Pesquisar no Blog

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Fevereiro Roxo: saiba mais sobre o mês de conscientização de Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer


 Nos últimos anos, alguns meses vêm sendo associados a cores, já reparou? O Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização promovida para incentivar o diagnóstico precoce das doenças Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer. O objetivo é permitir que os pacientes tenham uma maior qualidade de vida mesmo convivendo com alguma dessas condições. As doenças que, apesar de apresentarem sintomas e diagnósticos diferentes, têm em comum o fato que são incuráveis.

Apesar de toda a mobilização para divulgar a data, ela ainda não é muito conhecida. Nas bases de procura do BoaConsulta, a taxa de agendamentos de reumatologistas e neurologistas não varia muito quando comparada aos outros meses do ano.
A campanha do Fevereiro Roxo foi criada em 2014, na cidade de Uberlândia (Minas Gerais). Seu lema é: “se não houver cura, que ao menos haja conforto”, aludindo à importância de proporcionar bem-estar aos portadores de doenças crônicas. Não existe um calendário oficial de conscientização. O trabalho geralmente é feito por ONGs e, muitas vezes, apoiado por prefeituras e governos estaduais, que promovem palestras, ações de informação sobre as doenças e até mutirões de saúde.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune, ou seja, ocorre quando o próprio sistema imunológico de uma pessoa passa a atacar órgãos e tecidos do corpo (como se eles fossem invasores externos). Pouco se sabe sobre a origem das doenças autoimunes. Elas são crônicas, porém o tratamento adequado é indispensável para mantê-las sob controle e reduzir os sintomas — que podem ser extremamente dolorosos.
A Fibromialgia é uma síndrome ainda pouco conhecida, cujos principais sintomas envolvem dor generalizada, fadiga, dificuldades cognitivas e formigamento nas extremidades do corpo. Como todos os sinais acima são problemas relativamente comuns, acredita-se que a doença seja subnotificada. As dores da fibromialgia são constantes e costumam durar cerca de três meses a cada vez. A pessoa afetada nota uma redução em sua capacidade de se exercitar, justamente devido às dores e à fadiga. Ela também passa a sofrer com problemas de sono, como insônia e apneia, muitas vezes apresentando quadros de depressão.
Descrita pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, a doença de Alzheimer é neurodegenerativa. Os principais sintomas são a falta de coerência na fala e a perda da memória recente. O Alzheimer está associado à idade avançada, porém pode surgir de forma prematura, especialmente em pessoas com casos semelhantes na família. A capacidade de atenção, aprendizado e convívio social fica seriamente afetada, sendo que o quadro é incurável. Entretanto, é possível fazer um tratamento terapêutico e medicamentoso para retardar os efeitos mais graves.





Verão: dermatologista alerta sobre cuidados com a pele durante a estação mais quente do ano



Micose, insolação, bicho geográfico, fitofotodermatose e brotoeja são doenças comuns com o excesso de calor e suor. 


De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, o aumento excessivo da temperatura no Brasil vem acarretando inúmeros problemas, entre eles: desidratação, infecções e queimaduras na pele.

 “No verão, os cuidados com a pele devem e precisam ser redobrados pelo risco maior de queimaduras, envelhecimento precoce, câncer de pele e outros diversos distúrbios. A estação é a mais propícia para o surgimento de problemas na pele, causando irritações e exigindo precauções”, explica a dermatologista cooperada à Unimed Blumenau, Renata Gomes Bastos. A especialista esclarece sobre as principais doenças dermatológicas no verão e como evitá-las:


Micose: São infecções causadas por fungos e podem ocorrer na pele, unhas e cabelos. “Os fungos estão presentes em diversos ambientes e quando encontram condições favoráveis para o crescimento, como calor, umidade e baixa imunidade, reproduzem-se e causam a doença”, explica Renata.

Para evitá-la, aconselha-se secar bem a virilha, tomar ducha de água doce após mergulhos, trocar sungas/biquínis molhados e verificar os espaços entre os dedos dos pés. Estes procedimentos são essenciais e indispensáveis nesta época do ano.  


Insolação: É desencadeada pelo excesso de exposição ao sol. Os principais sintomas são: vermelhidão na pede, sede intensa, suor excessivo, aumento da temperatura corporal, dor de cabeça, dificuldade para respirar, tontura e vômito. 

“Adotar hábitos saudáveis pode evitar o mal estar. Aconselha-se: evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h; hidratar-se adequadamente (2 a 3 litros de água/suco natural por dia); utilizar filtro solar; usar roupas de tecidos leves e evitar permanecer em locais pouco arejados”, explica.


Bicho geográfico: A doença é uma “Dermatite tropical”, causada por parasitas encontrados em fezes de cães e gatos adoecidos. Durante contato direto da pele com a superfície contaminada, por exemplo - sentar na areia exposta e contaminada, a larva das fezes dos animais penetra na pele humana, causando, assim, coceira e lesões semelhantes a mapas, por isso o nome “Bicho geográfico”.


Fitofotodermatose: São queimaduras químicas causadas pela exposição ao sol da pele que sofreu contato com frutas cítricas, por exemplo, o limão. “A queimadura causa manchas escuras na região afetada e não arde, mas pode demorar mais de quatro semanas para começar a desaparecer. Além das manchas escuras, podem gerar queimaduras muito dolorosas com bolhas que exigem tratamento específico sob o risco de deixar sequelas”, explica.

“Além do limão, também podem causar fitofotodermatose: tangerina, laranja, morango figo, arruda, cenoura, aipo, salsinha, coentro e erva-doce, perfumes, cosméticos e algumas medicações ingeridas”, informa.

