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sexta-feira, 6 de agosto de 2021

No espelho do tempo o rosto de Nero

Há 1.953 anos morreu Nero, imperador de Roma. Dos quatro membros da Dinastia Júlio-claudiana, apenas Cláudio, o penúltimo, tentou a prosperidade de Roma. A esposa Messalina conspirou contra ele e foi condenada à morte. Naquele tempo, liberdade era algo perigoso, divergir dos poderosos um crime grave.

O primeiro reinado da polêmica dinastia foi de Tibério, e não promoveu as necessárias reformas políticas, econômicas e sociais. Com o tempo, Tibério tornou-se paranóico, imaginando conspirações e golpes mudou-se para a ilha de Capri de onde governou até a morte. Seu apego ao poder era tão grande, que mandou matar boa parte de seus familiares e ordenou o assassinato de senadores, provocando um período de muito medo e insegurança.

O sucessor, Calígula, cresceu nesse ambiente e se mostrou um igualmente instável e desequilibrado mental. Entre outros absurdos nomeou seu cavalo, "Incitatus", cônsul romano. As perseguições tornaram-se prática durante seu reinado, muitas famílias foram executadas. A prática da violência, alimentando uma cultura do ódio, se estendeu pelos períodos seguintes de Cláudio e Nero.

Em 68 d.C., a classe política havia chegado ao limite diante da instabilidade política. Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus, indicado pelo tio Claudio, governou de 13 de outubro de 54 d.C até sua morte, a 9 de junho de 68 d.C.. O reinado de Nero está associado à tirania, ao populismo e à extravagância. Marcado por execuções sistemáticas, incluindo a da própria mãe e a do meio-irmão, Britânico, sem falar do assassinato de uma esposa grávida. Entre as imagens que se eternizaram está a de Roma queimando, incêndio supostamente ordenado por Nero, enquanto tocava sua lira. O histrionismo, unido ao desejo pueril de ser aplaudido, levou-o a participar de corridas de biga.

Aliados políticos e populares que o viam como mito, eram os principais conselheiros de Nero. Mesmo com histórico de atleta, Nero conduziu um carro de 10 cavalos e quase morreu ao sofrer uma queda. Embora não fosse o melhor dos participantes, ganhou todas as coroas de louros e as expôs ao público em um desfile. As vitórias de Nero nas competições são atribuídas ao poder e ao suborno dos juízes.

Depois de muitos erros e de arruinar as finanças romanas de modo irresponsável, como na construção do seu palácio dourado, Nero foi declarado inimigo do Estado e fora da lei. Fugiu acompanhado apenas pelo secretário Epafrodito, e se suicidou antes de ser apanhado pela guarda pretoriana que lhe perseguia. O imperador mentiu até a morte, foi o fiel secretário quem, a seu pedido, o apunhalou. As últimas palavras de Nero comprovam sua infinita vaidade e a certeza de que, como político, era um grande canastrão: "Que artista falece comigo!"

Irresistível não comparar o passado com fatos atuais: populismo, vaidade pessoal, atitudes despóticas, mentiras, desfiles gloriosos, intenção em se perpetuar no poder e outras similitudes. O ministério do bom senso adverte: a história ensina, alerta e, até mesmo, pode prevenir problemas.



Ricardo Viveiros - jornalista, escritor e professor. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de vários livros, entre os quais: "Justiça Seja Feita", "A Vila que Descobriu o Brasil", "Pelos Caminhos da Educação" e "O Poeta e o Passarinho".


São Paulo registra terceiro ano com queda consecutiva nos Reconhecimentos de Paternidade

Entre janeiro e julho deste ano 7.617 procedimentos foram feitos nos Cartórios de Registro Civil. Número de registros somente em nome da mãe cresceu em 2021.

 

Quase 18 mil crianças nascidas neste ano em São Paulo não terão motivos para festejar no próximo domingo, data em que se comemora o Dia dos Pais. Mesmo com uma série de ações voltadas à facilitação do reconhecimento de paternidade, responsáveis por diminuir pela metade a falta do nome do pai na certidão de nascimento, ainda é grande o número de recém-nascidos que possuem somente o nome da mãe no registro, atingindo em 2021 o terceiro ano seguido com queda nos atos em um primeiro semestre.

Desde 2012, o procedimento para reconhecimento de paternidade se tornou mais simples e fácil em São Paulo. Ao ser feito diretamente nos Cartórios de Registro Civil, sem a necessidade de procedimento judicial, possibilitou uma diminuição de quase 2 mil registros antes feitos somente em nome da mãe.

No entanto, há quatros anos o percentual de crianças com apenas o nome da mãe na certidão de nascimento voltou a subir, crescendo para 5,1% em 2018, 5% em 2019, 5,3% em 2020 e 5,5% em 2021. Já os atos de reconhecimento de paternidade, que totalizaram 26.135 atos em 2019, recorde da série histórica iniciada em 2012, caíram para 14.513 em 2020, e 7.617 atos em 2021, proporcionalmente 10% menor que os seis primeiros meses do ano anterior.

