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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Brasil é o segundo país mais complexo do mundo para se fazer negócios


Divulgação - TMF Group
Índice Global de Complexidade Corporativa da TMF Group considera apenas a Indonésia mais complexa que o Brasil em termos de impostos, regras e regulamentos e questões trabalhistas.


De acordo com uma pesquisa feita pela TMF Group, especialista em serviços de contabilidade, folha de pagamento e internacionalização de empresas, o Brasil é o segundo país mais complexo do mundo para se fazer negócios, ficando atrás apenas da Indonésia. O estudo, feito em 77 países, analisa fatores como pagamento de impostos e contabilidade, dificuldade para contratar, demitir e gerenciar folha de pagamento e questões relacionadas a regulações e penalidades. 

O Índice Global de Complexidade Corporativa revela que, apesar dos progressos realizados nos últimos anos em que foram implementados impostos digitais e mais simplificados (como o eSocial, por exemplo), o Brasil ainda é um ambiente de negócios muito complexo, com dezenas de regimes fiscais diferentes, distribuídos em três instâncias governamentais: federal, estadual e municipal.

“O Brasil conseguiu evoluir numa agenda que melhora o ambiente de negócios. Mas o país ainda apresenta uma série de desafios para quem vem investir e empreender por aqui. Países como a Grécia, que caiu, no último ano, da primeira para a quinta posição no ranking, estão fazendo mudanças de modo mais enfático e colhendo os frutos deste esforço”, disse Rodrigo Zambon, Diretor Geral da TMF Brasil. 

No entanto, o executivo acredita que, apesar das complexidades brasileiras, haverá uma onda de aquisições de empresas brasileiras a partir do segundo semestre deste ano. “Com a desvalorização do real, houve um aumento na procura por ativos no Brasil por parte de fundos soberanos e empresas de private equity. Percebemos esta tendência de maneira bastante intensa em nossos contatos com estas entidades estrangeiras”, acrescentou Zambon. 

Segundo o relatório, os entrevistados acreditam que os procedimentos de RH no Brasil, como a contratação, demissão e gerenciamento da folha de pagamento - um dos principais desafios do país - se tornarão menos complexos nos próximos cinco anos. Quando se trata de regras, regulamentos e penalidades, outro importante obstáculo para as empresas que operam no Brasil, os entrevistados são menos otimistas. Eles acreditam que essa realidade não mudará nos próximos cinco anos.

No ranking dos países mais complexos do mundo, o Brasil é sucedido, respectivamente, pela Argentina, a Bolívia e a Grécia. Segunda maior economia do mundo, a China aparece mal colocada no ranking da TMF Group. O gigante asiático é o sexto país mais complexo do mundo para se fazer negócios. Mas a América Latina aparece como a região mais complexa do mundo. Dos dez países mais complexos do mundo, seis são latino-americanos. 

Os Estados Unidos, em guerra comercial e diplomática com a China, aparecem melhor do que seu rival econômico no quesito complexidade. A economia norte-americana é, de acordo com o estudo, a segunda menos complexa do mundo, perdendo apenas para Curaçao, país pertencente ao Reino dos Países Baixos, situado no sul do Mar do Caribe. Outros países que integram a lista dos menos complexos estão a Dinamarca, a Holanda, a Irlanda, a Jamaica, as Ilhas Virgens Britânicas e as Ilhas Cayman. 





