devem procurar atendimento médico para orientação da terapia adequada.


Resultados dos testes

A pesquisa avaliou os antivirais daclastavir e sofosbuvir. Ambos atuam por diferentes mecanismos para inibir a replicação do vírus da hepatite C. Nos testes com o novo coronavírus, o daclastavir impediu a produção de partículas virais infectivas em três linhagens celulares estudadas, incluindo células pulmonares humanas. As análises apontaram que o fármaco interrompeu a síntese do material genético viral, o que levou ao bloqueio da replicação do vírus. Em células de defesa infectadas, o fármaco também reduziu a produção de substâncias inflamatórias, que estão associadas a quadros de hiperinflamação observados em casos graves de Covid-19.

A ação do daclastavir sobre o novo coronavírus foi mais potente que a do sofosbuvir. Este último inibiu a replicação viral em linhagens de células humanas pulmonares e hepáticas, porém não apresentou efeito durante a infecção em células Vero, derivadas de rim de macaco e largamente utilizadas em estudos de virologia. Os ensaios também compararam a ação com os efeitos de outros medicamentos. O daclastavir foi de 1,1 a 4 vezes mais eficiente do que a cloroquina e a combinação de lopinavir e ritonavir – fármacos que são alvo de ensaios clínicos para tratamento da Covid-19 – assim como a ribavirina, antiviral de amplo espectro usado em casos de hepatite. O medicamento superou ainda o atazanavir, que foi testado anteriormente pelos cientistas.

Os autores do trabalho apontam ainda que os parâmetros farmacológicos do daclastavir contra o novo coronavírus mostraram-se compatíveis com a farmacocinética do medicamento em pacientes, o que reforça seu potencial para ensaios clínicos. “Esses resultados sugerem fortemente que o daclastavir, devido a seus efeitos anti-Sars-CoV-2 e anti-inflamatórios, pode trazer benefícios para pacientes com Covid-19”, pontua Thiago.

Muito além da COVID-19



Aumento de casos de Burnout durante a pandemia


Segundo dados da International Stress Management Association, 33 milhōes de brasileiros sofrem com a doença e muitas delas viram seu quadro se agravar durante a pandemia.

A pressão no home office, as incertezas com o futuro e o medo da demissão fez com que os trabalhadores se sobrecarregassem ainda mais e desenvolvessem uma série de doenças.

Entre as síndromes ocupacionais mais citadas na atualidade está o Burnout. 
Uma condição já incluída na nova classificação internacional de doenças (CID). Ela se refere a um estado de exaustão vital relacionado ao trabalho. 
Pesquisas demonstram que 33% dos trabalhadores brasileiros padecem de burnout e este número tem aumentado muito durante a pandemia.

Segundo o prof Pós Dr. Marcelo Valio, especialista em direito dos vulneráveis, a Síndrome de Burnout "é angustiante, incapacitante para o trabalho e para o convívio social do indivíduo, gerando prejuízos tanto individuais quanto sociais, sendo considerada uma doença de etiologia complexa relacionada ao trabalho. ”



 
Prof. Pós Doutor Marcelo Valio - referência nacional na área do direito dos vulneráveis (pessoas com deficiência, autistas, síndrome de down, doenças raras, burnout, idosos, doentes e empresarial humano). Autor de quatro livros, palestrante e professor, atua em defesa da população vulnerável, com grande embasamento técnico no direito das pessoas com deficiência, direito médico, direito do trabalho e direito empresarial humano. É formado em Direito pela PUC-SP, especialista em Direito Constitucional pela ESDC, especialista em Direito Público pela EDP-SP, mestre em Direito do Trabalho pela PUC-SP, doutor em Filosofia do Direito pela UBA (Argentina), doutor em Direito pela Universidade pela FADISP e pós-doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália).
Facebook: Professor Marcelo Valio
LinkedIn: Marcelo Válio
Instagram: @profmarcelovalio


​Orientação médica à distância requer cautela nos procedimentos



A telemedicina é um modo de exercer a medicina em que o contato acontece por meios digitais, via voz e vídeo. É usada para orientar pacientes remotamente (teleorientação), para trocar informações entre médicos (teleinterconsulta) e, em alguns casos, para ajudar no diagnóstico (telediagnóstico). 

Regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina logo no início da pandemia no Brasil, a telemedicina representa um avanço na superação de barreiras geográficas ao atendimento médico, pois facilita o contato com pacientes que se encontram a uma grande distância ou até mesmo em outros países. 