“Para evitar as queimaduras é necessário lavar as mãos com sabão sempre que possível. O tratamento pode ser feito através de medicamentos específicos prescritos pelo médico, além de cremes hidratantes e filtros solares nas áreas afetadas”, ressalta Drª Renata. 


Brotoejas: Também conhecidas por “Miliárias”, as brotoejas são inflamações da pele que provocam obstrução mecânica e dificultam a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas. Geralmente são desencadeadas por exposição a ambientes quentes e úmidos, excesso de roupas e agasalhos, e febre alta.
Na maioria dos casos, as brotoejas desaparecem sozinhas quando o calor e a umidade do ambiente são reduzidos. Aconselha-se evitar o uso excessivo de sabonetes (ao ressecar a pele, podem causar obstrução dos poros); atividades que aumentam a transpiração; manter o ambiente fresco e ventilado e usar roupas leves e claras especialmente nos dias quentes.
“A exposição ao sol requer cuidados, já que o mesmo emite raios ultravioletas UVA e UVB, responsáveis pelos danos causados na pele, como o câncer de pele e o envelhecimento. Usar filtro solar fator 30 e não se expor ao sol entre 10h e 16h, são medidas obrigatórias para uma boa qualidade de vida”, conclui a dermatologista cooperada à Unimed Blumenau, Renata Gomes Bastos.




Foto: Divulgação 

SEMANA NACIONAL DE PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA


Mesmo com alto nível de efetividade, métodos contraceptivos de longa duração ainda são pouco recomendados as adolescentes


Na primeira Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, é preciso entender quais são as reais necessidades das jovens brasileiras


Aprovada pelo presidente da república, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência tem como objetivo promover ações e atividades que visam educar os jovens sobre a saúde reprodutiva. Embora a implementação da data expresse a preocupação em orientar os brasileiros sobre os riscos da gravidez precoce, os métodos contraceptivos de longa duração, comprovadamente mais efetivos, são os menos considerados por ginecologistas para adolescentes, o que indica que o país necessita desenvolver uma política pública apropriada para essas meninas.

Atualmente, as formas mais populares de contracepção – pílulas contraceptivas e preservativos – dependem do uso correto para prevenir a gravidez. As jovens, no geral, têm uma vida agitada e se lembrar de tomar um comprimido todos os dias, por exemplo, pode não ser o mais recomendado para elas. Os métodos de longa duração, conhecidos como LARCs na sigla em inglês, são os mais efetivos justamente por não dependerem da pessoa para que aja em sua totalidade e, indo contra a crença popular, são recomendados para adolescentes e jovens adultas que nunca tiveram filhos.

Os LARCs englobam um grupo de métodos como o implante subcutâneo, o DIU de cobre e o DIU Hormonal. De acordo com a série de recomendações da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), lançada no final de 2016, a orientação de adolescente quanto aos métodos para evitar a gravidez precisa incluir DIUs (de Cobre e Hormonal) e implantes. Essa recomendação está alinhada com as orientações da Sociedade Americana de Pediatria e do Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia, referências mundiais em saúde de adolescentes e contracepção.

Há necessidade de apresentar todos os métodos disponíveis de contracepção quando se orienta uma adolescente, incluindo nessa lista os DIUs (de Cobre e Hormonal) e implantes. Os LARCs são considerados primeira linha de escolha contraceptiva, inclusive para adolescentes por terem as maiores taxas de continuidade e satisfação entre todos os métodos contraceptivos reversíveis, sendo mais eficazes e seguros para uso nesse grupo. Infelizmente, ainda não é comum que os médicos recomendem esses métodos para suas pacientes, o que faz com que as jovens prefiram a pílula e a camisinha” explica Thais Ushikusa, ginecologista e obstetra da Bayer.

Desenvolvido pela Divisão de Pesquisa Clínica e pelo Departamento de Obstetrícia e Ginecologia na Washington University, o estudo CHOICE, realizado com mulheres de 14 a 20 anos nos EUA, mostrou que as adolescentes estão interessadas em métodos seguros e efetivos. Os LARCs tiveram um elevado grau de aceitação, sendo escolhidos por 69% das participantes após a oferta e a ampla explicação.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é preciso reforçar o sistema de saúde para que sejam apresentados e oferecidos a adolescentes os diversos métodos disponíveis de contracepção, esclarecendo benefícios e riscos comparativos, enfatizando a correta forma de uso e propiciando livre escolha e fácil acesso.



Efeito rebote

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde mostraram que a taxa de gravidez entre meninas de 15 e 19 da América Latina e do Caribe é a segunda mais alta do mundo e, pelos dados do estudo Critério Brasil, o planejamento familiar e o conhecimento sobre contracepção não atinge 68% dos brasileiros que constituem as classes C, D e E.

Somado a isso, as mulheres nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, têm em média um número maior de gestações, e consequentemente sofrem mais riscos de morte relacionada à gravidez. De acordo com Organização Pan Americana de Saúde, a probabilidade de uma mulher com até 15 anos morrer em decorrência da gestação é de uma em 180 mulheres nos países em desenvolvimento, enquanto que naqueles que são considerados desenvolvidos, a probabilidade é de 1 em 4,9 mil.

Quando não morrem em decorrência de complicações da gestação, mulheres que não desejam prosseguir com a gravidez se arriscam em clínicas clandestinas para interrompê-la. Anualmente, o Ministério da Saúde regista 250 mil internações em decorrência de complicações no aborto, enquanto que, embora disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o DIU de cobre, que poderia ser um método de prevenção a gravidez eficiente e de baixo custo, é pouco ofertado às mulheres, principalmente as que não tiveram filhos.