TMF Group



Como a antecipação de riscos pode ajudar no pós pandemia



 
Em um momento em que todas as instituições têm que se adaptar aos novos métodos e se reinventar em meio à pandemia, compreender a importância do ‘Planning Analytics’ e do replanejamento pós pandemia é essencial para se manter ativo ao longo da crise humanitária e econômica, especialmente para simular múltiplos cenários com agilidade.
A solução vai além de apenas automatizar os processos de planejamento, orçamento e previsão de resultados, ela dá aos usuários a capacidade de gerar análises no modelo “self-service”, com uma interface inovadora, ajudando a equipe a obter melhores resultados. A solução é aderente a todas as áreas, incluindo gerenciadores financeiros, de vendas e de pessoas. Além disso, ela gera insights automaticamente a partir de seus dados, aumentando a competitividade do usuário frente às rápidas mudanças de mercado.
O Planning Analytics é uma solução de planejamento integrado, desenvolvido com o objetivo de promover a colaboração em toda a empresa e auxiliar na agilidade dos negócios, priorizando uma gestão eficiente.
Ao se concentrar no replanejamento, principalmente nessa época de combate ao novo coronavírus, e nos esforços para diminuir os impactos negativos, as empresas estarão sempre um passo à frente, uma vez que estarão aptas a vivenciar inúmeras realidades e montar um planejamento estratégico de acordo com as ameaças e oportunidades. Então, ao adotar o posicionamento de modelagem ilimitada de possíveis cenários no próprio ambiente de simulação, os empreendedores e gestores não serão surpreendidos.
Na prática, concilia-se planejamento, orçamento, previsão, relatório, análise e scorecard em uma única solução. Mas, para que o ‘Planning Analytics’ seja aplicado com eficácia, é essencial utilizar tecnologias igualmente eficientes, para armazenamento local ou em modelo cloud. Porem ser utilizadas ferramentas que instruem as instituições a utilizarem a inteligência artificial e a computação em nuvem durante e depois da pandemia.
O replanejamento estratégico realizado pelas empresas é uma das melhores formas de “preparar o terreno” para o mundo pós-coronavírus, e utilizá-lo como método para orientar as decisões em momentos difíceis. Além disso, é preciso ter em mente que a integração entre as plataformas digitais e físicas será ainda maior, sendo necessário utilizar todos os recursos a favor das organizações, como tem sido feito nesse período de isolamento social.
O ‘Planning Analytics’ tem forte atuação na mudança de planos das empresas, especialmente com a pandemia, a qual exige dos gestores modelos multidimensionais para a obtenção de insights mais profundos e utilização de
ferramentas que auxiliem na adaptação desses novos tempos. No atual cenário, é imprescindível a utilização de inteligência artificial, Business Intelligence e capacidade de operação em meios híbridos, com intuito de não haver perdas ou erros.
A ‘corrida’ por novas operações e criação de tecnologias, que poderiam durar anos, agora está sendo feita em meses, devido à covid-19, portanto, somente organizações ágeis, flexíveis e ligadas à inovação, com capacidade de se reinventar, em diferentes momentos, vão sobreviver a essa e qualquer outra crise.

Emerson Douglas Ferreira - especialista em consultoria de planejamento, inteligência de negócio e soluções que auxiliam executivos na tomada de decisão desde 1995, e fundador da Meeting Strategic Solutions

Mitos da abordagem ao cliente


Fala Campeão do Agronegócio!

Nos últimos 12 anos tenho promovido o Treinamento Campeão em Vendas do Agronegócio, em revendas agropecuárias, cooperativas, escritórios de Representação e Industrias de Suplementação Mineral, Fertilizantes e Medicamentos Veterinários, em cada evento, seja presencial ou online, encontro profissionais com acentuada experiência em vendas e aqueles que estão iniciando. Mas o que tem chamado muita a atenção é a preocupação dos jovens profissionais com a Abordagem inicial, principalmente para prospecção de novos clientes.