Assim como no atendimento médico presencial, a prática da telemedicina deve garantir o sigilo médico. Para isso, dados, vídeos, áudios e informações de prontuário digital precisam ser armazenados seguindo padrões certificados de segurança e através de plataformas de conexão seguras. 

Além disso, é importante que os médicos esclareçam aos pacientes que, por não incluir o exame físico, a teleorientação pode limitar o raciocínio médico, dificultando conclusões precisas. Soma-se a isso o fato de que, caso o médico identifique sintomas críticos ou situação de urgência, o paciente deverá ser encaminhado ao atendimento presencial. 

Da parte do paciente, para ter um melhor aproveitamento da teleconsulta, vale elaborar uma linha de tempo ou histórico dos sintomas a ser relatado a médico, incluindo eventos prévios como cirurgias e quaisquer sinais observados no corpo. 

O Brasil tem dimensões continentais e apresenta uma distribuição assimétrica de médicos, com boa parte dos especialistas concentrados nos grandes centros urbanos. Neste contexto, a expansão do uso da telemedicina é fundamental para que moradores de cidades pequenas e de áreas remotas possam ser teleorientados por especialistas. 




Dr. Marcos André Sonagli - diretor médico e founder da Amplimed, startup brasileira que lançou uma ferramenta de teleconsulta e liberou acesso, por 30 dias, para uso dos profissionais de saúde do Brasil enquanto durar a pandemia. 


Síndrome da Cabana



"...Só de pensar em sair de casa você já começa a ficar apavorado, confuso, tenso, angustiado e pode chegar até a sentir seu coração disparar. Mesmo sem ameaças imediatas, você não se sente mais seguro fora do seu lar. Sua casa é o único lugar que lhe proporciona segurança e proteção. Esse medo, após longos períodos de isolamento, é justamente o que define a Síndrome da Cabana"



Talvez você nunca tenha ouvido falar na Síndrome da Cabana. Realmente, este termo, apesar de ter surgido em 1900, não é muito conhecido atualmente. No entanto, você, seu vizinho, sua filha, seu amigo, podem estar passando por esta síndrome neste exato momento sem perceber. Como assim? Afinal, o que é a Síndrome da Cabana?

Imagine que a quarentena terminou. Já existe uma vacina para o Covid-19. Não há mais motivos para temer as ruas. No entanto, só de pensar em sair de casa você já começa a ficar apavorado, confuso, tenso, angustiado e pode chegar até a sentir seu coração disparar. Mesmo sem ameaças imediatas, você não se sente mais seguro fora do seu lar. Sua casa é o único lugar que lhe proporciona segurança e proteção. Esse medo, após longos períodos de isolamento, é justamente o que define a Síndrome da Cabana. Este nome foi dado em função dos trabalhadores norte-americanos que se refugiavam em suas cabanas quando o inverno chegava e, depois, tinham receio de voltar à civilização quando o frio terminava.

O mesmo já está acontecendo atualmente, devido à quarentena que nos confinou em nossos lares desde março deste ano. Hoje, algumas pessoas já estão entrando em desespero com a abertura de shoppings, lojas e relaxamento de alguns com relação ao isolamento. Não querem, de modo algum, que a quarentena termine. Obviamente, esse medo pode vir da possibilidade de serem contaminados. Porém, a Síndrome da cabana, ainda que não aja como fator principal, desempenha um papel importante na resistência em voltar à vida normal.

Antes da quarentena, antes do Covid-19, já havia pessoas que não saíam mais de casa. Trabalhavam em home office, faziam as compras pela internet e passavam períodos muito longos sem colocar os pés na rua. Nosso cérebro se ajusta à nova rotina e o confinamento passa a ser normal e necessário.

Mesmo prisioneiros, após um longo período encarcerados, podem sentir medo de voltar à civilização e, muitas vezes, podem cometer crimes tão logo saiam da cadeia, para poderem voltar à vida a qual já estavam acostumados. A mudança nos tira da zona de conforto, ainda que, para muitos, aquela zona de conforto pareça uma opção ruim.


Mas o que é o medo mesmo?

O medo é uma sensação provocada pelo cérebro que auxilia o indivíduo em sua sobrevivência e adaptação. Se não sentíssemos medo de nada, não teríamos como nos defender e provavelmente morreríamos rapidamente.