No Brasil, somente em 2015, foram mais de 500 mil nascidos vivos de mães adolescente de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, esses nascimentos de mães tão jovens contribuem para a perpetuação da pobreza entre as classes mais baixas, afetando especialmente as mulheres.  Além disso, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a maternidade precoce também inviabiliza o crescimento do PIB brasileiro em até US$ 3,5 bilhões por ano, caracterizando o tema como um problema de saúde público.

Os direitos das mulheres e adolescentes a informação e serviços contraceptivos está previsto nos direitos humanos internacionalmente reconhecidos e a liberdade reprodutiva é um dos pilares da dignidade humana incorporada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas o estudo Nascer no Brasil, realizado pela Fiocruz, revelou que 30% das mulheres entrevistadas não desejaram suas gestações. Além disso, dados levantados em um estudo sobre as práticas contraceptivas de mulheres jovens evidenciam o desconhecimento e a desorientação sobre o tema:

·         60% das jovens de 15 a 19 anos já recorreram à pílula do dia seguinte;

·         Os métodos mais utilizados por elas são a camisinha (28%) e a pílula (23%);

·         75,2% recorrem a rede comercial de farmácias para adquirir seu método contraceptivo;

·         Métodos de média duração e os LARCs não foram mencionados por elas;
     




Bayer: Science For A Better Life (Ciência para uma Vida Melhor)


Mudança de hábitos alimentares é chave para prevenção de câncer, mas ainda é desafio para maioria dos brasileiros


Especialistas da SBOC explicam porque a obesidade é um dos principais fatores de risco


Manter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar atividade física e, em alguns casos, fazer exames preventivos são orientações simples para prevenir o câncer, mas difíceis de seguir. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), realizada em 2017, metade das pessoas ouvidas não faz exercício físico e uma em cada quatro não vê a obesidade como problema relacionado ao câncer.

O levantamento mostrou, ainda, que as pessoas sabem da importância dessas medidas, mas resistem ou têm dificuldade de mudar seu estilo de vida. Os cuidados necessários já são conhecidos pela população, mas o medo ainda não é suficiente para a mudança de hábito. Por isso, é extremamente importante investir em prevenção e campanhas de conscientização”, afirma a Dra. Renata Gangussú, oncologista membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

A dificuldade de entender qual o impacto real de uma alimentação com muito açúcar ou alimentos processados também pode ser um dos motivos para postergar mudanças de hábitos. Mas qual é então a real relação entre uma alimentação com muito açúcar e câncer? “Ainda que não exista uma relação direta entre o consumo de açúcar e o desenvolvimento do câncer. O consumo em excesso pode acarretar em outras doenças crônicas, como o diabetes além de contribuir para quadro de sobrepeso e obesidade”, afirma a nutricionista membro da SBOC Georgia de Oliveira.

Todas as células, sadias ou cancerígenas, precisam de glicose (açúcar) para sobreviver. Mas não há um processo seletivo para que as moléculas de glicose sejam mais aproveitadas pelas células cancerígenas. Há casos específicos de cânceres com características hipermetabólicas. Isso significa que   estes tumores têm um consumo ‘exagerado’ de energia, levando o indivíduo a um estado de perda nutricional maior”, explica.

Mas uma dieta rica em açúcar pode favorecer o câncer de outras formas. As mais recentes pesquisas do Fundo Global de Pesquisa sobre o Câncer (WCRF) e o Instituto Americano de Pesquisa para o Câncer (AICR) indicam que dietas baseadas em “fast food”, alimentos processados e com alto de teor de sódio e açúcar estão aumentando em todo mundo, levando ao aumento global de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, a mais casos de cânceres relacionados à obesidade.

Há mais de 13 tipos de câncer associados à obesidade. O diabetes tipo 2, que normalmente é desencadeada em dietas ricas em açúcar de rápida absorção, também eleva o risco de câncer. No caso da doença na mama, há um aumento de quase 20% na incidência em mulheres que têm diabetes”, destaca Cangussú.

Segundo a OMS, a quantidade de açúcar (sacarose), para um indivíduo saudável, deve ser o mínimo possível, limitando-se a 25g/dia, o que representa aproximadamente 5% das necessidades calóricas de um indivíduo. É um desafio que precisa ir além dos esforços individuais para ser superado. Por isso, o Ministério da Saúde vem tomando medidas que vão além da conscientização ao assinar acordos com a indústria para a redução de açúcar e sódio nos produtos industrializados. 




Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)


Ameaça silenciosa: Câncer de ovário tem sintomas discretos e pode evoluir rapidamente se não tratado em estágio inicial


É um tipo de tumor ginecológico com baixa incidência, correspondendo a 3% dos tumores diagnosticados na mulher e alta mortalidade. Especialista do Centro Paulista de Oncologia CPO – Grupo Oncoclínicas alerta sobre os principais sinais da doença

Pouco se ouve falar sobre câncer de ovário, mas atualmente é considerado o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado em fases iniciais e por isso, combatido. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), serão registrados em 2018 no Brasil aproximadamente seis mil novos casos de câncer de ovário, sendo que cerca de 70% destes, o diagnóstico se faz em estágios avançados da doença (III e IV).