Contudo, tirando a ansiedade típica das primeiras abordagens, quero apontar algumas considerações que fazem parte da minha reflexão como Treinador e outras considerações feitas por Neil Rackham, no capítulo 7 do livro “Alcançando excelência em Vendas”. Vamos lá:
  1. Regra básica: crie sinergia com o cliente, sorrir sempre, pois o entusiasmo é contagiante. Apresente-se como um profissional feliz, se você não conseguir encantar seu cliente, não espere que alguém o faça por você.
  2. Apresente-se para o cliente, levante-se e vá de encontro a ele, chame pelo nome e apresente-se deixando o seu cartão no inicio, isso vai facilitar para ele lhe chamar também pelo nome.
  3. Os primeiros 15 segundos são importantes para o seu cliente e para você. Não faça pré-julgamento. Não existe nada mais desagradável que entrar em uma revenda e não ser percebido. Imagino que seja uma tortura para o cliente ouvir do vendedor: “o Senhor precisa de alguma coisa?”
  4. Esteja no controle. Em uma relação comercial estar no controle, representar ter a capacidade de fazer perguntas, essa é a regra. Vendas bem sucedidas exige que o vendedor faça perguntas de Informação, Investigação e Implicação da Necessidade do cliente.
  5. O estágio da abertura não é o mais produtivo da venda, nem para você nem para seu cliente. Um erro comum, principalmente dos vendedores iniciantes, é gastar tempo demais com temas amistosos, como esporte, política, televisão, vida pessoal, fofoca... Como resultado, acaba faltando tempo para o fechamento e para vendas adicionais.
  6. Não se preocupe demasiadamente com a abordagem, valorize o conteúdo do seu trabalho. Dedique-se ao conhecimento de produto e atender as expectativas do cliente, não há nada mais frustrante para um cliente que um vendedor falante, mas sem conhecimento de causa.
  7. Embora não exista nenhuma medida exata de tempo que deve ser dedicado a abordagem, vendedores bem sucedidos não dedicam mais que 10% do tempo total da venda para a abordagem.
Faça da Abordagem uma atitude positiva e motivadora. Quero reforçar que todas as etapas são importantes e estão interligadas. O vendedor deve conhecer o objetivo, concentrar-se na meta e oferecer a solução certa.

Hoje o setor oferece uma diversidade de oportunidades, quem engorda boi, está plantando soja ou eucalipto e vice-versa. Concentre-se no foco, lembre-se, o foco é o negócio do cliente ou core business ou atividade do cliente.  



 MARCELO CERUTTI – Técnico em Agropecuária, Veterinário, Pós Graduado em Gestão Empresarial com ênfase em Recursos Humanos e Marketing, MBA na Fundação Getúlio Vargas, Diretor da empresa CERUTTI Consultoria e Treinamento para o Agronegócio e fundador do Sistema de Ensino: CURSOS PÓS AGRO.

"Novo marco do saneamento vai trazer R$ 500 bilhões de investimentos para o Brasil", afirma deputado federal Geninho Zuliani


Proposta foi aprovada na noite desta quarta-feira, pelo Senado, sem alterações, por meio de sessão virtual, com 65 votos a favor e 13 contrários


Com 65 votos a favor e 13 contrários, além de 86 propostas de emendas, o Senado aprovou na noite desta quarta-feira, dia 24/06, por meio de sessão remota, o projeto de lei 4.162/2019, que cria o novo marco legal do saneamento básico no Brasil. O texto, que teve relatoria na Câmara dos Deputados, do deputado federal Geninho Zuliani (DEM/SP) e no Senado de Tasso Jereissati (PSDB-CE), facilita as parcerias entre o setor privado e público na área de saneamento e modifica os modelos atuais de contratos referentes à gestão de água e esgotos nos municípios brasileiros.

Segundo o Ministério da Economia, o novo marco legal do saneamento dever atrair "mais de R$ 700 bilhões em investimentos" e gerar, "em média, 700 mil empregos no país" nos próximos 14 anos. Com a proposta, será possível o estabelecimento de blocos regionalizados de municípios com o objetivo de se obter ganhos de escala e de se garantir viabilidade econômico-financeira dos serviços, para se atingir à universalização dos serviços e não haverá mais a possibilidade de acordos que prevêm os chamados contratos de programa para a prestação de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Também está prevista a abertura de licitação, com a participação de empresas públicas e privadas, acabando com o direito de preferência das companhias estaduais.