"A importância de uma criança possuir o nome do pai na certidão de nascimento é imensurável, além de ser seu direito, auxiliando ainda o recém-nascido em muitos benefícios de políticas públicas" explica Luis Carlos Vendramin Junior, presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP). "Com o provimento de 2012, que aprovou este ato nos cartórios de Registro Civil, realizar este procedimento ficou muito mais fácil e rápido, saindo em poucos dias a nova certidão da criança com o nome do pai incluso", finalizou.



Como fazer

Para dar início ao processo de reconhecimento de paternidade, basta que a mãe, o pai ou o filho, caso tenha mais de 18 anos, compareçam a um Cartório de Registro Civil. Caso a iniciativa para reconhecimento da paternidade seja do próprio pai, basta que ele compareça a qualquer Cartório de Registro Civil com a cópia da certidão de nascimento do filho. Se a criança for menor de idade, é necessário o consentimento da mãe. Em caso de filho maior, basta o consentimento do adulto a ser reconhecido. Após a coleta dos dados, o nome do pai será incluído no registro de nascimento da criança.

Caso o pai queira fazer o reconhecimento, mas não consiga obter a anuência da mãe ou do filho maior a ser reconhecido, o caso é enviado então ao juiz competente, que decidirá a questão. Para facilitar o procedimento, é possível que a concordância da mãe - caso o filho seja menor - ou do filho - se ele for maior de idade -, seja obtida em Registro Civil distinto daquele onde consta o registro de nascimento.

No caso da mãe que queira que o pai reconheça seu filho menor de 18 anos, ela deve ir ao Cartório de Registro Civil tendo em mãos a certidão de nascimento do filho e preencher ali um formulário padronizado indicando o nome do suposto pai. Feito isso, é iniciado o processo de investigação de paternidade oficiosa, procedimento obrigatório inicializado pelo cartório, quando o registro de nascimento for feito apenas com o nome da mãe e ela indicar o nome do suposto pai.

Nesta situação, o Cartório envia ao juiz competente a certidão de nascimento e os dados do suposto pai, que será convocado a se manifestar em juízo sobre a paternidade. Se o suposto pai se recusar a se manifestar ou se persistir a dúvida, o caso é encaminhado ao Ministério Público para abertura de ação judicial de investigação de paternidade e realização de exame de DNA. Se o suposto pai se recusar a realizar o exame, poderá haver presunção de paternidade, a ser avaliada juntamente com o contexto probatório.

Se a decisão de pedir o reconhecimento for do filho e ele for maior de 18 anos, ele mesmo pode procurar o Cartório de Registro Civil e preencher o formulário padronizado indicando o nome do suposto pai. Para isso, basta que tenha em mãos sua certidão de nascimento. O cartório encaminhará o formulário preenchido para o juiz da cidade onde o nascimento foi registrado, que consultará o suposto pai sobre a paternidade que lhe é atribuída. Esse procedimento geralmente dura cerca de 45 dias.



Pais socioafetivos

Desde novembro de 2017 também é possível realizar o reconhecimento de paternidade socioafetiva em Cartório de Registro Civil - aquele onde os pais criam uma criança mediante uma relação de afeto, sem nenhum vínculo biológico, e a partir da concordância da mãe e do pai biológico, em caso de filhos menores, e do filho a ser reconhecido em caso de maiores de 18 anos. Até março de 2019, 44.942 averbações de paternidade/maternidade socioafetiva haviam sido realizadas nos cartórios brasileiros.

Em 2019, uma nova norma da Corregedoria Nacional de Justiça alterou o antigo procedimento, limitando o procedimento para pessoas com mais de 12 anos. A pessoa a ser reconhecida deverá sempre comparecer ao Cartório para manifestar sua concordância com o reconhecimento socioafetivo.

Neste procedimento, caberá ao registrador civil atestar a existência do vínculo afetivo da paternidade ou maternidade mediante apuração objetiva por intermédio da verificação de elementos concretos: inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência; registro oficial de que residem na mesma unidade domiciliar; vínculo de conjugalidade - casamento ou união estável - com o ascendente biológico; entre outros.

Atendidos os requisitos para o reconhecimento da maternidade ou paternidade socioafetiva, o registrador deverá encaminhar o expediente ao representante do Ministério Público para parecer. Se o parecer for desfavorável, o registrador comunicará o ocorrido ao requerente e arquivará o requerimento.




Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo - Arpen/SP


Estudo revela declínio na captura de peixes predadores em Arraial do Cabo


Cruzamento de dados pesqueiros com informações de pescadores artesanais confirma a tendência de substituição de espécies grandes por outras de menor valor comercial; 37 espécies foram apontadas como superexploradas (peixe da espécie Epinephelus marginatus, também conhecida como garoupa; foto: Diego Delso/Wikimedia Commons)

 

Em artigo recentemente publicado na revista PLOS ONE, cientistas revelam que um dos efeitos da superexploração de espécies grandes e valiosas de peixes em Arraial do Cabo (RJ) é sua substituição por espécies menores e, anteriormente, menos cobiçadas.