De acordo com Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro Paulista de Oncologia CPO – Grupo Oncoclínicas, o câncer de ovário possui maior incidência principalmente em mulheres acima dos 60 anos e o risco de uma mulher desenvolver este câncer ao longo da vida é de 1,3%.

Entre os fatores que contribuem para um risco aumentado desta doença estão a primeira menstruação precoce (abaixo dos 12 anos), menopausa tardia (acima dos 52 anos), obesidade e tabagismo. Por outro lado, a gravidez, a amamentação e o uso de contraceptivos orais agem reduzindo o risco de do câncer de ovário. "Estudos recentes demonstraram que mulheres que fizeram uso contínuo de anticoncepcionais por período superior a cinco anos, houve uma diminuição em até 60% da incidência deste de câncer", diz Dra. Michelle Samora.

Cerca de 15% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditária, herdada de pai ou mãe. No entanto, a especialista ressalta que as mutações genéticas que predispõe ao câncer de ovário podem não se limitar a mulheres com uma forte história familiar da doença. De fato, cerca de 1/3 das pacientes portadoras da mutação do gene BRCA (principal gene envolvido no surgimento desta doença) não apresentam sequer um familiar portador de câncer! É por este motivo que ao se realizar o diagnóstico de câncer de ovário, todas as mulheres devem ser testadas geneticamente.

Aquelas mulheres sabidamente portadoras de mutação no gene BRCA tem um risco de desenvolver o câncer de ovário ao longo da vida de 25 a 45%, muito acima do risco de uma mulher não portadora de alteração genética. "Nesta situação, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários e tubas uterinas, uma vez que este procedimento reduz em 96% o risco de desenvolvimento do câncer de ovário. Esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta pela paciente e seu médico", pontua a oncologista do CPO.


Fique atento aos possíveis sinais e aos tratamentos

Pouco se sabe sobre o mecanismo ou tempo de progressão do câncer de ovário localizado para o disseminado. E, até o presente momento, não há exames indicados para triagem do câncer de ovário na população em geral ou naquelas portadoras de mutação no gene BRCA - mesmo com várias modalidades de exames já avaliados, incluindo ultrassom, exames de sangue ou mesmo tomografia anuais.

O sintoma do câncer de ovário é discreto e demora a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor e outros órgãos abdominais. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, dor, alterações no ciclo menstrual, no hábito urinário e intestinal.

"O problema é que os sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Por isso, é recomendado que a mulher procure um especialista caso perceba qualquer alteração, mesmo que pareça usual.", afirma Dra.Michelle Samora.

A definição do tratamento para pacientes com câncer de ovário depende do tipo e estágio da doença. "Em linhas gerais, a cirurgia ainda é o principal tratamento e a quimioterapia pode ser indicada, dependendo do caso, antes e/ou após a intervenção cirúrgica", explica Dra. Michelle Samora. "Em casos selecionados do desenvolvimento do câncer de ovário em idade fértil, o tratamento visando a manutenção da fertilidade feminina, deverá ser particularizado" finaliza a oncologista.





Grupo Oncoclínicas




Jovens com sífilis podem ser adultos cardíacos


O Ministério da Saúde anunciou recentemente o crescimento de 2.000 por cento nos casos de sífilis

O aumento de dois mil por cento nos casos de sífilis no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde, além de evidenciar a urgência de retomar ações e campanhas eficazes de prevenção contra doenças sexualmente preventivas, exige atenção quanto a futuras complicações cardiovasculares.

O Alerta é do médico José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo). Ele explica que os jovens acometidos hoje pela doença podem ter sérios problemas cardiovasculares no futuro, caso o tratamento não seja correto e eficiente.

Depois de dois a 20 anos da infecção, ocorre a sífilis terciária, cujos sintomas são mais graves. Dentre eles, pode desenvolver-se a sífilis cardiovascular. Os sintomas são dor torácica e nas costas, provocada por aneurisma da artéria aorta ascendente ou descendente, com risco de ruptura. Outro sintoma é o cansaço, sensação de falta de ar, quando a sífilis acomete a válvula aórtica. Neste caso, ocorre um refluxo do sangue, que volta para dentro do coração e causa sobrecarga, provocando a sensação de falta de ar.

Dr. José Francisco explica que a sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença apresenta três fases de infecção. A primária tem como sintoma o surgimento, a partir de 10 dias após o contágio, de uma ferida em local específico, como órgãos sexuais, boca ou pele.

A secundária ocorre entre seis semanas e seis meses. Os sintomas são manchas avermelhadas, principalmente nas mãos e pés, podendo também aparecer ínguas nas regiões íntimas e virilha.

Há, ainda, uma fase na qual a doença fica latente, levando a um descuido com o tratamento, pois muita gente acredita ter sarado. Na sífilis terciária, na qual os sintomas podem aparecer entre dois e 20 anos após a infecção, os problemas são mais graves, incluindo os problemas cardíacos, com alto risco de morte.

Em todos os casos, o tratamento no combate à bactéria é feito com antibióticos, em especial a penicilina. Porém, a sífilis cardiovascular exige que um cardiologista especializado também cuide do paciente.

"É premente a retomada de campanhas e ações preventivas de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil", alerta o presidente da Socesp, enfatizando a importância de conscientização maciça dos jovens".


Com os cuidados corretos, pacientes com trombose podem aproveitar longas viagens sem preocupações


Especialista dá dicas para auxiliar a boa circulação sanguínea e evitar transtornos durante as viagens de férias


A formação de coágulos no interior das veias do sistema venoso profundo, conhecida como Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença que preocupa a população durante o período das férias e acarreta dúvidas na hora de viajar de carro, ônibus ou avião, principalmente, em destinos de longas distâncias. Apesar de legítima, a preocupação não deve impedir o paciente de se divertir e aproveitar as merecidas férias.