"A aprovação da proposta tornou a data de 24 de junho em um dia histórico no Senado Federal. Sem nenhuma alteração no texto, aprovando o mesmo Marco que nós aprovamos em dezembro do ano passado na Câmara dos Deputados, os senadores abriram a possibilidade para que uma nova história seja escrita no País. Tive a oportunidade de relatar um relatório que vai trazer para o Brasil R$500 bilhões de investimentos, que vai trazer regulação, que vai trazer licitação e concorrência pública no setor que não tinha e tem mais", afirma Geninho.

Hoje, no Brasil, pelo menos 101 milhões não têm acesso a saneamento básico, metade disso também não possui coleta de resíduos e o desperdício é grande, a perda de água é de 39% no segmento público e 48,7% no privado. Tais dados têm impactado entre os brasileiros causando, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 15 mil mortes e 350 mil internações por ano devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento básico.

"O Brasil tem mais de 50% dos brasileiros sem esgoto tratado, 1/3 dos brasileiros não têm água potável encanada dentro de casa. Nós estamos falando de água, estamos falando de saúde pública, são atividades sanitárias no meio de uma pandemia. Essa proposta é o que poderá auxiliar o Brasil a sair da atual crise econômica, principalmente com geração de novos empregos, poderá ser um dos instrumentos que pós-pandemia que vai trazer investimentos, obras para poder alavancar o mercado brasileiro", frisa Geninho.

Para Tasso Jereissati, a aprovação do projeto tem múltiplas dimensões. "Universalizar os serviços de água e esgoto até 2033 é algo macro. Saneamento tem efeito multiplicador na geração de empregos, saúde, educação e melhoria da qualidade de vida das pessoas", argumentou o senador.

Aprovada, agora a proposta segue para sanção presidencial.


Serviços financeiros se reinventam para acompanhar demanda



A transformação digital anda de mãos dadas com os aplicativos e não é mais apenas uma frase de marketing atraente apenas. Para 74% das organizações, os aplicativos são essenciais para os negócios - sem aplicativos, elas não podem operar. O dado é do levantamento State of Application Services 2020, que entrevistou 488 profissionais de finanças no mercado mundial, incluindo o Brasil.

Para oferecer produtos customizados e eficazes para seus clientes, as empresas de serviços financeiros estão adotando novos tipos de transações e aplicativos, enquanto modernizam sua infraestrutura. Inclusive para acompanhar o galopante crescimento que as fintechs vêm tendo.

As experiências personalizadas do usuário, serviços de valor agregado e ecossistemas em expansão prometem oportunidades interessantes para o crescimento da receita em todo o ecossistema.

Para competir em superescala, o segmento está tratando cada aplicativo como um ativo crítico para os negócios, escolhendo a melhor nuvem para cada um, de acordo com 41%.

Somente no ano passado, a importância das plataformas em nuvem nesse segmento subiu onze pontos atingindo 49%, indicando a crescente demanda em relação à nuvem. Segundo a pesquisa, 26% disseram que os aplicativos suportam seus negócios e fornecem vantagem competitiva. Ninguém respondeu que não precisa de aplicativos para operar.

Apesar do Brasil ainda ter um número enorme de desbancarizados, todos os levantamentos vêm mostrando que as operações mobile são predominantes. Muitas fintechs, de crédito por exemplo, usam apenas o recurso do app para prover seus serviços financeiros, visando essa fatia sem acesso aos bancos.


E a segurança, como fica?

As estratégias de múltiplas nuvens precisam incorporar a segurança de maneira eficiente e eficaz para criar confiança. Três em cada quatro entrevistados disseram que é importante implantar e aplicar as mesmas políticas de segurança locais e na nuvem.

A nuvem oferece uma velocidade sem precedentes na implantação de aplicativos para organizações que correm em direção à transformação digital, e três em cada quatro dizem que o principal fator desses esforços de transformação é aumentar a velocidade de lançamentos de novos produtos ou serviços.

Quando o alvo é o time de líderes seniores em serviços financeiros, é revelador que a análise de ameaças em tempo real salta para o segundo lugar no ranking. Totalmente diferente do resultado global, onde os líderes seniores colocam a análise de ameaças em tempo real em sexto lugar.