Segundo os autores, o declínio dos estoques de espécies como Pomatomus saltatrix (anchova), Epinephelus marginatus (garoupa), Caranx hippos (xaréu) e Seriola fasciata (olhete) foi seguido por um aumento na pesca de animais com menor valor comercial, porém mais abundantes (por exemplo, Trichiurus lepturus , conhecido como peixe-espada; Balistes capriscus, ou peruá; Aluterus monoceros, ou raquete; e Priacanthus arenatus, conhecido como olho-de-cão).

No trabalho, focado na pesca artesanal, os autores relatam que os pescadores passam mais tempo no mar para pegar a mesma quantidade de peixes que coletavam há alguns anos. Também mencionam que os mais jovens estão mudando para fontes alternativas de renda, como o turismo, muitas vezes incentivados por suas famílias a deixar a atividade pesqueira.

A pesca concentrada em peixes de grande porte pode causar o declínio dos principais estoques de predadores, como garoupas, tubarões e atuns, e até mesmo levar espécies à extinção local, afirma o artigo, que tem como primeira autora Carine O. Fogliarini, do Laboratório de Macroecologia e Conservação Marinha da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Assinado também por Vinicius J. Giglio Fernandes, bolsista de pós-doutorado da FAPESP na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o trabalho confirma um conceito já bem conhecido: o de pesca ao longo da cadeia alimentar (fishing down the food web).

“Significa que se começa pescando os níveis tróficos superiores [peixes maiores e predadores de topo] e, aos poucos, como consequência da superexploração, acaba-se chegando aos peixes menores, da base da cadeia alimentar. Já havíamos publicado um artigo em 2014 sobre o declínio de várias espécies de mesopredadores [peixes carnívoros de médio porte] da região, incluindo a garoupa e a anchova. E agora conseguimos, combinando o conhecimento local dos pescadores com dados de desembarque, demonstrar o cenário de superexploração de espécies de alto nível trófico capturadas em Arraial do Cabo e também o declínio no tamanho médio dessas espécies nos desembarques”, resume Mariana G. Bender, coordenadora do Laboratório de Macroecologia e Conservação Marinha da UFSM e coautora do trabalho.

Para confirmar essa última informação, os pesquisadores usaram uma medida denominada Nível Trófico Médio, designado pela sigla NTM, e tentaram determinar seu declínio em uma série histórica de 16 anos. “A grosso modo, quando há uma queda significativa nesse número é sinal de que estamos pescando muito mais espécies de nível trófico inferior. Tivemos certa dificuldade com o NTM, porque ele é uma medida geral, que leva em conta o nível trófico médio da biomassa desembarcada e sua variação no tempo. Assim, dividimos o NTM em quatro categorias: todas as espécies desembarcadas; espécies com nível trófico [NT] maior que 4; com NT maior ou igual a 3,5 e com NT menor que 3,5”, explica Fogliarini.

O grupo observou uma tendência de declínio no nível trófico médio e nos desembarques de espécies com NT maior que 4 e NT maior ou igual a 3,5. “As capturas de nível trófico maior que 4 têm um aumento e depois uma queda brusca. Isso quer dizer que desembarques de espécies que têm nível trófico maior que 4 [superiores] de fato estão diminuindo. E existe uma tendência de substituição dessa captura pela pesca de peixes de nível trófico inferior”, diz Bender.

O estudo também sugere que avaliar as mudanças com base em um único indicador, como o NTM, pode mascarar resultados, e que o uso de várias abordagens, incluindo o conhecimento dos pescadores locais, pode tornar essas mudanças mais explícitas.


Novos alvos

Foram entrevistados 155 pescadores artesanais das comunidades pesqueiras de Figueira, Monte Alto, Praia Grande, Praia dos Anjos, Prainha e Pontal, o que corresponde a 10,3% dos pescadores artesanais locais. Eles foram categorizados, de acordo com seus anos de prática, em quatro grupos: menos experiente (abaixo de 20 anos), intermediário (21 a 35 anos), experiente (36 a 40 anos) e muito experiente (mais de 40 anos).

“Pescadores com mais anos de prática reconheceram um número significativamente maior de espécies de peixes superexploradas do que aqueles com menos anos de prática. Observamos o mesmo padrão para o número de espécies reconhecidas como novas espécies-alvo. Com o aumento do tempo de prática, os pescadores mencionaram um número maior de espécies como novos alvos da pesca local”, relata Fogliarini.

Segundo o grupo de cientistas, 37 espécies foram identificadas como superexploradas por pescadores locais. A anchova foi a espécie mais citada, em todas as categorias de experiência (45% reconheceram a anchova como superexplorada). Mas, entre o grupo mais experiente de pescadores, a garoupa e o xaréu foram os mais citados. “A pesca da garoupa tem uma história secular naquela região, era importante para a economia local. Peixes como garoupa e xaréu sempre foram muito valorizados ali. Mas agora são cada vez mais raros”, lembra Bender.