O cirurgião vascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Kenji Nishinari, dá dicas para evitar surpresas desagradáveis durante o caminho. "Aproveitar as pausas nas viagens de carro e de ônibus para esticar as pernas e fazer uma pequena caminhada é essencial, assim como dentro dos aviões o ideal é caminhar pelo corredor, a cada três horas, a fim de estimular a circulação. Enquanto estiver sentado, aproveite para movimentar os pés para cima e para baixo com a finalidade de contrair as panturrilhas".

Em viagens prolongadas, a utilização das meias elásticas de média compressão é importante, pois contribui para o retorno sanguíneo nessas situações de menor movimentação das pernas. Manter-se bem hidratado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e remédios para dormir durante o período da viagem também são medidas que diminuem o risco de desenvolvimento da doença.
Os pacientes com TVP podem apresentar sinais e sintomas como dor, inchaço no membro e alteração da sua coloração. Os principais fatores de risco são: a predisposição genética, imobilização prolongada, uso de contraceptivos hormonais e o câncer maligno.

"Permanecer imóvel por muito tempo como em pós-operatório de grande cirurgia ou mesmo numa imobilização de um membro, também representam perigo para o desenvolvimento da doença. Nesses casos indica-se o uso das meias de compressão, a administração de remédios anticoagulantes em doses preventivas e também da pronta movimentação assim que possível", alerta o especialista.

Apesar de serem estimados 400 mil novos casos anuais da doença somente no Brasil, existe prevenção para a ocorrência da trombose e a adoção de um estilo de vida saudável pode contribuir muito. "Manter-se no peso ideal, evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, não fumar, ter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regularmente e evitar os fatores de risco conhecidos são os pilares da prevenção de qualquer doença e com a trombose não é diferente". Afirma o Dr. Kenji.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz – http://www.hospitaloswaldocruz.org.br/


Carnaval - Anticoncepcional e bebida alcoólica uma combinação segura?


Vagner Miguel, farmacêutico da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, tira as principais dúvidas sobre medicamento e álcool



Os bloquinhos já estão nas ruas, os ensaios das escolas de samba a todo vapor  e o carnaval cada dia mais perto. Com muita frequência, essa diversão envolve o consumo de bebida alcoólica. A principal dúvida que surge para quem está tomando medicação é: será que posso beber? Mas o que a maioria esquece é que o anticoncepcional do dia a dia também é uma medicação. Será que perde o efeito após uma bebedeira?

Para sanar essas e outras questões, Vagner Miguel, farmacêutico da Anfarmag – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais –, explica que as consequências da interação entre álcool e medicamentos dependem de vários fatores. Entre eles está a composição do medicamento, o organismo do paciente e a quantidade de álcool ingerida. Por isso, de forma geral, a recomendação é evitar misturar álcool com medicamento.

As mulheres que tomam anticoncepcional devem conversar com o médico para usar um método contraceptivo complementar, já que, com a bebida, o efeito pode cair até pela metade. Vagner alerta: “Os anticoncepcionais podem ter tempos variados de permanência no organismo antes de serem eliminados, com duração que varia entre 12 a 24 horas ou mais, dependendo da substância, e isso gera riscos, já que a mulher pode achar que está protegida e ter atividade sexual sem preservativo.”

Para grande parte dos medicamentos o principal órgão prejudicado é o fígado, que metaboliza, por meio das enzimas que produz, o álcool, ficando sobrecarregado. O álcool também afeta especialmente o sistema nervoso central, que comanda nossas ações, alterando substancialmente as capacidades cognitivas estruturais e comportamentais.

Como a bebida altera o metabolismo, o tempo de eliminação do medicamento será alterado, podendo ocorrer antes ou depois do previsto, com possibilidade de prejudicar o tratamento. Aumenta a gravidade quando são utilizadas drogas para tratar problemas neurológicos e psiquiátricos, pois o álcool em geral potencializa o efeito dessas substâncias. “Antidepressivos agem diretamente no sistema nervoso central. Inicialmente, as bebidas alcoólicas aumentam o efeito do antidepressivo, deixando a pessoa mais estimulada; porém, após passar o efeito da bebida, os sintomas da depressão podem aumentar. Já quando os ansiolíticos são misturados ao álcool aumenta o efeito sedativo, deixando a pessoa inabilitada para conduzir um veículo por exemplo, além de uma maior probabilidade de efeitos adversos graves, a exemplo de coma e insuficiência respiratória”, explica o farmacêutico.

A mistura de antibióticos e álcool, por sua vez, pode causar desde vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória até a morte. “Esse tipo de reação seria mais comum com as substâncias metronidazol; trimetoprima-sulfametoxazol, tinidazole e griseofulvin. Já outros antibióticos – como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida – tampouco devem ser tomados com cerveja e afins pelo risco de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática”, diz o especialista.

Vagner completa explicando o efeito com analgésicos e antitérmicos. “O efeito do álcool pode ser potencializado e a velocidade de eliminação do medicamento do organismo será maior, diminuindo seu efeito. Nos casos mais graves, o uso do álcool com paracetamol pode danificar o fígado, uma vez que ambos são metabolizados nesse órgão. Já a mistura com ácido acetilsalicílico pode causar, em casos extremos, hemorragia estomacal, pois ambos irritam a mucosa estomacal”

“Portanto, na dúvida, a regra é: não misturar álcool com nenhum tipo de medicamento”, finaliza o farmacêutico.  A medicação não pode ser desculpa para faltar a reunião de amigos, afinal, o mais importante nestas festas é o carinho, a atenção e a comemoração por terem passado mais um ano juntos e felizes.