Gateways API e o Open Banking

O fator determinante para a adoção no mercado é um pouco diferente entre as regiões. Cerca de 47% estão planejando implementar Open Banking. Os gateways de API têm um papel importante devido ao aumento da eficiência operacional para aplicativos internos.

Na região EMEA, é visto como um mecanismo para dar ao consumidor mais controle sobre seus dados. Nos EUA, é uma maneira de os bancos maiores e mais estabelecidos oferecerem recursos personalizados aprimorados que alavancam a inovação da fintech no mercado. Na Ásia/Pacífico, estão surgindo novos ecossistemas digitais focados em serviços financeiros inovadores, os "SuperApps" como WeChat e Gojek.

Já as implantações de Web Application Firewall aumentam a cada ano, com 81% em uso, comparado à 77% em 2019. Quase um terço das organizações avalia o tipo de aplicação antes de implantar uma WAF.

Atrair e reter clientes nativos digitalmente também está obrigando o setor financeiro inovar mais rapidamente, usando a nuvem pública e as arquiteturas modernas (nativas da nuvem ou do contêiner). A lista começa com gateways SDN e SD WAN em 42%, seguidos por gateways API em 39% e controle de acesso, em 35%.

Selecionei alguns destaques que servem de base para onde esse setor está caminhando:

- 84% estão executando a transformação digital - com ênfase em acelerar a velocidade de lançamentos.

- 87% são multicloud e todas usam serviços de aplicativos em busca da confiança digital.

- 68% implementaram Open Banking e estão usando gateways de API para oferecer inovação.

- 81% implantaram Web Application Firewall contra ameaças crescentes.





Odilon Costa - CEO da Tree Solution


Cibercriminosos lançam novos ataques de phishing ligados à flexibilização ou ao isolamento social em cada região e país


Pesquisadores da Check Point atualizam os dados sobre as ciberameaças no período da pandemia, identificando queda de número de ataques relacionados à COVID-19 e a ascensão de outros temas como "Vidas Negras Importam"

Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, apresenta cenário atualizado de dados analisados sobre os ciberataques que usam o tema Coronavírus. Os cibercriminosos estão usando o treinamento sobre COVID-19 para funcionários como isca de phishing e adotando outros assuntos relevantes do noticiário (incluindo "Black Lives Matter" - "Vidas Negras Importam") em técnicas de phishing. Os ciberataques em geral semanais aumentaram 18% em comparação com a média de maio, enquanto aqueles relacionados à COVID-19 caíram 24% se comparado ao mês de maio.
Enquanto o novo Coronavírus continua a ter um enorme impacto globalmente, diferentes países e regiões encontram-se em diversos estágios da pandemia. Nos Estados Unidos, os casos estão aumentando em estados como Flórida e Arizona. A Índia registrou mais de 12 mil casos pelo quinto dia consecutivo. No entanto, na Europa e na Ásia Pacífico, os países estão reabrindo algumas áreas do setor econômico ao mesmo tempo que tentam reiniciar seus negócios e retornar a algum tipo de normalidade. O Brasil tornou-se o 2º país do mundo com mais casos e mortes por Coronavírus, atrás dos Estados Unidos, e, entre as 27 capitais, 20 delas têm rápido aumento n o número de novos casos , em um momento em que municípios e estados têm flexibilizado as medidas que preveem isolamento social e fechamento do comércio.
Esse quadro fragmentado também se reflete na "economia" do cibercrime. Os dados mais recentes levantados pelos pesquisadores da Check Point mostram que o risco de uma empresa ser impactada por um site malicioso relacionado ao Coronavírus depende se o país em que ela está localizada voltou aos negócios ou ainda está fechado. O gráfico abaixo representa a mudança no número de organizações afetadas por sites maliciosos relacionados ao tema Coronavírus em diferentes regiões nos meses de maio e junho de 2020:

Em regiões como a Europa e a América do Norte, onde setores reiniciam suas atividades e as organizações estão voltando ao trabalho, houve uma queda acentuada no número de empresas afetadas por esses sites maliciosos. Já na América Latina e África do Sul, que ainda lutam contra o surto de Coronavírus, o gráfico indica instâncias contínuas e crescentes de empresas sendo afetadas por ataques maliciosos relacionados a esse vírus.