O peixe-espada ocupa o segundo lugar na lista local dos superexplorados e o primeiro lugar entre as novas espécies-alvo. “Os pescadores mais experientes contam que ele não tinha valor e que, quando vinha junto, enterravam na areia. Aos poucos foi se achando mercado consumidor para o peixe-espada, que virou nova espécie-alvo e, depois, também acabou superexplorada”, revela a primeira autora.

O segundo mais citado como novo alvo foi o peruá, seguido pelo congro argentino (Conger orbignyanus), a raquete e o olho-de-cão. “A mesma tendência de declínio relatada por pescadores para a anchova, o peixe-espada, a garoupa, o xaréu e o olhete foi confirmada pelos dados de desembarque de pescarias que conseguimos acessar”, conclui ela. “Vimos, ainda, que os pescadores mais jovens reportam as espécies-alvo novas mais que os mais velhos, e isso também bate com os dados de captura mais recentes que temos.”


Motivos

Segundo os pescadores de Arraial do Cabo, os motivos da sobrepesca são o aumento do número de pescadores, aumento do número de barcos e a pesca industrial realizada nas cercanias. Também aparecem entre os motivos a pesca de arrasto e a traineira.

De acordo com dados de produção pesqueira marinha do Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira do Rio de Janeiro (para o período de janeiro a junho de 2020), 59,9% do volume da pesca artesanal de Arraial do Cabo foi obtido por meio de pesca tipo cerco-traineira (um barco motorizado leva a reboque um bote que, solto em determinado local, segura uma ponta da rede enquanto o barco leva a outra, fazendo um cerco ao cardume). O sistema de linhas diversas (petrechos que utilizam linha e anzol) ocupa o segundo lugar, e o arrasto de praia, o terceiro.

“No arrastão de praia, com os barquinhos, eles vão puxando os cardumes para a praia e retiram os peixes ali na areia. Sabemos que há também uma pesca do tubarão. Os cardumes são cercados e trazidos para a areia. É uma pesca altamente predatória, visto que captura um grande número de fêmeas grávidas”, aponta Fogliarini.


Dados e políticas públicas

Mariana Bender pondera que a série histórica de monitoramento de pesca local usada pelo grupo é muito pequena (16 anos, entre 1992 e 2008), e que até existem dados mais recentes, mas os cientistas não tiveram acesso a eles. A pesquisadora ressalta a necessidade de políticas públicas mais incisivas no sentido de monitoramento periódico e produção e disponibilização de dados.

“O Brasil tem um monitoramento irregular: não é feito em todas as áreas e é esparsado no tempo. Idealmente, o monitoramento deveria ter periodicidade [que fosse uma vez ao mês, por exemplo] e incluir um acompanhamento ou checagem dos desembarques em vários pontos da costa, porque a composição da pesca difere ao longo do litoral. E, muito importante, teria de ser feito em nível de espécie, com o maior teor de refinamento possível, e não com a utilização dos nomes populares dados aos peixes, que é como se faz atualmente. Isso dificulta a construção dos cenários de estoques ao longo da costa. Primeiro, porque em um grupo genérico como ‘garoupa’ pode haver diversas espécies; segundo, porque o que é garoupa na Bahia não é a mesma coisa que em Santa Catarina, ou seja, nomes comuns podem mudar de uma região para outra.”

Fogliarini destaca a importância do consumidor. “São poucas as iniciativas que tentam atingir o consumidor e, no entanto, é a demanda dele que vai determinar o que vai ser capturado. É preciso conscientizar o consumidor e há muito o que caminhar para chegar a um nível razoável de consciência sobre consumo de pescado.”

A organização Painel Mar, que tem a FAPESP como uma de suas entidades mantenedoras, publicou em 2020 um Guia de Consumo Consciente de Pescado da Costa do Descobrimento. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também tem uma publicação do gênero, editada em 2017.

O artigo Telling the same story: Fishers and landing data reveal changes in fisheries on the Southeastern Brazilian Coast pode ser acessado em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0252391#ack.

 

 

 

Karina Ninni

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-declinio-na-captura-de-peixes-predadores-em-arraial-do-cabo/36516/


Os ataques cibernéticos: despreparo e perigo para os negócios

O que representa para o seu negócio o sequestro de dados via internet? Imagine as consequências da invasão a um sistema informatizado de produção em uma fábrica. Ou a interrupção na jornada digital e de fidelização com clientes. Descrença ou má avaliação do custo x benefício de seguros cyber e demais iniciativas de proteção põe em risco um dos principais ativos das organizações: a credibilidade.

Em junho, a multinacional de alimentos JBS sentiu “na carne” os impactos de um ataque cibernético. Houve risco de desabastecimento de supermercados, após os servidores capazes de executar softwares dos frigoríficos na Austrália, Canadá e Estados Unidos serem afetados pela ação de hackers. Cerca de US$ 11 milhões teriam sido pagos para reduzir os impactos da invasão virtual e impedir a exposição de dados dos clientes.

O laboratório Fleury também foi alvo de um ataque cibernético no mês passado. Em tempos de pandemia da Covid-19, os clientes ficaram sem acesso via aplicativo aos resultados de exames. Cinco empresas foram contratadas para investigar a ação dos hackers. Os danos materiais estão sendo calculados e podem até serem revertidos. Contudo, a imagem e a reputação sofreram graves impactos.