Vagner Miguel - Gerente Técnico e de Assuntos Regulatórios da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), farmacêutico, palestrante e docente. Formado pela Unesp como farmacêutico em 1985, o profissional pós graduou-se em Gestão pela Trevisan e em Engenharia Farmacêutica Cosmética pelo Instituto Racine.


Anfarmag - Organização sem fins lucrativos a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais



Caminhar contribui para paciente renal viver mais e melhor


Exercício aumenta qualidade de vida, fortalece o sistema imunológico, pode reduzir infecções e a chance de precisar de diálise ou transplante


        Os benefícios proporcionados pelas caminhadas são velhos conhecidos da população, mas uma série de estudos científicos realizados nos últimos anos mostra que caminhar também é um ótimo remédio para manter a saúde renal e ajudar pacientes que já desenvolveram doenças nos rins a viver mais e melhor. Caminhar, concluem os pesquisadores, aumenta a qualidade de vida, beneficia o sistema imunológico, pode reduzir infecções, melhorar as condições cardíacas, diminuir as chances de precisar de diálise ou transplante e os índices de mortalidade entre os doentes renais.

        “É uma atividade fácil de realizar, sem custo algum e que pode e deve ser incorporada à rotina. Faz bem para o corpo e também para a saúde mental, ampliando a sensação de bem-estar, reduzindo a ansiedade e o estresse”, afirma o médico nefrologista Bruno P. Biluca, da Fenix Alphaville.

        Uma das pesquisas sobre os efeitos das caminhadas sobre doentes renais crônicos acompanhou 6.393 pessoas com a doença em estágios de 3 a 5 em tratamento no hospital da Universidade de Medicina da China, em Taiwan. O estudo, realizado ao longo de uma década, revelou que, quanto maior a frequência das caminhadas, melhores são os resultados. Pessoas que caminhavam sete ou mais vezes por semana apresentaram 44% menor risco de precisar fazer diálise e transplante, e mortalidade 59% menor. Os índices foram de 19% e 17%, respectivamente, entre aqueles que faziam caminhadas de uma a duas vezes por semana. “O benefício da caminhada independe da idade, função renal e comorbidade dos pacientes”, concluíram os pesquisadores em artigo publicado no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia.

        Na Inglaterra, pesquisadores da Unidade de Investigação Biomédica sobre Dieta, Atividade Física e Estilo de Vida de Leicester-Loughboroug encontraram evidências dos efeitos benéficos das caminhadas regulares também para evitar infecções e problemas cardiovasculares em doentes renais. Dois grupos, de 20 pessoas cada, foram analisados durante seis meses. Em um deles, os participantes caminharam meia hora em cinco dias por semana, enquanto o outro permaneceu sem realizar a atividade física. Ao final do estudo, constataram que os membros do primeiro grupo tinham o sistema imunológico mais forte.

        Manter uma atividade física regular e bem orientada, acrescenta Biluca, é um importante fator de proteção contra a obesidade, a hipertensão e a diabetes, considerados os principais fatores de risco para o desenvolvimento de problemas renais.
        “Caminhar é um ótimo exercício, uma atividade que pode ser feita em qualquer lugar por pessoas de todas as idades, inclusive por idosos, e que praticamente não tem contraindicações. É um exercício ideal para quem está sedentário e quer começar a exercitar-se. Ajuda a perder peso, fortalece a musculatura, reduz a pressão e os níveis de colesterol no sangue, além de prevenir a osteoporose Os dias quentes de Verão estimulam as pessoas a ficarem ao ar livre e podem ser uma boa oportunidade para iniciar a atividade física”, afirma o médico.

        Alguns cuidados, segundo o especialista, garantem a caminhada em segurança. “Pessoas com risco de doença cardíaca ou que tenham problema no coração devem consultar seu médico antes de qualquer atividade física. O mesmo vale para aqueles com problemas ortopédicos, como lesões no joelho, por exemplo. É preciso ainda lembrar de se alimentar corretamente antes e depois da caminhada, fazer alongamento e se hidratar”, recomenda.



QUADRO

DICAS PARA UMA CAMINHADA SAUDÁVEL


·         Comece aos poucos, em pequenos percursos e com ritmo mais lento.

·         Use roupas leves e um tênis adequado para evitar impactos nas articulações.

·         Evite o sol forte e caminhe em horários com temperaturas mais amenas, no início da manhã ou final da tarde.

·         Mantenha o corpo hidratado antes, durante e depois da caminhada.

·         Coma alimentos leves cerca de 30 minutos antes e depois da caminhada.

·         Faça exercícios de aquecimento e alongamento antes de começar.

·         Observe sua postura ao caminhar.

·         A qualquer sinal de dor, cãibra, cansaço excessivo, falta de ar ou outro desconforto, interrompa o exercício e busque orientação médica.


SAIBA MAIS

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que um em cada quatro adultos e três em cada quatro adolescentes de 11 a 17 anos são sedentários. Uma das atividades recomendadas pela organização para cumprir a meta de reduzir os níveis de inatividade da população mundial em 10% até 2025 e em 15% até 2030 é caminhar.