Golpes cibernéticos "normais" e novos
À medida que as empresas retomam atividades e reabrem escritórios, a COVID-19 continua a representar uma ameaça, pois as organizações estão testando programas e aplicando novas regras no local de trabalho para evitar novas infecções. Para preparar os funcionários para esse " novo normal " , muitas delas vêm realizando seminários on-line, cursos e treinamento para explicar as restrições e os requisitos para voltarem ao trabalho.


Assim, os cibercriminosos permanecem sempre alertas a essas novas oportunidades. Portanto, não é surpresa que os pesquisadores tenham detectado atacantes distribuindo e-mails de phishing e arquivos maliciosos disfarçados de material de treinamento sobre a COVID-19. Por exemplo, o e-mail de phishing abaixo está tentando convencer a vítima a se inscrever em um treinamento falso para funcionários que realmente leva a um site mal-intencionado: https://afzan\.co/wp-content/themes/1/1 (atualmente inativo).

Apropriação de manchetes do noticiário
Outra consequência de alguns países adotarem um "novo normal" refere-se aos cibercriminosos que se apropriam de outros grandes temas do noticiário como isca para seus golpes. Um recente exemplo disto está relacionado ao movimento "Black Lives Matter" ("Vidas Negras Importam"). No início de junho, quando esses protestos globais atingiram o pico, os pesquisadores descobriram uma campanha maliciosa de spam relacionada a este movimento. Os e-mails distribuíram o conhecido malware Trickbot como um arquivo .doc malicioso, normalmente nomeado no formato "e-vote_form _ ####. Doc" (# = dígito).
Os e-mails foram enviados com assuntos como "Dê sua opinião confidencialmente sobre 'Black Lives Matter'", "Deixe uma opinião sobre 'Black Lives Matter'" ou "Vote anonimamente sobre 'Black Lives Matter'".
Quando o usuário abre o e-mail e clica sobre o anexo, aparece a seguinte mensagem:
 
Em segundo plano, os arquivos entram em contato com duas URLs maliciosas:
inspeclabeling [.] com / wp-content / themes / processing / may.php
ppid.indramayukab [.] go [.] id / may.php
Houve também uma campanha maliciosa relatada anteriormente, a qual se aproveitou do mesmo tópico.

Ciberataques semanais relacionados ao Coronavírus
Na atualização anterior , os pesquisadores da Check Point relataram um aumento de 16% no número de ciberataques em maio, em comparação aos meses de março e abril. Três semanas depois, viram um aumento adicional de 18% nos ataques semanais em geral em comparação com o número médio em maio.
Assim, os ataques relacionados ao Coronavírus estão diminuindo, com um número médio de cerca de 130 mil ataques (ou exatos 129.796) por semana durante a primeira semana de junho, uma queda de 24% em comparação à média semanal de maio.
 



 Novos domínios registrados do Coronavírus
Nas duas primeiras semanas de junho foram registrados 2.451 novos domínios relacionados ao Coronavírus. Desses, 4% foram considerados maliciosos (91) e outros 3% suspeitos (66).
Recentemente, os pesquisadores também informaram que, devido ao aumento do desemprego, houve um crescimento de ciberataques com assuntos e arquivos maliciosos disfarçados de currículos profissionais (CVs) nos Estados Unidos e na Europa. O número de arquivos maliciosos identificados dobrou nos últimos dois meses, com um em cada 450 arquivos maliciosos sendo uma fraude relacionada ao CV. Em junho, observou-se um aumento semanal de 20% nos ciberataques relacionados a este tema de currículos a partir de maio, um em cada 370 arquivos.
Uma tendência semelhante também foi observada em outras partes do mundo, cujo número de golpes semanais referentes aos CVs dobrou globalmente a partir de maio até junho, sendo um arquivo em cada 1.270 anexos sendo malicioso.