Este mecanismo de sobrevivência ocorre a partir do Sistema Nervoso Central. Por exemplo, quando avistamos uma serpente, esta informação é levada ao SNC e passa pelo hipocampo (sede das memórias) que vai conferir se aquela informação já existe. Em seguida, o hipotálamo vai interpretar o que recebeu e relacioná-lo ao perigo. Ao receber essa interpretação, a amígdala (responsável pelas emoções) alerta o organismo na forma de medo. Imaginem uma criança que nunca viu uma cobra nem ouviu nada sobre ela. Ao se deparar com a serpente, não sentirá medo e provavelmente será picada.

Assim, sentir medo é não só normal, como necessário. No entanto, há muito medo. O medo pode ser real, como o medo de um assaltante; o medo pode ser imaginário, ou seja, não há nada acontecendo de fato, mas sentimos medo de alguma coisa que não conseguimos definir; o medo pode ser futuro, como o medo da morte; e o medo pode ser desproporcional ao objeto que o causou.

Quando o medo não é específico e dura longos períodos, então ele passa a ser chamado de ansiedade. A ansiedade não tratada e persistente pode levar ao pavor. A síndrome do pânico, por exemplo, e as fobias, quando atrapalham nossa vida, causam muto sofrimento e precisam de ajuda profissional.


O processo da quarentena

Quando a quarentena começou, sentimos muita dificuldade de adaptação. Nossa rotina mudou. Pais que só conviviam com os filhos nos fins de semana, de repente se sentiram perdidos e muito estressados. Marido e mulher começaram a brigar incessantemente. Chegaram a pensar em divórcio. Viajar? Impossível! Hotéis e passagens aéreas canceladas ou perdidas. Os estudos passaram a ser realizados por computador ou celular. Aplicativos, antes desconhecidos, tornaram-se fundamentais.

Muitos sentiram falta dos almoços de domingo na casa dos familiares. Páscoa, aniversários, qualquer atividade festiva precisou ser feita à distância. Abraços e beijos foram proibidos. Pessoas encheram suas casas de produtos não perecíveis com medo de não ter o que comer no futuro. Trabalhar em home office se tornou um desafio. O cachorro late, a criança chora, o prédio ao lado está em construção (e os trabalhadores não entraram em quarentena), o ônibus passa, o calor se torna insuportável e não se pode abrir a janela por causa do barulho, enfim, um caos.

Sem falar nos que têm (ou tinham) negócio próprio. Lojas fecharam, diversos trabalhadores passaram a buscar outras atividades para sobreviver, quem tinha pé de meia começou a ver seu dinheiro indo embora, quem não tinha, precisou contar com a ajuda do governo.

Mas, de repente, tudo começou a entrar nos eixos. Amigos passaram a fazer reuniões semanais por vídeo. Pais começaram a valorizar mais tempo com os filhos. Descobrimos que podemos achar de tudo pela internet. Ganhamos mais tempo para ler, estudar, refletir. O casal conseguiu se entender e agora não pensa mais em se divorciar. Parentes que raramente se viam passam a se ver semanalmente em reuniões da família. O pôr do sol ficou mais bonito sem tanta poluição. Psicólogos e Coachings se viram com mais atendimentos. A lista de filmes para serem vistos um dia começou a diminuir. Enfim, tudo o que era muito difícil no começo, passa a ser o certo, o bom, o confortável. Pelo menos, para grande parte da população.

Agora, com a possibilidade de a quarentena terminar, torna-se necessária uma nova adaptação. Começar tudo de novo. Ainda existe o medo do vírus, mas mesmo que não mais existisse, haveria resistência para voltar à vida anterior. Nosso cérebro passou a entender que somente em casa estamos seguros, protegidos. Fora de casa, estamos na selva, estamos na guerra. São os efeitos da síndrome.


Então estamos doentes?

A Síndrome da cabana não é uma doença, é um fenômeno natural, diante das circunstâncias. Apesar do nome, não é um transtorno mental, embora possa precisar dos cuidados de um profissional da mesma forma.

Quem sofre desse fenômeno pode sentir muita angústia, muita ansiedade, perder a concentração, perder a memória, passar a comer muito e a dormir muito, embora possa acontecer de o indivíduo perder o apetite e o sono, e alguns sintomas físicos também podem se manifestar, como taquicardia, sudorese, tonturas.

Os sintomas da síndrome podem lembrar a Síndrome do pânico. A diferença é que esta leva o indivíduo ao isolamento, enquanto na Síndrome da cabana acontece o contrário. O isolamento leva o indivíduo ao pânico.