Fenix Alphaville

Rir ou chorar à toa pode ser doença


Afeto pseudobulbar é a reação involuntária e descontrolada uma emoção neurológica, como riso ou choro. Ocorre sem motivação específica, em contexto indeterminado. Pode durar por um longo intervalo de tempo

Trata-se de um transtorno de incontinência emocional mais comum em pacientes portadores de certas doenças neurológicas: Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Esclerose Múltipla e Doença de Alzheimer, por exemplo. Ou que já sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Conforme a dra. Jerusa Smid, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o afeto pseudobulbar pode ocorrer em lesões tronco-cerebrais, lesões do lobo frontal, sistema límbico, e em lesões subcortiais bilateriais e é  particularmente encontrada em indivíduos com quadros demenciais.

Não existe cura. Portanto, se você convive com um portador, não se assuste ao vê-lo rir por horas de qualquer situação que não tem a menor graça ou chorando copiosamente sem razão plausível.

Contudo, há tratamento que possibilita certo equilíbrio nas emoções. O mais comum é o medicamentoso. O problema é que o remédio ideal para controle do afeto pseudobulbar ainda não está liberado para a comercialização no Brasil.

“É possível também o uso de antidepressivos, antidepressivos tricíclicos ou antidepressivos inibidores seletivos de receptação de serotonina”, pontua dra. Jerusa.

Ela ressalta que, diferentemente do que se pode pensar, o distúrbio provoca bastante desconforto ao paciente e desgaste aos seus cuidadores por se tratar de situação incomum e, por vezes, constrangedora socialmente.

Fato é que as pessoas que sofrem desse mal, às vezes até sem saber, vivem um quadro emocional anormal, não habitual. Por ser pouco conhecido, a taxa de diagnóstico ainda não é a ideal, assim, quem é acometido pelo afeto pseudobulbar muitas vezes, em vez de receber tratamento adequado, ganha o rótulo de estranho ou inquieto.

Prevenção à gravidez na adolescência: queda nos números não implica em menos cuidados


 A cada cinco crianças nascidas no Brasil, uma tem a mãe adolescente (Marcelo Matusiak)



Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) busca informar a importância de dialogar e prevenir a gestação precoce

Embora venha registrando menores casos de natalidade adolescente, no Brasil, 
o número ainda é preocupante e requer atenção. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de cada cinco bebês que nascem, um tem a mãe com idade entre 15 e 19 anos de idade, o que só reforça a importância de conscientizar, informar e trazer à tona a necessidade de se combater a gravidez precoce. A médica pediatra e do Comitê de Adolescência da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Lilian Day Hagel, explica que mesmo que os registros de casos estejam diminuindo, as complicações seguem prejudicando adolescentes e por isso as campanhas de conscientização seguem sendo fundamentais.

- A gravidez na adolescência é prejudicial sob ponto de vista da perspectiva de vida do adolescente. É frequente que a mãe abandone a escola e interrompa definitivamente os estudos, o que é um fator complicador para o futuro. Além disso, uma gestação indesejada, as vezes, é fruto de relações de poder ou casos de violência, o que gera traumas permanentes – salienta a pediatra.

Lilian alerta que é preciso tratar desse assunto, seja na escola, nas famílias e principalmente em ações de políticas públicas. Abordando o assunto também com os adolescentes que podem ser pais no futuro .

- Ao contrário do que se pensa, falar sobre o assunto não estimula, mas sim conscientiza e auxilia na prevenção. É preciso que se compreenda que a sexualidade faz parte do amadurecimento. A família deve estimular o diálogo, a busca por informações, para que esse “tabu” seja quebrado e a adolescente tenha conhecimento do seu corpo e de seu aspecto biológico. Os jovens precisam compreender que, embora o corpo esteja pronto, emocionalmente pode não estar – esclarece a médica.

A Semana de Prevenção à Gravidez na Adolescência inicia-se no dia 1° de fevereiro.




Vítor Figueiró

Varizes nas pernas: causas e riscos


Varizes são veias dilatadas e deformadas. Têm coloração púrpuro-azulada e se manifestam ao longo das pernas. Sua ocorrência é mais comum naqueles que ficam em pé por períodos prolongados


Podem se manifestar em quadros leves, sem causar incômodo. Ou evoluir para estágios avançados, provocando dores e inchaços.

Calcula-se que cerca de 70 a 80% dos episódios estão associados a fatores genéticos. Entretanto, podem ser agravados por situações de sedentarismo ou obesidade.

Somos todos irrigados por artérias – que distribuem o sangue para o corpo – e veias, responsáveis por retorná-lo ao coração. No caso das pernas, as veias possuem válvulas para impedir o sangue de retornar aos pés pela ação da gravidade. Se não funcionam adequadamente, ocorre sobrecarga, dando origens às varizes.

De acordo com o dr. Marcelo Rodrigo de Souza Moraes, presidente do Departamento Científico de Angiologia e Cirurgia Vascular Periférica da APM, esta é uma das patologias mais comuns do mundo. Ele revela que há estudos apontando que, mundialmente, até um terço das mulheres e um quinto dos homens têm ou terão algum grau de doença venosa ao longo da vida.

O diagnóstico, em muitos casos, é feito pela própria pessoa, e a complexidade dos quadros está relacionada aos sintomas.

“Quando há apenas vazinhos, provavelmente não vão gerar comprometimento circulatório muito sério no curto prazo. Eventualmente, quando se tem veias dilatadas mais altas, presença de dor, coceira, inchaço ou cansaço nas pernas, isso pode acarretar efeitos circulatórios mais graves, como um edema”, afirma o especialista.