Nos dois casos, os ransomware foram os responsáveis pelos danos. Eles são softwares maliciosos que embaralham os arquivos das vítimas, ameaçam publicá-los e exigem um resgate para descriptografá-los. Geralmente, o hacker solicita valores em Bitcoin ou outra criptomoeda difícil de rastrear.

Somente após o pagamento, o usuário consegue inserir uma chave de desbloqueio em alguma parte do programa de ransomware. Teoricamente, o desbloqueador descriptografa os arquivos do usuário e o “vírus” se exclui posteriormente. Porém, nem sempre isso acontece. Às vezes o criminoso simplesmente pega o dinheiro da vítima e não desembaralha os arquivos.

Não é de hoje que a imprensa repercute a captura de dados de forma criminosa por hackers nos mais diversos ambientes digitais, como exemplo as redes sociais. E, em breve, com o open banking em curso, não será surpresa se os dados financeiros de correntistas servirem ainda mais aos bandidos no ambiente virtual. Com o isolamento social, maior tempo de exposição e navegação na internet e a maior velocidade de conexão, os casos desse porte crescem de forma avassaladora.

A Veeam Software, empresa privada de tecnologia da informação voltada para softwares de backup, realizou um estudo com 1.785 organizações de grande porte no mundo todo. A divulgação feita no final do ano passado aponta que 68% das empresas do levantamento com sede na América Latina tiveram um ataque ransomware nos últimos dois anos.

Os hackers acessaram os sistemas informatizados em 42% dos casos após e-mails, que vão para o spam, serem abertos pelos colaboradores em ambientes informatizados das companhias. Em 92% das situações, o resgate não foi pago.  Embora nem sempre tenha sido identificada uma solução para a recuperação dos dados.

A pesquisa denominada Data Protection Trends revelou também que 95% das empresas entrevistadas, espalhadas por diversos países, sofreram paralisações inesperadas de sistema informatizado, com ao menos 10% dos servidores inativos ao menos por duas horas nos últimos dois anos.

O levantamento corrobora com o pressuposto de que a maioria das organizações não tem um time dedicado de Segurança da Informação, recursos, ferramentas e em alguns casos nem psicológico para mitigar riscos ou lidar com os ataques cibernéticos.

A solução está em Políticas de Segurança da Informação revisadas periodicamente, na configuração de filtros anti-spam de maneira mais restritiva, na segmentação de rede, no treinamento de conscientização para todos os colaboradores e terceiros, em endpoints com inteligência artificial e análise comportamental, além de backups segregados do ambiente convencional.

Porém, nenhuma das sugestões acima tem 100% de eficácia. O ideal é implementar todas as medidas e contratar uma apólice de seguro cibernético, que cobre despesas para restaurar e recuperar os dados, gastos com notificações, monitoramento e escritórios advocatícios, e ainda mantenha os lucros independentemente da interrupção da rede.

Com a Lei Geral de Proteção de Dados, a responsabilidade só aumenta. Estejam atentos, pois quando patrimônios valorosos estão expostos ao risco, a proteção é um investimento capaz de garantir tranquilidade e contribuir para os negócios com perenidade.

 

 

Eduardo Bezerra -  gerente comercial de produtos da Wiz Corporate


Inadimplência das micro e pequenas empresas registra segunda queda do ano em junho, revela Serasa Experia

Mais acentuada do que a registrada em maio, retração marca 0,6% no sexto mês de 2021; os setores de Comércio e Serviços reforçaram queda do índice

 

A inadimplência atingiu 5,42 milhões de micro e pequenas empresas em junho de 2021. Embora o número seja expressivo, representa a segunda queda do ano, essa de 0,6% em relação a maio, quando 5,45 milhões de MPEs estavam com o nome no vermelho. O cenário também é de melhora, principalmente, para os segmentos de Comércio e Serviços, que representam as maiores parcelas do total de empresas e marcaram baixa de 0,6%. Veja os dados na íntegra nos gráficos abaixo.


Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a retomada econômica demonstrada no primeiro trimestre do ano teve continuidade nos meses seguintes e está diretamente ligada ao cenário de saúde no país. “O avanço da vacinação é um dos principais fatores para a melhora dos níveis de inadimplência entre as empresas, pois aumenta a confiança dos empresários, normaliza cada vez mais o funcionamento dos negócios e gera um alívio ao fluxo de caixa. Sendo assim, os empreendedores conseguem, aos poucos, se organizar para sair da insolvência”.

Além disso, uma recente pesquisa da Serasa Experian, mostra que as vendas online foram outro fator determinante para a melhora do fluxo de caixa das empresas, já que 85,8% dos entrevistados pretendem continuar com o modelo de comercialização digital após a pandemia, enquanto 63,0% confirmaram que essa adaptação trouxe benefícios para os negócios.

Na análise das regiões brasileiras o destaque fica para o Sudeste, que caiu 0,8% em junho, ainda no comparativo mês a mês. Em sequência estão o Nordeste (-0,5%), Centro-Oeste (-0,4%), Sul (-0,1%) e Norte, que se manteve estável.