Orientações de segurança
Os ataques de phishing dependem fortemente de técnicas de engenharia social, projetadas para explorar a natureza humana, aproveitando tópicos relevantes e crises atuais e exigindo ações que pareçam legítimas. Para proteger sua organização é preciso combater as ameaças de phishing de dois ângulos.
O primeiro, e mais importante ação a ser executada, é a implementação de uma solução de segurança de prevenção de e-mail capaz de identificar e bloquear ataques avançados de phishing antes que eles cheguem às caixas de correio dos usuários.
O outro ângulo é a conscientização dos funcionários. Educar os funcionários da organização é crucial para impedir o sucesso de ataques de phishing. Além de instruí-los sobre a grande variedade de possíveis ataques e consequências, recomenda-se o compartilhamento constante de informações atualizadas sobre as tendências atuais dos ataques de phishing, além de manter os funcionários informados sobre as recentes tentativas de phishing publicadas, bem como as que ocorreram na sua organização. Quanto mais golpes de phishing seus funcionários tiverem conhecimento, menos eles tenderão a se tornar vítimas desses ataques.
Por fim, é preciso  que as pessoas se lembrem das regras de ouro para garantir a segurança no mundo digital e, assim, evitar ser uma nova vítima de um ciberataque:
1. Cuidado com domínios semelhantes, erros de ortografia em e-mails ou sites e remetentes de e-mail desconhecidos.
2. Muita cautela com os arquivos recebidos por e-mail de remetentes desconhecidos, especialmente se eles solicitarem uma determinada ação que o usuário normalmente não faria.
3. Verificar se as compras online de produtos são de uma fonte autêntica. Uma maneira de fazer isso é NÃO clicar em links promocionais em e-mails e, em vez disso, procurar no Google a loja online desejada e clicar no link na página de resultados do Google.
4. Cuidado com as ofertas "especiais" como "Uma cura exclusiva para o Coronavírus por US 150", geralmente, não é uma oportunidade de compra confiável. Neste momento, não há cura para o Coronavírus e, mesmo que houvesse, isto definitivamente não seria oferecido por e-mail.
5. Certificar-se de não reutilizar senhas entre aplicativos e contas diferentes.
As organizações devem evitar ataques de dia zero com arquitetura de segurança de ponta a ponta, bloquear sites de phishing falsos e fornecer alertas sobre a reutilização de senha em tempo real. As caixas de e-mail são a porta da frente da organização. As técnicas de phishing direcionados roubam US$ 300 bilhões das empresas todos os meses. Então, deve-se proteger contra o comprometimento de e-mail e de técnicas de phishing com segurança adequada de e-mail .
Imagem: Divulgação Check Point



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Consequências jurídicas para empresas e instituições públicas pelos funcionários diagnosticados com Burnout