Segundo ele, qualquer sinal deve causar estado de alerta: “É um erro acreditar que varizes, mesmo na sua forma mais sútil, como os vazinhos, são questões apenas estéticas. A doença venosa evolui. Em seu estágio inicial, pode apresentar uma queixa predominantemente estética, mas não nos deixemos enganar; esse é apenas o comecinho do quadro”.

Vale relembrar que, além de fatores genéticos, estão susceptíveis à doença pessoas que passam muitas horas seguidas de pé ou sentadas, pois a falta de exercício compromete a circulação. Para tal grupo, é indicada movimentação a cada 30 minutos.

Dr. Marcelo destaca ainda a importância de praticar atividades com foco na panturrilha, parte do corpo fundamental para o retorno do sangue ao coração.

A incidência das varizes aumenta com a idade e há maior prevalência no gênero feminino. Mulheres na gravidez também correm mais risco e devido a circunstâncias hormonais, não é incomum as veias voltaram ao normal.

Em termos de tratamento, existem as opções conservadora/clínica e a invasiva/procedimento cirúrgico. Segundo Marcelo, a primeira é a recomendada de forma geral e para todos os casos.

“Não conseguimos alterar a genética, mas é possível mudar hábitos. Se um paciente está acima do peso, iremos orientá-lo a emagrecer. Para sedentários, recomentamos a prática de atividades físicas. Também indicamos o uso de meias compressivas, que ajudam na circulação”.

A cirurgia não é aconselhável em todos os casos e tampouco é definitiva. Isso se dá porque, ao longo do tempo, outras veias podem se dilatar, algo extremamente comum. Porém, quando a doença já está instalada, indicação precisa realizada por um médico especialista ajuda a melhorar a qualidade de vida e prevenir a piora do quadro.

Para os que já sofrem com o problema, algumas medidas gerais e sem contra indicações contribuem para melhora geral, hidratação do corpo, exercícios moderados diariamente e perda de peso são ótimos para a circulação e para a saúde como um todo. Em qualquer quadro a consulta a um especialista é imprescindível. Se a doença é tratada de forma adequada desde o seu início é muito provável que mesmo com uma genética desfavorável, a doença seja bem controlada ao longo da vida.

Wappa mobiliza passageiros e motoristas em campanha de arrecadação de materiais escolares para a Cruz Vermelha Brasileira


Usuários corporativos ou pessoa física de São Paulo (SP) poderão deixar os materiais em táxis ou carros particulares credenciados em corridas iniciadas pelo app Wappa; entrega será feita pelos próprios motoristas na sede da Cruz Vermelha Brasileira


A volta às aulas se aproxima e, para arrecadar materiais escolares para alunos de comunidades carentes, a Wappa irá mobilizar uma base de cerca de 500 mil usuários e mais de 30 mil motoristas credenciados - entre táxis e carros particulares - em São Paulo (SP) para se engajarem nesta causa. A campanha solidária é idealizada pela empresa - pioneira e líder no setor de transporte corporativo, presente no mercado há mais de 15 anos, e com operação para pessoas físicas desde agosto de 2018 - em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira e ocorre entre os dias 28 de janeiro e 24 de fevereiro somente na capital paulista.

Para convocar os passageiros cadastrados - tanto de sua base corporativa como pessoas físicas - a abraçarem a iniciativa, a Wappa lançará mão de recursos tecnológicos, como notificações por push via aplicativo, SMS e e-mail marketing, além de oferecer um desconto de 30% em uma corrida com o código VOLTAASAULAS. O código é válido para corridas em táxis ou carros particulares credenciados até o dia 24 de fevereiro, às 23h59, e está sujeito à disponibilidade. A ideia do código é servir como alavanca para incentivar os usuários a fazerem doações. A Cruz Vermelha Brasileira também irá comunicar ativamente a sua base de parceiros por meio de seus canais sobre a campanha.

"Educação é o ponto de partida para um Brasil melhor e a escola é a base. Este discurso é fortemente disseminado, mas precisamos de iniciativas práticas que estimulem as crianças e jovens a, de fato, estudarem e se prepararem para o futuro. Muitos alunos sequer possuem materiais básicos, como livros didáticos, cadernos, lápis, canetas ou outros acessórios que são fundamentais para esta preparação e é por isso que, de uma maneira criativa e utilizando o motor do nosso negócio, que é o transporte urbano, idealizamos essa campanha junto com uma instituição de credibilidade, como é a Cruz Vermelha", explica Armindo Mota Junior, CEO e fundador da Wappa.

A arrecadação será feita pelos motoristas Wappa e em corridas iniciadas pelo aplicativo da empresa. Os materiais arrecadados serão transportados pelos próprios motoristas até a sede da Cruz Vermelha Brasileira, localizada na Zona Sul de São Paulo (SP), pelo menos duas vezes por semana. Além do pagamento sobre as corridas solidárias, os taxistas recebem da Wappa um kit especial.

Para a Cruz Vermelha Brasileira, a parceria com a Wappa "é uma grande oportunidade, não apenas para contribuir com a educação de jovens e crianças, mas para fortalecer nossa marca entre os clientes da empresa. Nossa missão como instituição é ajudar e, para isso, precisamos da ajuda do maior número de pessoas que se identifiquem com o trabalho que desenvolvemos há 110 anos no Brasil", destaca o presidente da instituição, Julio Cals.

A doação do total de materiais arrecadados em parceria com a Wappa será feita em evento próprio da Cruz Vermelha Brasileira em sua sede para distribuir a entidades e escolas parceiras.

Posts mais acessados