Inadimplência das empresas de todos os portes têm baixa de 0,4%

Considerando o dado geral, o mês de junho revelou 5,89 milhões de empresas inadimplentes no país. Uma queda de 0,4% no comparativo mensal, já que em maio o índice mostrava 59,1 milhões de negócios com o nome no vermelho. No comparativo por segmento, o sexto mês de 2021 aponta o setor de Serviços como aquele que tem a maior representatividade dentro do total de negócios inadimplentes (51,4%). Confira os dados completos abaixo.


Serasa Experian disponibiliza o Mentoria PME

A Serasa Experian disponibiliza aos donos de pequenas e médias empresas o Mentoria PME, uma série videoaulas gratuitas que auxiliam a retomada financeira destes empreendimentos. O programa aborda temas como meios de pagamento e inadimplência, otimização de serviços para recuperação de dívidas, marketing digital para crescer com os recursos disponíveis, estratégias e automatização de processos por meio de ferramentas online e como ter mais eficiência na gestão dos negócios para manter a saúde financeira. Qualquer pessoa pode ter acesso, basta fazer o cadastro no site.

Clique aqui e veja a série histórica do indicador na íntegra.  

 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


 

Confira os cuidados ao se comprar um imóvel na planta

Muito vantajoso quando se trata de preço e personalização do apartamento, a transação exige muita atenção antes e durante o fechamento do negócio

 

A aquisição de um imóvel na planta é um negócio, à primeira vista, extremamente vantajoso, já que o preço que se paga antes do término da obra é sempre mais baixo do que o preço do imóvel pronto. Contudo, é preciso ter bastante cuidado nas fases pré-contratual e contratual para se evitar surpresas desagradáveis no futuro.

O presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, ressalta que, antes mesmo de fechar o negócio, o comprador deve se cercar de toda documentação possível, tanto do imóvel quanto da empresa. “Primeiramente, deve ser certificado se aquele empreendimento já foi devidamente instituído e registrado no cartório de registro de imóveis, nos termos da Lei 4.591/64”, recomenda. 

De acordo com ele, o registro prévio da incorporação, memorial descritivo e minuta da futura convenção de condomínio são condições fundamentais para início das vendas das unidades. “Esse requisito é de suma importância para o comprador, pois, uma vez registrado, torna-se pública a intenção de construção do empreendimento.

Além dos documentos, deve-se verificar se quem está vendendo é realmente o dono do imóvel (no caso, pode ser o construtor/incorporador) ou, se vendido por terceiro, qual documento autoriza a venda por ele. “Neste momento, a venda pode ser feita pelo construtor, permutante do terreno, adquirente anterior ou até mesmo por intermédio de uma imobiliária representando qualquer um dos citados anteriormente”, diz Vinícius Costa.

Certificados esses procedimentos, antes de assinar o contrato, é muito importante observar a forma de pagamento, conforme o presidente da ABMH. “Quando a compra é feita diretamente com o construtor e de forma parcelada, o comprador deve ter ciência de que as parcelas antes do término da obra sofrerão correção por algum índice, normalmente, Índice Nacional da Construção Civil (INCC) ou Custo Unitário Básico de Construção (CUB).” 

Segundo Vinícius Costa, para se ter uma ideia, no ano de 2020, o INCC teve um acumulado superior a 30%, o que impacta diretamente no valor da própria compra e venda e das prestações. “É importante destacar que mesmo tendo um percentual elevado nos últimos 12 meses, o INCC é um índice de correção monetária legítimo e aceito tanto no mercado quanto pelo Poder Judiciário.

Mesmo com essas precauções, a compra de um imóvel na planta tem o lado positivo de poder personalizar o imóvel em termos de acabamento e algumas pequenas alterações estruturais, dependendo do tipo construtivo, assim como o fato de se ter um bem que nunca foi habitado. Além disso, os imóveis novos contam com garantia construtiva da empresa, o que, aparentemente, dá um pouco mais de segurança ao comprador, se comparada a uma situação envolvendo compra de imóvel construído há mais anos.

Mas o advogado faz uma alerta. “Mesmo sabendo que a compra de um imóvel é uma operação extremamente sentimental, o comprador deve saber bem o negócio que será feito, principalmente após a entrada em vigor da Lei 13.786/2018, conhecida popularmente como Lei do Distrato, pois é uma lei que beneficia bastante o construtor em caso de desistência do negócio pelo comprador.”



Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH


O que podemos aprender com o Dia Internacional dos Povos Indígenas?

 Data reforça o respeito à diversidade cultural e defende a importância de combater a discriminação contra indígenas


Comemorado em 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas é uma data que busca valorizar as diferentes culturas e etnias que existem ao redor do mundo, refletindo sobre a urgência em combater o preconceito e o racismo contra povos indígenas. Criada em 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data também levanta discussões sobre direitos humanos, diversidade e inclusão.