Agora que já sabemos o que é o Burnout é uma doença ocupacional que decorre por exaustão profissional e que uma das causas é decorrente do assédio moral, vejamos quais as consequências para o empregador.
O trabalhador diagnosticado com Burnout ficará afastado de suas atividades laborais por auxílio doença acidentário (código B-91), junto ao INSS. Isso significa que o contrato de trabalho dele será suspenso até que retorne de alta médica.
Isso porque, o artigo , parágrafo único da CLT, estabelece que, apesar do afastamento do empregado de suas atividades laborativas a partir do 16º (décimo sexto) dia – com percepção do auxílio previdenciário – haverá contagem do tempo de serviço, assim como o empregador continuará obrigado a depositar o FGTS do empregado durante todo o período de afastamento, nos termos do § 5º do artigo 15, da Lei 8.036/90, em alguns casos decorrentes de Convenção Coletiva, pode haver até mesmo complementação do salário, já que somente poderia receber até o limite do teto da previdência social. 
Após a alta médica do INSS, o empregado passará pelo médico do trabalho da empresa que também atestará ou não a sua alta. Caso esteja tudo certo, o empregado estará apto a retornar ao trabalho, nas mesmas condições que trabalhava ou ainda, poderá ser reabilitado à outra função caso assim seja decidido pela perícia médica do INSS.
Suponhamos que houve a constatação de que o causador da doença ou àquele que desencadeou a doença foi o chefe imediato do empregado, ou seja, que fora seu assediador e o empregado o assediado, passado meses ou anos naquele estresse e sofrimento o empregado é afastado e retorna ao mesmo posto e com seu mesmo chefe, por certo, a empresa não tomou as devidas cautelas para afastamento do “assediador” e não haverá meios do empregado retornar a este ambiente laboral. O que fazer então?
A empresa utilizando esta experiência, já deveria ou demitir o causador do dano ou ainda, antes disso realizar treinamentos dos seus gestores e equipe para que todos fiquem alinhados com os princípios, éticos, legais e morais da empresa, para que isso não mais ocorra.
Ainda assim, entendemos ser um trauma para o empregado ter que relembrar todo seu passado e retornar para esta situação, logo, o ideal é afastá-lo deste ambiente e realoca-lo em outro setor.
Mas, podem me perguntar agora, por que esse empregado então não foi demitido ao retornar ao trabalho? Porque pelo art. 118 da Lei 8.213/91 após a alta do INSS, por auxílio doença acidentário o empregado goza de estabilidade de 12 meses no emprego, não podendo assim, ser demitido sem justa causa, apenas por justa causa ou pedido de demissão.
Pois bem, e se não for possível o retorno ao trabalho, por estas questões acima expostas? Caso o empregado peça sua demissão também perderá o direito à estabilidade, ou se for demitido por justa causa. Porém, se a empresa não tiver mais como realocá-lo, não restará outra alternativa senão demiti-lo, sem justa causa e indenizar o valor de sua estabilidade.
Além disso, dependendo das sequelas e tratamento ofertado pela empresa na ajuda deste funcionário, o mesmo poderá ainda, sem prejuízo da sua estabilidade pleitear na justiça indenização por danos morais por todo mal sofrido.
E quanto mensurar o valor desse dano? Muito embora seja um valor subjetivo, arbitrado pelo juízo e a seu critério, com a chamada reforma trabalhista Lei n. 13.467/17, no seu art. 223-G da CLT trouxe parâmetros para mensurar o dano, o que foi fortemente rebatido pelos juristas e doutrinadores, porém, há quem entenda justamente o contrário que acabou com o subjetivismo e arbitrariedade e agora os valores são pautados por lei.
Mas enfim, sem adentrarmos ao mérito desta questão sobre os valores, importante alertar o empregador que para se prevenir de problemas deste tipo o ideal é implementar um programa de compliance trabalhista efetivo, com programas de integridade, ética, treinamento, informando os princípios da empresa e onde querem chegar.
Como já dito, um canal de denúncia, regulamento interno, código de ética e conduta são primordiais para evitar que a empresa cometa erros e gere processos trabalhistas milionários.
O funcionário deve ser tratado com dignidade, afinal é um dos princípios basilares do direito social, insculpidos inclusive na Constituição Federal, no art. 7º.
Ao dar o tratamento digno a pessoa, que esta se sinta parte da empresa, valorizado, trabalhará com melhor produtividade, atingido seus objetivos e as metas almejadas pela empresa muito mais rápido.
Portanto, a conclusão que chegamos aqui seria de que, as empresas não tenham medo de investir em programas efetivos de integridade, que agregará maior valor às empresas, os funcionários trabalharão mais satisfeitos onde todos sairão ganhando!
Lembre-se sempre: “Melhor prevenir do que indenizar”.


Dra. Flavia Eadi de Castro - head de direito do trabalho da RGL Advogados. Advogada Trabalhista Empresarial. Especialista em Compliance Trabalhista. Assessorando diversas empresas nacionais e multinacionais de pequeno, médio e grande porte. Head em Direito do Trabalho do escritório RGL Advogados. Idealizadora do perfil do instagram: @falatrabalhista

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