Como voltar à vida normal

Algumas dicas podem ajudar quem está (ou estará) sofrendo dessa síndrome.

              1 – Respeite o seu tempo. Não se obrigue, não se cobre, não se culpe. Cada um tem um ritmo diferente e o sentimento é totalmente válido. O importante é não desistir.


              2 – Estabeleça uma rotina. Por que isso é importante? Porque na rotina você se sente no controle e se você está no controle, pode controlar os seus pensamentos, portanto, pode controlar seu medo.


              3 – Comece aos poucos, devagar, e recompense cada passo, cada progresso. Por exemplo, no primeiro dia, simplesmente abra a porta de sua casa e fique ali, olhando para fora. Avalie como está se sentindo. Se puder, dê alguns passos. Senão, feche a porta e se recompense pela sua coragem. No dia seguinte, tente dar alguns passos para fora. Continue enquanto se sentir confortável. Senão volte. Continue insistindo todos os dias até conseguir ir até a esquina e voltar. Não tem problema retroceder. Não tem problema dar um tempo. Apenas tente. Acredite que você pode. Mas não force. Aumente as recompensas conforme for progredindo.


              4 – Lembre-se de todas as coisas boas que você tinha e fazia ao sair de casa. Lembre-se de seus familiares, do churrasco na casa dos amigos, do cinema, dos restaurantes, dos parques, da cervejinha gelada no bar, do sol acariciando sua pele, do vento bagunçando seus cabelos, das viagens divertidas, enfim, comece a condicionar seu cérebro para que ele diminua progressivamente a resposta do medo.


              5 – Nada disso está adiantando? Então, procure ajuda de um profissional. Você não precisa sofrer sozinho nem mais do que o necessário. A Síndrome da cabana, quando longa e não monitorada, pode desencadear um quadro depressivo grave.


Mas a quarentena já acabou?

Não. Ainda é preciso tomar muito cuidado ao sair de casa e, de preferência, não sair. Mas por que já não nos munirmos de todas as informações necessárias para quando essa hora chegar? Quanto maior o nosso conhecimento, mais protegidos e seguros estaremos, agora ou no futuro

Além disso, se pensarmos bem, a tendência é nos isolarmos cada vez mais, com todos trabalhando em home office, lojas físicas se transformando em lojas virtuais e sites de relacionamento indicando que hoje os encontros virtuais são cada vez mais comuns e práticos. Enfim, tudo parece caminhar para que a Síndrome da cabana se torne um fenômeno menos raro e desconhecido.

Portanto, que tal começarmos a praticar desde hoje? Vamos começar desde já a enumerar todas as coisas boas que estão nos esperando lá fora. Vamos escrever todos os dias, mesmo que a informação se repita. Vamos condicionar o nosso cérebro a sentir cada vez mais vontade de sair. Um dia a quarentena acabará. Isso é fato. Então vamos nos preparar para uma nova vida antiga.







Lucia Moyses - psicóloga, neuropsicóloga e escritora.  Em 2013, a autora lançou seu primeiro livro “Você Me Conhece?” e dois anos depois o livro “E Viveram Felizes Para Sempre”, ambos com um enfoque em relacionamentos humanos e psicologia. Três anos após a especialização em Neuropsicologia, Lucia lançou os três primeiros livros: “Por Todo Infinito”, “Só por Cima do Meu Cadáver” e “Uma Dose Fatal”, da coleção DeZequilíbrios. Composta por dez livros independentes entre si, a coleção explora a mente humana e os relacionamentos pessoais. Cada volume conta um drama diferente, envolvendo um distúrbio psiquiátrico, tendo como elo o entrelaçamento da vida da personagem principal.  Em 2018, a psicóloga lançou mais três livros: “A Mulher do Vestido Azul”, “Não Me Toque” e “Um Copo de Veneno”, totalizando seis livros da coleção. Em 2020, Lucia, lança o livro "A Outra". 


Como incentivar o uso da máscara em crianças com Transtorno do Espectro Autista?


Especialista dá dicas para introdução do objeto no dia a dia dos pequenos


A máscara acabou virando uma das nossas companheiras mais fiéis. Afinal, é ela que também nos ajuda na proteção e combate ao Coronavírus. E, se para nós, adultos, a adaptação já é difícil, para crianças dentro do TEA e com alguma condição neurológica o desafio é ainda maior. Mas então, como estimular o uso da máscara nesses casos? De acordo com a terapeuta ocupacional do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Thaysse Hayane Ferreira, da maneira mais lúdica possível.