Para Cristine Takuá, autora do material didático da BEĨ Educação sobre cultura indígena, a data é importante pois traz visibilidade para grupos historicamente marginalizados e excluídos da sociedade. No entanto, a especialista destaca que é necessário ampliar a consciência sobre os povos indígenas para além de um dia específico, dando destaque para o assunto principalmente em escolas e espaços culturais.


Educação contra a violência e o preconceito

Segundo dados de um relatório elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 2019 no Brasil registrou-se um aumento de 150% nos casos de violências diversas cometidas contra povos indígenas, entre elas, homicídio, racismo, discriminação étnico-cultural, invasão e exploração de território.

De acordo com Cristine, o primeiro passo para combater a violência e o preconceito contra indígenas é por meio da educação. “Entender o passado de dominação que perpassa a história desses povos é uma forma de refletir criticamente sobre o assunto e gerar mais conscientização sobre a luta e os direitos indígenas”, afirma.

A autora também defende que um dos principais fatores de preconceito e racismo contra indígenas é a ideia equivocada de que eles compartilham uma cultura única. “Os povos indígenas são muito diversos e distintos em termos de língua, espiritualidade e costumes, mas no senso comum têm-se a ideia de que eles são uma coisa só”, explica.

Apesar de existir uma lei determinando o ensino obrigatório de história e cultura indígena nas escolas brasileiras, na prática, o assunto ainda é invisibilizado ou então abordado de forma muito superficial. Para Cristine, isso reforça um entendimento equivocado de que a cultura indígena é algo distante de nós e que deve ser segregado.

“Muitos dos costumes e crenças que temos hoje são herança direta dos povos indígenas, mas isso acaba sendo apagado da história. Para que não haja mais preconceito é preciso ter conhecimento”, finaliza.

Sobre a BEĨ Educação. A BEĨ Educação desenvolve projetos pedagógicos que trabalham a cidadania, a identidade, as potencialidades, os conhecimentos, os valores e os sonhos dos estudantes. Com o propósito de educar para uma cidadania mais engajada e humanizada, ela busca criar um novo tipo de educação, mais relevante e atraente, para esta e as próximas gerações de estudantes e professores. A BEĨ Educação é um desdobramento da BEĨ Editora, que há 30 anos vem construindo um catálogo de livros sobre arte, design, arquitetura, urbanismo, fotografia, economia e gastronomia, bem como organizando exposições e ações culturais relacionadas ao exercício da cidadania e à promoção da cultura brasileira. A empresa conta hoje com três frentes de atuação: introdução à educação financeira; vida urbana e noções de cidadania; arte, história e cultura indígenas.

 

Kombucha: bebida probiótica que ajuda atletas a manterem a vida saudável

A bebida probiótica tem muitos benefícios para a saúde como efeitos antioxidantes que aumentam a imunidade, auxilia nas articulações e ajuda no processo de emagrecimento  

 

A Experiências do Chá, empresa especializada na cultura do chá e na fabricação de Kombucha, bebida probiótica à base de chá e açúcar, fermentada pelo S.C.O.B.Y.,  aglomerado de bactérias e leveduras, que, por se tratar de uma bebida natural e sem a utilização de conservantes, é muito usada por atletas que buscam uma melhora no rendimento de seus treinos. 

 Entre os muitos benefícios atribuídos ao produto estão a ajuda na regulação do funcionamento do intestino, a colaboração com o sistema imunológico, melhorando a absorção de nutrientes, e também o auxílio no processo de emagrecimento. A nutricionista funcional, Erika Almeida, reforça todos esses benefícios. “A kombucha apresenta vitaminas do complexo B, enzimas que ajudam no sistema digestivo e diversas bactérias benéficas para o intestino melhorando não apenas seu funcionamento, mas também a absorção de nutrientes e o aumento da imunidade". 

O ferro presente na Kombucha, libertado durante o processo de fermentação, melhora o transporte do oxigênio no sangue. O consumo regular desta bebida faz com que os tecidos recebam mais oxigênio e a partir daí consigam produzir mais energia. Segundo Juliana Fuscaldo, fundadora do Experiências do Chá, diversos atletas de várias modalidades começaram a ingerir a bebida em suas rotinas de treino para melhorar o rendimento. “É comum entre os atletas a busca por terapias alternativas para encontrar novas propostas de soluções para suas lesões e limitações, seja massagem ou terapia com óleos essenciais. Por isso, cada vez mais atletas estão consumindo a Kombucha”, afirma a executiva.  

Ainda segundo Fuscaldo, a mistura entre a Kombucha Alfarroba e Rooibos é ainda melhor para os praticantes de atividades físicas, pois além de proporcionar todos os benefícios da bebida fermentada, é um relaxante muscular e um isotônico natural.  

A base da Kombucha é um fungo chamado zoogleia, uma espécie de biofilme que resulta em uma simbiose complexa entre espécimes de bactérias e leveduras. Esta colônia tem um  aspecto gelatinoso que remete à alga kombu, e por isso leva o nome de Kombucha.  

As kombuchas da Experiências do Chá são produzidas de forma artesanal e estão disponíveis nas versões: Maçã e Amora; Pêssego, Papaia e Damasco; Framboesa, Hibisco e menta; original Camellia Sinensis e Alfarroba e Rooibos. 

 

Sobre a Experiências do Chá 

Idealizada e liderada pela empresária e especialista em chás, Ju Fuscaldo, a Experiências do Chá é uma empresa especializada na cultura dos chás e na fabricação de Kombucha,  bebida probiótica fermentada, saborosa, à base de chás, feita de forma artesanal, sem nenhum aditivo químico, e com todos os benefícios para o organismo preservados, disponíveis nos sabores: maçã e amora; pêssego, papaia e damasco; framboesa, hibisco e menta; original Camellia Sinensis e alfarroba e rooibos.  

As bebidas podem ser adquiridas pela loja virtual da Experiências do Chá e no comércio varejista. A companhia possui fábrica na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, o local é aberto ao público, com agendamento prévio, e oferece aos visitantes uma experiência sensorial. A empresa também realiza workshops presenciais e on-line com conteúdos sobre todo o universo dos chás.  Mais informações no site http://experienciasdocha.com.br/


Dia dos Pais: Mais do que vínculo biológico, os pais têm a missão de ajudar os filhos

 Segundo escritor, os pais devem ser rigorosos com os objetivos da vida, mas fraternos com seus filhos 

 

O Dia dos Pais se aproxima e a data festiva sugere reflexões que muitas vezes passam despercebidas na sociedade. A ocasião pode e deve ser celebrada com carinho, afeto, reconhecimento e também com alguns presentes.

“Ser pai é ser o responsável pelo bom desenvolvimento do filho, significa dar orientação, educação, guiá-lo e apoiá-lo em tudo que for necessário ao longo da vida”, explica o escritor paranaense Odil Campos; que já publicou dez títulos pela Editora Flor de Lis envolvendo romances, psicografias, mensagens e estudos mediúnicos.

Contudo, para celebrar o segundo domingo de agosto, não basta aquecer o comércio com excesso de presentes, nem cair no sentimentalismo quando se proclama a importância de festejar a data. “O que todo pai deseja receber é o amor verdadeiro do filho”, relata o autor, com a maturidade dos seus 70 anos de vida e a longa experiência de criar três filhos.


Autoridade x autoritário

Se por um lado a figura paterna representa - no inconsciente - o porto-seguro dentro da família, em outras ocasiões a imagem masculina pode remeter ao excesso de rigor. Mas para que não haja demasia em nenhum dos lados, é preciso diferenciar os significados.

“Autoridade tem a ver com admiração e respeito, não somente com obediência e submissão. Ser autoritário é querer impor aquilo que não é legitimado. Naturalmente, os filhos vão questionar e muitos recusam a imposição. Por isso, para evitar conflitos é necessário um ponto de equilíbrio”, esclarece Campos.

Em outra análise, o escritor reflete que os pais que sabem usar sua autoridade devem dialogar com os filhos, combinar o que vão fazer juntos e conviver em alegria. Porém, alguns pais que ainda utilizam o autoritarismo dentro de casa prejudicam a educação, causam revoltas e violências na família e nos filhos.

“Mais do que um vínculo biológico, aqueles que aceitam ser pai ou mãe devem ajudar, orientar e educar em todos os sentidos. Devem ser determinados com os objetivos e fraternos com os filhos”, enfatiza Odil Campos.


Ótica espiritualista


Dentro de uma visão espiritualista, a família e todos os membros fazem parte de um mesmo resgate cármico. Mas o que isso significa?

“Trata-se do pagamento das ações erradas feitas em outras vidas. A família é constituída justamente para haver a realização desses resgates. Em alguns casos, o resgate é suave – onde o amor predomina. Noutras situações, a desavença é muito grande e precisa ser equilibrada”, relata o escritor.

E para quem deseja compreender os vínculos e alguns problemas que envolvem pais e filhos, Odil Campos recomenda a obra “O Renascimento” (248 págs. R$ 45). Este livro relata a vida de uma família em suas ligações cármicas, onde os conflitos de relacionamento se tornam evidentes.

Segundo escritor Odil Campos, o que todo pai deseja receber é o amor verdadeiro do filho; Livros explicam vínculos e problemas envolvendo pais e filhos 

Já o título “O Bem e o Mal” (170 págs., R$ 40) conta a história de um homem extremamente egoísta, intolerante e arrogante que não media esforços para obter vantagens sobre os demais.

Para aprofundar os conhecimentos, o livro “A Saga de um Espírito” (403 págs., R$ 58) traz o enredo do personagem que – ao descobrir as razões fundamentais de sua última existência na Terra - depara-se com a verdade sobre si mesmo e com a necessidade de corrigir seu passado.

Entre os dias 05 a 08 de agosto, a Editora Flor de Lis tem ofertas especiais. A cada R$ 80 em compras no site www.editoraflordelis.com.br os clientes que residem em Curitiba-PR e inserir o cupom de desconto no carrinho de compras com o nome paizão terão o frete grátis. A promoção é válida aos 50 primeiros participantes e limitada a um cupom por CPF.


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