Faça com que a criança participe desse processo, dando a ela a opção de escolha da máscara. Busque seus personagens favoritos, assim elas conseguem assimilar com mais facilidade sobre a importância do objeto. “Usar o lúdico é a melhor forma de incentivo ao uso da máscara. Nossa equipe, por exemplo, tem aproveitado os treinos de Atividades de Vida Diária (AVD) e auxiliado nesse quesito, para que aos poucos ela seja incluída. Criamos ainda uma cartilha que auxilia pais e responsáveis nessa tarefa”, conta.

Ainda segundo Thaysse, graduar o tempo de uso do objeto é uma boa alternativa. Comece introduzindo pelo tempo máximo que a criança aguenta e vá aumentando. Além disso, você deve explicar, com calma, a importância desse ato e que sem a máscara não podemos sair de casa. Aproveite os momentos de brincadeira para fazer isso, você pode usar um boneco que a criança goste para colocar uma máscara, assim ela vai se sentir mais confortável em usá-la quando precisar sair.

Ou ainda, você mesmo pode colocar a máscara e incentivar os pequenos a colocarem juntos. Para finalizar a terapeuta ocupacional reforça que essa não é uma das tarefas mais fáceis para ninguém, mas é possível torná-la um pouco mais divertida. “Sabemos que não é nada fácil ficar com a máscara no rosto, nem para os adultos, imagina para uma criança que já está confinada. É um processo completamente novo de adaptação. Então torne esses momentos divertidos, assim as crianças ficarão mais tranquilas e tudo ficará bem”, acrescenta Thaysse.





Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)


DORES NA COLUNA E DORES CRÔNICAS AUMENTAM MAIS DE 90% NA QUARENTENA


Fisioterapeuta aponta crescimento de uma demanda reprimida que causará problemas na saúde, no pós pandemia.


São cem dias em isolamento social e uma recente pesquisa da Fiocruz revelou dados interessantes e preocupantes sobre a saúde das pessoas que estão em casa. Estes números estão associados as atividades em home-office, somada as tarefas domésticas e a ausência de atividade física. A pesquisa aponta que 41% das pessoas que não tinham dores na coluna passaram a sofrer com isso. Os números revelam também que 50% das pessoas com dor crônica pioraram durante esse período.

Um fator importante a ser considerado é que com a postura errada, o corpo fica vulnerável a sofrer com stress nas articulações e nos músculos, aumentando as chances de lesões. Segundo o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, o grande problema é que, antes do isolamento, muitas pessoas já relutavam em procurar ajuda especializada por acreditarem ser apenas mais uma dorzinha ou porque já estavam “acostumadas” a senti-las; mas agora com o medo de sair as ruas, mesmo que por questão de saúde, a procura por tratamento diminuiu consideravelmente.

Bernardo afirma ainda que criou-se uma crença sobre estas dores e as pessoas já não sabem mais quando é o momento ideal para procurar ajuda especializada, postergando ao máximo a ida ao consultório. “Antes do isolamento, as pessoas demoravam, mas procuravam ajuda principalmente quando a dor permanecia ou impedia a realização de alguma atividade, agora, eles continuam sentindo dores, só que em casa, postergando a intervenção médica especializada” – afirma o especialista.

Em virtude disso, passamos a criar uma demanda reprimida de casos clínicos sem tratamento. Tratamentos estes, que podem ser simples. “Às vezes, uma simples mudança de apoio para os braços e pés já traz um alívio enorme para o paciente. Entender melhor os hábitos posturais como sentar, deitar, dirigir e trabalhar são fundamentais para termos qualidade de vida” – garante Bernardo Sampaio.

Mudar hábitos, alongar-se, praticar atividades físicas, deixar o sedentarismo de lado e cultivar boas horas de sono são fundamentais para a prevenção de dores e outras patologias. Mas, se não foi possível evita-la, o fisioterapeuta reforça a importância de uma intervenção precoce, evitando que dor se torne crônica . “Prevejo um aumento considerável de atendimentos pós pandemia que poderiam ter sido evitados, inclusive através de atendimentos por telemedicina” – resume o fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, ambos de Guarulhos.




Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta (Crefito: 125.811-F), diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de coluna - ABR Coluna e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, de Guarulhos. É professor do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e no Instituto Imparare e leciona como convidado no cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br


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